Academia.eduAcademia.edu

D. Nicolao

Guião para um documentário de 50 minutos sobre Nicolau Nasoni, criado para o evento "Porto 2001".

«d. nicolao» Versão Final introdução - cena 1 Imagens do filme "Um Chá nas Nuvens, de Raul Caldeville: 6:10 a 6:50: Acrobata inicia escalada e chega a um patamar da Torre dos Clérigos. MÚSICA. 7:25 a 7:35: Acrobata inicia a escalada da parte cimeira da Torre. MÚSICA. 8:50 a 9:06: O atleta chega ao fim da escalada. MÚSICA. 9:28 a 9:50: Espectadores. MÚSICA. genérico inicial. Imagens de cima sobre o Porto. OFF: Esta é a Torre dos Clérigos. É um dos símbolos do Porto. Quem a desenhou foi Nicolau Nasoni. Continuação da panorâmica sobre o Porto. OFF: Pouco se sabe deste arquitecto. Não há sequer uma imagem do seu rosto. Quem era, e o que fez é o que vamos tentar desvendar neste documentário. MÚSICA. Imagem do trigo ondulante. Legenda: Itália. MÚSICA. Legenda: Toscana. MÚSICA. Legenda: San Giovanni Valdarno. MÚSICA. Gravura do século XVII de San Giovanni. OFF: Nasoni nasceu aqui, nesta vila toscana: S. Giovanni Valdarno, a cerca de 50 km de Florença. Certidão de nascimento (Ver possibilidade de roll em latim com leitura em português). “Anno Domini 1691, die 2 Iunii Ego Ioannes Bessius Plebanus baptizzavi infantem natum hac hora II, ex Ioseph Francisci de Nasoni, et ex Margharita Nicolai de Rosis, coniugibus, cui nomen impositum est Nicolaus, Patriunus D. Marius de Davanzatis, et eius vice ser Ioannes Laurentius de Fanettis, huius populi”. OFF: A sua certidão de nascimento informa-nos que Nicolau Nasoni nasceu às 2 horas da manhã do dia 2 de Junho de 1691. Casa de Nasoni. OFF: A mesma certidão diz-nos que era filho de Giuseppe Francesco Nasoni, provavelmente caseiro, e da sua mulher, Margaretta Rosis. Igreja de S. Giovanni onde Nasoni foi baptizado. OFF: Foi baptizado nesse mesmo dia na igreja paroquial de S. João Baptista, sendo padrinho Messere Mario Davanzatti ... Ambiente rural, casa rica. OFF: ...um florentino ilustre para quem o pai de Nasoni trabalhava. SOM AMBIENTE E MÚSICA. Paisagem toscana, com legendas: colinas ciprestes paisagem rural harmonia passeio campanilismo SOM AMBIENTE E MÚSICA. DEFINIÇÃO ESCRITA: O campanile ergue-se bem alto para que os sinos se ouçam ao longe. O amor do toscano à sua terra mantém-no próximo do seu campanille. Grande plano do sino e imagens de San Giovanni Valdarno: campanille, igrejas, etc. S. Giovanni.. OFF: Pouco ou nada se sabe da infância de Nasoni em S. Giovanni Valdarno. Sabe-se que foi influenciado por Ferrati e estudou pintura decorativa em Siena com Giuseppe Nasini. Gravuras e tectos de Ferrati. OFF: Nascido provavelmente em S, Giovanni Valdarno, Vincenzo Ferrati foi pintor ilusionista, autor, por exemplo, dos tectos da Igreja della Madonna delle Grazie, em S. Giovanni. Medalhões de Nasini. Gravura do rosto de Nasini. OFF: Giuseppe Nasini nascido em 1657 e falecido em 1736, teve grande fama como pintor religioso e decorativo no último decénio de Seiscentos e o primeiro do século XVIII, . especializando-se em pintura ilusionista. DEFINIÇÃO ESCRITA: Pintura Ilusionista: pintura que causa ilusão; perspectiva falsa de um espaço. Andrea Pozzo para a Igreja de Santo Inácio de Loyola em Roma. Imagens dos tectos de Andrea Pozzo. MÚSICA BARROCA. Imagens de Siena, com legendas: Terra de Siena Cidade Medieval Ruelas Praça Torre del Mangia Palio Certificado de Nasoni como académico Rozzo. OFF: A certa altura da sua vida Nasoni saiu de S. Giovanni e foi para Siena, estudar pintura decorativa. Uma vez aqui chegado foi admitido na Congregazione ou Istituto dei Rozzi (Os Apalhaçados), uma academia de artistas sienenses cujo objectivo era representar comédias rústicas, fazer mascaradas campestres e escrever poesia. Segundo consta a sua alcunha era “Il Piangollegio”, o "Choramingas" e estava encarregado de desenhar cenários para as peças. Imagem do Arco Triunfal para a entrada do Arcebispo. OFF: Em 1715, o arcebispo Alessandro Chigi-Zondadari entra solenemente em Siena. Para essa entrada, a Academia pede a Nasoni que desenhe um arco triunfal. Gravura de Nasoni para a Contrada do Caracol. OFF: Mas Nasoni fez outros trabalhos de arquitectura efémera, como prova este desenho efectuado para as festividades do Palio de Siena. Imagens correspondentes na actualidade. DEFINIÇÃO ESCRITA: Arte Efémera: criações temporárias assinalando acontecimentos sociais: entradas triunfais, casamentos, mortes, etc.. Livro com Carros de Marte e de Minerva. Em 1720 organizaram-se em Siena umas grandiosas festas em honra de Marcantonio Zondadari, Grão Mestre da Ordem de Malta. Imagem do carro alegórico. OFF: Nasoni desenhou para a ocasião um carro alegórico. Desenhos da Biblioteca Ciaccheriana. OFF: No final do século XVIII, o Abade Ciaccheri reuniu uma colecção considerável de desenhos barrocos, alguns dos quais atribuídos a Nicolau Nasoni. Imagens encadeadas de obras de Nasoni. Imagens da "Guida de Siena" onde se fala dele como pintor e gravador. OFF: A gravura foi outra das artes a que Nasoni se dedicou, em Siena, tendo provavelmente aprendido com Zoroastro Staccioli . Hospital de Santa Maria della Scalla. OFF: Para além da Arte Efémera, Nasoni dedica-se também à pintura.Um dos seus trabalhos, infelizmente já desaparecido, terá sido, segundo Giovanni Antonio Pecci, a pintura a fresco na fachada do velho Hospital de Santa Maria della Scala, junto a uma antiga igreja fundada em 832. Situava-se em frente à escadaria do Duomo medieval de Siena, daí o seu nome. Imagens do Duomo de Siena. MÚSICA. OFF: Não se sabe ao certo se Nasoni estudou ou trabalhou em Roma. O mais provável é que tenha feito lá uma pequena estadia onde terá sido influenciado pelos edifícios barrocos da cidade. Geral de Roma. Legendas: Roma Cidade Eterna Império Romano Arte Barroca Bernini Borromini CAIXA BARROCO: Igreja de Gesù. OFF: Nascido em Itália, mais propriamente em Roma, no século XVII, o Barroco começa por ser a reacção da Igreja católica à Reforma Protestante. Igreja do Quirinale. OFF: Com uma fabulosa riqueza que acumulara, e para conseguirem que os fiéis frequentassem as Igrejas, os dignatários do clero começaram a exibir as suas riquezas, extravagâncias e opulências várias. Controem-se igrejas majestosas, decora-se o interior com talha dourada, multiplicam-se as imagens dos santos, abusa-se dos mármores dos brocados e de outros luxos.. OFF: Depois de Roma o Barroco foi-se difundindo por várias cidades e países e chegou também Portugal, onde, tal como noutros lados coexistiu com outras correntes artísticas. Convento de Mafra: S. Sebastião, Sta. Teresa. OFF: Em Portugal o auge do Barroco coincide fundamentalmente com o reinado de D. João V. Convento de Mafra. OFF: O ouro do Brasil permitiu ao rei chamar artistas estrangeiros para Portugal, encher as igrejas de talha dourada (falar das estátuas)e construir edifícios mastodônticos como o Convento de Mafra. FIM DA CAIXA "BARROCO". Livros de Siena OFF: Tenha ou não conhecido Roma, a verdade é que Nasoni deixa Siena, com cerca de 30 anos. OFF: Talvez por ter conhecido Marcantonio Zondadari ou pela escassez de trabalho em Siena (onde havia já inúmeros artistas), o certo é que Nicolau Nasoni vai para Malta em 1720 ou 22. Panorâmica de Malta. Legendas: Malta Mediterrâneo Ordem de Malta OFF: Em Malta o seu trabalho consistiu essencialmente na pintura do Palácio do Grão Mestre. Tectos do Palácio do Grão Mestre. OFF: Pintou a maior parte das três galerias do Palácio: os Corredores de Entrada, da Armaria e do Príncipe de Gales. Utilizou a técnica da pintura a tempera sobre paredes estucadas. Numa das telas do tecto surge uma data: 1724, a data provável do final dos trabalhos. Outras imagens de Malta. OFF: Entretanto em 1722 Marcantonio Zondadari deixa de ser o Grão Mestre da Ordem de Malta e passa a ser o português António Manuel de Vilhena. É provavelmente através dele que Nasoni conhecerá Roque de Távora, cavaleiro da Ordem. OFF: Roque de Távora era irmão de D. Jerónimo de Távora, o deão da Sé do Porto. (veio para Portugal por este conhecimento) Imagens do Porto com as seguintes legendas: Porto Rio d' Ouro Pontes Contrastes Granito Imagens da Sé OFF: Na primeira metade do século XVIII Portugal se tornou uma terra de promissão para artistas estrangeiros. É provável que D. Jerónimo de Távora, Deão da Sé do Porto, tenha pedido ao irmão que lhe arranjasse um pintor, para as obras que decorriam naquela altura. Havia necessidade de contratar alguém que dominasse a técnica da pintura sobre estuque e que trouxesse o novo gosto estético que surgia naquela altura em Itália. DEFINIÇÃO ESCRITA: Deão: quem preside ao cabido. DEFINIÇÃO ESCRITA: Cabido: agrupamento de eclesiásticos que assegura e dirige o serviço duma igreja. OFF: É então que Roque de Távora terá convidado Nicolau Nasoni para vir trabalhar em Portugal. OFF: A primeira notícia sobre Nasoni em Portugal aparece num documento do Cabido da Sé do Porto, que o dá como arquitecto e pintor florentino exercitado em Roma e tendo trabalhado em Malta. O documento é de 1725, teria Nasoni cerca de 34 anos. Sé do Porto. OFF: Apenas chega a Portugal, inicia a pintura da capela-mor e da sacristia, trabalhos esses que durarão até 1737. Pinturas de Nasoni da Sé e desenhos de Siena. OFF: Na capela mor, pintou os espaços deixados livres pela aplicação dos mármores e dos dourados.(completar o texto com a associação aos desenhos de Siena) Documento da Sé do Porto, arquivado no Arquivo Distrital do Porto (ADP, Mitra, doc nº1, fls 3, verso): - “Para se fazerem logo com perfeição e acerto, todas as obras, e se evitar o perigo de se desmancharem e fazerem segunda vez por falta de preverem os erros, vieram não só de Lisboa, mas de outros Reynos, arquitectos, e Mestres peritos nas artes a ~q erão respectivas as obras. Veyo Niculau Nazoni arquitecto, e pintor Florentino exercitado em Roma, donde foy chamado a Malta pª pintar o Pallacio do Grão Mestre” OFF: Para o vão das janelas, Nasoni adoptou o sistema de decoração ilusionista seguido em Malta, desenhando vistas de pórticos e abóbadas monumentais. Sacristia da Sé. OFF: Na sacristia Nasoni pintou a abóbada e as paredes por cima do nível da talha. (ver se ponho o nome de Nasoni na Sé). Certidão de casamento com Isabel Catriotto Ricciardi. oFF: É enquanto está a trabalhar nas obras da Sé que Nasoni se casa com a italiana Isabel Catriotto Ricciardi. OFF: Nesse mesmo ano, 1729, nasce-lhe o primeiro filho, José. Morte de Isabel Catrioto. OFF: Pouco tempo depois morre-lhe a mulher. Casamento com Antónia Malafaia. OFF: Mas Nasoni não ficará viúvo muito tempo, e em Setembro de 1730 casa com Antónia Mascarenhas Malafaia. Deste segundo casamento nascerão 5 filhos. Imagens da Sé. OFF: Nasoni, por esta altura continuava a trabalhar na Sé do Porto. Galilé. OFF: Por volta de 1736 construía-se a Galilé, espécie de alpendre anexo ao corpo da Sé. DEFINIÇÃO ESCRITA: Galilé: espécie de alpendre à porta ou ao lado de uma igreja onde os paroquianos se podem encontrar. Galilé da Sé. OFF: E aqui começam as dúvidas. Um dos estudiosos de Nasoni, Robert C. Smith considera-a da autoria de Nasoni. Outros autores (como Joaquim e Natália Ferreira Alves) consideram não haver documentos comprovativos dessa autoria. Escadaria interior. OFF: Também atribuídas a Nasoni é uma escadaria interior, mas, tal como para a galilé, não há documentos significativos dessa atribuição. A referida escadaria, que dá acesso ao andar superior do claustro, é, apesar de simples, muito bela e cenográfica. Sé de Lamego. OFF: Foi também o mesmo amigo e mecenas D. Jerónimo que lhe arranjou o próximo trabalho. Sabe-se que em 9 de Outubro de 1734, o cabido tomou a decisão de refazer a Sé "do arco cruzeiro para baixo". Consultou sobre isso D. Jerónimo, que recomendou Nasoni. OFF: A renovação era sobretudo no interior e a ideia era torná-la tão imponente como a Sé do Porto. Por volta de 1738, Nasoni pintou então o tecto da Catedral. Nasoni pintou, ao que parece, pedla primeira vez em Portugal, cúpulas fingidas em abóbadas. As pinturas a têmpera ocupam as quatro abóbadas da nave central, inclusive a do coro, e as três de cada nave lateral, fazendo um total de dez composições. As cores são iguais às da sacristia do Porto, embora mais vivas. As pinturas da Sé de Lamego são os mais importantes trabalhos de Nasoni no ilusionismo arquitectónico existente em Portugal. Mas a Catedral também teve obras de outro tipo com risco atribuído a Nasoni. Continua a não haver provas documentais, pondo-se também a possibilidade de o risco do actual corpo central da Igreja ser de António Pereira. Imagens do Paço Episcopal do Porto. OFF: É de 1734 a planta para o maior edifício civil de Nicolau Nasoni. Trata-se do Paço Episcopal do Porto, construído junto à Sé, no lugar de um antigo palácio medieval. Nasoni recebeu 4000 reis pela sua planta. Não se sabe porém, se esta foi ou não usada para a actual construção.. As coisas mais notáveis do edifício são a majestosa escadaria e a decoração do tecto. No exterior do Paço encontramos frontões invertidos sobre as janelas, cuja ideia Nasoni deve ter “trazido” da Toscânia já que foram “inventados” por Buontalenti. DEFINIÇÃO ESCRITA: Buontalenti: Arquitecto florentino que trabalhou para os Medici, em Florença. DEFINIÇÃO ESCRITA: Frontões: ornamentos colocados sobre pórticos, portas ou janelas. OFF: A história desta construção é rodeada de mistérios, devido à falta de documentação. Em 1902, Eduardo Sequeira refere que o Paço só foi concluído em 1877, mais de um século depois de Nasoni ter executado a planta. Fonte de S. Miguel. OFF: Também junto à Catedral há uma curiosa fonte atribuída (sem qualquer documentação que o prove) a Nasoni. É a chamada Fonte de S. Miguel. Imagens do Porto. Igreja dos Clérigos. OFF: Foi na Igreja da Misericórdia, onde a Irmandade dos Clérigos tinha sede, que numa sessão de 13 de Dezembro de 1731, se resolveu construir uma igreja. DEFINIÇÃO ESCRITA: Irmandade dos Clérigos: Composta por sacerdotes nasceu em 1707, com a fusão de 3 confraternidades. OFF: Nessa mesma sessão D. Jerónimo de Távora, Presidente da Irmandade, decidiu adjudicar o risco da nova Igreja ao pintor e arquitecto italiano. Na sessão de 13 de Janeiro de 1732, a construção foi arrematada ao mestre - pedreiro António Pereira por 33000 cruzados. Na mesma sessão foi também decidido que ao abrir dos alicerces "há que assistir o Arquitecto pera notar os moldes... OFF: Finalmente em 2 de Junho, numa grande cerimónia religiosa, lançou-se a primeira pedra do templo, dedicado a Nossa Senhora da Assunção. Igreja de Santa Eulália da Cumeeira. OFF: Mas Nasoni não largou as suas funções de pintor. Sensivelmente depois de ter acabado as pinturas dos tectos da Catedral de Lamego, começou outra empreitada: a pintura de outros tectos, neste caso da Igreja de Santa Eulália da Cumeeira, no concelho de Santa Marta de Penaguião perto de Vila Real. Inscrição por cima da porta da igreja. OFF: A presença de Nasoni na Igreja da Cumeeira está documentada por uma inscrição por cima da porta da fachada Tectos da Igreja. OFF: Nasoni executou o tecto da capela-mor, o tecto da nave, os caixotões do coro, a porta falsa do púlpito da Epístola, tudo pintura sobre madeira. A têmpera pintou várias secções das paredes. Desenhou ainda a talha dourada do altar. Em 1951, as pinturas figurativas perderam-se com a substituição dos tectos. Caixa do Barroco: Imagens do Barroco. OFF: Costuma-se dizer que toda a arte oscila entre o classicismo e o barroco. OFF: Em Portugal o Barroco chega relativamente tarde, imitando o italiano. Igreja de Gesù. Igreja do Menino Deus. OFF: Há imensas semelhanças por exemplo entre a Igreja de Gesù, de Roma e a Igreja do Menino Deus, em Lisboa. Cadeiral de Arouca. OFF: A verdadeira riqueza do Barroco português está no interior das Igrejas, nos azulejos e na talha dourada. OFF: Mais do que um estilo artístico, o Barroco é sobretudo uma atitude perante a vida. Ou melhor ainda é a a vida num palco. O seu apogeu artístico coincidiu com a vida de Nasoni. Edifício barroco. OFF: O barroco caracteriza-se pelo excesso decorativo, pelas formas arredondadas, pela decoração amaneirada, em ricos desenvolvimentos de curvas e contracurvas.. Estes motivos decorativos apresentam-se muitas vezes em Portugal sob a forma de quadros sem ligação orgânica com o edifício, mais como elementos justapostos, cenográficos. É uma arte dinâmica, com predomínio das massas, do movimento, e da policromia. Quadros do Caravaggio. OFF: Há uma tendência para o claro-escuro, para as formas com movimento e sempre para o excesso. Foi durante bastante tempo considerado uma decadência artística. Só em 1915 é que Wölfflin, veio-lhe dar um estatuto semelhante ao Renascimento. Barroco português. Fim da Caixa do Barroco. Palácio de Mateus. OFF: Uma das realizações barrocas mais interessantes e exuberantes é a ala central do Palácio de Mateus, atribuída a Nasoni. Imagens do Palácio. OFF: Em 1739 Nasoni trabalhou na Igreja de Santa Eulália da Cumeeira, terra transmontana cujo morgadia pertencia ao de Mateus, mas após este trabalho só regressa ao Porto em 1743. Há pois um intervalo de dois ou três anos, em que, segundo Robert C. Smith, Nasoni trabalhado na obras de construção deste solar um dos mais fascinentes do país. OFF: O solar consta de um bloco central precedido de duas alas, formando um profundo pátio de entrada, fechado por uma balaustrada de granito, tudo ricamente esculpido. OFF: No arquivo da casa não há qualquer referência a Nasoni e muito poucas informações acercas do edifício. Existe porém a tradição de ser ele o arquitecto da fachada do Palácio. OFF: Não se descobre nada de característico de Nasoni nas duas alas laterais. O estilo dele surge só no bloco central e na fachada nobre. Igreja de Matosinhos. OFF: Muito semelhante ao estilo do solar de Mateus é a fachada da Igreja do Bom Jesus de Matosinhos. OFF: Para além do desenho da fachada, Nasoni contribuiu também com estátuas para o frontispício. OFF: É esta a primeira obra que executa depois do seu regresso ao Porto, vindo de Vila Real. Os trabalhos de reconstrução que duraram entre 1743 e duraram até 1747. OFF: A obra de pedraria foi arrematada a António Rodrigues. Houve que refazer várias vezes a obra já que não se quadrava com a planta de Nasoni. No adro em frente da Igreja o arquitecto colocou um chafariz de proporções monumentais. Este chafariz parece ter tido como tantas outras obras de Nasoni uma coinstrução defeituosa. Imagens da Quinta e Casa da Prelada. OFF: Também de 1743 deve ser a planta para a construção da Casa e Quinta da Prelada. Não foi uma obra terminada – não se sabe porqiue razão - mas se o fosse seria de uma grande majestade, sobretudo a parte dos jardins. Encheu-os de obeliscos, cascatas, pirâmides, labirintos e colocou-lhe até um grande lago. OFF: Para Robert C. Smith os dois elementos mais significativos são a fachada e o desenho da torre do lago. Igreja de Santa Marinha em Vila Nova de Gaia. OFF: Como todos os artistas, Nasoni tem obras maiores e menores. Uma das suas obras menores é a reconstrução em 1745 da Igreja de Santa Marinha em Vila Nova de Gaia. OFF: A Igreja demorou 17 anos a ser construída e ficou pobre de estilo. OFF: Os mestres de obras foram avisados para fazerem tudo seguindo as indicações de Nasoni. OFF: Mas a verdade é que houve um erro na construção. Durante o ano de 1763, apareceu uma grande fenda na parede sul do corpo da igreja. Casa de Ramalde. OFF: Em 1746, os morgados de Ramalde decidiram encomendar a reconstrução de uma casa e de uma quinta. OFF: É tradição na família que Nasoni, ampliou uma casa mais pequena, quinhentista, duplicando o tamanho do bloco original de tal maneira que a torre se incorporou no meio da fachada norte. Igreja de S. Tiago do Bougado. OFF: Outra obra de grandes proporções, mas pobre em termos arquitectónicos é a Igreja de S. Tiago do Bougado. Situada na Trofa, o que mais se destaca é a talha dourada do interior. Igreja dos Clérigos. OFF: De todas as obras de Nasoni, a Igreja dos Clérigos é a mais complexa. OFF: A planta da Igreja é oval e reproduz em certa medida as igrejas italianas de Borromini. OFF: A sua edificação demorou vários anos e foi plena de desentendimentos. Ao que parece, devido a defeitos da construção, optou-se a certa altura por fazer duas torres sineiras de ambos os lados da fachada para sustentar o zimbório da Igreja. DEFINIÇÃO ESCRITA: Zimbório: remate da cúpula de um edifício. OFF: Mas esta decisão não agradou a toda a gente. Foi então que alguém decidiu simplificar a forma do zimbório, e lá prosseguiram as obras, de modo que em 1748, 16 anos depois do início da construção, a Igreja estava praticamente terminada. No dia 28 de Junho foi lá celebrada a primeira missa e só em 12 de Dezembro de 1779, foi sagrada a Igreja. Enfermaria. OFF: Mas a Igreja não ficou sozinha. Deu-se-lhe um corpo na parte posterior: a Casa dos Clérigos ou a Enfermaria. Destinava-se esta parte do edifício às funções da Irmandade e a servir de hospital. Documento de Nicolau na Irmandade dos Clérigos. (fazer texro de ligação – Nasoni e a Irmandade)Segundo os documentos foi pedido ao Irmão Nicolau Nasoni para fazer o projecto, projecto esse entregue a 8 de Fevereiro de 1754. OFF: A Casa dos Clérigos é apenas um edifício utilitário. Imagens exteriores do Porto. Fachada da Casa do Despacho. OFF: Mas Nasoni, para além do conjunto dos Clérigos fez ainda mais três obras primas do borroco portuense: A Casa do Despacho da Ordem Terceira de São Francisco, a fachada da Igreja da Misericórdia e o Palácio do Freixo. Casa do Despacho OFF: Em 1750 a Casa do Despacho da ordem Terceira de S. Francisco surge na sequência de um trabalho de Nasoni para esta Irmandade. É-lhe então pedida uma planta para um edifício que serviria de sede. e de catacumba para os Franciscanos. As obras começaram em Julho de 1746 e Nasoni supervisionou toda a construção. OFF: A casa cponstitui-se de 3 pisos, sendo um deles subterrâneo. A escadaria tem uma balaustrada em vez de parapeito sólido. São três as salas que ocupam o andar superior. OFF: A sala das sessões é a mais fabulosa. Tem um belo tecto apainelado, o mais importante deste género no Porto. De Nasoni são os arabescos dourados dos caixilhos brancos e também as 14 sanefas, o magnífico retábulo e a moldura do quadro em forma de glória . Esta magnífica talha foi realizada cerca de 1748 por José Teixeira Guimarães. Desenho de Nasoni da fachada da Misericórdia. OFF: Este desenho é uma preciosidade. É a única planta de Nasoni que se conservou em Portugal. Representa a fachada da Igreja da Misericórdia, outra obra espectacular do barroco portuense. Fachada da Igreja da Misericórdia. (fazer referência à simplificação do desenho) As obras começaram a 1 de Setembro de 1749, ficando a fachada concluída no ano de 1750. OFF: A tarefa do arquitecto não terminou com o exterior do templo pois desenhou também vários elementos em madeira para a nave e o arco do coro e esculturas de pedra para o arco cruzeiro. Palácio do Freixo. Obras de restauro do Palácio. OFF: Situado na margem norte do Douro a pouca distância da Campanhã, é a obra prima de Nasoni na arquitectura civil. Desenhado para o seu amigo e mecenas D. Jerónimo de Távora. Não há dúvidas sobre a autoria de Nasoni , já que o seu nome é mencionado no contrato lavrado em 8 de Junho de 1750. Imagens do Palácio OFF: Nasoni deu-lhe uma riqueza de escultura, como fizera com as fachadas dos Clérigos e da Misericórdia. Emprega a típica planta italiana com 4 torres angulares. De forma compacta (31,90 x 27,40) cada fachada tem um desenho diferente, em 3 níveis distintos. ). É o apogeu do pensamento de Nasoni acerca da casa de campo portuguesa. Mas da magnificência de outrora, resta hoje muito pouca coisa.