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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI

AGRADECIMENTO Uma vez ouvi que a vida seria como uma guerra. Para dizer a verdade, naquele momento não entendi a profundidade dessa comparação, porém, com o passar dos anos, fui entendendo o seu verdadeiro significado e, assim, passei a concordar com ela. A nossa vida é composta de diversos acontecimentos, bons e ruins, e o desenrolar de grande parte desses acontecimentos é dependente de nossas ações, assim como as batalhas que, juntas, formam a guerra. Em algumas batalhas são usados o que se denomina de reforços, que fornecem apoio e evitam a derrota. São esses reforços que temos na vida que devem ser lembrados, não por meses ou anos e, sim, pela eternidade como parte de nossas lutas na busca das conquistas almejadas. Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri -UFVJM e ao Departamento de Zootecnia-DZO pela oportunidade, desde a graduação até este momento tão marcante. Dessa Universidade vou, com orgulho, carregar o nome junto ao meu por toda minha vida. À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior -CAPES pela concessão da bolsa de estudo, sem a qual essa etapa não estaria concluída. À minha família, sempre presente e dando força pra continuar, mesmo com certas discussões, as quais, no momento, achei desnecessárias mas que, com o passar do tempo, vi o quanto me fizeram crescer.

UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI JORGE AUGUSTO SANTOS FERNANDES PROTOCOLOS DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO FIXO E EFICIÊNCIA REPRODUTIVA DE VACAS E NOVILHAS MESTIÇAS LEITEIRAS DIAMANTINA - MG 2010 JORGE AUGUSTO SANTOS FERNANDES PROTOCOLOS DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO FIXO E EFICIÊNCIA REPRODUTIVA DE VACAS E NOVILHAS MESTIÇAS LEITEIRAS Dissertação apresentada à Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, como parte das exigências do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, para obtenção do título de Magister Scientiae. Orientadora: Profª. Margarida Maria Nascimento Figueiredo de Oliveira DIAMANTINA - MG 2010 Ficha Catalográfica - Serviço de Bibliotecas/UFVJM Bibliotecário Anderson César de Oliveira Silva, CRB6 - 2618. F363p Fernandes, Jorge Augusto Santos Protocolos de inseminação artificial em tempo fixo e eficiência reprodutiva em vacas e novilhas mestiças leiteiras / Jorge Augusto Santos Fernandes. – Diamantina: UFVJM, 2010. 44p. Orientadora: Margarida Maria Nascimento Figueiredo de Oliveira Dissertação (Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em Zootecnia) Faculdade de Ciências Agrárias, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. 1. Biotecnologia. 2. FSH-p. 3. Hormônios. 4. Reprodução e sincronização I. Título CDD 636.21 JORGE AUGUSTO SANTOS FERNANDES PROTOCOLOS DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO FIXO E EFICIÊNCIA REPRODUTIVA DE VACAS E NOVILHAS MESTIÇAS LEITEIRAS Dissertação apresentada à Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, como parte das exigências do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, para obtenção do título de Magister Scientiae. APROVADA em 29/09/2010 _______________________________________________ Profª. Margarida Maria Nascimento Figueiredo de Oliveira- UFVJM (Orientador) ____________________________________ Prof. Vinicio Araújo Nascimento - UFG (Coorientador) ______________________________ Prof. Ciro Alexandre Alves Torres - UFV _______________________________ Prof. Severino Delmar Junqueira Vilela - UFVJM DIAMANTINA - MG 2010 DEDICATÓRIA À minha família a Angélica Campos Maia e aos amigos que me acompanharam nessa jornada AGRADECIMENTO Uma vez ouvi que a vida seria como uma guerra. Para dizer a verdade, naquele momento não entendi a profundidade dessa comparação, porém, com o passar dos anos, fui entendendo o seu verdadeiro significado e, assim, passei a concordar com ela. A nossa vida é composta de diversos acontecimentos, bons e ruins, e o desenrolar de grande parte desses acontecimentos é dependente de nossas ações, assim como as batalhas que, juntas, formam a guerra. Em algumas batalhas são usados o que se denomina de reforços, que fornecem apoio e evitam a derrota. São esses reforços que temos na vida que devem ser lembrados, não por meses ou anos e, sim, pela eternidade como parte de nossas lutas na busca das conquistas almejadas. Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM e ao Departamento de Zootecnia- DZO pela oportunidade, desde a graduação até este momento tão marcante. Dessa Universidade vou, com orgulho, carregar o nome junto ao meu por toda minha vida. À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES pela concessão da bolsa de estudo, sem a qual essa etapa não estaria concluída. À minha família, sempre presente e dando força pra continuar, mesmo com certas discussões, as quais, no momento, achei desnecessárias mas que, com o passar do tempo, vi o quanto me fizeram crescer. Angélica, sem sua paciência, carinho e amor, mesmo estando a uma distância considerável, com certeza não teria chegado até aqui. Aos meus amigos curvelanos, amigos de longa data com quem sempre me reencontro todo dia 24 de dezembro para o jogo das estrelas. Quem ganhará este ano? Parte dessa turma veio a Diamantina, assim fundando um local que tenho orgulho de chamar de lar, ao qual sempre estarei ligado: República TTM. Agradeço as “gerações” que me acompanharam e me acompanham até hoje. Nunca vou esquecer-me de meu Coorientador, Professor Vinicio Araújo Nascimento, alguém que, mesmo nunca tendo me visto, acolheu-me em sua casa de forma estupenda, assim como seus pais. Aos Senhores Osmar e Gilmar, grandes amigos que constitui em Quirinópolis. Agradeço também a Professora Márcia Dias, pois sem ela a estatística não teria sido realizada. À “Família da Reprodução”, sempre junta, mesmo em Salvador-BA. O que seria de mim sem minha mãe de Diamantina? Alguém que sempre me acompanhou nos momentos bons e ruins... Alguém que há muito tempo deixou de ser apenas orientadora para se tornar grande amiga, professora orientadora e amiga: Professora Margarida Maria Nascimento Figueiredo de Oliveira, não me esquecendo também de sua “fiel escudeira”, a Neide de Jesus Silva Pinto. Esses são os reforços que tive durante as batalhas do Mestrado; muitos deles ficaram para trás, porém nunca serão esquecidos. E aos que continuam, que venham comigo, pois não iremos parar de viver nunca!! BIOGRAFIA JORGE AUGUSTO SANTOS FERNANDES, filho de Velson Fernandes de Oliveira e Vera Lúcia Santos Fernandes, nasceu no município de Curvelo/MG aos 7 de fevereiro de 1984. Graduou-se aos 24 anos Zootecnista pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM. Foi admitido em agosto de 2008 no Programa de PósGraduação em Zootecnia, em Nível de Mestrado, na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Submeteu-se à defesa de Dissertação no dia 29 de setembro de 2010, para a obtenção do título de Mestre. RESUMO FERNANDES, Jorge Augusto Santos. Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, setembro de 2010. 43p. Protocolos de inseminação artificial em tempo fixo e eficiência reprodutiva em vacas e novilhas mestiças leiteiras. Orientadora: Margarida Maria Nascimento Figueiredo de Oliveira. Coorientador: Vinicio Araújo Nascimento. Dissertação (Mestrado em Zootecnia). Na busca de biotécnicas economicamente viáveis para a melhoria da eficiência reprodutiva na pecuária, objetivou-se com este trabalho avaliar diferentes protocolos de inseminação artificial em tempo fixo (IATF) em vacas multíparas e observar o efeito do mesmo protocolo comparando multíparas e primíparas observando-se a influência do hormônio folículo estimulante (FSH-p) na IATF. Os tratamentos utilizados foram TControle, TFSH e TFNOV, que consistiram nos seguintes protocolos: TControle (n=35) - Dia 0, inserção de dispositivo intravaginal de progesterona e aplicação de 2 mg de benzoato de estradiol, intramuscular (IM); dia 8, retirada do dispositivo e aplicação de 0,53 mg de PGF2 e 1 mg de benzoato de estradiol, IM; dia 10, IATF realizada 44 h após a retirada do dispositivo; TFSH (n=36) similar ao TControle, porém com aplicação no dia 8 de 15 mg de FSH-p; TFNOV (n=24)similar ao TFSH, porém utilizando-se novilhas. Ao final do trabalho observou-se que houve efeito (P<0,05) para peso vivo (PV) e escore de condição corporal (ECC) com os tratamentos. Não houve efeito para dias pós-parto (P>0,05). Houve diferença (P<0,05) entre as médias de peso vivo entre as vacas multíparas (TControle e TFSH) quando comparadas as novilhas (TFNOV). Não houve efeito (P>0,05) entre protocolos, PV e ECC no retorno ao estro, na cobertura com o touro e prenhez acumulada. Não houve efeito (P>0,05) entre os protocolos e retorno ao estro e as taxas de prenhez na IATF, cobertura do touro e acumulada. Mesmo o uso do FSH-p não influenciando a eficiência reprodutiva, a taxa de prenhez acumulada foi satisfatória em ambos tratamentos. Conclui-se a IATF como interessante biotécnica para o uso na produção animal; porém, é importante que haja um bom acompanhamento nutricional dos animais, em razão da relação entre nutrição e reprodução. Palavras-chave: Biotecnologia, FSH-p, hormônios, reprodução e sincronização ABSTRACT FERNANDES, Jorge Augusto Santos. Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, september 2010. 43p . Protocols for fixed time artificial insemination and reproductive efficiency of dairy cows and heifers. Advisor: Maria Margarida Nascimento de Oliveira Figueiredo. Committee member: Vinicio Araujo Nascimento. Dissertation ( Master’s degree in Animal Science). In search of biotechnical economically feasible to improve reproductive efficiency in livestock, aimed to evaluate with this work different protocols for TAI in multiparous cows and observe the effect of the same protocol when comparing multiparous and primiparous cows and observing the influence of FSH-p in TAI. The treatments consisted of: TControl (n=35)- Day 0, insertion of intravaginal progesterone device and application of 2 mg estradiol benzoate, intramuscular (IM), Day 8, removed from the device and application of 0.53 mg PGF2 and 1 mg estradiol benzoate, IM; Day 10, TAI performed 44 h after removal of the device; TFSH (n=36)- similar to TControl, but with the application on day 8 of 15 mg of FSH-p; TFNOV (n=24)- similar to TFSH but using heifers. At the end of the work observed that was an interaction (P <0.05) analyzed the effects for BW and BCS with treatments. There was no effect for days postpartum (P> 0.05). There were difference (P <0.05) between the mean body weight among the cows (and TFSH TControl) compared with heifers (TFNOV). There was no effect (P> 0.05) between protocols, body weight and body condition on return to estrus in coverage with the bull and accumulated pregnancy. There was no effect (P> 0.05) between the protocols and return to estrus and pregnancy rates of TAI, the bull and the accumulated coverage. Even the use of FSH-p does not influence the reproductive efficiency, the cumulative pregnancy rate was found satisfactory in both treatments, thus concludes the TAI as interesting biotech for use in animal production, but it is important to have a good nutritional monitoring of animals, because the relationship between nutrition and reproduction. Keywords: Biotechnology, FSH-p, hormones, reproduction and synchronization SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO GERAL................................................................................... 11 2. REVISÃO DA LITERATURA.......................................................................... 13 2.1.Pecuária de leite no Brasil......................................................................... 2.2.Nutrição X Reprodução............................................................................. 2.3.Inseminação artificial em tempo fixo........................................................ 2.4.Referências Bibliográficas......................................................................... 13 14 15 20 3. ARTIGO............................................................................................................. 29 3.1 -A INFLUÊNCIA DE PROTOCOLOS DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO FIXO NA EFICIÊNCIA REPRODUTIVA DE VACAS MULTIPARAS E NOVILHAS MESTIÇAS Resumo................................................................................................... Abstract.................................................................................................... Introdução................................................................................................. Material e Métodos................................................................................... Resultados e Discussão ........................................................................... Conclusão................................................................................................. Referências Bibliográficas........................................................................ 30 30 30 31 32 34 38 39 4. CONCLUSÕES GERAIS.................................................................................. 