(está actualmente em obras de restauro – gesso de época) Torre dos Clérigos. OFF: Teixeira de Pascoaes disse uma vez que a Torre dos Clérigos é “o Porto espremido para cima”. Construída como torre sineira da Igreja dos Clérigos, esta estranha construção tornou-se o símbolo maior do Porto. Construída entre 1757 e 1763, é feita um pouco à imagem dos campanilles toscanos e o coroar da actividade de Nasoni no Porto. OFF: durante a sua longa história a Torre tem servido não somente de torre sineira como também de guia de navegantes, já que é visível à distância de 10 léguas. Em 1843 começou também a servir os interesses dos comerciantes da cidade mediante a colocação de uma bandeira para assinalar a chegada dos paquetes de Inglaterra. Poupada no cerco do Porto de 1832, a torre foi danificada logo em 34 durante um grande temporal . Em 1862 o globo com a sua cruz caíram do ápice da torre, causando "um grande rombo no tecto da Igreja". Em 1917 serviu mesmo para Raul Caldevile realizar um filme onde se vê um atleta a subir ao topo do edifício. Planta dos Clérigos. OFF: A torre foi acabada quando Nasoni tinha 72 anos, ficando consluída o complexo dos Clérigos.. OFF: Mas afinal o que sabemos de Nasoni como homem. É sempre difícil avaliar a personalidade de uma pessoa que viveu há mais de duzentos anos. Em Siena sabemos que lhe chamavam Il Piangoleggio, o choramingas. No Porto, protegido como foi por Jerónimo da Távora, enriqueceu, ao ponto de o tratarem por D. Nicolau. Parece que até emprestava dinheiro a juros. Morreu viúvo em 1773 e foi enterrado como Irmão Pobre na Igrejas dos Clérigos. Pobre por não ter dinheiro, ou pobre por não ser eclesiástico. Não se sabe. E quanto à sua figura há 2 retratos que dizem serem dele: um encontrado na Casa dos Clérigos, que retrata um homem vestido á século XIX. Outro, mais antigo, um autoretratro minúsculo, que aparece num cantinho de um dos seus desenhos para o Palácio do Grão Mestre da Ordem de Malta. Será que algum deles lhe corresponde ? Fosse como fosse a sua aparência, a verdade é que Nicolau Nasoni, nascido na Toscânia, foi um dos maiores arquitectos do barroco em Portugal. fim Torre dos Clérigos. Retábulo da Capela Mor da Igreja de Santo Ildefonso OFF: Em 1745 desenha a talha da capela-mor de Santo Ildefonso, destinada a ter uma influência capital nos retábulos subsequentes de toda a zona. O presidente da Irmandade era nesse ano o deão Jerónimo de Távora e Noronha e Nasoni foi então o candidato escolhido por aquele. A sua planta que infelizmente não sobreviveu foi aprovada nesse sessão e a 13 de Janeiro de 1732, a construção foi arrematada ao mestre António Pereira pelo preço de 33.000 cruzados. O mestre havia de fornecer toda a pedra excepto Lavatórios, pias de água benta, os ladrilhos da Igreja, Capela Mor, sacristia, nem balaustre dos coretos que tudo isto será à custa da Irmandade. Foram nomeados quatro irmãos para administrar a obra, guardando o risco do arquitecto, para vigiar a sua boa execução e o pagamento dos oficiais. OFF: As obras começaram por correr bem, mas ao fim de algum tempo já estavam paradas. A causa não foi a falta de dinheiro, mas sim as intrigas do cura da igreja paroquial de S. Ildefonso que parece ter receado a igreja nova. Este conseguiu convencer António Pereira a desistir e numa reunião convocada para 22 de Dezembro de 1732, os irmãos repreenderam publicamente o cura e expulsaram António Pereira e admitiram outro mestre de obras chamado Miguel Francisco (que seria Manuel Francisco da Silva, amigo de Nasoni). OFF: A 14 de Maio de 1733 houve outro desacordo por causa da planta não se adequar bem ao terreno. A obra ficou parada longos anos e uma vistoria de 1745 notou-se que o Templo tinha algumas fendazinhas e aberturas,. ainda que limitadas requerendo que se fizesse uma vistoria por outros mestres pedreiros. Decidiu-se então que se deveria deitar a abaixo o que fora feito e se fizessem novos alicerces. De quem seria a culpa deste erro: de Nasoni (que não fora repreendido por gozar das graças do Deão) ou António Pereira (metido na intriga com o cura de S. Ildefonso e inimigo de Nasoni., Em 3 de Novembro de 1746, a igreja já ia avançada, quando se chamou de novo Nasoni e alguns mestres pedreiros para obter parecer sobre a melhor maneira de segurar a construção. irmandade dos Clérigos. Em 1731, um ano depois da morte de Isabel Ricciardi, D. Jerónimo encarrega Nasoni de fazer a planta para a Igreja desta confraria. OFF: as obras decorreram de 1732 a 1749 e de 1754 a 1763 (torre e casa). OFF: A torre é uma obra prima do barroco europeu. OFF: Em 1757 inicia-se a construção da Torre dos Clérigos, que será terminada em 1763. OFF: A fachada da igreja é cheia de motivos extravagantes, tirados da sua pintura, mas com qualquer coisa de dramático. OFF: Em 1753 tinha iniciado novas obras da Igreja dos Clérigos, a parte da torre. OFF: De todas as obras de Nicolau Nasoni, a Igreja dos Clérigos do Porto é a mais complexa (tanto na planta como na história) e a mais bem documentada. A sua construção vai desde 1732 a 1773 e abrange a edificação da Igreja (1732-1750) e a da enfermaria, e torre dos sinos (1754-1763) e com a ampliação da capela-mor original (1767-1773). OFF: no que diz respeito a este edifício há vários documentos nos livros da Irmandade, documentos que não deixam sombra de dúvidas sobre a autoria de Nasoni. OFF: A sua operação foi prolongada, custosa e cheia de desentendimentos. OFF: Devido à má construção da igreja os que a examinaram optaram então por fazer duas torres de ambos os lados da fachada para sustentar o zimbório. Esta decisão tomada por estes irmãos na reunião não agradou aos restantes e reuniram-se de novo em 1 de Dezembro de 1746, votando-se pela eliminação das torres ou pela eliminação do zimbório. Não se sabe qual o resultado da votação, mas nenhuma das decisões foi tomada. É noutra sessão de 28 de Fevereiro de 1747, na presença do Bispo que resolveram simplificar a forma do zimbório, tirando-lhe uns arcos destinados a sustentar um lanternim. Uma vez tomada essa decisão as obras prosseguiram de modo que em 1748 a Igreja estava praticamente terminada. No dia 28 de Junho foi lá celebrada a primeira missa. Depois de 16 anos de lutas, com intrigas internas, falta de direcção, fraqueza de construção, escassez de dinheiro e a indiferença dos vários irmãos, removeram-se os obstáculos, a igreja fez-se. Mas em 1749 ainda se lhe colocaram umas pias e faltava edificar as escadas à frente da fachada. Foram principiadas em 1750 pelo mestre de obras Manuel António de Sousa. Demorou este trabalho até 1753-54, época em que iniciaram as obras de prolongamento da Igreja e construção da torre. A nova igreja foi sagrada em 12 de Dezembro de 1779, tendo Nasoni morrido 6 anos antes. OFF: O sítio da Igreja dos Clérigos era uma terra baldia, chamada Cruz da Cassoa, extramuros da cidade, chamada também Campo do Olival. À esquerda estavam as muralhas, à direita o Real Recolhimento do Anjo e a Capela do Adro dos Enforcados, mantidas com o cemitério pela Santa Casa da Misericórdia para fazer as exéquias dos que morriam na forca. Em frente descia a Calçada da Natividade (actual Rua dos Clérigos), na direcção da Praça das Hortas e a Igreja dos Congregados, donde subia a Rampa de Santo António indo para a Praça da Batalha e Igreja de Santo Ildefonso. Apesar de serem da mesma altura estas duas igrejas simbolizam épocas diferentes na vida da cidade. A de Santo Ildefonso representa o passado, o século XVII, a severidade repressiva da Contra-Reformna. A dos Clérigos proclama o calor e a alegria do novo estilo barroco que Nasoni trouxe de Itália para Portugal. Nas plantas as duas igrejas apresentam o mesmo contraste. A de Santo Ildefonso é octogonal, estática, rígida. A planta dos Clérigos é oval, dando a impressão de movimento. Reproduz, de forma simplificada uma das grandes igrejas de Francesco Borromini. Encontra-se uma planta semelhante na Igreja de Santiago de Valeta, em Malta, que deverá ter servido de modelo a Nasoni. OFF: Como a Igreja está no alto de uma plataforma construiu-se então uma majestosa escadaria para dar comunicação entre a calçada e as portas de entrada. A escada encaixilha a fachada num amplo terraço. A actual escadaria é uma reconstrução do século XIX, modificando-a. OFF: Esplêndidos são os coruchéus, em forma de altas jarras, com flores e palmas estilizadas. OFF: Há uma grande semelhança entre os motivos arquitectónicos desta Igreja e as pinturas de Nasoni. É a pintura decorativa traduzida à plasticidade do granito. E a grande fachada, profundamente realista na sua decoração é uma vasta pintura cenográfica. OFF: Se no exterior da Igreja o olhar se deleita com pormenores escultóricos, o valor do interior reside no extraordinário efeito de unidade alcançado pela nave. De qualquer modo o interior está muito modificado por alterações posteriores. OFF: Pouco antes da sagração da Igreja da Santa Casa da Misericórdia, Nasoni voltou às obras dos Clérigos, paradas desde 1750. Desenhou desta vez uma grande extensão atrás da Igreja para acomodar as funções da irmandade e dar lugar a um hospital e uma torre terminal. Os novos trabalhos levaram quase uma década, transformando a o templo dos clérigos, numa forma estranha e impressionante, dando ao Porto o seu ex-libris. OFF: O projecto do hospital ou enfermaria dos Clérigos, teve uma longa história, começando no início da construção da igreja. Em 1750, edificada a Igreja, a Irmandade começou a estudar a possibilidade de criar uma enfermaria que recolhesse os irmãos enfermos e pobres. O verdadeiro início do projecto é o dia 23 de Agosto de 1753, com a doação do terreno. A 13 de Dezembro de 1753, 22 anos após a sessão que aprovou a edificação da igreja. Pediram esse trabalho ao Irmão Nicolau Nasoni. Nasoni fê-lo e apresentou-o a 8 de Fevereiro. Nasoni desenvolveu no curto espaço de 7 semanas as plantas básicas da obra. O mestre de obras foi novamente o mestre Manuel António de Sousa, sucedendo a António Pereira e Miguel Francisco da Silva. Com Manuel António, trabalharam os mestres pedreiros Domingos da Costa, mestre das obras da Misericórdia, Caetano Pereira e Manuel Bento da Silva. OFF: A fachada Norte foi terminada em 1758. OFF: A torre, começada em 1757 foi dirigida por Manuel António de Sousa, sendo a parte por cima do nível da igreja edificada durante 1758 e 1759. Os últimos passos de toda a construção foram dados em 1763 com o acréscimo da varanda por cima da Porta do Anjo por Manuel Bento da Silva e a chegada em 7 de Outubro do grande sino vindo de Hamburgo. durante todo este tempo Nasoni foi vigiando as obras, mostrando-se descontente com algum pormenor e exigindo que fosse refeito. OFF: O fruto da segunda campanha de construção do edifício é a chamada Casa dos Clérigos que mede 30,20 metros e tem 14 metros de largura. Consta de uma secção rectangular contendo as escadas e 3 aposentos principais, um em cada um dos 3 andares e uma zona menor de feitio trapezoidal fazendo ligação com a torre no lado oeste. A planta do edifício foi-se construindo pouco a pouco com a gradual aquisição de novos terrenos. , num sitio irregular onde não havia outra disposição possível. Por causa disto a torre parece dominar completamente o edifício. OFF: A Casa dos Clérigos é muito pobre nas suas fachadas. É uma arquitectura utilitária próprio de uma enfermaria, fazendo uma espécie de ligação entre a Igreja e a Torre. Cuidou-se mais da parte sul do que da parte norte do edifício. A casa foi repartida ao centro. No lado sul há 3 salas: sacristia, secretaria e enfermaria, cada uma no seu andar, enquanto que no lado norte há as chamadas pátios das esdas dos documentos e a monumental escada que as liga. OFF: Os pedestais dos Clérigos (se é que foram feitos por Nasoni) têm motivos folheados, sugerindo renda de bilros.. OFF: Há na secretaria da Igreja dos Clérigos um excelente retábulo atribuído a Nasoni OFF: Alguns dos sinos da Torre foram encomendados em Hamburgo, outros adquiridos em Braga e outros fundidos pela própria Irmandade numa fábrica estabelecida no Porto para este fim. OFF: durante a sua longa história a Torre tem servido não somente se dinheiro como também de guia de navegantes, já que é visível à distância de 10 léguas. OFF: Em 1843 começou também a servir os interesses dos comerciantes da cidade mediante a colocação de uma bandeira para assinalar a chegada dos paquetes de Inglaterra. Poupada no cerco do Porto de 1832, a torre foi danificada logo em 34 durante um grande temporal . Em 1862 o globo com a sua cruz caíram do ápice da torre, causando "um grande rombo no tecto da Igreja". DEFINIÇÃO ESCRITA: Rocaille: para uns um estilo próprio, para outros uma continuação do Barroco. OFF: Foi o pintor Vincenzo Baccarelli que introduziu a pintura ilusionista em Portugal. OFF: A pintura ilusionista nunca teve muitos cultores em Portugal. No século XVII, a grande época da pintura ilusionista em Itália (Guercino, Pietro da Cortona, Bacciccio e Andrea Pozzo), os tectos portugueses continuavam a ser ornados de arabescos chamados "brutescos" ou divididos em caixotões pintados ou esculpidos. O único tecto com indícios de Iluminismo é o da nave de S. Roque em Lisboa não é muito eficaz já que, de certos ângulos, não cria o efeito desejado. A arte barroca de abrir os tectos para fingir uma visão do céu parece ter chegado a Portugal com o pintor Vincenzo Bacherelli que ainda pintou alguns tectos desta maneira. seq. 1: restauro dos frescos no palácio do freixo. Restauradores a trabalharem no Palácio do Freixo. SOM AMBIENTE. Depoimento de restaurador. TÓPICOS: - Necessidade dos trabalhos de restauro. - Objectivos. - Critérios. Pinturas restauradas. SOM AMBIENTE. Palácio em Obras. SOM AMBIENTE. OFF: Este é o Palácio do Freixo. Quem o imaginou foi Nicolau Nasoni. Pouco se sabe dele. Gravura antiga do Palácio. andrea pozzo: Tecto da Igreja de Santo Inácio. OFF: Arquitecto italiano e jesuíta responsável - entre 1696 e 1700 - pela deslumbrante pintura ilusionista dos tectos da Igreja de Santo Inácio, em Roma. António da Silva: Igreja de Santa Marinha. OFF: Foi um dos mestres de obras que trabalharam com Nasoni. Participou no trabalho de pedraria da Igreja de Santa Marinha e nas obras da Casa do Despacho da Ordem Terceira de S. Francisco. Foi também ele quem construiu o antigo Hospital de S. Francisco. António Domingos: OFF: Pedreiro de Vilar do Paraíso. Trabalhou nas obras da Igreja de Santa Marinha. antónio pereira: OFF: Mestre pedreiro e arquitecto mandado vir de Lisboa pelo cabido da Sé do Porto para o desenho das obras da Sé. Os estatutos do recolhimento das órfãs (mais outro projecto de sua autoria indicam-no como um "sujeito de grande ideia". Para além de colaborador, foi também rival de Nasoni, com quem este se incompatibilizou algumas vezes. É ele o arquitecto do Palácio de S. João Novo, até há pouco tempo atribuído a Nasoni. aRQUITECTO no século de Nasoni, O D. NICOLAO, arquitecto prestigiado e negociante remediado: OFF: Como Nasoni não era arquitecto de formação cometeu alguns erros. Foi no Porto que Nasoni obteve um posto de notório relevo. OFF: As obras que Nasoni fez para o cabido do Porto, a construção da Igreja dos Clérigos e a protecção que lhe concedia o deão Jerónimo de Távora, era uma grande recomendação para ele ter outras encomendas destinadas à Igreja. É por isso que é encarregue em 1733 de fazer obras na Sé de Lamego. OFF: Depois de voltar ao Porto após a sua estadia de Vila Real, Nasoni é um arquitecto considerado e poderoso. Os anos a seguir a 1743 (tinha ele 52 anos)., são os mais produtivos da sua obra. Embarcou num grande círculo de construções religiosas as quais encheu de talha e ourivesaria riscadas por ele. Desenhou palácios e casas de campo, nas quintas do Douro e do Leça, que povoou de jardins estátuas, chafarizes e lagos. Inventou um pequeno mundo aparatoso, opulento, cenográfico para dar maior realce à grandeza religiosa e à paisagem maravilhosa e à nobre pedra que é o seu maior tesouro. OFF: Continuou a praticar o estilo barroco, em que o ornato bizarro e o teatral rivalizam com robustez e riqueza. Começou a introduzir novos temas - adornos miúdos já rococós, e elementos inspirados na talha tradicional da região. Aproveitou o estilo do passado e incluiu-o no seu trabalho. arquitectura CIVIL: OFF: Apesar da protecção que gozava pelas autoridades eclesiásticas, Nasoni não construiu apenas igrejas e capelas. Fez também muita arquitectura civil. Errigiu algumas casas de campo nos arredores da cidade, desde Campanhã até à foz do rio Leça. Entre os seus clientes figuravam membros da hierarquia da Diocese, o deão e chantre e o próprio bispo. Também foram encomendadores de Nasoni, membros de grandes famílias portuenses: Noronhas e Meneses, Leites Pereiras e Gamas Lobos. OFF; Nestas casas aparecem os mesmos ornatos de fantasia que distinguem as igrejas de Nasoni. Artur de Magalhães Basto balaústres: baldaquino e colunata de s. pedro OFF: Bernini redescobre o extraordinário potencial dinâmico das colunas em pedra e incorpora-as no baldaquino de São Pedro, concluído em 1633, contribuindo para a sua divulgação para vários países. Em Portugal as colunas de pedra transformam-se em colunas de madeira dourada. Um exemplo fabuloso dessas colunas é a árvore de Jessé da Igreja de S. Francisco. OFF: O magnífico baldaquino de bronze dourado, sustentado por colunas de 20 metros de altura foi projectado por Bernini no século XVII. Encomendado pelo Papa Urbano VIII, em 1624, o extravagante baldaquino barroco domina a nave e cobre o altar papal onde apenas o papa pode celebrar missas. barroco aparatoso e TÚRGIDO ou joanino: (inserir em, Portugal) Bernardo buontalenti OFF: Buontalenti conseguiu, à moda de Miguel Angelo, seu mestre, praticar arquitectura, escultura, e pintura, tendo também desenhado também móveis e pratas, idear festas e executar espectáculos de fogo de artifício. Nasoni seguiu-lhe os passos em todas estas actividades. OFF: Tal como Nasonbi Buontalenti gostava de efeitos bizarros, pitorescos e realistas. Buontalenti foi um dos primeiros arquitectos a romper a monotonia fria e estática do maneirismo, buscando novas formas de decoraçãoprecursoras do barroco. Tornou símbolo da sua arte o frontão invertido, semelhantes aos de Nasoni. OFF: Nasoni aprendeu com Buonmtalenti a arte do realismo decorativo, do uso de elementos heráldicos ou emblemáticos em posições estratégias, e o predomínio dos efeitos caprichosos e bizarros. OFF: Arqwuitecto florentino cujo talentos pirotécnicos lhe deu a alcunha de Bernardo delle Girandole. Biblioteca Comunale