43 11 1. INTRODUÇÃO GERAL Na busca de melhoria na reprodução dos rebanhos, grande número de trabalhos tem estudado o declínio da eficiência reprodutiva dos bovinos leiteiros. Butler (1998), ao estudar rebanhos leiteiros de Nova York (EUA), apresentou dados que evidenciam declínio na taxa de concepção à primeira cobertura, variando de 65% em 1951 para 40% em 1996, declínio confirmado por Lucy (2001). Resultados de pesquisas desenvolvidas no Brasil (Madalena, 1989; Madalena et al., 1990) têm mostrado que a eficiência produtiva dos rebanhos leiteiros pode ser melhorada com o uso de biotécnicas e de animais com potencial genético adequado à finalidade do sistema de produção. A detecção do estro é o principal fator que influencia a eficiência de programas de inseminação artificial (IA) em bovinos, sobretudo em rebanhos Bos taurus indicus (Baruselli et al., 2004). O uso da inseminação artificial em tempo fixo (IATF) tem aumentado expressivamente no Brasil em decorrência das facilidades de realização dos programas de IA no campo e da obtenção de resultados cada vez mais compensadores (Araújo, 2009). A IATF é uma biotécnica que visa aumentar a produtividade principalmente nos rebanhos de cria (Gottschall et. al., 2009). Conforme Gottschall et al. (2008), a IATF permite antecipar a concepção e a parição dentro das respectivas estações reprodutivas, além de aumentar a probabilidade de nova prenhez na estação subsequente e concentrar os nascimentos. Vários protocolos têm sido utilizados na IATF em bovinos, com bons resultados (Gottschall et al., 2009). Segundo Bó et al. (2002) e Baruselli et al. (2006), os protocolos para a IATF objetivam induzir a emergência de uma nova onda de crescimento folicular, controlar a duração do crescimento folicular até o estágio pré-ovulatório e induzir a ovulação sincronizada simultaneamente nos animais do programa. Os benefícios da IATF são notórios, principalmente na organização do rebanho por meio da programação da parição e uniformidade de lotes, associada ao melhoramento genético. Além disso, facilita o teste de progênie em diferentes condições ambientais e de manejo, que aumenta a acurácia de seleção e acelera a introdução de novos processos genéticos. 12 A adoção de biotécnicas eficientes e viáveis sob a ótica econômica, respeitando e adaptando-as para cada situação, é um beneficio para o progresso e consequente crescimento e fortalecimento da pecuária bovina. Na busca de biotécnicas economicamente viáveis para a melhoria da eficiência reprodutiva na pecuária, objetivou-se com este trabalho avaliar diferentes protocolos de IATF em vacas multíparas e observar o efeito do mesmo protocolo comparando multíparas e primíparas observando-se a influência do hormônio folículo estimulante (FSH-p) na IATF. 13 2.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1. Pecuária de leite no Brasil A cadeia produtiva do leite é encontrada, mesmo que em diferentes aspectos, em todas as regiões brasileiras, atuando como uma atividade geradora de renda, tributos e empregos. As mudanças econômicas ocorridas na década de 90 contribuíram como um divisor, exigindo mudanças e adaptações estratégicas e estruturais do setor agroindustrial do leite (Reis et al., 2001). Nesse sentido, novos procedimentos têm sido adotados, visando ao aperfeiçoamento da gestão de custos e ao incremento dos níveis de produção e qualidade. A pecuária leiteira no Brasil apresenta até hoje grande oscilação entre ascensões e declínios. O preço do leite é uma variável tem se mostrado imperativa na determinação desses momentos. Nesse sentido, quando o preço do leite está acima da média histórica, o setor apresenta bom desempenho; por outro lado, quando o preço do leite apresenta significativa redução, o setor enfrenta crise, o que ocorre na grande maioria dos casos, considerando a última década. Para combater essa dependência, os produtores e gestores envolvidos com a atividade precisam aumentar seu conhecimento e sua eficiência. Na pecuária leiteira, a lucratividade dos sistemas de produção está diretamente relacionada com o período de serviço (PS) e intervalo de partos (ID), visto que o aumento desses índices reprodutivos implica em redução no número de crias, na produção média de leite e em quilogramas de bezerros por dia de vida útil (Nascimento, 2009). O desenvolvimento e adoção de tecnologias que possam ser utilizadas nos sistemas de produção com consequente aumento na eficiência reprodutiva e que produzam impacto econômico positivo é fundamental para o bom desempenho dos rebanhos (Galvani, 2009). Na exploração da atividade leiteira, de acordo com Bortoleto e Wedekin (1990) e Araújo (1994), predomina a existência de grande número de pequenos produtores (comercializam até 100 litros de leite/dia), sendo que o maior volume da produção provém dos médios e grandes produtores (acima de 100 litros de leite/dia). Os números da pecuária bovina brasileira são surpreendentes e heterogêneos. Índices de eficiência econômica de fração expressiva do rebanho contrastam com a grandiosidade do efetivo. Na vertente leiteira, são cerca de 20 milhões de vacas, produzindo em torno de 21 bilhões de litros de leite/ano. Os sistemas de produção se caracterizam pela diversidade, tanto na composição racial do rebanho, quanto nas práticas de manejo, que vão de sistemas com 14 alto nível tecnológico, com gado especializado, até extensivos, com animais sem raça definida. Segundo Vilela (2003), o rebanho leiteiro nacional é composto de 6% de vacas especializadas, que produzem em média 4.500 kg de leite por lactação; 74% de vacas mestiças Holandês/Zebu, com composição genética variável, de 1/4 a 7/8 de grau de sangue de raças especializadas, destacando-se a holandesa. A produção média dessas vacas é 1.100 kg de leite por lactação. O restante (20%) são de vacas não especializadas, com composição genética de até 1/4 de sangue holandês e 3/4 de zebu não leiteiro, com produção média de 600 kg de leite por lactação. Os animais mestiços possuem características desejáveis que lhes conferem rusticidade, capacidade produtiva e adaptação às limitações prevalentes na maioria dos sistemas de produção, bem como pela maior resistência e boa produtividade, o que não dispensa a necessidade de práticas adequadas de manejo e alimentação; os animais mestiços são ótimas alternativas na busca da rentabilidade do processo (Ferreira et al., 1996). Em razão das suas características aparecem como alternativa viável para diversos sistemas de produção que buscam redução no custo de produção a partir de animais mantidos em regime de pastejo (Ruas et al., 2008). Como qualquer atividade, a produção animal possui bases para a rentabilidade do negócio, nesse caso, com grande importância a genética, nutrição, sanidade, reprodução e o bem estar animal. Na pecuária leiteira, a reprodução ocupa papel de destaque, sendo um dos fatores de maior contribuição para a viabilidade técnica e econômica da atividade (Martins, 1992), pois não há como produzir sem reproduzir. 2.2. Nutrição X Reprodução A qualidade e a quantidade, bem como a disponibilidade de nutrientes nos alimentos, são fatores limitantes para a produção animal, visto que nutrientes, após absorção, são destinados a prioridades estabelecidas, nessa ordem: metabolismo basal, manutenção mantença, crescimento, reservas corporais básicas, lactação, acúmulo de reservas corporais, ciclo estral e início da gestação. Não há nutrientes específicos requeridos para a reprodução que não sejam necessários para atender as outras funções fisiológicas corporais e, por isso, é difícil determinar as funções específicas e os mecanismos pelos quais a nutrição, ou determinado nutriente, pode afetar a função ovariana (Borges, 2006). 15 Segundo Leroy et. al. (2005), variações nos níveis plasmáticos de glicose, ureia, ácidos graxos não esterificados (AGNE) e β-hidroxibutirato, denominados indicadores metabólicos, e hormonais como insulina, hormônio do crescimento (GH), fator de crescimento semelhante à insulina I e II (IGF-I e II), durante o Balanço Energético Negativo (BEN), podem comprometer a fertilidade dos animais, por meio de suas ações diretas sobre o oócito, fluido folicular, secreções do oviduto e útero que, por sua vez, prejudicam a qualidade e sobrevivência dos embriões. A leptina também desempenha papel no controle da reprodução, como foliculogênese (Holness et al, 1999; Gonzalez et al., 2000), e, em ação a, podem atuar como mediadores ou sinalizadores dos efeitos da ingestão de alimento e do balanço energético sobre a fertilidade (Gil, 2003). As vacas leiteiras de alta produção necessitam, imediatamente após o parto, de grande quantidade de nutrientes, principalmente energia e proteína para a síntese de leite, que aumenta linearmente até atingir o pico lactacional entre a 4ª e 8ª semanas pós-parto (Lucy et al., 1994; Simões et al., 2006). No entanto, o consumo máximo de matéria seca (MS) ocorre, geralmente, entre 10 a 12 semanas no pós-parto. Essa assincronia entre pico de ingestão de MS e de produção leiteira resulta em um desequilíbrio metabólico - BEN, que dura cerca de 60 dias (Santos et al., 1993) e sua intensidade depende do nível de produção de leite. Desse modo, até que os nutrientes fornecidos pela ingestão de matéria seca (MS) igualem no mínimo as necessidades nutricionais de produção, a vaca irá mobilizar energia primariamente a partir das reservas corporais acumuladas no final da lactação anterior ao período seco, alguma proteína muscular e cálcio ósseo (Chilliard et al., 1983), resultando em redução de condição corporal (CC). Tem sido frequentemente sugerido que a condição corporal favorável ao parto e o estado de equilíbrio de energia são alguns dos fatores mais importantes que afetam o desempenho reprodutivo de vacas leiteiras (Osoro e Wright, 1992; Beam e Butler, 1999; Hoedemaker et al, 2009). 2.3. Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) A eficiência da detecção de estro em bovinos é baixa, estimada em menos de 50% (Senger, 1994), e considerada um fator limitante para a obtenção de boa eficiência reprodutiva. Inadequados momentos e duração dos períodos de detecção de estro associados à curta duração do comportamento de estro em vacas lactantes reduzem a eficiência da detecção (Nebel et al., 1997). Falhas na detecção de estro aumentam o intervalo parto/primeira 16 inseminação artificial (IA) e a média da duração do intervalo das inseminações (Stevenson e Call, 1983). Considerando período de gestação médio de 290 dias em fêmeas zebuínas, para a produção de um bezerro/ano, o intervalo do parto à próxima concepção deve ser no máximo de 75 dias (Madureira et. al., 2006). Entretanto, no pós-parto, a condição de anestro acomete a maioria das fêmeas, determinando redução nas taxas de prenhez e na eficiência reprodutiva dos rebanhos (Yavas e Walton, 2000). No sistema extensivo de criação de gado de corte no Brasil, aproximadamente 50% das vacas apresentam anestro no início da estação de monta (Gasser et. al., 2003). Em vacas de corte, a duração do anestro pós-parto é influenciada por fatores como: problemas nutricionais que resultam em vacas com baixo escore de condição corporal; amamentação e incidência de ciclos curtos e número de parições. Ferreira et al. (2000) verificaram que, em vacas da raça Girolando, multíparas, com boa condição corporal (CC) ao parto, a perda de até 15,2% e 16,3% do peso vivo do parto a 90 e 180 dias no pós-parto, respectivamente, não impede o reinício da atividade ovariana luteal cíclica. A perda média de 1,0 unidade do escore de condição corporal do parto até 90 dias no pós-parto, em vacas parindo com boa condição corporal (CC = 4), não influencia o reinício da atividade ovariana luteal cíclica no pós-parto em vacas da raça Girolando. Os mecanismos determinantes do anestro pós-parto envolvem uma complexa relação entre hipotálamo, hipófise, ovários e útero (Nett, 1987). A exposição prolongada a altas concentrações de estrógeno (E2) e progesterona (P4) no final da gestação promovem um “feedback” negativo no hipotálamo, evento fisiológico que determina uma redução nos estoques hipofisários do hormônio folículo estimulante (FSH) e hormônio luteinizante (LH) (Nett, 1987). Após o parto, os estoques de FSH são restabelecidos rapidamente, condição que permite o recrutamento e seleção do folículo dominante (Willians, 1990). Entretanto, o mesmo não ocorre com o LH. A ovulação do folículo dominante se torna possível apenas quando houver o restabelecimento da frequência adequada dos pulsos de LH (Mihm, 1999). O padrão pulsátil de liberação de LH no pós-parto se caracteriza por baixa frequência, com a ocorrência de menos de um pulso de LH a cada 4 horas (Willians et. al., 1983). Tal frequência aumenta durante o período imediatamente anterior à ovulação até aproximadamente um pulso de LH a cada 1 a 2 horas ( Schallengerger, 1985). Normalmente, o anestro é determinado pela baixa frequência dos pulsos de LH, condição que limita o crescimento final, maturação de folículos pré-ovulatórios e a ovulação (Roche et. al., 1992) Há maior prevalência de anestro pós-parto em vacas Bos taurus indicus que Bos taurus taurus (Meneghetti e Vasconcelos, 2008), sendo que as zebuínas têm estro com menor 17 duração e mais manifestações à noite, o que dificulta ainda mais sua detecção (Pinheiro et al., 1998). Esses desafios são mais importantes em primíparas quando se trata vacas em sistemas a pasto (Meneghetti e Vasconcelos, 2008; Vasconcelos et al., 2009), porque a ingestão de nutrientes durante o período pós-parto não é suficiente para atender às exigências de crescimento, bem como a lactação (Sá Filho et al., 2009). Como resultado das baixas taxas de concepção, muitos produtores mantêm primíparas não gestantes em seus rebanhos durante a estação de monta para serem inseminadas no ano subsequente. Por isso, estratégias para sincronizar o estro para superar os desafios vivenciados com primíparas Bos taurus indicus e mestiças e também induzir o início do ciclo estral em fêmeas em anestro são fatores importantes para reforço na eficiência reprodutiva e consequente produtividade do rebanho. Como alternativa para melhorar a eficiência reprodutiva, é necessário ter um bom manejo alimentar, sanitário e reprodutivo do rebanho, além de bem-estar e controle zootécnico. Paralelamente, faz-se necessário o uso dos protocolos de sincronização do estro e ovulação, os quais incluem a sincronização do estro em fêmeas ciclando e a indução do estro acompanhado de ovulação em primíparas ou em vacas que apresentam retorno do estro tardiamente após o parto (Costa et. al., 2008). A não detecção do estro e