de Siena: OFF: Situada em Siena, a Biblioteca Comunale conserva alguns documentos acerca da actividade de Nasoni, em Siena. É lá que está um exemplar do Guida de Siena, do cabido: cadeiral do mosteiro de arouca: capela do solar de mateus caravAGGIO: OFF: è a explosão do barroco na pintura que dará origem a uma série de outros pintores, tanto na Itália como em Espanha, Bélgica e na Holanda. OFF: Nasce em 1571. carro alegórico referente a marcantonio zondadari: Casa da Relação e Cadeia do Porto (Nasoni): stand by OFF: Cerca de 1750 começa a elaborar plantas para uma nova cadeia da Relação do Porto. OFF: Artur de Magalhães Basto, encontrou documentos ligando Nicolau Nasoni, com o projecto de reconstruir o velho edifício da cadeia do Porto. Construída em 1606/07, ardeu em 1630 e foi de novo reconstruída em 1650. Cem anos depois estava meio arruinada e pediu-se então a Nasoni que fizesse uma planta de reconstrução. Mas a verdade é que não se sabe se as suas plantas foram ou não utilizadas. O certo é que o edifício só foi concluído em 1796. casa do despacho da ordem terceira de s. francisco: OFF: Em 10 de Dezembro de 1746 foi pago ao pedreiro João Dias a quantia de 2;400 réis por "abrir as Armas com primor" por cima da portada da fachada. Já se trabalhava na decoração interior do edifício, quando a 18 de Junho de 1748, ocorreu um incêndio. Foi reconstruída tal como estava programado. Foi um incêndio pequeno já que não atingiu a talha da sala das sessões, o principal aposento do andar superior, que já estava quase pronta. As obras continuaram em 1748 e 49 quando se celebrou a primeira missa no altar do novo edifício. Mas os trabalhos ainda continuaram até ao ano OFF: Em 1746 iniciou também uma associação documentada com a Venerável Ordem de S. Francisco, que se prolonga de 1745 até 1750. OFF: António da Silva edificava a nova Casa do Despacho da Ordem Terceira de S. Francisco. OFF: Em 1750,. a mesa dos Terceiros Franciscanos do Porto revelou a sua intenção de empregar Nicolau Nasoni para pintar uns painéis do forro em baixo do coro na sua igreja, construída em 1676. OFF: A casa do Despacho foi desenhada e edificada sobre a supervisão do Nasoni que também riscou quase todos os ornatos do interior, não somente de pedra, como também de madeira entalhada. OFF: Estão aqui sepultados alguns membros da Irmandade franciscana. Escolheram o terreno em frente à fachada da Igreja do Convento de S. Francisco, fazendo ângulo recto com a Capela da Ordem Terceira. Encomendaram a planta a Nasoni e pagaram-lhe por isso 6$400 réis. OFF: As obras começaram em Julho de 1746, sob a direcção do mestre pedreiro António da Silva de Carvalho, e o mestre carpinteiro José Ferreira Pinto. A Casa ocupa um lugar bastante estreito (14,50m por 22,20m) onde já existiam duas igrejas e o convento da Ordem. Foi obrigado por exigências do terreno a colocar a escada no extremo direito do edifício, tendo à esquerda uma ante-sala, no eixo da única portada. Não é das obras mais felizes de Nasoni, que quis evocar um pequeno palácio italiano do século XVIII. Falta espaço para o edifício respirar. O interior da casa é de três andares, um deles subterrâneo onde estão enterrados os irmãos. Foi feita em forma de columbarium com jazigos laterais e abóbadas de berço. No andar térreo há a sala de entrada. A escadaria sofre de pouco espaço para respirar. A única nota particular é que tem balaustrada em vez de parapeito sólido. No patamar a escada sobre num só lanço, ladeada por balaústres. Entre as duas portadas laterais há duas portas gémeas, inteiramente simples que dão acesso ao coro da igreja actual. As salas que ocupam todo o espaço superior do edifício são três. A primeira chamada dos documentos, sala de espera. OFF: Desta antecâmara vai-se para a grandiosa sala de sessões a aposento menor que poderia servir de arquivo. Aqui o elemento de maior interesse é o tecto em cujo centro existem, bem conservadas dois brasões bipartidos, pintados a óleo com as armas da ordem Terceira de S. Francisco e dos monarcas D. José e D. Maria Ana Vitória. OFF: Desta sala passamos directamente à sala das sessões, onde se reúne a mesa da Venerável Ordem. Mede 12,23 por 7,85, é iluminada por uma fila de 5 janelas. O imenso tecto apainelado, o mais importante deste género sobrevivente no Porto, executado em 1748 pelo mestre entalhador José Martins Tinoco. De Nasoni são os arabescos dourados dos caixilhos brancos e também as 14 sanefas, o magnífico retábulo e a moldura do quadro em forma de glória . Toda esta talha foi realizada cerca de 1748 por José Teixeira Guimarães. O conjunto completa-se com a enorme mesa central de pau santo e as 14 cadeiras de braço de castanho feitas pelo mestre José Fernandes Neves, a quem foi paga a quantia de 44$800 réis. OFF: As grades do frontispício da Casa do Despacho são bastante inovadores, sobretudo por causa do movimento que sugerem. casamento com antónia malafaia OFF: Nasoni não ficou viúvo muito tempo já a que de Setembro de 1730 casou-se com Antónia Mascarenhas Malafaia, filha de António e de Isabel da Silva, de Santa Eulália de Lamelas. Foi presumivelmente o deão da Sé, que no ano da morte da primeira mulher lhe arranjou uma nova esposa: Antónia Mascarenhas Malafaia, de 24 anos, natural de Santa Eulália de Lameiras, concelho de Santo Tirso. A rapariga vivia com a viúva de António Távora e era mãe do Deão. O casamento efectuou-se na capela da residência dos Távoras, no Porto. Assento de casamento de Nasoni com Antónia Malafaia. OFF: O casamento teve lugar na própria capela de Nossa Senhora de Vandoma, no dia 3 de Setembro, menos de 3 meses após o falecimento de Isabel Nasoni. O deão foi de novo testemunha. casamento da filha ana: stand by. Certidão de casamento da filha Ana OFF: Ana casará em 31 de Janeiro de 1756 com um tal António Félix Campos de Mesquita, do qual teve 8 filhos. Catafalco ERIGIDO na catedral de siena, por ordem do colégio da balia. OFF: Este é o primeiro trabalho referenciado sobre Nasoni. É de 1713, vindo de San Giovanni Valdarno, tinha na altura 22 anos. CATAFALCO PARA A MORTE DO PRÍNCIPE FERNANDO DE MEDICI: OFF: A sua actividade artística inicia-se em 1713 em Siena. Neste ano desenhou encarregue pelo Collegio della Balìa, o catafalco erecto na Catedral de Siena por ocasião da morte do Príncipe Fernando de Medici, filho do Grão Duque da Toscana , Cosimo III em 30 de Outubro. Gravura para comemorar a elevação a cardeal de Monsignor Giambattista Tolomei. OFF: Nesse mesmo ano de 1713 Nasoni fez uma água-forte por ordem da Contrata della Chiocciola. para comemorar a elevação a cardeal do seu protector Monsignor Giambattista Tolomei. Tanto esta gravura como o catafalco de Fernando de Medici estão ambos perdidos. CATAFALCOS CATEDRAL DE SANTIAGO DE COMPOSTELA stand by chafariz de são miguel: OFF: Também atribuído a Nasoni é um pequeno chafariz existente junto à galilé da Sé. Consta de um jarra com uma peanha cujo fundo semicircular serve de base a um monumento a S. Miguel, emblema do cabido do Porto. Tem também chamado de s. mateus, martírio de s. mateus, são mateus e o anjo, Caravaggio OFF: Estas 3 telas de Caravaggio estão na Igreja de San Luigi dei Francesi. Pintados entre 1597 e 1602, o Chamado de São Mateus, o Martírio de São Mateus, São Mateus e o Anjo, foram os primeiros grandes trabalhos religiosos de Caravaggio. A primeira versão de São Mateus e o Anjo foi rejeitada pelo seu intenso realismo: nunca um santo havia sido representado como um velho cansado de pés sujos - uma 2ª versão teve que ser pintada. Os 3 trabalhos exibem um realismo perturbador e um excessivo uso da luz. Biblioteca da Universidade de Coimbra. OFF: Como D. João V recebia um quinto do ouro e das minas de diamantes do Brasil, decidiu gastar esse dinheiro num fausto que o prestigiasse. Grande parte desse dinheiro seguia para Roma para obter os favores do Papa. O resto ia para obras sumptuosas. É assim que chegam a Lisboa artistas estrangeiros como Ludovice ou Nasoni. Ludovice trabalhará no Sul de Portugal, Nasoni no Norte. OFF: Deve ter chegado ao Porto em 1725 já que terminara as pinturas de Malta nesse ano e em Novembro começa a pintar a Sé do Porto. Como a viagem entre Malta e Lisboa levaria um mês deve ter vindo no Verão para Portugal. OFF: A Sé estava vaga com a ida de D. Tomás de Almeida para primeiro patriarca de Lisboa, o cabido (o governo da Sé) e o Deão empreenderam um Programa de renovação da Sé afim de rivalizar com Lisboa. O Deão deve ter então pedido ao irmão que lhe arranjasse um bom pintor lá por Malta. OFF: Nasoni ficará no Porto durante 48 anos. Poucas vezes saiu do Porto (para ir a Lamego, Cumeeira e Vila do Conde, por motivos de trabalho). E teve várias residências, na Via Chã, Viella do Mendes, Rua do Paraíso, onde acabou por morrer. OFF: Não se sabe pois muito bem se a vinda de Nasoni para o Porto se deveu a um desentendimento com D. António Manuel de Vilhena ou a Roque de Távora ter oferecido melhores garantias de trabalho em Portugal, tanto mais que na primeira metade do século XVIII Portugal tornou-se uma terra de promissão para artistas estrangeiros, devido sobretudo à riqueza trazida pelo ouro do Brasil. Talvez Nasoni tivesse conhecimento de que estavam a vir para Portugal vários artistas estrangeiros e quisesse aproveitar . colecção Ciaccheriana (Biblioteca Comunale de Siena): colecção Ciaccheriana: OFF: Contém alguns desenhos não assinados de Nicolau Nasoni. Fazem parte de uma grande colecção de desenhos barrocos formada pelo Abade Giuseppe Ciaccheri no final do séc. XVIII. conclusão: OFF: Em conclusão, ainda se atribuem a Nasoni muitas obras que foram feitas por António Pereira, o Palácio de S. João Novo ou a Casa Dr. Domingos Barbosa e haverá com certeza muitas obras de Nasoni que não lhe foram ainda atribuídas. E o mistério maior persiste: como era Nasoni, como era a sua cara, com quem se parecia. Existem dois prováveis retratos do arquitecto; um descoberto nos arquivos da Igreja dos Clérigos. Mas este é anacrónico nas roupas. As pessoas do século de Nasoni não se vestiam assim. Há porém um outro retrato, muito estranho descoberto em Malta. Como se sabe era costume os artistas se autoretratarem nas suas obras, como Caravaggio por exemplo. Será que este retrato de um homem feio e careca que se encontra numa das pinturas de Malta é Nasoni ? Congregazione dei Rossi. (Diario Sanese, Lucca: CONVENTO E BASÍLICA DE MAFRA: OFF: O Convento - Palácio de Mafra foi a expressão artística mais imponente do reinado de D. João V. É um espaço imenso, cheio de pintura, de escultura, de talha, de ourivesaria. Para fazer este grande palácio, D. João V chamou para Portugal imensos artistas estrangeiros. , nomeadamente Ludovice, um alemão que acabou por ser o arquitecto do palácio. As obras de Mafra iniciam-se em 1717. cornijas: coruchéus culto a deus e ao rei: D. João V: OFF: D. Pedro morre em 1706 e sucede-lhe D. João V, já herdeiro do trono desde 1697 e que governará até 1750. O reino (1706-1750) de D. João V, o Magnânimo, foi para Portugal um período fulgurante da nossa história. Portugal viveu no início de Setecentos um época áurea para a qual contribuiu o ouro e os diamantes do Brasil. OFF: Amante das artes, D. João V foi um grande mecenas da arte portuguesa, mandando construir inúmeras obras arquitectónicas. As obras eram montadas nesses países, como por exemplo a Capela de S. João Baptista. Mas também vieram para Portugal inúmeros artistas, arquitectos, escultores e pintores Assim italianos vieram Filippo Juvara, Antonio Canevari, os escultores Giovanni Antonio Bellini, o pintor Giorgio Domenico Duprà e Giulio Cesare di Temioné. Mas não foi apenas a Lisboa que chegaram esses artistas estrangeiros. Esses artistas fizeram obras em vários pontos do país: Giovanni Battista Pachini, trabalhou no Porto, o pintor Carlo Antonio Leoni, trabalhou em Braga. Nasoni veio nessa leva. OFF: D. João V morreu em 1750. OFF: As primeiras remessas de ouro do Brasil chegam a Portugal em 1699 e as remessas não cassam de aumentar até ao final do reinado de D. Pedro II: Em 1712, chegam do Brasil 14.500 Kg. de ouro. 1785 Kg, em 1701 e 4350 Kg em 1703. D. João V utilizou ouro do Brasil numa política de representação relacionada com o desejo de ser um monarca absoluto. Esse poder absoluto era feito em conjunto com o poder religioso. Aliás as obras joaninas são executadas mais como devoção do que de outra maneira. D. João V herdou um país pacificado, sem crises internas, sem ameaças externas. Pôde desenvolver um absolutismo paternalista. O soberano tentou também modernizar Portugal , procurando assim legitimar a nova dinastia. Casa também com D. Maria Ana de Áustria , procurando aproximar-se desse país. A rainha terá à sua volta uma entourage germânica, onde pontificavam vários religiosos e será talvez por isso que Ludovice veio para Portugal. OFF: Empregou-se nesta época de D. João V um verdadeiro exército de artistas estrangeiros, sendo a maior parte deles italianos. OFF: D. João V: Filho de D. Pedro II. Nascido a 22/10/1689. Era galanteador, amigo das mulheres. Amava o esplendor e a pompa. De dia era o soberano absoluto, de noite andava na conquista. Imitava Luís XIV. Mandava vir as cabeleiras de frança, bem como os perfumes. Era muito supersticioso em relação à religião. Em novo desinquietava donzelas. As minas de ouro do Brasil iam fornecendo o ouro. Recebia 1/5 de tudo o que fosse descoberto. O rei gostava das artes e dos livros. Formou 2 grandes bibliotecas, das Necessidades e de Mafra, com livros vindos do estrangeiro mandados comprar pelo rei. Como a rainha não emprenhava e a conselho de um frade, o rei prometeu erguer uma basílica se tivesse um filho. Teve-o e ergueu Mafra. Primeira pedra: 19/11/1717. Quis ter o seu Escurial. A paixão do rei pelo esplendor levou-o a querer ter um patriarca. E imitava Roma nas cerimónias religiosas. O rei era fabulosamente rico, mas a opolênia consumia-lhe os tesouros. Outra obra faustosa, mas útil foi o aqueduto das águas livres. Desde D. Manuel que se procurava abastecer de água Lisboa. Em 1729 puseram-se impostos sobre o vinho, o azeite, a carne o sal e a palha, a fim de se custear as despesas. 127 arcos. 35 sobre a ribeira de Alcântara. O arco mais tem mais de 77 metros de altura. Duraram 63 anos as obras. Neste reinado foi queimado António José da Silva. Teve um caso amoroso célebre com a Madre Paula, do convento de Odivelas, de que houve um filho. Teve vários filhos ilegítimos de várias mulheres. Teve um trombose, de que morreu. Deixou o país pobre, apesar de todas as riquezas que nele entraram. Está sepultado em S. Vicente de Fora. Deixou rei D. José I e o outro filho, D. Pedro foi casado com D. Maria filha de D. José. Há o chamado estilo D. João V. Na construção da capela de S. João Baptista, em S. Roque, gastou-se até à exaustão. Mas é das grandes obras do barroco. d. josé I: d. nicolao: vai atrás OFF: No Porto chamavam-lhe D. Nicolau, não só por ser estrangeiro, mas também porque era uma personagem importante na cidade. Este atributo Dom era acompanhado dos qualitativos de insigne pintor e arquitecto. OFF: Fez várias casas no Porto para a clientela rica: nobres e clero, com quem convivia. Daí talvez ter vivido desafogadamente e chegar ao ponto de emprestar dinheiro a juros e ter um negócio de ourivesaria e de prestamista. A certa altura da sua vida foi com certeza um negociante abastado. OFF: Sabe-se que Nasoni ganhou muito dinheiro, que possuía imóveis e durante anos dispunha de capitais suficientes que lhe permitia emprestar dinheiro a juros, muitas vezes a 4,5 por cento. OFF: No século XVIII era costume dar o título de "Dom" a espanhóis e italianos de categoria. OFF: Nasoni assinou sempre Nasoni, passando gradualmente de "Niccolò", a versão italiana para "Niccolao". OFF: Magalhães Basto cita uma carta do Dr. Lorenzo do Poppa, explicando que a única forma aceitável é "Nasoni" e não "Nazoni" ou "Nasone", já que vem de "Naso" (narigudo). deão: DECORAÇÃO PICTÓRICA DAS PAREDES DA SÉ DO PORTO. Capela-mor da Sé do Porto. OFF: A actual capela mor, substituiu a abside medieval apresenta um cenográfico retábulo de talha dourada, considerado um dos elementos capitais do barroco. Pinturas da capela-mor da Sé do Porto. OFF: Nicolau Nasoni fez a decoração pictórica das paredes. No vão das janelas, a decoração é ilusionista e o desenho é um esquema cenográfico. Numa destas janelas (a primeira a partir da Epístola) encontra-se uma importante inscrição colocada pelo artista sobre um falso panejamento, com a inscrição "Niccolo Nasoni fiorentino naturale della tera di S. Giovanni Valdarno di sopra: die a pingere in questa Sé il 9.re de 1725 e ora 1731 e vene per mezo del S Decano /Girolamo Tavora e Noronha. OFF: Em 1731 Nasoni continuava a trabalhar nas pinturas da Sé do Porto. OFF: Haveria portanto pinturas de Nasoni tanto na capela-mor como na sacristia. desenho de uma portada na colecção nasoniana da biblioteca de siena: Diario Sanese”., Lucca, 1723: discípulos de Nasoni: OFF: Nasoni não fez escola, um grupo de alunos que tivessem praticado com ele. Houve sim foi arquitectos e outros artistas que imitaram o seu estilo. João Figueiredo Seixas foi um deles. OFF: Outro arquitecto que também deve ter sofrido influências de Nasoni foi André Soares. Domingos da Costa: OFF: Foi o mestre de obras da Igreja da Misericórdia e da Enfermaria e Torre dos Clérigos. Vivia em S. Gemil, Maia. DUOMO DE SIENA ELEMENTOS DECORATIVOS: FRONTÕES, DISCOS, VOLUTAS encontro com roque de távora e noronha. OFF: É em Malta que conhece que conhece Roque de Távora e Noronha, natural do Porto e irmão do Deão da Sé do Porto. Nasoni já não era propriamente um principiante, já que contava nesta altura 38 anos, tendo trabalhado como pintor e gravador pelo menos 14 anos em Siena, Roma e La Valletta e talvez até em Florença. Essa amizade com Roque de Távora manteve-a toda a vida OFF: Jerónimo de Távora presidia à irmandade dos Clérigos. Em 1731 encarrega Nasoni de fazer a planta para a Igreja desta confraria. entrada de beatriz da baviera: OFF: Como Nasoni era um artista de arte efémera, provavelmente terá executado o arco triunfal que se fez quando da entrada na cidade de Violante Beatrice di Baviera, viúva de Fernando de Medici. erros de Nasoni: OFF: "... em que se fez despesa grande pelos assentamentos que foram precisos na mesma planta, pela ter errado o chamado Nazoni..." (Cónego José António Marrana, História do Culto de Nossa Senhora dos Remédios em Lamego". OFF: Em 22 de Março de 1745 quando a Igreja dos Clérigos estava em grande parte construída os alicerces foram achados incapazes.. OFF: Em 1763, abriu-se uma grande fenda no corpo da Igreja de Santa marinha, de gaia, edificada entre 1745 e 1750, sob o risco de Nasoni erros na construçÃO: OFF: Em 1738 a Irmandade de Nossa Senhora dos Remédios, de Lamego, erigiu um chafariz da autoria de Nasoni “em que se fez despesa grande pelos assentamentos que foram precisos fazer na mesma planta, por ter errado o0 chamado Nazoni. Também já estavam grandemente avançados os trabalhos da Torre dos Clérigos quando os alicerces foram achados incapazes. Finalmente, em 1763, se abriu uma grande fenda no corpo da Igreja de Santa Marinha, em Gaia. Permitia-se também ao luxo de mandar repetir várias vezes trabalhos de pedreiros que não julgava satisfatórios, exigindo da parte dos pedreiros uma perfeição total. escadaria da sé do porto: Escadaria da Sé do Porto. OFF: Na Sé construiu vários portais do claustro e uma grandiosa escadaria no cabido. OFF: As escadarias de Nasoni são sempre muito especiais. São muito sílodas., com belos e majestoso Parapeitos e ornatos monumentais.