anestro pos-parto influenciam diretamente as taxas de concepção e prenhez, levando a índices insatisfatórios com baixa na taxa de natalidade (bezerros nascidos / total de fêmeas do rebanho em idade reprodutiva) (Lamb, 2003). Progressos na redução do impacto negativo da baixa eficiência de detecção de estro em vacas lactantes têm sido obtidos com o uso de protocolos de sincronização da ovulação e IATF, que podem ser iniciados em qualquer fase do ciclo estral (Vasconcelos et. al., 1999). A IATF utiliza hormônios para induzir a sincronização do estro e a ovulação (Moura et al., 2003). Desde meados do ano 2000, as empresas multinacionais do ramo de fármacos veterinários vêm fomentando pesquisas e estabelecendo contato com as grandes agropecuárias, com o intuito de introduzir e demonstrar a eficiência da IATF. Sob a ótica estrita da eficiência reprodutiva, as empresas têm conseguido alcançar seus objetivos. Apesar da importância da fertilidade, os dados do rebanho bovino brasileiro de 2003 demonstram baixa eficiência reprodutiva, com taxa de prenhez em torno de 60% (ANUALPEC, 2004). A estratégia de antecipar o parto em vacas primíparas tem como objetivo reduzir a proporção de animais em anestro no início da estação de monta (EM); porém, a preocupação com a ciclicidade pode ser minimizada quando se usa a IATF no início da EM. Meneghetti et 18 al. (2005a) não observaram efeito de ciclicidade nas taxas de ovulação e prenhez, sendo de 90,5% e 51,1% nas vacas em anestro, respectivamente. Lamb et al. (2001) e Bó et al. (2004) também obtiveram taxas de concepção à IATF acima de 50% em vacas em anestro. No Brasil, os partos se concentram no final do inverno e durante a primavera, ou seja, os animais têm o período final de gestação e início da lactação em épocas de menor disponibilidade de alimento, em termos de quantidade e qualidade, o que leva à redução das reservas corporais no periparto. Esse efeito pode ser mais evidente em vacas de primeira cria, devido à sua maior demanda por nutrientes, por ainda estarem em crescimento e iniciando a primeira lactação (Nutrient requirements of beef cattle, 2000). Estudos mostram o efeito da CC no momento da IATF sobre a taxa de concepção e protocolos hormonais. Cutaia e Bó (2004) verificaram correlação de 90% entre eles, e animais com melhor CC respondem melhor aos protocolos de IATF, resultando em maiores taxas de concepção (Lamb et al., 2001; Meneghetti et al., 2005b). Progestágenos, também intitulados de progestinas ou progestagênios, são hormônios sintéticos com efeito similar ao da progesterona, o único progestágeno natural. Esses são efetivamente usados para sincronizar estro em animais que iniciaram ciclos estrais seguintes ao parto e anestro em fêmeas (Vasconcelos et al 2009). No tratamento de vacas em anestro, ocorre aumento na secreção do hormônio luteinizante (LH) e progestágenos (Williams et al., 1983; Garcia-Winder et al., 1987), o que é importante para a retomada do ciclo estral pósparto, e reduzir ocorrência de luteólise prematura após a primeira ovulação no pós-parto (Sá Filho et al., 2009), permitindo estabelecimento do corpo lúteo (Vasconcelos et al., 2009). Além disso, o desmame temporário ou tratamento com gonadotrofina coriônica equina (eCG) associado com progesterona (P4), baseados em protocolos de sincronização de estro, resultam em melhores taxas de detecção de estro e maior diâmetro folicular (Vasconcelos et. al, 2009). Exposição precoce do útero à progesterona exógena encurta o ciclo estral em bovinos (Ginther, 1970). Luteólise envolve também estradiol circulante provindo dos folículos em desenvolvimento (Salfen et al., 1999), como demonstrado pela destruição ou remoção de conteúdo folicular (Fogwell et al., 1985; Araújo et al., 2009). A condição corporal da vaca ao receber o tratamento com progestágeno é fator determinante na sua resposta ao protocolo (Almeraya; Hidalgo, 1992). A maior ou menor influência da nutrição sobre a reprodução está na dependência de fatores como intensidade e duração da restrição alimentar, CC, idade e estado fisiológico. Ruas et al. (2005) verificaram que o Norgestomet teve efeito positivo sobre o retorno à atividade ovariana cíclica, independentemente do peso corporal. A hormonioterapia antecipou a concepção em vacas 19 mestiças mais pesadas em 30 dias, embora não tenha influenciado a produção de leite, a duração da lactação e a taxa de fertilidade. Consequentemente, o retorno para o produtor com a utilização do tratamento hormonal pode advir da redução do intervalo de partos, que resultará em maior número de bezerros produzidos durante a vida produtiva da vaca. Para o tratamento com administração de progesterona tem sido usado o dispositivo intravaginal bovino (DIB) para liberação lenta do hormônio. O dispositivo compreende uma estrutura de ancoragem que consiste de uma matriz de fenil-vinil-silicone reticulada com peróxido, homogeneamente embebida com progesterona natural. Numa modalidade da realização, a quantidade de progesterona embebida na matriz é de aproximadamente 1,5 g, variando entre as marcas. Tipicamente, a estrutura de ancoragem é constituída de um corpo na forma de “T” ou então cruz, com ramificações tubulares que definem um conduto interno contínuo, comunicando com o exterior mediante orifícios transversalmente dispostos e alojando dentro do dito conduto interno uma inserção de náilon, cuja seção transversal, conjuntamente com a seção transversal do conduto interno, definem um espaço livre. A administração de benzoato de estradiol (BE) em vacas induz a ovulação em aproximadamente 44,2 h após (Barros et al., 2000). Vacas (Fike et al., 1997) e novilhas (Johnson et al., 1997, citados por Lammoglia et al., 1998) tratadas com P4 por meio do dispositivo intravaginal por sete dias, associado a uma aplicação de BE 24 a 30 h após a remoção do DIB, apresentaram maior facilidade para a detecção de cio. Aplicações de BE aumentam não somente a indução do estro ou da ovulação, mas também a sincronização (Peters at al., 1977; Macmillan; Burke, 1996). Uma injeção de BE em novilhas e vacas 24 ou 72 h após o fim do tratamento com P4, de 9 a 14 dias, induziu o estro e a ovulação sem diminuir a taxa de prenhez (Brown et al., 1972). Wiltbank et al. (1961) demonstraram que 5 mg de estrógeno (estradiol, E2) induziram regressão luteal em vacas. Outros pesquisadores verificaram que o tempo de um tratamento com P4 para sincronização do estro pode ser diminuído com uma aplicação de E2 no início do tratamento (Odde, 1990). Segundo Al-Matubsi et al. (1997), a administração de estradiol estimula a liberação de PGF uterinas e ocitocinas ovarianas. O hormônio folículo estimulante (FSH) tem função essencial no desenvolvimento dos folículos (Monneaux et al., 1983). Ele está ligado ao crescimento e à maturação do folículo ovariano ou folículo de Graaf. O FSH por si só não promove a secreção de estrógenos; ao contrário, ele necessita da secreção do hormônio luteinizante (LH) para estimular a secreção estrogênica. 