- Escadaria interior do Claustro. OFF: A escadaria nobre (1736) que dá acesso ao pátio superior do claustro gótico. Nos patamares destaque para a grande estante de bronze com as armas de D. Gonçalo de Morais. estadia em roma. Documento da Sé vaga do Porto de 1717/1741 que diz: “Niculau Nazoni, arquitecto, e pintor florentino, exercitado em Roma, donde foy chamado a Malta pª pintar o Pallacio do Grão Mestre. OFF: Ao que parece Nasoni viveu em Roma, não se sabe muito bem a fazer o quê, talvez para aprofundar os seus conhecimentos como pintor. Ou então o dizer que trabalhou em Roma terá sido apenas uma forma de começar a trabalhar como arquitecto na galilé da Sé. Documento do Capítulo da Sé do Porto dizendo: "Vem Noccolò Nasoni architetto e pittore Fiorentino che lavorò à Roma, da dove fu chiamato a Malta". OFF: Ao que parece Nasoni passou por Roma antes de ir para Malta. ESTILO DE NASONI OFF: Vista no conjunto a obra de Nasoni +é em grande parte uma arquitectura de festival, derivada directamente das suas preocupações de estudante de Siena. Às vezes Nasoni introduzia elementos heráldicos dos brasões dos seus clientes, nos enquadramentos das suas casas e noas monumentos dos seus jardins. OFF: Já no final da sua vida, Nasoni estava ultrapassado. De 1759 em diante a época pombalina preferiu um estilo mais leve, superfícies menos carregadas de esculturas, linhas mais delgadas, que com a grande influência inglesa no Porto caminhava já para o neoclassicismo. Nos últimos anos da vida de Nasoni o gosto tinha mudado e ele ultrapassado. OFF: Fazem parte do estilo de Verdi extravagâncias e fantasias sobretudo nas folhas que brotam de certas cabeças ou que crescem entre volutas e nas assimetrias dos painéis e das tarjas. Outra das qualidades pessoais são a forma convexa de certos medalhões ovais, que lhe dá o aspecto de ovos, na multiplicação enfática das linhas dos entablamentos, inspirados talvez por efeitos da arquitectura de Borromini que teria visto em Roma, na frequência de inscrições em latim e italiano acompanhando as pequenas vinhetas de assuntos originalíssimos, no uso de rígido frisos verticais, compostos de cascas ou de folhas, na escolha de molduras clássicas, nas quais predominam óvulos. Todos estes elementos formarão a base da pintura de Nasoni em Portugal e aparecem em grande parte na sua arquitectura. Nasoni nunca brilhou no tipo de pintura de pessoas ou animais e essa pode ser uma razão para ter deixado Itália. OFF: NO estilo de Nasoni há pois uma total ausência de figuras alegóricas humanas, que eram predominantes nos tectos de Pietro da Cortona, mas já diminuídos nos de Nasini e inexistentes no estilo de Nasoni. OFF: Mais do que Nasoni ter influenciado Malta, foi Malta que influenciou Nasoni. Na época da sua passassem pela ilha florescia uma brilhante escola de arquitectos locais. , de cujas obras Nasoni levou uma rica colheita para os edifícios que iria construir mais tarde em Portugal. OFF: Deve ter aprendido lá o uso do disco oval de forma convexa, os frisos verticais de cascas e festões de frutas , muitas vezes em combinação com florões e volutas folheadas. Podemos também falar dos emprego por Nasoni de tipos de portadas e janelas características da arquitectura civil de Valeta. Também importante para o seu estilo foi a influência das cúpulas, plantas e fachadas de dois monumentos recém-construídos em Valetta, as Igrejas de Santiago e de Santa Catarina. Assim o artista teve oportunidade de aprofundar o modo de fazer arquitectura, já formado da tradição buontalentiana de Florença e borrominesca de Roma. OFF: Teve .lugar destacado na pintura portuguesa, não porque fosse um grande pintor - o seu desenho é grosseiro e defeituoso - mas é sempre cheio de vida, empolgante de força e emoção. OFF: Nasoni aprendeu de Borromini o gosto pelas pesadas cornijas repartidas e as escadas dramaticamente divididas, assim como as molduras serpentinas. OFF: Da sua experiência de cenografia em Siena, vieram outros elementos mais convencionais da decoração barroca: as varandas curvas, os arcos abatidos, as consolas nos ângulos das pedieiras, as grinaldas gordas, festões e conchas estriadas. Rejeitou porém a quantidade de meninos e anjos que povoam a sua pintura. Também de Itália lhe veio as torres angulares das casas de campo e a parte superior, de tronco recuado, da Torre dos Clérigos, que nos sugere os famosos campanili de Siena e Florença. OFF: A arquitectura de Nasoni é essencialmente de pintor. É uma arquitectura em que a linha e o adorno quase sempre predominam; é um estilo em que o cenógrafo sempre figura com verdadeiro esplendor. OFF: a decoração barroca é perfeita, notando-se a junção de elementos de decoração amaneirada, em ricos desenvolvimentos de curvas e contracurvas, acusando já com certos enrolamentos de gosto rocaille, ricos de festões, motivos florais e figuras de anjos. Estes motivos decorativos apresentam-se sob a forma de quadros sem ligação orgânica com a arquitectura como acontece em certas igrejas espanholas. Nasoni introduz um espírito menos arquitectural e mais decorativo que a de Ludovice (que também se pode dizer Ludovici). OFF: Muito mais que Ludovice, Nasoni é permeável ao meio onde trabalha. A Igreja. e Torre dos Clérigos é pouco italiana sendo mais Bracarense. É também comparável aos campanários espanhóis inspirados nos miranetes árabes. 4.6. Apresenta uma espécie de tremido, muito característico de certos móveis. 4.5. Muito mais que Ludovice, Nasoni é permeável ao meio onde trabalha. A Igreja. e Torre dos Clérigos é pouco italiana sendo mais Bracarense. É também comparável aos campanários espanhóis inspirados nos miranetes árabes. 4.6. Apresenta uma espécie de tremido, muito característico de certos móveis. OFF: Nasoni introduz no seu barroco formas do rocaille que será depois mais exuberante em Braga, Viana e Guimarães. OFF: O estilo de Nasoni foi baseado principalmente em 2 mestres italianos: Bernardo Buontalenti e Francesco Borromini. Do estilo do primeiro vieram as grandes carterlas barrocas de superfícies convexas e côncavas; os jarros e fogaréus de formas opulentas e teatrais e o frontão de forma invertida. OFF: Do estilo de Borromini é a dupla voluta empregou no chafariz da Sé e numa das janelas laterais da Igreja dos Clérigos. Empregou generosamente outros elementos borrominescos, como o frontão de linhas agudas ou a repetição de molduras em certos segmentos de uma cornija. OFF: Um dos defeitos de Nassoni foi o culto da decoração que predominou expressividade do granito: OFF: o granito é um material rebelde OFF: Rocha granular e cristalina formada por feldspato, quartzo e mica. FACHADA DA Igreja da misericórdia: OFF: A partir de 1749, empreende as novas obras da Igreja da Santa Casa da Misericórdia do Porto. Desenho da fachada. OFF: Estes são os únicos desenhos que sobrevivem de qualquer uma das suas obras portugueses. OFF: Executa mais outra fachada, talvez a mais imponente e significativa de todas as que executou: a da Igreja da Misericórdia. OFF: A Igreja de Santa Casa da Misericórdia do Porto foi reconstruída entre 1749 e 1754 por Manuel Álvares Martins e Nicolau Nasoni, que entrou na Irmandade em 1743. Numa reunião de 7 de Setembro de 1740 a direcção da Misericórdia decide que para evitar a ruína da igreja se devem convocar os arquitectos D. Nicolau Nazoni e Miguel Francisco da Silva., que já tinham trabalhado juntos nas obras dos Clérigos e na sacristia da Sé. e também um grupo de mestres carpinteiros e pedreiros. Os especialistas recomendaram uma instalação de uma série de botaréus aos dois lados da nave e uma parede sobre a parede da sacristia. Descobriu-se também que a fachada estava em muito mau estado e era necessário arranjá-la. Mas as coisas ficaram na mesma e em Março de 1748, caiu uma das pedras de fecho de uma abóbada. Outra reunião e decidiu-se que a igreja devia vir toda abaixo. A igreja foi encerrada a 22 de Março e a secretaria transferida para a dos Clérigos. Concordou-se portanto em refazer a igreja com paredes e abóbadas novas, prolongando-a até à nova fachada. Nasoni fez um desenho para a fachada, magnífica carregada de esculturas. É esta fachada que existe actualmente, mas de forma simplificada. O mestre pedreiro acabou por ser Domingos da Costa. As obras começaram a 1 de Setembro de 1749. OFF: As obras continuaram, mas a certa altura pararam. E só são retomadas em 11 de Junho de 1752, por Inácio e Manuel Pereira, contratados para fazerem as abóbadas. Finalmente ao fim de 3 anos e meia a igreja ficou feita. OFF: Pela planta que resta, vê-se que o arquitecto avançou a fachada até à Rua das Flores obrigou-se a modificar a inicialmente traçada. A fachada ficou pronta em 1750. A fachada é uma das obras proeminentes de Nasoni, a mais rica de todas em escultura. O arquitecto alcançou aqui o mais alto grau de opulência decorativa A tarefa do arquitecto não terminou com o exterior do templo da Santa Casa pois desenhou vários elementos em madeira para a nave e o arco do coro e esculturas de pedra para o arco cruzeiro. O resto da Igreja dever ter sido feito por Manuel Álvares. Foi ele responsável pela reconstrução das paredes e abóbadas da nave. OFF: Foi na Igreja da Misericórdia e no Palácio do Freixo que Nasoni alcançou o mais alto grau de opulência decorativa. OFF: Vista do Largo de S. Domingos, a fachada da Misericórdia destaca-se imperiosamente das casas burguesas que a ladeiam. OFF: Nasoni entrou na Irmandade da Misericórdia em 25 de Março de 1743. Foi admitido na "segunda condição": que constava de mestres de ofícios, comerciantes, etc.. junto com um droguista, um sangrador, um cordoeiro, um cirurgião e vários mercadores. A "primeira condição" era reservada aos eclesiásticos, fidalgos e militares. Ao nome de Nasoni não foi acrescentada profissão e dizia que ele era morador Corpo da Guarda. OFF: Nasoni recebeu 68$800 réis pelo pagamento dos seus serviços na Igreja da Misericórdia. fachada da igreja do Bom jesus de matosinhos OFF: Nasoni executa outra fachada, desta vez para a Igreja do Bom Jesus de Matosinhos. OFF: Nasoni repetiu motivos dos arcos deprimidos na fachada da Igreja do Bom Jesus de Matosinhos. OFF: É de 1743 a data em que Nasoni figura como autor da n ova fachada de S. Salvador de Matosinhos, para a qual contribuiu com estátuas para o frontispício e grades de interiores. Em 20 de Julho de 1743, o deão Jerónimo da Távora e Noronha, escreveu a um indivíduo dizendo que Nasoni apenas chegou de Vila do Conde, vinha muito contente opor ter estado a acrescentar a Planta da Igreja de Matosinhos. É esta a primeira obra que Nasoni faz depois do seu regresso ao Porto. Foi só a 3 de Julho de 1743 que a planta foi aprovada pela mesa. Os trabalhos de reconstrução duraram até 1747. A igreja já existia., mas era necessário mais espaço de modo que em 1726 a Confraria do Bom Jesus de Bouças iniciou um processo de renovação com a construção de uma capela mor. OFF: A obra de pedraria foi arrematada a António Rodrigues de Barcelos, o mesmo que em 1754 iria construir a nova Igreja de Santiago do Bougado. Houve que refazer várias vezes a obra já que não se quadrava com a planta de Nasoni. A principal contribuição de Nasoni foi o desenho e a construção do novo frontispício. No corpo da Igreja houve poucas modificações. No adro em frente da Igreja colocou Nasoni um chafariz de proporções monumentais. Este chafariz parece ter tido como tantas outras obras de Nasoni defeituosa de construção. A Irmandade mandou-o consertar em várias ocasiões. No século XIX o chafariz foi removido do adro e colocado em Leça, numa quinta, que é hoje o parque municipal de Matosinhos. Ferrati OFF: Durante a sua estadia em Siena, Nasoni estudou em Siena com Jacopo Franchini (1665-1736), escultor e arquitecto e com Vincenzo Ferrrati. fontana dei fiume: OFF: Construída para o Papa Inocêncio X Pamphili esta magnífica fonte no centro da Piazza Navona foi inaugurada em 1651. O brasão do Papa com a pomba e o ramo de oliveira, decoram a formação rochosa piramidal, suporte de um obelisco egípcio. Bernini projectou a fonte paga por meio de impostos bastante impopulares sobre o pão e outros géneros alimentícios. Os grandes rios então conhecidos - Ganges, Danúbio, Nilo e Rio da Prata - são representados por 4 gigantes. A cabeça coberta do Nilo simboliza a desconhecida nascente do rio, mas existe também uma lenda segundo a qual o véu representaria o desagrado de Bernini pela proximidade de Sant'Agnese in Agone, criada pelo seu rival Borromini. Da mesma forma supõe-se que a figura atlética do Rio da prata, agachando-se com os braços levantados, expressaria o medo de Bernini de que a igreja se desmoronasse. Mas estas histórias não têm fundamento: Bernini concluiu a fonte antes que Borromini começasse o trabalho na igreja. Fontana del Moro: OFF: É uma fonte de Bernini, exibindo um etíope a lutar com um golfinho. Na extremidade Norte neptuno luta com um polvo. Foi reconstruída em 1653 por Bernini que concebeu o deus do mar que está ao centro. Foi um dos últimos trabalhos deste artista. Fontana del Tritone: OFF: No centro da agitada praça Barberini está a Fontana del Tritone, uma das mais alegres concebidas por Berbibi. Delfins acrobáticos mantêm as cabeças para baixo, enroscando as caudas para sustentarem uma imensa concha na qual o deus Tritão se ajoelha, soprando uma longa coluna de água para o ar. Entre as caudas dos tritões entrelaçadas vemos uma mitra papal, as chaves de S. Pedro e o Brasão dos Barberini. FRANCESCO borromini: OFF: Francesco Borromini utilizou formas geométricas revolucionárias nas igrejas de que construiu em Roma. OFF: Os primeiros trabalhos de Nasoni são inspirados nos de Borromini e nos de Pietro da Cortona. OFF: Nasoni aprendeu de Borromini o gosto pelas pesadas cornijas repartidas e as escadas dramaticamente divididas, assim como as molduras serpentinas. OFF: Francesco Borromini (1599-1667) foi um dos arquitectos mais brilhantemente originais do movimento barroco de Roma no século XVII, de influência incalculável em toda a Europa. Em Portugal foram especialmente apreciados os seus frontões ondulantes e enquadramentos de portas e janelas de forma fantástica, que Borromini estreou no Palácio Barberini, construído em grande parte pelo rival Gian Lorenzo Bernini. franchini OFF: Durante a sua estadia em Siena, Nasoni estudou em Siena com Jacopo Franchini (1665-1736), escultor e arquitecto e com Vincenzo Ferrrati. frei dom antónio manuel de vilhena: OFF: Já vimos que uma possibilidade podia ser Nasoni ter ido para Malta a pedido de Zondadari, mas também pode ter sido no tempo em que era grão-mestre António Manuel de Vilhena. Há uma data 1723 que figura junto ao brasão do Grão Mestre que indica que a obra foi iniciada nesse ano. Nasoni pode já estar nessa ilha nesse ano. OFF: Filho de D. Sancho Manuel, conde de Vila Flor, herói das guerras seiscentistas com Espanha, o grão mestre foi muito jovem para Malta onde se distinguiu como militar, governador do tesouro e, entre 1713 a 1715, grão-chanceler da Ordem. Em 22 é eleito grão-mestre defendeu a ilha contra os turcos. Aumentou as fortificações de Valeta, construindo em 1726 a Fortaleza Manuel e restaurou as muralhas da capital. Edificou também em Valeta numerosos palácios e protegeu as artes. OFF: Frei D. António Manuel de Vilhena, preocupou-se com a sua residência principal. OFF: Fora de La Valeta há indícios de Nasoni ter trabalhado para o grão-mestre Manuel de Vilhena em duas residências de campo, os palácios de Verdala e de Santo Antão. frescos: Os frescos decoram paredes de igrejas, edifícios públicos e palácios em toda a Toscana. A palavra fresco refere-se à técnica da pintura sobre uma camada de argamassa húmida e recém - aplicada. Os pigmentos penetram na argamassa e quando esta seca a cor fixa-se. As cores obtidas por este processo são fortes e vivas. OFF: Aplicada a argamassa, os artistas tinham que trabalhar depressa antes que ela secasse. Por isso pintavam uma pequena área cada dia (o giornato). A linha de junção entre as secções era com frequência dissimulada nas extremidades, ou em colunas ou molduras. frontão invertido: OFF: O motivo do frontão invertido encontra-se em muitas expressões diversas da arte florentina dos séculos XVI - XVIII. Aparece na pintura nos quatro ângulos do tecto que Pietro da Cortona pintou na sala principal do Palácio Barberini em Roma, por exemplo. GALILÉ DA catedral do Porto: Imagens da Sé. OFF: A Sé do Porto é um edifício de estrutura românica, dos séculos XII e XIII, tendo sofrido grandes remodelações no período barroco (sé. XVI e XVII). Exterior da Igreja. OFF: No exterior conserva ainda o aspecto de igreja fortaleza com ameias. Galilé. OFF: Foi Nasoni quem concebeu a loggia ou galilé lateral (1736) É muito palladiana, com volutas e obeliscos, cornijas encurvadas, jarras nos plintos das escadas. OFF: O cabido da Sé decidiu construir uma galilé. Segundo Robert Smith foi Nasoni quem construiu esta galilé. Segundo outros autores, nomeadamente Natália e Joaquim Ferreira Alves não há documentos que provem essa paternidade. Robert Smith considera também que Nasoni trabalhou na capela-mor, junto às pinturas que ali empreendeu em 1725. NO meio dos remates das portadas da Sé do Porto, sobressai uma espécie de escudo em forma de coração. Nas portas da capela-mor da Sé o escudo é rematado por uma concha, outro motivo preferido de Nasoni.. Se foi realmente Nasoni o responsável pelas obras do claustro da Sé conseguiu grandes efeitos dramáticos combinando pureza de linhas em grande escala com motivos realistas de profunda plasticidade. Mas a falta de documentação onde se atribua qualquer pagamento a Nasoni indica que Nasoni não terá concebido as alterações da Sé, mas que seja Manuel Francisco da Silva e António Pereira, este último o arquitecto do Palácio de S. João Novo, até há pouco tempo atribuído a Nasoni. OFF: È também provável que a galilé tenha sido desenhada e executada por António Pereira, mestre-pedreiro. OFF: A primeira referência ao progresso dos trabalhos parece ser de 29 de Janeiro de 1734, quando Pereira recebeu um pagamento de 300$000 réis por conta das escadas e alpendre da porta travessa da Sé. Este pagamento foi seguido de outros de Abril a Dezembro, representando um total de 1800$000 réis, nos quais estão incluídos os pagamentos aos operários. A galilé foi construída em 1736, data em que Nasoni estava em Lamego, sendo por isso pouco provável ter sido ele a +projectar a galilé, já que tinha que supervisionar os trabalhos de construção. OFF: Presumivelmente será pois de António Pereira e não de Nasoni e galilé da Sé do Porto. OFF: A galilé na sua forma actual é apenas uma sombra do que era, antes do malogrado restauro da Sé, começada em 1930. O interior da galilé escapou ao restauro, excepto no que diz respeito aos azulejos, que para além de serem falsos destroem a harmonia que antes reinava entre as abóbadas e paredes rebocadas e o enquadramento do granito que ainda se podem observar ma escadaria do claustro. Gesù: OFF: Erguida entre 1568 e 1584, Gesù foi a primeira igreja jesuíta a ser construída em Roma. O seu desenho resume a arquitectura barroca da Contra-Reforma e foi muito imitado em todo o mundo. A decoração ilusionista da nave e do domo foi acrescentada um século depois. A sua mensagem é clara confiante: fiéis, os devotos católicos serão alegremente elevados aos céus, enquanto os protestantes e outros hereges serão pasto das chamas do inferno. OFF: Foi a Contra Reforma que inspirou o estilo rico e exuberante das igrejas barrocas, como esta de Gesù. OFF: O projecto da primeira igreja jesuíta teve um grande impacto na arquitectura religiosa. OFF: Erguida entre 1568 e 1584, Gesù foi a primeira igreja jesuíta a ser construída em Roma. O seu desenho resume a arquitectura barroca da contra-reforma e foi muito imitada em todo o mundo católico. Tem dentro uma capela inteiramente construída por Andrea Pozzo. Gian lorenzo bernini (1598-1680): OFF: Gian Lorenzo Bernini foi artista predilecto do papado, Bernini transformou Roma com as suas igrejas, palácios, estátuas e fontes. OFF: Teve a protecção do papa Urbano VIII (1623-44). OFF: Muito apreciados, são a colunata e o baldaquino que ele construiu na Igreja de São Pedro. OFF: O uso de discos redondos ou ovalados em combinação com frontões foi um motivo predilecto de Bernini e de outros grandes arquitectos do barroco romano. grinaldas: GROTESCO: OFF: Provavelmente derivada da palavra "gruta" (em italiano "grotte"). Guida de Siena: Guioseppe nasini: Hospital de Santa Maria della Scala: igreja de santa engrácia: OFF: Considera-se habitualmente esta igreja de Santa Engrácia como o marco inicial das grandes construções barrocas. As obras arrastaram-se nas duas décadas finais de Seiscentos e só se concluíram há poucos anos. A primeira pedra foi lançada por D. Pedro II em 1682 igreja de santa marinha em vila nova de gaia OFF: No ano de 1745 consegui a reconstruir a Igreja de Santa Marinha, de Vila Nova de Gaia. OFF: Em 1745 Nasoni desenhou o plano de reconstrução da velha matriz de Gaia, a Igreja de Santa Marinha. OFF: O cabido da Sé do Porto que tinha poderes para isso, resolveu reedificá-la e escolheu Nicolau Nasoni para o fazer. Como havia pouco dinheiro as obras de Santa Marinha ficou relativamente pobre e demorou 17 anos a ser construída. OFF: A obra de pedraria foi arrematada aos mestres António da Silva, Manuel e Pedro Pereira, Francisco Alves França, José Moreira da Silva e Manuel Alves Martins. OFF: A anterior igreja foi completamente demolida e os mestres de obras foram avisados para fazerem tudo seguindo as indicações de Nasoni. OFF: Deu-se 1600 réis a um pintor para pintar e dourar a primeira pedra e mais 4 moedas que o cabido mandou dar a Nicolau Nasoni pelas duas plantas que fez. OFF: Em 16 de Novembro de 1745, ajustou-se a obra de carpintaria, ferragem e telhados e os pagamentos ao mestre carpinteiro Inácio Francisco, de Ramalde e aos ferreiros Miguel Pessol e José Francisco dos Santos. OFF: A obra de pedraria parece ter acabado em 31 de Dezembro de 1748 e 8 meses depois, em 8 de Agosto de 1749 os mestres rebocadores Manuel e Mateus Alves Bezerra, que também trabalharam nos Clérigos. OFF: A obra da sacristia foi arrematada pelos pedreiros Bento Carvalho, de Vilar de Andorinho e António Domingos de Vilar de Paraíso por 61$500 réis em Maio de 1750. OFF: Na carreira de Nasoni surgiu outra catástrofe devida à construção. durante o ano de 1763, apareceu uma grande fenda na parede sul do corpo da igreja. Foram primeiro três pedreiros a ruína do corpo da Igreja . Chamaram um eclesiástico especialista que aconselhou a meter uma cunha de ferro delgado. OFF: A igreja foi reedificada em 1841. OFF: O desenho