20 O FSH é amplamente usado na transferência de embriões para a indução da superovulação em decorrência da sua função de estimular o crescimento folicular. Folículos em vários estágios de desenvolvimento estão normalmente presentes nos ovários, em qualquer tempo. Grupos consecutivos de folículos pequenos crescem, maturam e se degeneram ou ovulam. O FSH estimula o crescimento de folículos pequenos. FSH exógeno reverte a atresia de folículos acima de 1,7 mm (Moor et al., 1984). O desenvolvimento folicular ovariano é um processo dinâmico caracterizado pela emergência de ondas hormonais sucessivas, sendo que cada onda de crescimento folicular consiste em um grupo de folículos recrutados de um “pool” de folículos. Nos bovinos, cada onda é precedida de aumento da concentração plasmática de FSH (Ginther et a., 1996a). A seleção do folículo dominante, o qual formará o corpo lúteo, coincide com o declínio da onda de FSH e a presença de receptores para LH nas células da granulosa de folículos dominantes, após a divergência folicular, o que sugere efetiva participação desse hormônio na fase final do desenvolvimento e maturação folicular (Ginther et al., 1996b). Segundo Uribe-Velásquez et al. (2008), em ovelhas, a emergência folicular ocorre tanto no início da fase folicular quanto durante a fase luteínica do ciclo, mecanismo controlado pelo FSH hipofisário. Apenas os folículos maiores que 2mm podem ser recrutados, enquanto os folículos menores são menos sensíveis ao recrutamento (Driancourt et al., 1985). 2.4. Referências bibliográficas AL-MATUBSI, H.Y. et al. Effect of oestradiol on ovarian oxytocin secretion rate and luteolysis in the ewe after ovarian auto-transplantation. Journal of Reproduction, Fertility and Development , [S.l.], v. 9, p. 683–688, 1997. ALMERAYA, A. I. P.; HIDALGO, C. G. Utilización de progestágenos para la manipulación del ciclo estral bovino. Veterinary Mexico, [S.l.], v. 23, n.1, p. 31-36, 1992. ANUALPEC 2004: Anuário estatístico da pecuária de corte. São Paulo: FNP, 2004. ARAÚJO, M. M. Competitividade de diferentes sistemas de produção de leite em Minas Gerais frente ao MERCOSUL. 1994. Dissertação (Mestrado em Economia Rural), Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 1994. 21 ARAUJO, R. R. Role of follicular estradiol-17beta in timing of luteolysis in heifers. Biology of Reproduction. 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Utilizou-se delineamento inteiramente casualizado com 96 animais, distribuídos nos tratamentos: TControle: Dia 0- inserção de dispositivo intravaginal de progesterona e aplicação de 2 mg de benzoato de estradiol (BE), via intramuscular (im); Dia 8- retirada do dispositivo e aplicação de 0,53 mg de PGF2 e 1 mg BE (im); Dia 10- IATF; TFSH: similar ao TControle, acrescido com a aplicação no dia 8 de 15 mg de FSH-p (im); TFNOV: similar ao TFSH, porém utilizando-se novilhas. Observou-se efeito (P<0,05) do peso vivo (PV) e escore de condição corporal (ECC) com os tratamentos. Houve diferença (P<0,05) nas médias de PV entre vacas multíparas (TControle e TFSH) quando comparadas as novilhas (TFNOV). Não houve efeito para dias pós-parto (P>0,05), sendo a média de 85 dias. Não houve efeito (P>0,05) entre os protocolos, retorno ao estro e as taxas de prenhez na IATF, cobertura do touro e acumulada. A taxa de prenhez acumulada foi satisfatória em todos os tratamentos, reforçando a viabilidade de programas de IATF para sincronização de novilhas e vacas. Porém, não observou-se efeito (P> 0,05) do FSH no protocolo para novilhas e vacas. Palavras-chave: Biotecnologia, FSH-p, hormônios, reprodução e sincronização Protocols for fixed time artificial insemination and reproductive efficiency of heifers and crossbred dairy cows Abstract: This study aimed to evaluate protocols in fixed time artificial insemination (FTAI) in heifers and Dutch / zebu crossbred cows. There was used a randomized design with 96 animals, distributed among treatments: T-Control: Day 0 - insertion of an intravaginal progesterone device and application of 2 mg of estradiol benzoate (EB), intramuscular (im) Day 8 - removal of the device and application of 0.53 mg of PGF2 and 1 mg EB (im) Day 10 - FTAI; TFSH: similar to T-Control but with application on the 8th day of 15 mg of FSH-p (im); TFNOV: similar to TFSH but using heifers. There was observed (P <0.05) weight (BW) and body condition score (BCS) effect with the treatments. There were differences (P <0.05) on BW between multiparous cows (FTSH and T-Control) and the heifers (FTNOV). There was no effect for postpartum days (P> 0.05), and the average was 85 days. There was no effect (P> 0.05) between the protocols, return to rutting and pregnancy rates in the FTAI, the bull coverage and the accumulated. The cumulative pregnancy rate was satisfactory in treatments, enhancing the viability of programs for FTAI in heifers and cows. However, there was observed no FSH (P> 0.05) effect in the protocol for heifers and cows. Keywords: Biotechnology, FSH-p, hormones, reproduction and synchronization 31 Introdução A rentabilidade do sistema de produção está diretamente relacionada à eficiência reprodutiva do rebanho que depende de animais com maturidade sexual e idade ao primeiro parto mais precoce, respeitando seus limites fisiológicos. Diversas biotécnicas têm sido utilizadas na busca da eficiência reprodutiva e índice genético nos rebanhos, como a inseminação artificial em tempo fixo (IATF), com protocolos diferentes, que requerem mais pesquisa para confirmação da eficácia dos tratamentos hormonais nos programas de sincronização. Novilhas em sistemas de produção a pasto, representam um desafio maior (Meneghetti e Vasconcelos, 2008; Vasconcelos et al., 2009), visto que a ingestão de nutrientes durante o período pós-parto não é suficiente para atender às exigências de crescimento e de lactação (Sá Filho et al., 2009). Como resultado da baixa taxa de concepção, muitos produtores mantêm as novilhas não gestantes em seus rebanhos durante a estação de monta para serem inseminadas no ano subsequente. A não detecção do estro e a ocorrência de anestro influenciam diretamente as taxas de concepção e prenhez, levando a índices insatisfatórios na taxa de natalidade (bezerros nascidos / total de fêmeas do rebanho em idade reprodutiva) (Lamb, 2003). A IATF possibilita inseminar considerável número de animais (até 400 inseminações/dia) no momento mais apropriado aos técnicos e produtores, abolindo a necessidade de observação de estro (Ayres et al., 2006; Torres-Júnior et al., 2007), fator limitante para o sucesso de programas de inseminação artificial (IA). Progesterona e seus derivados sintéticos são progestágenos utilizados em mamíferos na sincronização de estros em animais cíclicos ou na sua indução em animais em anestro pósparto (Vasconcelos et al 2009). Vacas (Fike et al., 1997) e novilhas (Johnson et al., 1997) tratadas com dispositivo intravaginal bovino (DIB) contendo progesterona, por sete dias, mais administração de benzoato de estradiol (BE) 24-30 h após a remoção do DIB, tiveram o aumento do número de fêmeas que exibiram comportamento estral, quando comparadas àquelas não tratadas ou tratadas apenas com DIB, evidenciando o efeito da progesterona. No tratamento de anestro em vacas, ocorre aumento na secreção do hormônio luteinizante (LH) e progestogênios (Williams et al., 1983; Garcia-Winder et al., 1987), o que é importante para o retorno da atividade ovariana luteal cíclica e redução de luteólise prematura após a primeira 32 ovulação no pós-parto (Sá Filho et al., 2009), permitindo o estabelecimento do corpo lúteo (Vasconcelos et al., 2009). Há grande probabilidade que a dinâmica de desenvolvimento dos pequenos folículos obedeça a um padrão de ondas em resposta a elevações transientes de FSH endógeno (Adams et al. 1994). Com isso, a indução da emergência da onda folicular pode ser induzida por administração de FSH exógeno. Bó et al. (2008) demonstraram que é possível induzir a superestimulação do folículo dominante de uma onda de crescimento folicular, alongando o período de tratamento com FSH. Para melhorar a eficiência reprodutiva, além de bom manejo alimentar, sanitário e reprodutivo do rebanho, bem-estar e controle zootécnico, às vezes é necessário buscar novas alternativas, as quais proporcionarão ao produtor a rentabilidade da sua produção, o que mostra a importância do uso dos protocolos de sincronização do estro. Na busca de biotécnicas economicamente viáveis para a melhoria da eficiência reprodutiva na pecuária, objetivou-se com este trabalho avaliar diferentes protocolos de IATF em vacas multíparas e observar o efeito do mesmo protocolo comparando multíparas e primíparas observando-se a influência do hormônio folículo estimulante (FSH-p) na IATF. Materiais e Métodos O experimento foi realizado no município de Quirinópolis, GO. Os animais (n= 95) foram mantidos em único lote em 24 ha de pastagens de capim Panicum maximum, suplementados com mistura mineral, água e sombreamento à vontade, buscando similaridade da condição experimental com manejo de rebanhos mestiços Holandês/Zebu (Bos taurus taurus x Bos taurus indicus) em sistema de produção de leite a pasto. As vacas foram ordenhadas uma vez ao dia, às 6 h, por meio de ordenha manual com bezerro ao pé, os quais eram apartados por volta de 15 h. A observação visual de estro foi realizada duas vezes ao dia durante duas horas. Com essa condição, objetivou-se permitir que os possíveis resultados tivessem aplicabilidade prática em rebanhos bovinos mestiços leiteiros mantidos em condições ambientais e de manejo semelhantes. Utilizou-se delineamento inteiramente casualizado (DIC) e foram utilizados 95 animais, sendo 71 vacas lactantes e 24 novilhas mestiças Holandês/Zebu, multíparas, apresentando histórico de boa fertilidade e clinicamente sadias, durante o período de dezembro de 2009 a março de 2010. Os animais foram pesados e, concomitantemente, avaliados por meio visual e palpação nas regiões garupa, flanco e inserção da cauda, por dois 33 avaliadores, previamente treinados (ensaio duplo cego) para determinação do escore de condição corporal, em escala de 1-5, de acordo com a proposta de Edmonson et al. (1989). Todas as mensurações e avaliações foram realizadas 24 h antes da inserção do DIB. Os animais foram acompanhados desde o começo da aplicação dos protocolos até o repasse do touro, caso não houvesse confirmação da concepção após a IATF. Os animais foram distribuídos em 3 tratamentos: -TControle (n=35 multíparas)- Dia 0, inserção de dispositivo intravaginal de progesterona1 e aplicação de 2 mg de benzoato de estradiol2, intramuscular (IM); dia 8, retirada do dispositivo e aplicação de 0,53 mg de PGF23 e 1 mg de benzoato de estradiol, IM; dia 10, IATF realizada 44 h após a retirada do dispositivo; -TFSH (n=36 multíparas)- Dia 0, inserção de dispositivo intravaginal de progesterona e aplicação de 2 mg de benzoato de estradiol, intramuscular (IM); dia 8, retirada do dispositivo e aplicação de 0,53 mg de PGF2, 1 mg de benzoato de estradiol e 15 mg de FSHp, IM; dia 10, IATF realizada 44 h após a retirada do dispositivo; -TFNOV (n=24)- Utilizando-se novilhas; Dia 0, inserção de dispositivo intravaginal de progesterona e aplicação de 2 mg de benzoato de estradiol, intramuscular (IM); dia 8, retirada do dispositivo e aplicação de 0,53 mg de PGF2, 1 mg de benzoato de estradiol e 15 mg de FSH-p, IM; dia 10, IATF realizada 44 h após a retirada do dispositivo. As inseminações artificiais foram realizadas por um mesmo técnico, utilizando-se sêmen de animais da raça holandesa e Gir de uma central de sêmen vinculada à Associação Brasileira de Inseminação Artificial. O diagnóstico de gestação foi realizado aos 60 dias após a inseminação artificial, por palpação retal para determinar a taxa de prenhez, observando também o retorno ao estro. Os animais que não apresentaram prenhez foram submetidos a repasse do touro (monta natural). Todas as análises estatísticas foram realizadas com o programa SAS 9.0 (2001) a 5% de probabilidade em delineamento inteiramente casualizado, considerando o efeito dos tratamentos. As variáveis peso vivo e dias pós-parto foram analisadas por análise de variância, com posterior comparação pelo teste de Tukey e o escore de condição corporal pelo teste de Kruskal-Wallis. A presença de corpo lúteo e as taxas de prenhez (IA, repasse com boi e acumulada) foram submetidas à análise logística, considerando o efeito do peso vivo, dias 1 ® 1,0 g de progesterona, dispositivo intravaginal bovino , Schering-Plough, Brasil. ® 1 mg/mL de benzoato de estradiol, gonadiol , Schering-Plough, Brasil. 3 ® 0,2 g/ L de cloproste ol sódico, Ciosi , Coopers, Brasil. 2 34 pós-parto e escore de condição corporal, quando houve diferença significativa entre os tratamentos. Resultados e Discussão O peso vivo (PV), dias pós-parto (DPP), escore de condição corporal (ECC) e seus coeficientes de variação (CV) estão apresentados na Tabela 1. Os coeficientes de variação mostram grande dispersão e variabilidade entre os animais. Houve efeito (P<0,05) para PV e ECC com os tratamentos, visto que ECC representa uma codificação do status nutricional do animal, refletindo sua influência na eficiência reprodutiva. Pio de Almeida et al. (2002) verificaram baixa taxa de prenhez como consequência da baixa condição corporal, que foi de 40% nas vacas com desmame dos bezerros aos 90 dias e de 11% nas vacas com desmame aos 7/8 meses, evidenciando que o efeito da interação condição corporal e amamentação é potencializado em vacas magras e com desmame tardio. Já Moreira et al. (2000) observaram menores taxas de prenhez em vacas com escore corporal ≤ 2,5 que naquelas com escore superior a 2,5, reforçando a influência da ECC no desempenho reprodutivo de vacas pós-parto e corroborando os resultados desta pesquisa, que teve como média no ECC de 2,5. A eficácia de programas de