da Igreja é pouco complicado. Os elementos mais ricos de todo IGREJA DE SANTO ILDEFONSO: OFF: No ano de 1745, Nasoni desenhou a talha da capela-mor da Santo Ildefonso. OFF: É também dele os dois lavatórios idênticos de santo Ildefonso que datam de 1745, quando Nasoni desenhou a talhada capela-mor e os púlpitos e molduras dos quadros da nave. O Lavatório da sacristia apresenta um desenho compacto. OFF: No que diz respeito à talha dourada há um contrato de 1745 para Nasoni executar a talha dourada da capela-mor de Santo Ildefonso. O arquitecto fez uma série de invenções decorativas, cheias de fantasia. Na talha de Nasoni abundam os lugares-comuns de frontões invertidos, conchas assimétricas, meios corpos saindo de folhas, festões e outros objectos de realismo decorativo. Para além destes elementos aparecem também cabeças de meninos e anjos, padrões de losangos em desenhos matizados, conchas pregueadas, uma vasta gama de volutas. No dia 11 de Julho de 1745, a Irmandade do Santíssimo Sacramento de Santo Ildefonso, ajustou com Miguel Francisco da Silva para "fazer de novo o retábulo da capela-mor ... conforme as plantas de Nicolau Nasoni. Smith diz que apesar de não figurarem no contracto são de Nasoni os dois púlpitos e as grandes molduras de quadros que os rematam. Igreja de Santo Inácio: Tecto. OFF: A Contra-Reforma inspirou o estilo exuberante e rico das Igrejas como Gèsu e Sant'Ignazio de Loyola. OFF: Andrea Pozzo pintou este magnífico tecto barroco em louvor de Santo Inácio e da Ordem dos Jesuítas. OFF: A Igreja foi construída pelo Cardeal Ludovisi em 1626 em honra de Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus, a Ordem que melhor encarnou o entusiasmo pela Contra-Reforma. Juntamente com Gesù, Sant'Ignazio forma o núcleo da área jesuítica de Roma. O interior coberto de pedras preciosas, mármore, estuque e dourados dá a impressão de um teatro. Uma cúpula foi projectada, mas nunca construída e o seu espaço foi coberto por uma pintura em falsa perspectiva de Andrea Pozzo. igreja de são francisco: OFF: Utilizam-se colunas pseudo-salomónicas na famosa árvore de Jessé. igreja de são tiago de bougado: OFF: É um excelente exemplar do barroco e do trabalho de Nasoni. Situada em Santo Tirso é uma igreja relativamente perdida no Norte, talvez com poucos fiéis, mas lindíssima, sobretudo a nível da talha dourada, verdadeiramente maravilhosa. Consta de um só nave, com capela mor e coro alto com um órgão. OFF: É uma obra menor de Nasoni, apesar de estar ligada estilísticamente à torre dos Clérigos. Está situada na Trofa, que na altura fazia parte do antigo concelho da Maia e agora é um concelho autónomo. OFF: Foi construída devida a D. Diogo Marques Mourato, ex-abade de Bougado, que pediu pouco antes de morrer ao deão da Sé do Porto, D. Jerónimno de Távora que se aplicasse na edificação de uma igreja nova no Bougado. O deão lembrou-se de Nasoni, pedindo-lhe o desenho. OFF: A construção da igreja deveu-se a António Rodrigues de Minhotões (Barcelos). Apesar de igreja ser grande é pobre. enviar-vos-emos OFF: Santiago do Bougado era abadia do cabido da Sé do Porto. Em 1789 tinha 264 fogos, 866 almas e o rendimento de um conto. Igreja do Menino Deus: OFF: Uma das primeiras iniciativas de D. João V é a fundação em Lisboa de uma igreja que marca um pouco o início da arquitectura barroca em Portugal. Trata-se da Igreja (inacabada) do Menino Deus, junto à cerca do castelo. O rei estará presente na colocação da 1ª pedra, (em 1711) já que a Igreja lhe servia para pedir a Deus que o casamento fosse fértil. Segundo o historiador José Fernandes Pereira, esta igreja faz a conciliação entre o gosto português e a estética italianizante. Igreja e Torre dos Clérigos OFF: Teixeira de Pascoaes dizia que a Torre dos Clérigos era o Porto espremido para cima. OFF: Os motivos das pinturas de Nasoni, os mesmos painéis ovalados de superfície convexa, grinaldas e cabeças de anjos com volutas, estão também presentes na fachada dos clérigos. Aqui os objectos simbólicos t têm na escultura o mesmo realismo da pintura. Perante o janelão central levanta-se, num coxim de grandes borlas, a tiara papal em metal dourado, enquanto com idêntico realismo se apresentam, nos frisos, cruzes papais e objectos de culto, inclusive um turíbulo e uma custódia, que são repetidos na talha das portas da sacristia. OFF: A Torre dos Clérigos foi acabada em 1763 quando Nasoni já tinha 72 anos. Foi ao que parece o seu último trabalho. Imagens da Torre e da Igreja. OFF: Há um certo excesso de motivos extravagantes na Torre e Igreja dos Clérigos. OFF: Jerónimo de Távora presidia à irmandade dos Clérigos. Em 1731, um ano depois da morte de Isabel Ricciardi, D. Jerónimo encarrega Nasoni de fazer a planta para a Igreja desta confraria. OFF: as obras decorreram de 1732 a 1749 e de 1754 a 1763 (torre e casa). OFF: A torre é uma obra prima do barroco europeu. OFF: Em 1757 inicia-se a construção da Torre dos Clérigos, que será terminada em 1763. OFF: A fachada da igreja é cheia de motivos extravagantes, tirados da sua pintura, mas com qualquer coisa de dramático. OFF: Em 1753 tinha iniciado novas obras da Igreja dos Clérigos, a parte da torre. OFF: De todas as obras de Nicolau Nasoni, a Igreja dos Clérigos do Porto é a mais complexa (tanto na planta como na história) e a mais bem documentada. A sua construção vai desde 1732 a 1773 e abrange a edificação da Igreja (1732-1750) e a da enfermaria, e torre dos sinos (1754-1763) e com a ampliação da capela-mor original (1767-1773). OFF: no que diz respeito a este edifício há vários documentos nos livros da Irmandade, documentos que não deixam sombra de dúvidas sobre a autoria de Nasoni. OFF: A sua operação foi prolongada, custosa e cheia de desentendimentos. OFF: Devido à má construção da igreja os que a examinaram optaram então por fazer duas torres de ambos os lados da fachada para sustentar o zimbório. Esta decisão tomada por estes irmãos na reunião não agradou aos restantes e reuniram-se de novo em 1 de Dezembro de 1746, votando-se pela eliminação das torres ou pela eliminação do zimbório. Não se sabe qual o resultado da votação, mas nenhuma das decisões foi tomada. É noutra sessão de 28 de Fevereiro de 1747, na presença do Bispo que resolveram simplificar a forma do zimbório, tirando-lhe uns arcos destinados a sustentar um lanternim. Uma vez tomada essa decisão as obras prosseguiram de modo que em 1748 a Igreja estava praticamente terminada. No dia 28 de Junho foi lá celebrada a primeira missa. Depois de 16 anos de lutas, com intrigas internas, falta de direcção, fraqueza de construção, escassez de dinheiro e a indiferença dos vários irmãos, removeram-se os obstáculos, a igreja fez-se. Mas em 1749 ainda se lhe colocaram umas pias e faltava edificar as escadas à frente da fachada. Foram principiadas em 1750 pelo mestre de obras Manuel António de Sousa. Demorou este trabalho até 1753-54, época em que iniciaram as obras de prolongamento da Igreja e construção da torre. A nova igreja foi sagrada em 12 de Dezembro de 1779, tendo Nasoni morrido 6 anos antes. OFF: O sítio da Igreja dos Clérigos era uma terra baldia, chamada Cruz da Cassoa, extramuros da cidade, chamada também Campo do Olival. À esquerda estavam as muralhas, à direita o Real Recolhimento do Anjo e a Capela do Adro dos Enforcados, mantidas com o cemitério pela Santa Casa da Misericórdia para fazer as exéquias dos que morriam na forca. Em frente descia a Calçada da Natividade (actual Rua dos Clérigos), na direcção da Praça das Hortas e a Igreja dos Congregados, donde subia a Rampa de Santo António indo para a Praça da Batalha e Igreja de Santo Ildefonso. Apesar de serem da mesma altura estas duas igrejas simbolizam épocas diferentes na vida da cidade. A de Santo Ildefonso representa o passado, o século XVII, a severidade repressiva da Contra-Reformna. A dos Clérigos proclama o calor e a alegria do novo estilo barroco que Nasoni trouxe de Itália para Portugal. Nas plantas as duas igrejas apresentam o mesmo contraste. A de Santo Ildefonso é octogonal, estática, rígida. A planta dos Clérigos é oval, dando a impressão de movimento. Reproduz, de forma simplificada uma das grandes igrejas de Francesco Borromini. Encontra-se uma planta semelhante na Igreja de Santiago de Valeta, em Malta, que deverá ter servido de modelo a Nasoni. OFF: Como a Igreja está no alto de uma plataforma construiu-se então uma majestosa escadaria para dar comunicação entre a calçada e as portas de entrada. A escada encaixilha a fachada num amplo terraço. A actual escadaria é uma reconstrução do século XIX, modificando-a. OFF: Esplêndidos são os coruchéus, em forma de altas jarras, com flores e palmas estilizadas. OFF: Há uma grande semelhança entre os motivos arquitectónicos desta Igreja e as pinturas de Nasoni. É a pintura decorativa traduzida à plasticidade do granito. E a grande fachada, profundamente realista na sua decoração é uma vasta pintura cenográfica. OFF: Se no exterior da Igreja o olhar se deleita com pormenores escultóricos, o valor do interior reside no extraordinário efeito de unidade alcançado pela nave. De qualquer modo o interior está muito modificado por alterações posteriores. OFF: Pouco antes da sagração da Igreja da Santa Casa da Misericórdia, Nasoni voltou às obras dos Clérigos, paradas desde 1750. Desenhou desta vez uma grande extensão atrás da Igreja para acomodar as funções da irmandade e dar lugar a um hospital e uma torre terminal. Os novos trabalhos levaram quase uma década, transformando a o templo dos clérigos, numa forma estranha e impressionante, dando ao Porto o seu ex-libris. OFF: O projecto do hospital ou enfermaria dos Clérigos, teve uma longa história, começando no início da construção da igreja. Em 1750, edificada a Igreja, a Irmandade começou a estudar a possibilidade de criar uma enfermaria que recolhesse os irmãos enfermos e pobres. O verdadeiro início do projecto é o dia 23 de Agosto de 1753, com a doação do terreno. A 13 de Dezembro de 1753, 22 anos após a sessão que aprovou a edificação da igreja. Pediram esse trabalho ao Irmão Nicolau Nasoni. Nasoni fê-lo e apresentou-o a 8 de Fevereiro. Nasoni desenvolveu no curto espaço de 7 semanas as plantas básicas da obra. O mestre de obras foi novamente o mestre Manuel António de Sousa, sucedendo a António Pereira e Miguel Francisco da Silva. Com Manuel António, trabalharam os mestres pedreiros Domingos da Costa, mestre das obras da Misericórdia, Caetano Pereira e Manuel Bento da Silva. OFF: A fachada Norte foi terminada em 1758. OFF: A torre, começada em 1757 foi dirigida por Manuel António de Sousa, sendo a parte por cima do nível da igreja edificada durante 1758 e 1759. Os últimos passos de toda a construção foram dados em 1763 com o acréscimo da varanda por cima da Porta do Anjo por Manuel Bento da Silva e a chegada em 7 de Outubro do grande sino vindo de Hamburgo. durante todo este tempo Nasoni foi vigiando as obras, mostrando-se descontente com algum pormenor e exigindo que fosse refeito. OFF: O fruto da segunda campanha de construção do edifício é a chamada Casa dos Clérigos que mede 30,20 metros e tem 14 metros de largura. Consta de uma secção rectangular contendo as escadas e 3 aposentos principais, um em cada um dos 3 andares e uma zona menor de feitio trapezoidal fazendo ligação com a torre no lado oeste. A planta do edifício foi-se construindo pouco a pouco com a gradual aquisição de novos terrenos. , num sitio irregular onde não havia outra disposição possível. Por causa disto a torre parece dominar completamente o edifício. OFF: A Casa dos Clérigos é muito pobre nas suas fachadas. É uma arquitectura utilitária próprio de uma enfermaria, fazendo uma espécie de ligação entre a Igreja e a Torre. Cuidou-se mais da parte sul do que da parte norte do edifício. A casa foi repartida ao centro. No lado sul há 3 salas: sacristia, secretaria e enfermaria, cada uma no seu andar, enquanto que no lado norte há as chamadas pátios das esdas dos documentos e a monumental escada que as liga. OFF: A Torre dos Clérigos construída entre 1757 e 1763 é uma síntese do estilo de Nasoni. Possui as virtudes que a distinguem: grandeza, nobreza de proporções, riqueza e originalidade de decoração, novos empregos de elementos tradicionais, inesperados no século XVIII. Levanta-se a 75,60 metros de uma base que mede 7,73 m por 8,15 metros, tendo a escada 225 degraus.- Dividida em 6 zonas correspondentes aos 4 andares da construção, a torre apresenta, na face ocidental a fachada principal, com outras duas associadas ao norte e ao sul. A frontaria leste, é de composição diferente, por causa da sua posição. A torre ergue-se singela e lisa por alguma distância, dilata-se depois numa varanda carregando jarras, onde começa o explosivo movimento do último sector, formando um alto lanternim onde se reúnem as 4 faces do mesmo desenho. A composição parece derivada das altas torres dos palácios municipais toscanos, que Nasoni conhecera em Siena e Florença. Parece um foguete lançado ao céu numa noite de regozijo. OFF: A torre seria acabada em 1763, tinha Nasoni 72 anos. OFF: Os pedestais dos Clérigos (se é que foram feitos por Nasoni) têm motivos folheados, sugerindo renda de bilros.. OFF: Há na secretaria da Igreja dos Clérigos um excelente retábulo atribuído a Nasoni OFF: Alguns dos sinos da Torre foram encomendados em Hamburgo, outros adquiridos em Braga e outros fundidos pela própria Irmandade numa fábrica estabelecida no Porto para este fim. OFF: durante a sua longa história a Torre tem servido não somente se dinheiro como também de guia de navegantes, já que é visível à distância de 10 léguas. OFF: Em 1843 começou também a servir os interesses dos comerciantes da cidade mediante a colocação de uma bandeira para assinalar a chegada dos paquetes de Inglaterra. Poupada no cerco do Porto de 1832, a torre foi danificada logo em 34 durante um grande temporal . Em 1862 o globo com a sua cruz caíram do ápice da torre, causando "um grande rombo no tecto da Igreja". IGREJA REAL recolhimento DE MENINAS Órfãs DE NOSSA senhora da esperança: OFF: Fez a fachada da Igreja de Nossa Senhora da Esperança, junto ao Recolhimento das Órfãs da Misericórdia.. OFF: Introduz na entrada do Recolhimento das órfãs frontões invertidos inventados por Buontalenti. OFF: Em 1746 parece ter desenhado a nova Igreja de Nossa Senhora da Esperança. OFF: Quase na mesma altura em que preparava a planta da Casa do Despacho dos Terceiros Franciscanos, Nasoni empreendeu a primeira de 2 obras para a Santa Casa da Misericórdia do Porto. OFF: A Misericórdia encomenda a Nasoni uma a nova Igreja de Nossa Senhora da Esperança. OFF: A instituição de Nossa Senhora da Esperança foi dada caritativamente, numa época em que alguns nobres deixavam parte dos bens para estabelecer recolhimentos destinados a abrigar mulheres desamparadas. Assim quando faleceu, em 1718, o Padre Manuel de Passos Castro, deixou parte do seu espólio a obras pias. Os seus testamenteiros decidiram fundar um recolhimento para meninas órfãs, a ser administrado pela Santa Casa, que aceitou o encargo. Foi decidido colocá-lo no Terreiro de S. Lázaro, na freguesia de Santo Ildefonso. OFF: As obras de construção começaram em 1724, encomendadas pelo deão do cabido do Porto, Jerónimo de Távora e Noronha , primeiro a António Pereira, para dar planta e dirigir as obras. OFF: Mas os trabalhos pararam em 1731, por falta de dinheiro. Nesta altura havia uma capela. Os quase 40.000 cruzados que a mesa diz ter gasto na edificação devem ter ido essencialmente para o edifício do recolhimento. OFF: A igreja só é começada a construir em 1746. Foi celebrado entre o então provedor da Santa Casa, João de Lacerda e Melo e um grupo de 6 mestres pedreiros: Manuel Álvares Martins, OFF: Contudo, tal como acontece noutras situações não há qualquer referência a Nasoni no contrato para a pedraria da Igreja de Nossa Senhora da Esperança. Há referência a uma planta que Robert C. Smith supõe ter sido de Nasoni, mas pode dar-se o caso de todo o projecto ser de António Pereira e não de Nicolau Nasoni. OFF: A igreja ficou terminada em 1763 e foi benzida na tarde de 17 de Março. OFF: A Igreja e o edifício do recolhimento domina o lado sul do Jardim de S. Lázaro. A fachada da Igreja tem 12,05 metros de largura, com um esquema novo na sua obra, mas profundamente tradicional em Portugal. OFF: A Igreja de Nossa Senhora da Esperança é mais rica no enquadramento interior. A Capela-mor com o magnífico retábulo e as portas laterais presumivelmente desenhada por Nasoni. O interior da igreja oferece dois outros núcleos de escultura em pedra, ambos novidade na obra de Nasoni. As grandes fachadas do recolhimento, aos dois lados da Igreja num total de 84,45 metros. Será que foi Nasoni a sugerir aquele tipo de planta, com a igreja no meio dos dois blocos ? O actual aspecto imponente do Real Recolhimento de Nossa Senhora da Esperança foi realizado com certeza depois de 1833, já que há um desenho dessa data mostrando exclusivamente o lado direito das igreja. Em 1861 foi concluída a zona traseira do bloco do lado direito. Ao longo do século XIX houve várias transformações. Quem terá desenhado este bloco, Nasoni ou António Pereira ? Ou será que é tudo de António Pereira. ? Mas a verdade é que o remate é quase igual ao das duas portadas da capela-mor da Sé e os algarismos da data de 30 de Setembro de 1724, inscritos na tarja central, referentes ao começo das primeiras obras, são do mesmo feitio que os das inscrições das pinturas de Nasoni na Sé e no Palácio de Valeta, em Malta. OFF: Nasoni desenhou também o lavatório da sacristia de Nossa Senhora da Esperança que parece simples, já que consta apenas de uma jarra. OFF: Nos pedestais das pias de água benta da Misericórdia, Nasoni introduziu grinaldas. Smith diz que Nasoni deve ter desenhado o retábulo da capela-mor da Igreja de Nossa Senhora da Esperança. Não há qualquer documento que confirme isto, mas Smith diz "que a prova estilística é esmagadora". As colunas e boca da tribuna deste grande retábulo são dispostas no mesmo plano como as da Cumeeira, por exemplo. Mas há também coisas novas que Nasoni nunca usou em mais nenhum trabalho. irmandade dos clérigos: OFF: Esta irmandade composta por sacerdotes nasceu em 1707, com a fusão de 3 confraternidades. Foi oficialmente aprovada a 6 de Outubro de 1710 pelo Papa Clemente XI. A nova irmandade estabeleceu sede na Igreja da Santa Casa da Misericórdia do Porto, na Rua das Flores. Foi aqui que numa sessão de 13 de Dezembro de 1731, que se resolveu construir a Igreja dos Clérigos, em terreno oferecido pelos Padres Bento Freire da Silva e Manuel Mendes Machado. O presidente da Irmandade era nesse ano o deão Jerónimo de Távora e Noronha e Nasoni foi então o candidato escolhido por aquele. A sua planta que infelizmente não sobreviveu foi aprovada nesse sessão e a 13 de Janeiro de 1732, a construção foi arrematada ao mestre António Pereira pelo preço de 33.000 cruzados. O mestre havia de fornecer toda a pedra excepto Lavatórios, pias de água benta, os ladrilhos da Igreja, Capela Mor, sacristia, nem balaustre dos coretos que tudo isto será à custa da Irmandade. Foi também decidido que ao abrir dos alicerces "há que assistir o Arquitecto pera notar os moldes, e em todo o mais tempo que for necessário a sua assistência e achando que na obra vai alguma cousa contra a forma do Risco e planta..." Foram nomeados quatro irmãos para administrar a obra, guardando o risco do arquitecto, para vigiar a sua boa execução e o pagamento dos oficiais. No dia 23 de Abril de 1732, quarta-feira e festa da S. Jorge, abriram-se os alicerces "estando prezentes o Archytecto Dom Nicolao Nasoni e mestre pedreyro António Pereyra e os Reverendos Administradores da obra..." OFF: Em 2 de Junho, numa grande cerimónia religiosa, se lançou a primeira pedra do novo templo, dedicado a Nossa Senhora da Assunção. Houve fogo de artifício concebido pelo próprio Nasoni, que entendia de pirotecnia. OFF: As obras começaram por correr bem, mas ao fim de algum tempo já estavam paradas. A causa não foi a falta de dinheiro, mas sim as intrigas do cura da igreja paroquial de S. Ildefonso que parece ter receado a igreja nova. Este conseguiu convencer António Pereira a desistir e numa reunião convocada para 22 de Dezembro de 1732, os irmãos repreenderam publicamente o cura e expulsaram António Pereira e admitiram outro mestre de obras chamado Miguel Francisco (que seria Manuel Francisco da Silva, amigo de Nasoni). OFF: A 14 de Maio de 1733 houve outro desacordo por causa da planta não se adequar bem ao terreno. A obra ficou parada longos anos e uma vistoria de 1745 notou-se que o Templo tinha algumas fendazinhas e aberturas,. ainda que limitadas requerendo que se fizesse uma vistoria por outros mestres pedreiros. Decidiu-se então que se deveria deitar a abaixo o que fora feito e se fizessem novos alicerces. De quem seria a culpa deste erro: de Nasoni (que não fora repreendido por gozar das graças do Deão) ou António Pereira (metido na intriga com o cura de S. Ildefonso e inimigo de Nasoni., Em 3 de Novembro de 1746, a igreja já ia avançada, quando se chamou de novo Nasoni e alguns mestres pedreiros para obter parecer sobre a melhor maneira de segurar a construção. 