sincronização de estros é dependente do manejo nutricional (Moraes, 2002). Mostrando a importância da boa nutrição para um bom resultado de programas de IATF. Novilhas a pasto nativo melhorado apresentam menor intervalo da maturidade sexual à concepção (Menegaz et al., 2008). Não houve efeito para dias pós-parto (P>0,05) cuja média foi de 85,0 dias, sugerindo que é possível obter bons resultados com protocolos para IATF nessa fase do pós-parto em vacas lactantes com bezerro ao pé e condição corporal entre 2,0 e 3,0. Apresenta-se assim como o período a ser recomendado, visto que seria o momento ideal de se fazer a primeira IA pós-parto e ter como meta intervalo médio de parto (IP) de 12-13 meses e a produção de um bezerro desmamado/vaca/ano. O desempenho reprodutivo das vacas é multifatorial. Os fatores: genética e raça (Fonseca et al, 1983); idade ao parto (Pursley, et al. 1997); retomada da atividade ovariana após o parto (Thatcher e Wilcox, 1973); nutrição (Butler, 2000); produção de leite (Peters e Pursley, 2002); saúde uterina (Leblanc et al., 2002); condições ambientes (Rensis e Scaramuzzi, 2003) e praticas de manejo (Nebel et al., 1994) podem ter efeito direto ou 35 estarem indiretamente associados à atividade fisiológica ovariana no desenvolvimento e função folicular e luteal (Lucy, 2000 e Sartori, 2004), o que pode ter influência nas ações dos hormônios empregados nos protocolos. Houve diferença (P<0,05) entre as médias de peso vivo entre as vacas multíparas (TFSH) quando comparadas às novilhas (TFNOV). Tabela 1 – Peso vivo (PV), escore de condição corporal (ECC), dias pós-parto e protocolos de IATF nos tratamentos controle (TControle), vacas com FSH (TFSH) e novilhas com FSH (TFNOV). Variável Peso vivo (kg)2 ECC (1 a 5) 3 Dias pós-parto 1 Tratamento1 CV Valor-P TControle TFSH TNOV (%) 445,27a 452,29a 313,21b 15,78 <0,0001 2,59 2,54 3,00 - <0,0001 86,59 83,62 - 30,02 0,6332 TCont= Tratamento Controle; TFSH= Vacas com FSH-p; TFNOV= Novilhas com FSH-p. Médias seguidas 2 por letras diferentes, na mesma linha, diferem entre si pelo teste de Tukey (P<0,05). 3Teste de Kruskal-Wallis. Não houve efeito (P>0,05) entre o protocolo e retorno ao estro e as taxas de prenhez na inseminação artificial, monta natural e acumulada. Isso mostra a ineficácia do tratamento com FSH-p. Não houve interação (P>0,05) entre protocolos, peso vivo e condição corporal no retorno ao estro, taxa de prenhez para IATF, na monta natural e prenhez acumulada das vacas (Tabela 2). Sonohata et al. (2009) verificaram efeito significativo da situação da vaca (com ou sem bezerro ao pé) sobre o ECC, peso e observação de cio. Esses resultados diferem do presente estudo, visto que vacas multíparas estavam lactantes e mesmo assim não houve efeito. O FSH-p não afetou a taxa de prenhez por IATF no presente trabalho. Com isso, o custo/benefício da biotécnica utilizando FSH-p não é justificável. Há probabilidade que a dinâmica de desenvolvimento dos pequenos folículos siga um padrão de ondas em resposta a elevações transientes de FSH endógeno (Adams et al., 1994). Com isso, nova indução da emergência da onda folicular pode se dar por administração de FSH exógeno. Bó et al. (2008) demonstraram que é possível induzir a superestimulação do folículo dominante de uma onda de crescimento folicular, alongando o período de tratamento com FSH. 36 Tabela 2 – Análise de regressão logística para retorno ao estro e de prenhez das fêmeas na IATF, monta natural e acumulada Fonte de variação Gl Valor χ2 P>χ2 Retorno ao estro Tratamento 2 4,78 0,0918 PV 1 1,87 0,1714 CC 1 2,57 0,1090 Taxa de prenhez por IATF Tratamento 2 1,51 0,4698 PV 1 0,01 0,9345 CC 1 2,72 0,0992 Taxa de prenhez por monta natural Tratamento 2 2,63 0,6628 PV 1 0,69 0,5914 CC 1 1,71 0,8590 Taxa de prenhez acumulada Tratamento 2 0,14 0,9323 PV 1 0,16 0,6850 CC 1 0,51 0,4748 O protocolo de IATF com FSH-p, para vacas e novilhas, não foi diferente (P> 00,5) do protocolo sem esse hormônio. Comparando-se o protocolo com FSH-p entre vacas e novilhas, também não houve diferença (P>0,05), considerando a taxa de prenhez na IATF, monta natural e a acumulada, sugerindo que não houve ação biológica do hormônio exógeno na atividade ovariana em resposta ao protocolo para IATF. A adição de FSH-p no protocolo de IATF não resultou em aumentos nos índices reprodutivos de vacas e novilhas. 37 Tabela 3 – Estro e taxa de prenhez segundo os tratamentos Variável Estro (%) Tratamento1 Valor-P2 TCont TFSH TFNOV 29,41 41,18 45,83 (10/34) (14/34) (11/24) 0,0918 Taxa de prenhez (%) IATF Monta natural Acumulada 1 48,57 41,67 37,50 (17/35) (15/36) (09/24) 50,00 61,90 77,78 (09/18) (13/21) (28/36) 74,29 77,78 75,00 (26/35) (28/36) (18/24) 0,4698 0,2690 0,9323 TCont= Tratamento Controle; TFSH= Vacas com FSH-p; TFNOV= Novilhas com FSH-p. 2Nível descritivo de probabilidade para o erro tipo I associado à hipótese de nulidade relacionada à ausência de diferença entre tratamento pelo teste 2 na análise de regressão logística. Não houve efeito (P>0,05) do protocolo e retorno ao estro e as taxas de prenhez na IATF, monta natural e acumulada, reforçando que o incremento de FSH-p no protocolo de IATF hormonal não influenciou nos resultados. Pode-se observar que também não houve diferença estatística (P> 0,05) na taxa de prenhez na IATF das vacas TControle (48,57%), TFSH (41,67%) e TFNOV (31,50%), concluindo-se que a adição de FSH ao protocolo não influencia a resposta ao protocolo de IATF, independente da categoria animal (Tabela 3). Geary et al. (1998) observaram melhores taxas de prenhez em vacas (59%) do que em novilhas (49%), o que pode estar relacionado ao estágio de desenvolvimento de novilhas, corroborando o presente trabalho, que apresentou taxa de prenhez para vacas e novilhas de 41,67% e 37,50%, respectivamente. As taxas de prenhez acumuladas variaram entre os tratamentos de 74,29% a 77,78%, o que, para rebanhos mestiços leiteiros, mostra-se como um índice satisfatório de eficiência reprodutiva e econômica (Esslemont, 1991). Com isso, torna-se evidente a eficiência dos protocolos hormonais de sincronização da ovulação quanto à regularização do ciclo estral das vacas no pós-parto. 38 As taxas de prenhez acumuladas foram satisfatórias, justificando, sob ótica técnica e econômica, o uso de protocolo de IATF em vacas mestiças lactantes com bezerro ao pé e novilhas com peso médio preconizado para a primeira cobertura. Conclusões A taxa de prenhez acumulada foi satisfatória para vacas lactantes com bezerro ao pé e novilhas com peso ideal para primeira cobertura. A adição de FSH-p ao protocolo de IATF não influenciou a eficiência reprodutiva dos animais experimentais 39 Referências Bibliográficas ADAMS, G. P. ; EVANS, A. C. O. ; RAWLINGS, N. C. Folicular waves and circulating gonadotropins in 1-month-old prepubertal heifers. Journal of Reproduction and Fertility, Cambridge, v. 33, p. 100-127, 1994. AYRES, H. et al. 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