22.4. Não se sabe se a Quinta de Ramalde lhe pertence. 22.5. Não se sabe se a Igreja. dos Clérigos, em Braga, é dele ou do discípulo Figueiredo Seixas. 22.5. O Solar de Mateus é um dos mais belos e sumptuosos solares do país e marca um dos pontos culminantes do barroco em Portugal. 22.6. Também lhe é atribuído a Quinta do Viso, em Matosinhos, muito modificada 24.1. Vai buscar ao barroco as ondulações. Tem o esoterismo, a galanteria, a elegância. 24.2. o nome deriva da inspiração nas rochas e nas conchas marinhas. 24.3. É mais um estilo de decoradores. 24.4. No Palácio do Freixo as molduras barrocas contrastam com o caiado das paredes criando um belo efeito. 24.4. Meteu muitos elementos portugueses: janelas de ângulo, de duas luzes, etc.. 24.6. Nasoni faz a transição do barroco para o rococó. André Soares é mais rococó. O rococó é evidente a partir de 1750. 25.1. Um espectáculo barroco por excelência é a ópera. 25.2. Deriva da palavra portuguesa, da lapidária, que designa uma pedra de contornos irregulares. Ou então um silogismo clássico que designa o mau gosto (posso colocar imagens de uma casa lindíssima, Mateus, por exemplo, para dar o contraste. 25.3. O termo rococó, encontramo-lo escrito por Cochin, para ridicularizar as formas entalhadas de Luís XV. 25.4. Luís XIV e D. João V são os exemplos acabados dos monarcas barrocos. 25.5. A ópera era feérica. Há imagens das óperas fixadas em diversos materiais: pedra, pintura, estuque, mármore, ouro, etc.. 25.6. Há o culto de Deus e do rei. O catolicismo soube sempre excitar os sentidos. 25.7. O Barroco tem a ver com a contra-reforma, a reacção católica à reforma protestante, às cisões. 25.8. Três grandes palácios se destacam: Versailles, Mafra e Escurial. 25.9. O rococó é mais intimista, mais de salão, mais teatro de bolso. Também é o espectáculo da Natureza. 25.10. Era de bom tom os artistas italianos viajarem por toda a Europa, assim como os artistas do resto da Europa irem estagiar em Itália. 25.11. Pietro da Cortona (1596/1669) é um dos principais arquitectos de Roma, autor da Cúpula de S. Carlos do Corso e de Sta. Maria da Paz. 25.12. Caravaggio é o grande revolucionário em pintura barroca. 26. Enciclopédia Salvat dos Grandes Compositores, vol 1. 26.1. Ver cronologia anterior. 26.2. Barroco: tendência para os contrastes violentos, valorização do fugaz, do equilíbrio instável, tendência parta a ornamentação. Criação de novas formas. Pompa. Fausto. Espectáculo. Esplendor do espectáculos públicos. 26.3. Iluminismo: Introdução da Razão e do Saber. Fé absoluta na razão. Amor pela natureza. 27. História Universal, vol. 6, pág. 199 27.1. Parece que o arquitecto era independente do supervisor das obras. 27.2. O Barroco teve origem em Roma, em volta de Bernini e Pietro da Cortona (morto em 1669) 27.3. O barroco relaciona-se com a glorificação de Deus ou do Rei, sendo uma liturgia da representação, sagrada ou civil. 27.4. Concavidades, convexidades, dinamismo, efeitos de luz e de matérias. 28. O Palácio de S. João Novo, Robert C. Smith . Nasoni distingue-se no ramo cerimonial, desenhando com grande aparato (a partir de 1713), catafalcos, arcos do triunfo, cortejos aparatosos, em honra de altas personalidades de Siena. Por razões desconhecidas (mas a pedido talvez de tal D. Jerónimo), instala-se no Porto. No porto acabou por alargar as suas actividades à escultura e arquitectura. [O livro tem plantas da Palácio]. Tornou-se director das obras de renovação da Sé, durante o período da Sé Vacante (de 1717 a 1741). Como pintor adornou o edifício com decorações fantasistas, à moda das capelas maltesas, como por exemplo na capela-mor e sacristia. Como arquitecto desenhou as notáveis portadas e escadaria do claustro da catedral, o alpendre da fachada norte e vários elementos sobrepostos na frontaria principal, alterados no restauro de 1930. Estas obras da Sé deram-lhe prestígio e os membros do Cabido passaram a entregar-lhe obras. Entre estas figuras, de notar o Deão, que lhe proporcionou a igreja e torre dos clérigos, o Palácio do Freixo, o templo de Santiago de Bougado e vários outros no Porto, como também a Sé de Lamego. Outros encomendadores foram a família Barbosa de Albuquerque, para quem construiu a Casa Domingos Barbosa e desenhou as casas e jardins das Quintas de Fafiães e do Chantre. Aos Noronhas e Meneses deveu as encomendas da Quinta da Prelada e as pinturas e talhas de S. Eulália da Cumeeira. Para os Leites Pereiras remodelou a propriedade de Ramalde e criou a do Viso. Para o Bispo D. Frei José Maria da Fonseca e Évora enriqueceu a Quinta da Cruz do Bispo Para D. Lourenço Amorim da Gama Lobo, edificou a Casa da Bonjóia em Campanhã. Depois vieram as irmandades e congregações religiosas: a Santa Casa da Misericórdia do Porto, as irmandades da Venerável Ordem Terceira de S. Francisco, de santo Ildefonso, de Nossa Senhora do Terço e Caridade, os Carmelitas Descalços do Porto e os Irmãos Salvador de Bouças, de Matosinhos (verificar estas atribuições todas). Todas estas obras de Nasoni iam dando trabalho a uma série de arquitectos, entalhadores, pintores e ourives locais. Nasoni transformou-se de pintor em arquitecto, inventou um estilo. Baseou a sua arquitectura em memórias da escola de Bernardo Buontalenti (aluno de Miguel Ângelo), em Siena e Florença, em observações colhidas nos edifícios de Malta e finalmente na tradução para pedra dos ornatos de notável realismo que habitualmente empregava nas suas pinturas murais. O Palácio de S. João Novo foi construído na pequena Praça de S. João Novo. Não se sabe a data de construção, mas tudo aponta para entre 1727 e 1733, no início da carreira de Nasoni na arquitectura. Não se conhecem os nomes dos pedreiros que nele trabalharam. Sem qualquer documentação Smith admite que o encomendador tenha sido Miguel da Costa Lima e Melo (1699-1758). O proprietário no tempo de Smith dizia que ainda tinha visto em casa do pai, uns desenhos antigos da casa com indicações em italiano. Existem os desenhos de Nasoni para a construção da Igreja da Misericórdia. O palácio foi construído num sítio irregular VER FOTOCÓPIAS PARA O ESTILO DO PALÁCIO. André Soares, Arquitecto do Minho, de Robert C. Smith. Nasceu em Braga, em 30 de Novembro de 1720. Criou várias obras no Norte. É dele a Capela da Falperra. É dele a Casa do Raio, o mais requintado palacete rocaille do Norte. Fez a majestosa talha de Tibães. Fez a Câmara de Braga. Chafariz do Bom Jesus do Monte. Morreu com 49 anos em 26 de Novembro de 1769. Não era arquitecto profissional, era amador. Alguns Artistas que Trabalharam para a Venerável Ordem Terceira de S. Francisco no Porto 1657-1800, por Robert C. Smith. 1. A fachada da Casa do Despacho da Ordem Terceira foi desenhada por Nasoni e construída pela pedreiro António da Silva Carvalho. Artigo da Revista JND acerca de Nasoni., 2 de Junho de 91, por Joaquim Fernandes. Finou-se anónimo, clérigo pobre aos 82 anos. Não é pacífica a atribuição dos trabalhos de Nasoni. Robert Smith, professor da Universidade da Pensilvânia. Fernando Távora conheceu-o em Filadélfia, em 1960 e refere que ele se interessou primeiro pela arquitectura brasileira e que de seguida passou ao estudo de Mafra, acabando no Porto. Magalhães Basto era Director do Arquivo Histórico Municipal do Porto. Este estudou Nasoni nos anos 40/50. Nos anos 60 e 70, estudaram-no o padre Xavier Coutinho, D. Domingos de Pinho Brandão e Flávio Gonçalves. Actualmente tem sido o Dr. Jaime Ferreira Alves, que foi aluno de Flávio Gonçalves (e que deve trabalhar na Faculdade de Letras do Porto). Confirma-se neste texto que Nasoni De acordo com Magalhães Basto Nasoni teria passado por Roma antes de se instalar em Malta: um documento da Sé-Vaga do Porto (1717-1741) fala em “Nicolau Nasoni, arquitecto e pintor florentino exercitado em Roma de onde foi chamado a Malta para pintar o palácio do grão-mestre”. (frei António Manuel de Vilhena. Aqui em Malta toma contacto com D. Jerónimo de Távora e Noronha, irmão do deão da Sé do Porto. Em Novembro desse ano inicia as pinturas do interior do templo portuense. Nesse época estava-se em sede vacante, isto é o bispo estava ausente, facto que funcionaria como uma emulação do substituto, à falta do titular, querendo o substituto fazer melhor que o titular. O Deão, D. Jerónimo de Távora pretendia fazer assim um conjunto de pinturas em perspectiva, semelhantes às que decoravam os tectos da Real Livraria da Universidade de Coimbra. O assento de 1º casamento de Nasoni está no Cartório Paroquial da Sé (Doc. A. D. P., Cartório Paroquial da Sé, Livro C-6, fls. 149 verso). Em 1931 o mesmo cabido episcopal, na qualidade de presidente da Irmandade dos Clérigos, entrega ao artista a encomenda da Igreja dos Clérigos. A 31 de Julho de 1729, Nasoni casa com Isabel Castritto Riccardi. No ano seguinte a 8 de Junho casa com Antónia Mascarenhas Malafaia, de 24 anos, de quem terá mais 5 filhos. E que residia, antes de casar com D. Micaela António Freire, viúva de António Távora. Esta senhora era a mãe do Deão da Sé do Porto, D. Jerónimo. Nasoni vivera com a primeira mulher na Rua Chã, com o segundo casamento passa a viver numa das casas contíguas à capela de Nossa Senhora de Vandoma, onde se manteve até se instalar nos próprios Paços Episcopais. Mas acaba por viver em vários sítios: Rua da Trás da Sé, Corpo da Guarda, Rua Chã. Em breve deixa de ser só pintor e passa a receber encomendas de arquitectura, ourivesaria e escultura. As construções de Nasoni tinham alguns problemas de engenharia. parece que havia alguns atritos entre os pedreiros e Nasoni. Pinho Brandão cita uma carta de D. Jerónimo de Julho de 1743 em que ele diz: “de ordinário ouço queixar a este homem de que os mestres lhe faltam aos preceitos da obra... fugindo das suas plantas porque, como os tira do sapateado, não querem coisas que lhes dêem cuidado.” Era difícil encontrar artistas capazes de fazer as cantarias sobre a pedra, já que os modelos de gesso são só do século XIX. Em 1743, Nasoni é admitido como irmão secular da Irmandade dos Clérigos, “de graça por ter sido o mestre das obras do nosso templo há tantos anos...” Haveria um único retrato de Nasoni na secretaria da irmandade dos Clérigos, mas não se encontrou nada até à data. O QUE ESTÁ REFERENCIADO EM MICROFILME NO ARQUIVO HISTÓRICO MUNICIPAL DO PORTO: Uma caixa de microfilme com a indicação: “Imagens e Textos da Bilbioteca Comunale e Degli Intronati de Siena (85). Uma caixa com Vários Temas com Imagens e Textos Avulsos Relacionados com a Exposição de Nicolau Nasoni (84). Uma caixa com o título: Documentos da Torre do Tombo para a Exposição “2º Centenário da Morte de Nicolau Nasoni”. Uma caixa contendo Manuscritos referentes a Nicolau Nasoni. Jerónimo de Távora: jesuítas: a ver João Figueiredo Seixas: OFF: Foi mestre pintor, nascido na freguesia de Couto de Cima, no concelho de Viseu. Casou na Sé do Porto em 16 de Setembro de 1728 e morreu a 26 de Março de 1773, sendo sepultado na Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, que desenhou. A vida de Seixas tem alguns paralelos com a de Nasoni, pois trabalhou como pintor e arquitecto e faleceu no mesmo ano. Deixou várias obras no Porto, entre as quais a igreja da Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo. Fora do Porto, é dele a fachada da Capela do Solar de Mateus. José Figueiredo Seixas: OFF: pintor de ornatos, natural de Viseu. Trabalhou sob a direcção de Nasoni. Em Vila Real abalançou-se á arquitectura. Pode ser dele a capela do Solar de Mateus (1743). E também a fachada da Capela Nova de Vila Real. Ambas são de inspiração Nasoniana. Faz depois a igreja. da ordem terceira do Carmo (1756). Professa lá e está lá enterrado. Introduz a linguagem rorocó no Porto. Chegou a ser mestre da aula de riscar. Fez várias obras teóricas. . José Fernandes Pereira: José Martins Tinoco: OFF: Foi o mestre entalhador do tecto apainelado da Casa do Despacho da Venerável Ordem de S. Francisco. José Teixeira Guimarães: OFF: Executou a talha dourada para o tecto de uma das salas da Casa do Despacho e era muito apreciado por Nasoni. lanternim: LOGGIA (OU PÉRGOLA): OFF: As loggias ou pérgolas servem para proteger do calor. Ludovice: OFF: Com a morte de João Antunes não havia em Portugal qualquer arquitecto capaz é chamado João Frederico Ludwig, um alemão italianizado que chega a Lisboa em 1701. Este arquitecto tinha trabalhado na Igreja de Gesù em Roma. É em seguida contratado pelos Jesuítas para trabalhar em Lisboa na confecção de um sacrário para a Igreja de Santo Antão. Como Ludovice tinha vindo de Roma pareceu a D. João V o arquitecto ideal para desenhar o Palácio de Mafra OFF: Ludovice, Ludovici ou Ludwig (João Frederico). Arquitecto alemão nascido na Baviera em 1670 e falecido em Lisboa em 1752. Estudou em Itália. Era muito culto. Veio para Lisboa e estabeleceu-se como ourives na Rua dos Canos. Começou a fazer modestos trabalhos de arquitectura. Em 1707 era arquitecto do rei. É dele o risco do Convento de Mafra. Fez outros trabalhos: a capela mor da Sé de Évora, capela mor da Igreja. de S. Domingos, o Palacete da R. S. Pedro de Alcântara, o patriarcado do Campo Santana, parte do Aqueduto. luís xiv, o Rei-sol. 1610: Luís XIV, rei de França manuel álvares martins: stand by OFF: Mestre de Obras que participou nas obras da Igreja de Santa Marinha e era morador na Praça da Porta do Olival e também nas obras da Igreja de Nossa Senhora da Esperança. Era mestre de obras de Sua Majestade, com exercício de engenheiro. Era sobretudo mestre de obras militares, mas empreitava também obras particulares. Irá trabalhar de novo com Nasoni em 1749, quando compartilhava com Nasoni a direcção da reedificação da Igreja da Misericórdia do Porto. Foi ele quem fez as plantas do interior, enquanto Nasoni fazia as plantas do novo frontispício. marcantonio chigi-zondadari: OFF: Nascido em 1658 e falecido em 1722 era filho de dois grandes nobres de Siena: Agnese Chigi e Ansano Zondadari e portanto sobrinho do papa Alexandre VII. Era também irmão mais velho do arcebispo de Siena Alessandro Zondadari, em cuja honra Nasoni tinha desenhado o arco de triunfo de 1715. Não há evidências que liguem Nasoni a Zondadari, , mas é bem provável que aquele tivesse ido para Malta a sue pedido. Mateus Vicente e o Palácio de Queluz mestres de obras: mestres-pedreiros: . misericórdia do porto: OFF: Uma das mais prestigiadas instituições do Porto, fundada em 1499 e que reunia a fina flor da fidalguia da cidade. morte como espectáculo, A: OFF: Falar aqui dos catafalcos e de outros rituais da morte barroca. Pedir eventualmente ajuda ao moita flores. Morte de isabel ricciardi. Certidão de óbito de Isabel Ricciardi. OFF: Mas Isabel Ricciardi morre em 25 de Junho de 1730, poucos dias depois de ter o filho, talvez devido a complicações pós-dato e foi sepultada na Sé.. Morte de nicolau nasoni. Registo filmado do óbito de Nasoni. OFF: Nasoni morre a 30 de Agosto de 1773, com 82 anos.. Documento do Arquivo Distrital do Porto (freguesia de Sto. Ildefonso, livro B, nº 8, fols. 128 verso e 129) OFF: Nasoni morreu viúvo da sua segunda mulher, Antónia Malafaia, como consta do registo de nascimento do neto Florido, filho de Ana Nasoni, que data de 1765, ficando Nasoni viúvo pelo menos 9 anos. OFF: A última notícia profissional que dele se conhece é um termo de 26 de Julho de 1762, da mesa da Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, do Porto. Há uma verdadeira escuridão que envolve a última década da vida deste homem. Terá sido vítima de alguma doença ou foram uma série de mágoas pessoais, como a morte da mulher e o degredo do filho ou então a morte de D. Jerónimo de Távora que tinha sido seu protector. OFF: Ao que parece Nasoni morreu pobre. Na altura vivia na “Viella Mendes, Rua do Paraíso”, na freguesia de Santo Ildefonso com a filha solteira Margarida. OFF: AO que parece também foi enterrado na Igreja dos Clérigos, em local desconhecido, “como pobre”. Estas palavras podem significar que Nasoni estava pobre ou então ser a designação que se dava a todo os Irmãos dos Clérigos – “Clérigos Pobres”. OFF: O túmulo de Nasoni nos Clérigos está sob a cripta ao lado de D. Tomás de Almeida. OFF: A nota da morte diz o seguinte: "Niculao Nasoni veuvo que ficou de Antonia Mascarenhas Malafaia já defunta morador na viella do Mendes, Rua do Paraíso, desta freguezia de Santo Ildefonso do Porto; faleceo com todos os sacramentos em os 30 dias do mês de Agosto do anno de mil e setecentos e setenta e três, fes testamento, ficou sua testamenteyra sua filha Margarida, solteira, moradora na dita Rua e Caza, e foi sepultado na Igreja dos clérigos pobres, de sua Irmandade fdesta freguezia de Santo Ildefonso; de que fis este asento que asignej: dia mes e anno era ut supra declaro que o dito defunto asima Nicolao Nasoni, he italianode naçao do grão Ducado de Toscana dia era ut supra. Coadjutor Padre Luís Antonio dos Santos. OFF: O Dr. Xavier Coutinho defendia que o túmulo de Nasoni se deveria encontrar na zonaentre os dois púlpitos, no corpo da Igreja dos Clérigos. MOTIVOS FLORAIS: museo dell’opera del duomo de siena: stand by. OFF: É a segunda obra referenciada de Nasoni pelo seu biógrafo Romagnoli, de que não há qualquer vestígio. nascimento da filha ana: Registo de nascimento da filha Ana. OFF: A 26 de Maio de 1737, nasce a filha Ana, tal como todos os outros tendo D. Micaela. nascimento da filha margarida: Documento comprovativo do nascimento da filha Margarida. OFF: A filha Margarida nasce-lhe a 27 de Julho de 1731. Nascimento de giovanni Maria nasoni. Assento de Baptismo de Giovanni Maria (Códice nº 380, fólio 80, rosto, do Arquivo Episcopal de Fiesole). O irmão Giovanni Maria a 2 de Junho de 1700. Nascimento de Maria francesca nasoni. Assento de Baptismo de Maria Francesca (Códice nº 380, fólio 106, verso, do Arquivo Episcopal de Fiesole). OFF: A irmã Maria Francesca a 4 de Abril de 1704. Nascimento de Maria lorenza. Assento de Baptismo de Maria Lorenza (Códice nº 380, fólio 94, verso, do Arquivo Episcopal de Fiesole). OFF: A irmã Maria Lorenza a 4 de Junho de 1702. nascimento de ana nasoni nascimento de domenico nasoni (irmão) Assento de Baptismo de Domenico Nasoni ((Códice nº 380, fólio 64, verso, do Arquivo Episcopal de Fiesole). OFF: O irmão Domenico a 15 de Setembro de 1697). NASCIMENTO DE FRANCESCO NASONI. Assento de Baptismo de Francesco Nasoni (Códice nº 380, fólio 134, verso, do Arquivo Episcopal de Fiesole). OFF: O irmão Francesco a 20 de Junho de 1708. nascimento de Francisco nasoni, filho nascimento de giovanni MARIA nasoni nascimento de margarida nasoni, 2ª filha OFF: A filha Margarida nasceu a 27 de Julho de 1731 e D: Micaela, mãe do deão, foi a madrinha. nascimento de maria francesca NASCIMENTO de Maria lorenza nascimento de Nasoni: Certidão de nascimento de Nicolau Nasoni (Arquivo Episcopal de Fiesole – Libro di battezzati della Pieve di S. Giovanni Battista in San Giovanni Valdarno, 1687-1722 – Códice nº 380, fólio 29, verso). A certidão de nascimento reza assim: nascimento de orsola nasoni. Assento de Baptismo de Orsola Nasoni (Códice nº 380, fólio 116, verso, do Arquivo Episcopal de Fiesole). OFF: A irmã Orsola a 22 de Outubro de 1705. nascimento de piero nasoni. OFF: Nicolau era o mais velho dos nove filhos que Giuseppe Nasoni e Margharita tiveram. Assento de baptismo de Piero Nasoni (Códice nº 380, fólio 39, verso, do Arquivo Episcopal de Fiesole). OFF: O seu irmão Piero Nasoni foi baptizado a 19 de Maio de 1693. nascimento de umiliana nasoni. Assento de Baptismo de Umiliana Nasoni ((Códice nº 380, fólio 51, rosto, do Arquivo Episcopal de Fiesole). OFF: A irmã Umiliana a 2 de Agosto de 1695. Nascimento do filho antónio: Registo do filho António. OFF: ... filho António Nasoni Mascarenhas nasce a 20 de Dezembro de 1732. OFF: Em 10 de Maio de 1749, foi nomeado escrivão nascimento do filho francisco: Registo de nascimento do filho Francisco. OFF: O filho Francisco nasce-lhe a 14 de Janeiro de 1736. OFF: O filho Francisco Mascarenhas Nasoni foi durante 13 anos escrivão de almotaçaria que em 27 de Fevereiro de 1762 foi degredado por toda a vida para o Estado da Índia. nascimento do filho jerónimo: Registo de nascimento do filho Jerónimo. OFF: A 7 de Setembro de 1734, nasce o filho Jerónimo. Nascimento do primeiro filho, josé. Certidão de baptismo do filho José. OFF: Do casamento com Isabel Ricciardi nasce a 8 de Junho de 1730, o primeiro filho ,José Nasoni. Foram padrinhos o deão e um colega dele do Cabido, D. Manuel de Noronha. OFF: O assento de baptismo do filho José, escrito a 11 de Junho de 1730 chama-o "filho de Nicolau Nazoni Italiano Pintor da Capela Mor desta catedral" NASONI COMO INTRODUTOR DO BARROCO NO PORTO: OFF: Nasoni desempenhou um vasto papel revolucionário no Porto, introduzindo o Barroco, e acabando com o maneirismo inepto, e influenciando toda a expressão artística do norte de Portugal. nasoni decorador Nasoni escultor: OFF: Durante a sua carreira Nasoni desenhou um grande número de esculturas em pedra, e madeira e metal para enriquecer os edifícios da sua autoria. OFF: De qualquer modo soube tirar do granito todas as suas possibilidades e dificuldades, nomeadamente o respeito pela dureza do granito que impõe simplicidade de formas. OFF: Destas esculturas as mais ricas são as dos lavatórios existentes nas igrejas onde Nasoni trabalhou. O maior é o dos Clérigos (2,58 metros de altura), situado atrás da sacristia. A composições incluem frontões invertidos, combinados com festões. Seguem-se em tamanho (2,145), os dois lavatórios idênticos de Santo Ildefonso, que datam da altura em Nasoni desenhou a talha da capela-mor e os púlpitos e molduras dos quadros da nave. OFF: Para além de pintor e arquitecto foi também desenhador de entalhes de esculturas de pedra, de ourivesaria e de trabalhos de ferro forjado, qual artista da Renascença. OFF: Nasoni trabalho em Siena e Malta sobretudo como pintor cenográfico e foi também como pintor decorativo que veio para o Porto. O deão da Sé queria que Nasoni pintasse os tectos OFF: Nasoni, após a chegada ao Porto foi gradualmente abandonando a pintura para se dedicar à arquitectura. nasoni, irmão secular da irmandade dos clérigos OFF: Em 1743, Nasoni é admitido como irmão secular da Irmandade dos Clérigos, de graça “por ter sido o Mestre de Obras do nosso templo há tantos annos...” natália e joão ferreira alves: bibliografia. neoclássico: OFF: Quando se fez o hospital de Sto. António ainda Nasoni estava vivo, mas preferiu-se um outro arquitecto, John Carr. Este edifício marca a viragem na arquitectura portuense, do barroco para o neoclássico. O Estilo de Nasoni: Imagens de casas com o seu estilo. OFF: É o estudo de pintura decorativa com Nasini, que irá com certeza determinar o s gosto e a sua forma futura de projectar e edifícios e pintar. OFF: Outra característica do estilo de Nasoni é e necessidade que ele tem de criar ângulos chanfrados, recortados, sobretudo nas torres das suas casas – como na Quinta da Prelada - talvez com o intuito de animar de forma barroca uma estrutura que lhe parece pesada. Mas no Palácio do Freixo, por exemplo só a parte de cima é chanfrada. OFF: Desempenham um papel análogo os arcos deprimidos das cimalhas do alpendre que em 1736, Nasoni acrescentou ao flanco norte da Sé do Porto. OFF: Coloca também frontões invertidos na porta da Torre dos Clérigos, e na fachada oriental do Palácio do Freixo. Jarras nasonianas. OFF: A jarra foi outro elemento decorativo na sua rica orientação. Achamo-la nos seus nichos ovados nas portadas do Claustro da Sé, onde, experimentando com perfis borrominianos, que talvez tivesse visto em Roma, conseguiu dar ao granito duriense uma precisão e um ritmo até então desconhecidos. OFF: Todos estes elementos decorativos fazem parte de um verdadeiro culto do pitoresco, essencial ao estilo festivo de Nasoni´ Desenho de Nasoni do Arco Triunfal para a entrada do arcebispo Alesando Zondadaro (Biblioteca Comunale de Siena). OFF: O estilo de Nasoni já está presente neste projecto: um esquema tradicional “palladiano”, cuja severidade contrasta com a fantasia da cartela, o movimento das imagens e a rica forma barroca do escudo do brasão, tornando um trabalho grave nem qualquer coisa com um ar festivo. OFF: Este estilo festivo de Nasoni, sobretudo no que diz respeito à exuberância dos ornatos é muito tirado dos estilos de Francesco Borromini e Pietro da Cortona. Ângulos chanfrados, nas torres. OFF: Outra particularidade italiana do estilo de Nasoni é a presença frequente de ângulos chanfrados, sobretudo nas casas, numa tentativa de animar o edifício ou não tivesse Nasoni iniciado a sua carreira como pintor ilusionista. Imagens da sua arquitectura. OFF: É o grande arquitecto - decorador do Porto. OFF: Influenciado por Buontalenti e Pietro da Cortona. OFF: Estilo: fantasista, conchas, discos, grinaldas, frontões invertidos, volutas irrompendo de pesadas molduras OFF: Apaixona-se pelo granito. OFF: tem a visão cálida do latino. OFF: É um grande decorador: frontões invertidos, jarras, balaustradas fingidas, etc. Desenho de uma portada na colecção Nasoniana na Biblioteca de Siena. OFF: Neste desenho do jovem Nasoni já se nota que gostava de desenhar caprichosos frontões invertidos, à maneira de Buontalenti. OFF: É de um barroco aparatoso e túrgido. Influenciado pela arquitectura Toscana de Bernardo Buontalenti (mas não pode ter estudado com ele pois morreu em 1608). Obras Efémeras: Arcos Triunfais: OFF: Os arcos triunfais não eram apenas apanágio de Itália, mas também houve em Portugal uma arquitectura efémera. São conhecidos os desenhos da arquitectura efémera que se armou em Lisboa quando do 2º casamento de D. Pedro II. ornatos: OURIVESARIA: OFF: Nasoni foi também ourives, fazendo nomeadamente desenhos para importantes acréscimo do afamado altar de prata da Sé, começando em 1739 e outras obras. Fez também desenhos para objectos de bronze e ferro forjado. OFF: Em 10 de Julho de 1739, a Confraria do Santíssimo Sacramento contratou o grande ourives Domingos de Sousa Coelho para ele fazer um enquadramento de pilastras para o sacrário do altar, baseado numa planta executada em madeira. Esta parte da obra foi completada em 1742. Em 1751 Manuel Cardoso da Costa fez um acréscimo ao retábulo, talvez o remate. Finalmente a 4 de Julho de 1755, Domingos de Sousa Coelho tornou a trabalhar na capela comprometendo-se a "obra em prata lisa e lavrada para continuar a que já se acha por sima do retábulo dourado da capella do Senhor em volta do sacrário. Este trabalho foi aparentemente terminado por um outro ourives da época, João Coelho de Sampaio. Ele figura aliás como um dos fiadores no contrato de 1755, que declara que a obra será feita pela planta e risco que para isso lhe foi apresentada feita pelo arquitecto e pintor Nicolau Nasoni. paço episcopal do porto: Imagens do Paço Episcopal do Porto. OFF: O majestoso Paço Episcopal é o maior edifício civil do arquitecto. Nasoni recebeu 4000 reis pela sua feitura do Palácio episcopal. OFF: A escadaria do Paço Episcopal é qualquer coisa de majestoso e soberbamente decorado, sobretudo o tecto. OFF: Nos remates de granito das janelas do andar nobre do Paço nota-se a presença de um motivo essencialmente toscano, que Nicolau trouxe para Portugal nas suas pinturas e arquitectura. São os caprichosos frontões invertidos, inventados por Buontalenti, que no século XVI desempenhava na corte de Florença o mesmo papel de artista universal. OFF: A poucas distância da catedral, na margem sul do terreiro da sé situa-se o Paço Episcopal. É um dois maiores edifícios do Porto. É o palácio dos bispos, uma das mais nobres residência episcopal portuguesa e é uma das obras documentadas de Nasoni. Artur de Magalhães Basto descobriu que no ano de 1734 o arquitecto recebeu a quantia de 40$000 réis em pagamento da planta que fez para o Paço Episcopal. A história da construção é vaga, rodeada de mistérios e dúvidas que a falta de documentação suscita. Ocupa o lugar da antiga residência episcopal, um palácio medieval. Não se sabe porém se a planta feita por Nasoni foi construída, já que se passam alguns anos entre a planta e a construção. Mas ao que parece o palácio poderá ter sido desenhado em 1734, já que existe um documento de 17 de Março desse ano, recordando um primeiro pagamento de 2000$000 réis a Miguel Francisco e companheiros por conta do novo Paço OFF: Há algumas dúvidas se o Paço foi ou não construído a partir da traça de Nasoni, mas pode ter acontecido que este palácio tenha sido feito 50 anos mais tarde segundo a traça de Nasoni. Em 1902 Eduardo Sequeira diz que o Paço só foi concluído em 1877, quase um século depois da planta de Nasoni. OFF: O paço mede 58 metros de comprimento, é dividida ao meio por uma alta secção compreendendo portal, janela e remate, com 6 janelas em três registos, a cada lado. Estas são unidas em grandiosos agrupamentos verticais, segundo a tradição italiana do fim do século XVIII. Faltam aqui elementos de fantasia no uso de formas invertidas, jogo de jarras. Os remates são mais sóbrios, consoante a dignidade do palácio, sendo compostos de arcos de perfil alternado, coroados de urnas e motivos de +lumas. Os desenhos bizarros aparecem nos painéis por cima e por baixo das grande janelas rasgadas do andar superior. OFF: O edifício é irregular devido ao grande declive do local onde foi executado. Consta de 3 fachadas principais, ao norte, oeste e sul (sendo estas últimas de 50,2 m e 37 m, respectivamente. Formam, com a parte correspondente da frontaria de entrada (norte) o bloco de residência, dominado por uma enorme escadaria, precedida da respectiva sala de ingresso, cujo flanco esquerdo constitui a única fachada que o palácio tem na direcção leste. No ângulo formado pelo bloco oriental criou-se um jardim. suspenso construído sobre um grande paredão. palácio de la valeta: Palácio de La Valeta OFF: O edifício dos grão-mestres foi desenhado em redor de dois pátios, no primeiro dos quais há 3 corredores, conduzindo às salas principais. O do sul chamado hoje "da Armaria", o do oeste é conhecido como "Corredor de Entrada" e o do norte denominado "do Príncipe de Gales". Estas três galerias, projectadas à distância de quase 130,5 metros, foram em grande parte pintadas por Nasoni, no estilo que aprendeu em Siena. O trabalho foi executado com a maior rapidez, sendo terminado em 1725, provavelmente em pouco mais de 12 meses. A decoração dos corredores do palácio de Valeta consta de pinturas a têmpera, aplicadas sobre uma ligeira camada de gesso, nas paredes, e outras na mesma técnica, sobre tela, nos tectos. Este trabalho de Nasoni foi quase totalmente destruído pelos bombardeamentos da 2ª Guerra Mundial. OFF: As obras de Nasoni em Malta são baseadas nas fórmulas de Nasini, Chiavestelle e outros pintores toscanos do fim do século XVIII e evoluíram do processo decorativo de Pietro de Cortona. Acusam contudo alguns elementos característicos do estilo de Nasoni, na liberdade dos desenhos, nos tipos um tanto estranhos das personagens, na grande importância dada às vinhetas e inscrições, na expansão considerável dos elementos de arquitectura fingida, e finalmente a uma composição de realismo e fantasia nos enquadramentos decorativos, que sempre distinguirá a arte de Nasoni. Palácio de Mateus, Nasoni OFF: Se é obra de Nasoni deve ter sido executada entre 1740 e 1742, altura em que Nasoni esteve ausente do Porto. OFF: Foi graças à visão repetida do motivo dos arcos deprimidos da Igreja de Matosinhos que se passou a atribuir a Nasoni também a fachada do Palácio de Mateus. OFF: Esta construção principesca mas provinciana ostenta a mesma planta italiana com passagem central cortando rés do Chão do edifício, que dramatiza, com a mesma dupla escada exterior, as casas de Ramalde, e do Freixo. OFF: Em 1739 Nasoni trabalhou na Igreja de Santa Eulália da Cumeeira, terra transmontana cujo morgadia pertencia ao de Mateus. Nasoni regressa ao Porto em 1743. Há pois um intervalo de dois ou três anos . Para Robert C. Smith Nasoni esteve nesse período a trabalhar na obras de construção do Solar de Mateus, a maior residência da primeira metade do século XVIII na região do Alto Douro. No arquivo da casa não há qualquer referência a Nasoni e muito poucas informações acercas do edifício. Existe porém a tradição de ser ele o arquitecto da fachada do Palácio. Para Robert C. Smith o bloco central de Mateus, parece, na estilística de Nasoni. O solar consta de um bloco central precedido de duas alas, formando um profundo pátio de entrada, fechado por uma balaustrada de granito, ricamente esculpido. Não se descobre nada de característico de Nasoni nas duas alas laterais. O estilo dele surge só no bloco central e na fachada nobre. Nasoni terá sido influenciado pelo Palácio Barberini, de Roma. Por outro lado há por toda a fachada uma tendência para enfeitar que resulta num excesso de gomos, pétalas e conchas, pitorescos, mas toscamente realizados. Palácio do Freixo, Nasoni OFF: Em 1750 já dera o risco do palácio do deão no lugar de Freixo, à Campanhã. As obras deste Palácio decorreram durante vários anos. OFF: o palácio é uma das mais sumptuosas residências de campo que com os seus jardins e tectos pintados, representando uma das mias ricas expressões da villa italiana. Ângulos chanfrados do Palácio. OFF: No caso do Palácio do Freixo só a parte de cima tem ângulos chanfrados. OFF: Nasoni desenhou este palácio para o seu amigo e mecenas , o Deão Jerónimo da Távora e Noronha Leme Cernache, que o trouxe de Malta e lhe encomendou em 1731 a Igreja dos Clérigos.. OFF: O Palácio do Freixo foi construído para D. Jerónimo de Távora. As fachadas são as 4 diferentes. A Norte foi a mais desfigurada. O restauro com escamas de lousa foi feito em 1870. OFF: É um das melhores edificações de Nasoni, talvez o culminar de toda a sua obra (já que há dúvidas acerca da sua autoria do Palácio de Mateus). OFF: Nasoni dá-lhe uma riqueza de escultura, derivada em grande parte das suas pinturas, como fizera com as fachadas dos Clérigos e da Misericórdia. OFF: Não há dúvidas sobre a autoria de Nasoni no que diz respeito a este Palácio, já que o seu nome é mencionado no contrato lavrado em 8 de Junho de 1750, entre o deão e o mestre carpinteiro José de Sousa Barros, para o acabamento do bloco sudoeste da casa, cuja pedraria já estava acabada. O Palácio é digno de um príncipe, tanto pela majestade como pela magnificência dos jardins, etc. É a obra prima de Nasoni na arquitectura civil. A construção do Freixo deve ter levado vários anos a terminar. Situada na margem norte do Douro, a pouca distância da Campanhã. O título vem-lhe de ter sido vendida ao 1º barão do Freixo, negociante portuense enriquecido no Brasil, que alterou o interior, descaracterizou as fachadas, com aplicações de lousa e começou a degradação da quinta com a construção de uma fábrica de sabão. Hoje resta muito pouca coisa, já que a quinta também foi cortada pela Estrada Nacional e encravada por altos edifícios comerciais pertencentes à Companhia Moagem Harmonia. Nasosni foi influenciado pela disposição do terreno que ocupa ema estreita faixa em declive entre um monte e o rio Douro. O espaço já na época era pouco, mas Nasoni conseguiu edificar a casa nesse terraço sobre o Douro, sobre um imenso paredão que desce até à margem do rio. O percurso para entrar em casa começava com o portão de entrada, que antes de 124 foi tirado do seu sítio original. Nasoni emprega a típica planta italiana com 4 torres angulares. De forma compacta (31,90 x 27,40) cada fachada tem um desenho diferente, em 3 níveis distintos. As de nascente e poente são iguais, enquanto a base da fachada norte é elevada por 4,69 metros. É o apogeu do pensamento de Nasoni acerca da casa de campo portuguesa. Emprega a típica planta italiana com 4 torres angulares. De forma compacta (31,90x27;40, oferece em cada fachada um desenho diferente em 3 níveis distintos, ditados pelos terraços que ocupa. As de nascente e poente são iguais, enquanto que a base da fachada norte é elevada 4,69 metros e a do sul ganha uma diferença de 2,40 metros. Na fachada sul há 2 andares e meio, a frente oeste tem 2 pisos, a de leste parece possuir 3. Estas fachadas são ligadas pelas torres iguais. Na fachada Norte há vários bustos de mulheres de gesso, de cariz neoclássico que devem ter sido erguidas já posteriormente. OFF: Interiormente o Barão do Freixo fez tantas alterações que o desvirtuou bastante. Segundo Robert C. Smith, destruiu os tectos pintados ao gfosto italiano, os ornatos originais da Capela de Nossa Senhora da Conceição, na torre nordeste e do salão . A mobília riquíssima do Freixo desapareceu também. Também o jardim da zona norte desapareceu. Era um jardim com muros revestidos de azulejos, cascatas e jogos de água piazza navona: OFF: As fundações dos edifícios que cercam a Piazza Navona eram as ruínas das tribunas de honra do grande stadium de Domiciano. Daí o seu formato elíptico. Actualmente a praça ainda oferece um espectáculo surpreendente, tendo como ponto principal o obelisco da Fontana dei Fiume, em frente à Igreja de Sant'Agnese in Agone. O estilo predominante da área é o barroco e muitos dos edifícios mais elegantes datam do papado Inocêncio X Pamphili (1644-55), protector de Bernini e Borromini. OFF: Nenhuma outra praça em Roma possui a teatralidade da Piazza Navona. De dia ou de noite sempre acontece algo na área para peões ao redor das suas 3 belas fontes. O barroco também está presente em muitas igrejas da área. OFF: A mais bela praça barroca de Roma segue a forma do stadium de Domiciano, que já ocupou o lugar - alguns dos arcos ainda são visíveis abaixo da Igreja de Sant'Agnese in Agone. As agonais eram competições desportivas realizadas no stadium do século I, com capacidade para 33 mil lugares. Supõe-se que a palavra "Navona" seja uma corruptela do termo in agone. A aparência e a atmosfera singulares da praça foram criadas no século XVII, com o acréscimo da Fontana dei Fiume. As outras fontes di Nettuno, e del Moro datam do século anterior, mas foram alteradas diversas vezes. A figura conhecida como Il Moro é dos últimos trabalhos de Bernini. Até ao século XIX a praça era inundada, em Agosto, pela interrupção dos escoadouros da fonte. Piazza San Pietro Pietro da Cortona: OFF: Os primeiros trabalhos de Nasoni são inspirados nos de Borromini e nos de Pietro da Cortona. Pintor na idade barroca, o: OFF: O chefe do atelier ou o pintor esboçava o desenho e pintava o fresco final. Os aprendizes pintavam roupagens, fundos e detalhes arquitectónicos no estilo do mestre. pintura a fresco: pintura da capela mor da sé do porto: OFF: Pinta em Novembro da data da sua chegada, . a capela-mor da Sé. As primeiras pinturas ilusionistas que ele fez em Portugal foram as da Sé do Porto. As pilastras da capela-mor (actualmente muito estragadas) são frisos verticais, grinaldas, cabeças de anjos OFF: No programa das profundas alterações que o cabido da Sé do Porto realizou entre 1717 e 1741, estava incluída a pintura sobre estuque (ver se é o mesmo que a fresco) da capela maior da nave e de outras partes do edifício. Por isso foi necessário contratar um pintor que pintasse segundo o novo gosto (à italiana) e que dominasse bem a pintura sobre estuque. É assim então que o deão da Sé D. Jerónimo de Távora e Noronha pede ao seu irmão Roque de Távora e Noronha, cavaleiro da Ordem de Malta que lhe mandasse um italiano para fazer esse trabalho. É assim que Nasoni virá para o Porto em 1725, para pintar a Sé, trabalho que terminou por volta de 1737. Em 11 de Junho de 1730, no acto de baptismo do primeiro filho é indicada, no registo, a sua profissão: " filho de Nicolau Nazoni Italiano Pintor da Capela Mor desta catedral" No ano seguinte, no acto de baptismo da filha Margarida ´+e referido como "pintore que está pintando esta Catedral". Num acto notarial de 1723 já lhe chamam Mestre Pintor. E em 1773 chamam-lhe mestre pintor dos trabalhos da Catedral. e por último em 1737 sabemos que foi pago pela pintura na pérgola da Sé do Porto. Destas pinturas pouco resta. O tempo apagou-as e não houve um trabalho de restauro que as conservasse. Na capela maior, utilizando a técnica da têmpera, Nasoni pintou os espaços deixados livres do mármore e da talha dourada: o fruste dos 4 pilares gigantescos do arco do cruzeiro, os frustes das pilastras menores no lado, os vãos das 4 janelas , a cimasa real e a decoração della trabeazione e os caixilhos do painel parietali. No vão da janelas a decoração é ilusionista, e o desenho num esquema cenográfico representando volte monumental e OFF: Uma procuração do artista datada de 3 de Julho de 1733, refere-se a ele como "mestre pintor das obras da Sé". OFF: Sabemos assim que durante 8 anos trabalhou nessa obra. OFF: No decurso do século XIX muitas das pinturas de Nasoni na Sé desapareceram , cobertas de cal, por ordem de vários bispos, nomeadamente D. João de França. Mas em 1964, a administrador apostólico da Diocese, D. Florentino de Andrade e Silva mandou tirar o reboco descobrindo-se assim as pinturas originais. OFF: Dado que ficou tanto tempo a trabalhar na Sé é provável que tivesse pintado também o corpo do edifício. OFF: Na capela-mor a tarefa do artista era cobrir em pintura a tempera , segundo a técnica empregada em Malta, toda a superfície das paredes não ocupadas por revestimento de mármores ou de talha. Consta principalmente dos fustes das quatro pilastras gigantescas do arco cruzeiro, os das menores de cada lado, os vãos das quatro janelas, num dos quais aparece a inscrição com a data da obra e finalmente a cimalha real e friso de entablamento e as molduras dos painéis parietais. Para os vãos da janelas Nasoni adaptou o sistema de decoração ilusionista seguido em Malta, desenhando vistas de pórticos e abóbadas monumentais através de varandas curvas sob arcos abatidos. A superfície destas pinturas das capela-mor da Sé foi tão severamente picada antes de ser rebocado no século XIX que é impossível distinguir os pormenores. OFF: Inteiramente diferente é a decoração dos fustes das pilastras do interior da capela-mor em forma de arabescos. O motivo era conhecido na zona do Porto antes da vinda da Nasoni, mas os desenhos deste oferecem alguma novidade. Constam de frisos verticais saindo de opulentas jarras, nos quais se entremetem num atormentado ritmo espiral, folhas de acanto donde nascem meios-corpos de meninos em combinação com aves e outros animais. O desenho é sempre largo e livre, com cores vivas. Nas faces das grandes pilastras do arco cruzeiro, esses motivos figuram sem os meninos, aves e animais. Não se sabe a data exacta das pinturas da sacristia da Catedral do Porto, executadas na mesma técnica de têmpera por Nasoni, mas devem ser de 1734. Grande parte destas pinturas estão destruídas. pintura de nasoni: OFF: A sua pintura é claramente inferior, em termos de qualidade à arquitectura. Se bem que haja poucos exemplares da sua pintura dá para perceber isso. O que no fundo ele fez foi transpor de certa maneira o estilo das pinturas para a arquitectura. É curioso como esse dramatismo da pintura vai surgir na pedra, na pedra, na madeira, nos metais. Exibe-se nos altos candelabros de granito, alternando com obeliscos esguios. pintura de tectos no palácio de valeta. OFF: Não se sabe quando Nasoni foi para Malta, mas calcula-se que tenha sido depois de 1720. Imagens do tecto pintado por Nasoni, assinado por ele. OFF: Uma vez em Malta continua o seu trabalho como pintor, pintando desta vez os tectos dos três corredores principais no palácio de La Valeta, a mando do grão-mestre da Ordem de Malta, D. António Manuel de Vilhena. Imagens dos tectos. OFF: Esta obra de Nasoni consta de vários quadros pintados em “tempera” sobre panos aplicados às abóbadas, já no estilo decorativo barroco chamado em italiano “quadratura”, característica desse período. Alguns destes quadros foram perdidos durante a 2ª Guerra Mundial, enquanto que os restantes estão em muito mau estado. Talvez aqui tenha dado os primeiros passos na arquitectura. OFF: Esta obra deve ter terminado cerca de 1725 já que esta data aparecem dos tectos pintados por Nasoni, com um F indicando o final dos trabalhos. OFF: Outro sítio onde parece que Nasoni trabalhou foi na antiga albergaria da Língua Portuguesa, onde parece ter pintado a abóbada. A composição é mais modesta que a da chancelaria, mas ostenta as mesas paredes curvas abertas em nichos com estátuas. PINTURA DECORATIVA: OFF: Foi Bernardino Pocetti (1548-1612) quem começou a empregar pintura decorativa. A sua pintura constava de arabescos contendo máscaras, quase caricaturas, A pintura de Pocetti é uma versão amaneirada das grotesche do Vaticano, nomeadamente de Rafael. Pietro de Cortona, o maior decorador toscano de Seiscentos, altera o estilo de Pocetti. Numa série de pinturas que faz figurando a história política e cultural de Florença as abóbadas falsas abrem-se, para deixar ver trechos do céu. É desta maneira de decorar tectos de Piero de Cortona que Nasini herda e passará a Nasoni. A fórmula decorativa de Cortona é exemplificada em várias salas do Palácio Barberini de Roma (1631-1638) e na Camera della Stufa (1637-1641) e salas dos deuses no Palácio Pitti, de Florença, OFF: A pintura decorativa que corresponde à arquitectura de Buontalenti foi formulada em grande parte pelo florentino Bernardino Poccetti (1548-1612). A pintura deste representa essencialmente uma versão amaneirada das grottesche do Vaticano, de Rafael. Surge depois Pietro da Cortona, o maior decorador toscano de Seiscentos. E ao que parece Nasini trabalhou com Cortona, e imitou-o na nova maneira de pintar tectos substituiu a velha tradição em meados do século XVII. Por sua vez Nasoni inspira-se em muitas coisas feitas por Nasini, na pintura decorativa. pintura dos tectos da IGREJA de SANTA eulália da cumeeira. pintura dos tectos do palácio da ordem DE malta OFF: Nasoni foi chamado a Malta para trabalhar no Palácio do Grão Mestre, talvez devido ao empenho de Grão Mestre Marcantonio Zondadari. Terá chegado lá entre 1720 e 1722, período em que era Grão Mestre Marcantonio Zondadari. OFF: Em Malta conhece António Manuel de Vilhena que sucedeu a Marcantonio Zondadari, como Grão Mestre da Ordem de Malta. OFF: EM Malta, Nasoni será encarregado de pintar a maior parte das 3 galerias: Corredor de Entrada, Corredor dell'Armeria e Corredor do Príncipe de Gales, onde utilizará tempera sobre estuque e nos tectos. OFF: A 2ª Guerra Mundial destrui grande parte deste trabalho de Nasoni. OFF: Smith diz também que em La Valleta Nasoni participou na execução da pintura da Sala do Conselho do Palácio do Grão Mestre, tendo pintado igualmente a Sala do Conselho do Palácio do Grão Mestre, o tecto da principal da Chancelaria da Ordem, a cúpula da sala de entrada do antigo Albergo da Língua Provençal e o tecto e as paredes da cripta dos Grão-Mestres e da Catedral de S. Giovanni. E terá talvez executado outros trabalhos para o Grão Mestre. 1724: pintou em La Valleta os tectos dos corredores do Palácio da ordem de malta. O vice-chanceler da ordem era Roque de Távora, irmão do Deão da Sé do Porto. Trouxe-o para Portugal. Partiu de Malta em 1725. OFF: Nasoni ficou pouco tempo em Malta. Também deve ter feito alguns trabalhos para o Grão Mestre António Manuel de Vilhena, talvez como pintor e eventualmente também como arquitecto. OFF: Pouco sabemos da estadia de Nasoni em Malta. Há uma assinatura sua com a data de 1724 numa das telas dos tectos do palácio dos grão mestres em Valeta. Outra diz 1725 F. e um terceiro informação num documento do cabido da Sé do Porto que diz: "Niculau Nazone, Florentino, exercitado em Roma, donde foy chamado a Malta pª pintar o Pallacio do Grão M...". Fora disto nada mais existe. De qualquer modo a estadia em malta deve ter sido curta já que Nasoni vem para o Porto em 1725. OFF: Por que razão terá Nasoni abandonado a Itália com cerca de 30 anos , onde fazia um certo sucesso com a pintura decorativa e os arcos efémeros. É bem possível que a concorrência fosse muito forte com outros pintores. Em Siena Nasoni era um dos múltiplos alunos de Nasini e era capaz de não ser o melhor. Em Roma para onde terá ido também aí a concorrência devia ser desenfreada e as encomendas rarearem. É então que decide seguir para Malta. Deve ter deixando Siena em 1720, quando desenhou o carro alegórico de Marte, nas festas celebradas em honra da eleição do grão-mestre Zondadari. É possível que este o tivesse convidado para trabalhar no Palácio de la Valetta. pintura ilusionista: PINTURAS DE NASONI: pôr atrás OFF: As pinturas de Nasoni (que quase já não existem) são claramente inferiores à sua arquitectura e escultura, para as quais serviam de inspiração Portais do Claustro da Sé do Porto Porto Barroco primeiro casamento com isabellA. castriotto ricciardi. Certidão de casamento com Isabel Ricciardi. OFF: Nasoni casou em primeiras núpcias com a italiana, natural de Nápoles, Isabel Castriotto Riccardi (ou Ricciardi) em 31 de Julho de 1729. Isabel era italiana, era filha de Carlo Alessandro e de Paola Fressa, ambos de Nápoles. OFF: Foram testemunhas deste casamento o deão Jerónimo de Távora e o arquitecto Miguel Francisco da Silva, que viera de Lisboa para trabalhar na Sé. Escritura do dote conferido a Isabel Castriotto por seu pai, em Lisboa, em 28 de Agosto de 1729. (ver Magalhães Basto, pág. 272, nota 4). OFF: Nasoni e Isabel vão viver para a Rua Chã. OFF: Isabel pouco mais tempo viveu depois do nascimento do filho José, já que more a 25 de Junho de 1730 - devido talvez a complicações pós-parto - e é sepultada na Catedral do Porto. quinta da bonjóia Imagens da Quinta da Bonjóia. OFF: Situada na região da Campanhã, esta quinta é simples, mas de grande efeito cenográfico, sobretudo pela sua situação geográfica sobre o Rio Douro. Em 1759 começa a Casa da Bonjóia, em Campanhã, uma versão mais modesta do Palácio do Freixo. Parece ter sido a última de uma série de residências atribuíveis a Nasoni durante a sua estadia no Porto. OFF: Situa-se a norte do Palácio do Freixo, também na zona da Campanhã. É um Palácio que tem relações estilísticas com o Freixo. Não há contudo a certeza de tenha sido realmente desenhada por Nasoni, mas tudo leva a crer que o foi. Foi construída por D: Lourenço de Amorim da Gama Lobo, prior da Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo. O portão é encimado pela pedra de armas de D. Lourenço. Dá entrada a um terreiro de espaço reduzido ao fundo da qual se ergue a residência começada em 1759 e nunca acabada. Há apenas um bloco concluído que consta de uma torre no ângulo sudoeste pegada a um corpo de 22,30 metros de comprimento. Apesar das parecenças com o Freixo, este palácio é muito inferior em termos arquitectónicos. Falta mesmo um jardim, tendo sido substituído por uma horta. quinta da prelada: Imagens da Quinta. OFF: A Casa e Quinta da Prelada: ficaram incompletas. OFF: Nasoni inicia com esta casa o gosto neo-gótico, quando este apenas surge na Inglaterra. OFF: A Quinta da Prelada é a obra mais majestosa projectada por Nasoni. Terá sido para demonstrar que se poderia fazer no Porto um jardim à italiana ou á francesa, com a casa no meio. Acrescentou-lhe também obeliscos, cascatas, pirâmides, labirintos e um grande lago. Mas a verdade é que grande parte disto não chegou a ser feito já que o conjunto não foi terminado: existe apenas um fragmento da majestosa casa, mas o resto foi levado a cabo antes de 1758. A propriedade era muito grande, mas com o decurso dos anos a cidade foi-se expandindo a quinta perdeu metade do seu perímetro. , sendo a actual propriedade composta exclusivamente da porte traseira com os esplêndidos jardins. As estátuas e os chafarizes perderam-se ou foram levados para outro lado como aconteceu com 2 obeliscos que estão no Passeio Alegre. No que resta da mata a Misericórdia estabeleceu um parque de campismo. OFF: Robert C. Smith a tribui a data de construção da quinta aos anos de 1743 a 48. Para Robert C. Smith os dois elementos mais significativos das fachadas são a preocupação com heráldica e o desenho da torre do lago. Não se sabe muito bem porque razão os trabalhos da Quinta da Prelada foram interrompidos, talvez por falta de cabedais dos fidalgos. Pelo seu estilo é considerado o primeiro monumento de estilo neo-gótico em Portugal. A Prelada foi feita na altura em que começava na Inglaterra o gosto pelas ruínas e pelo estilo gótico. A torre da prelada é a parte da Quinta que mais se assemelha aos edifícios ingleses com os elementos medievais que lembram as estampas de Batty Langley e outros arquitectos da época. Para a porta principal da torre, o arquitecto voltou aos efeitos dos palácios florentinos.. Os grande blocos de granito da portada são de carácter barroco. O lago é flanqueado de duas casas de campo de estilos diferentes. Parecem da Renascença italiana. OFF: Parece que o jardim foi reformado em meados do século XIX pelo jardineiro da Câmara do Porto, João Jopsé Gomes. quinta de ramalde: OFF: Apesar de não haver documentação comprovativa de que esta quinta seja da autoria de Nasoni, é de referir estas quinta. OFF: Ramalde era na altura um subúrbio a nordeste do Porto. Numa das suas propriedades e família Leite Pereira, morgados de Ramalde desde 1542 decidiram encomendar uma construção. Segundo Robert C. Smith, terá sido construída depois da morte de Frei Luís Leite Pereira de Melo, porque a data de 1746 figura na capela remodelada e Frei Luís morreu 1745. É tradição na família que Nasoni, ampliou uma casa mais pequena quinhentista, duplicando o tamanho do bloco original de tal maneira que a torre se incorporou no meio da fachada norte. O arquitecto mudou a orientação da velha capela de família ligando-a à casa por uma passagem. OFF: A reconstrução dá à casa um carácter neo-gótico, antes deste estilo revivalista florescer na arquitectura do século XIX na Europa. A construção coincide com as primeiras experiências feitas do Gotic Revival, na Inglaterra. OFF: A fachada da casa de Ramalde tem 21,90 metros e é simples no enquadramento escultórico. Possui uma passagem central . A escada exterior que rodeia a passagem tem balaústres unicamente no patamar. Esta simplicidade repete-se no enquadramento das janelas e portadas, de influências medievais. O goticismo continua nas ameias empregadas nos muros laterais. As ameias das torres então também carregadas de neogoticismo. À frente à casa de Ramalde há um alto muro de desenho caprichoso, encaixando o portão nobre e as duas janelas rematadas por grandes flores-de-lis, que não deve ser de Nasoni. Reforma, Contra Reforma e Concílio de Trento (com o barroco) RENOVAÇÃO DA SÉ DE LAMEGO: OFF: Foi o mesmo amigo e mecenas D. Jerónimo que o recomendou ao cabido da Sé de Lamego para dirigir uma renovação do interior da catedral para ficar com a mesma imponência da Sé do Porto. OFF: A iconografia das pinturas do tecto da Sé de Lamego é de 1738. OFF: Estas pinturas da Sé de Lamego estão conservadas. OFF: Praticou ao que parece, pela primeira vez em Portugal, a arte de criar cúpulas fingidas numa superfície curva de abóbadas, como na Sé de Lamego. OFF: Mal acabadas estas obras da Sé do Porto devem ter decorrido cerca entre 1734 e 1738. As pinturas a têmpera da Sé de Lamego ocupam as quatro abóbadas da nave central, inclusive a do coro, e as três de cada nave lateral, fazendo um total de dez composições. As cores são iguais às da sacristia do Porto, embora mais vivas. A Sé sofreu vários estragos causados pela humidade, sobretudo na zona do coro, onde largos espaços da pintura desapareceram. A primeira abóbada é dedicada à história de rei David. A segunda abóbada oferece duas cenas na vida de Moisés. A última composição da série central narra a história de Jacob. Nas cúpulas fingidas das naves laterais continuam as cenas do Velho Testamento. Nas do lado da Epístola há episódios do livro da Génese. Nas do lado oposto figuram as histórias de Tobias, o sacrifício de Abel, a escada de Jacob e o sacrifício de Isaac. As pinturas da Sé de Lamego são os mais importantes trabalhos de Nasoni nesta categoria, o do ilusionismo arquitectónico existente em Portugal. Retábulo da Capela Mor da Igreja de Santo Ildefonso OFF: Protegido pelo deão D. Jerónimo de Távora e já com algum prestígio por estar a executar a igreja dos clérigos, Nasoni é convidado para renovar o interior da Sé de Lamego. Sabe-se que em 9 de Outubro de 1734, o cabido tomou a decisão de refazer a Sé "do arco cruzeiro para baixo". Isto segundo o risco de Nicolau Nasoni. O cónego Inácio Garcez Ferreira foi encarregado de dirigir as obras, com a gratificação anual de 12$000 réis. Mas aqui o quando começa a complicar-se com a entrada em cena de António Pereira, o provável arquitecto e efectivo mestre de obras do claustro da Sé e o arquitecto do Palácio de S. João Novo. É que António Pereira em 1732 é obrigado a abandonar o emprego de mestre de obras da Igreja dos Clérigos. O historiador da Sé de Lamego diz numa carta que António Pereira enviou a Sua Majestade, m a planta da obra. Mas por outro lado Jerónimo da Távora diz ter enviado as plantas por Nasoni para a Corte para aprovação régia. OFF: Existe pois o problema de saber quem é o verdadeiro autor do actual corpo da Catedral de Lamego, se Nasoni, se António Pereira. Smith acredita quer seja de Nasoni. Mas a verdade é que este na altura ainda tinha pouca prática de construir edifícios. OFF: O que parece que Nasoni fez foi pintar 10 abóbadas da Sé. Toada esta zona, a primeira a ser renovada, recebeu um revestimento clássico em granito da região que tem conservado a primitiva brancura, apresentando um excelente contraste com o rico colorido das pinturas. OFF: Em 1746 os trabalhos recomeçaram abrangendo gradualmente o resto da Catedral, com excepção da fachada manuelina. Destas novas obras há documentação, depreendendo-se que os trabalhos foram dirigidos por António Mendes Coutinho e que no ano de 1746 algumas das abóbadas do cruzeiro estavam em construção. Os trabalhos continuaram durante 1749 E 1750. A intervenção de Nasoni nesta igreja deve ter sido somente ao nível das pinturas. OFF: Em 1745 desenha a talha da capela-mor de Santo Ildefonso, destinada a ter uma influência capital nos retábulos subsequentes de toda a zona. Robert C. Smith: bibliografia rocaille: OFF: O mesmo que Rococó. ROCOCÓ: Romagnoli: san GIOVANNI valdarno san luigi dei francesi: OFF: Os 3 Caravaggios estão na quinta capela à esquerda, dedicada a S. Mateus. OFF: A igreja nacional francesa foi fundada em 1518, mas só foi ocncluída em 1589. Há ali vários franceses famosos enterrados e 3 fabulosos Caravaggios, dedicados a S. Mateus. Pintados entre 1597 e 1602, o "Martírio de S. Mateus", "A Chamada de S. Mateus" e "S. Mateus e o Anjo", foram os primeiros grandes trabalhos religiosos de Caravaggio. A porimeira versão de "São Mateus e o Anjo" foi rejeitada pela seu realismo: nunca um santo tinha sido representado como um velho de pés sujos. Uma segunda versão teve que ser pintada, a primeira entretanto desapareceu num incêndio. São trabalhos de um realismo perturbador e uso dramático da luz. Sant'Agnese in Agone, Borromini: OFF: Esta igreja, bem como a de San Carlo alle Quattro Fontane é famosa pelas esplêndidas superfícies côncavas das fachadas. Sant'Andrea al Quirinale: OFF: Conhecida como a pérola do Barroco, por causa do belo interior em mármore rosado, Sant'Andrea foi projectada por Bernini e executada por assistentes entre 1658 e 1670. Foi construída para os jesuítas por isso há vários emblemas com as letras IHS (Jesus Hominum Salvador - Jesus salvador da Humanidade). O local para a Igreija era largo mas pouco profundo. Bernini teve a idea de direccionar o longo eixo do projecto oval não para o altar, mas para os lados, e encomendou várias obras de arte que só fazem efeito no conjunto. sant'ivo alla spienza: Imagens da igreja. OFF: A torre da Igreja é coroada por uma cruz no topo de uma espiral torcida - um marco característico visto dos telhados de Roma. Observada de perto esta igreja de Borromini é ainda mais extraordinária. Nenhuma igreja barroca se assemelha a ela. Baseadas num projecto de admirável complexidade geométrica, as paredes são uma combinação surpreendente de superfícies convexas e côncavas. A igreja fica no pequeno pátio do Palazzo della Sapienza, sede da antiga Universidade de Roma do século XV até 1935. É uma pequena igreja abobadada, uma das criações mais originais de Borromini que trabalhou nela entre 1642 e 1660. Sé de Lamego, Renovação, Nasoni (inclui pinturas). sé do porto: OFF: As grades e cancelas de bronze da capela-mor da Sé do Porto, de 1754 é outro trabalho e metal documentado de Nasoni. No contrato entre o procurador de D. José da Silva Ferreira, governador da diocese e Francisco de Almeida Ribeiro, mestre latoeiro e Manuel Rodrigues de Azevedo, mestre dourador, estipula-se que a obra "antes de assentada será vista e examinada por Nicolao Nazone para se avaliar a coalidade do bronze e se estão conforme o risco, as quais serão bem lisas e sem defeito algum...". segundo casamento com antónia mascarenhas MALaFAIA. Documento comprovativo do casamento com Antónia Malfaria. OFF: Com um filho recém-nascido e viúvo, Nasoni decide casar-se outra vez, a 3 de Setembro desse ano, desta feita com uma portuguesa, Antónia Mascarenhas Malfaria, que na altura contava 24 anos. Nasoni tinha 39 anos. Paço Episcopal. OFF: Passa também a viver numa das casas contíguas à Capela de Nossa Senhora de Vandoma. Ali viveram até se instalarem “nos paços episcopais” Desse segundo casamento nascerão 5 filhos. OFF: Não se sabe a data de falecimento de Antónia Malafaia, mass sabe-se que Nasoni era viíuvio quando morreu. SEPULTURA DE NASONI SIENA: OFF: Siena, no centro da Toscana, envolvida numa longa contenda com Florença , foi a vencedora da Batalha de Montaperti em 1260, mas foi devastada pela peste negra no século XIV e, finalmente desoís de tanto sofrer, derrotada por Florença, no cerco de 1554-5. OFF: As principias atracções de Siena localizam-se nas ruas e ruelas que circundam a Piazza del Campo. Uma das maiores praças medievais da Europa, a piazza situa-se no centro das 17 "contrade" um conjunto de parroquias cujas antigas rivalidades ainda são actualmente evocadas no Palio bianual. A lealdade em relação à "contrada" é expressa nas rusa em que os animais, símbolos das parroquias são repetidos nas bandeiras, placas e relevos. A localização geográfica da cidade, no topo de uma colina, permite passeios em zonas remotas e numerosas visitas imprevisíveis. OFF: Siena situa-se na Toscana central. A toscana central é uma zona agrícola de grande beleza, impondo-se pelas suas cidades históricas, rodeadas de muralhas, como San Gimignano e Pienza. OFF: A norte de Siena é a região do Chianti clássico, onde se produzem alguns dos melhores vinos italianos. OFF: As colinas revestidas de vinhas a norte de Siena estão povoadas por herdades, villas e castelos. Em Crete, a sul de Siena, pastores guardam rebanhos cujo leite se emprega na produção do queijo "pecorino", popular em toda a Toscana. Os ciprestes plantados ao longo das estradas e em redor das herdades como protecção contra o vento, constituem assinalável característica nesta paisagem vazia e primitiva. A nova estrada S2 é um antigo caminho dos peregrinos medievais. Igrejas românicas perfilam-se nas estradas, e os vales e gargantas são defendidos por castelos e cidades fortificadas, cuja maioria pouco mudou ao longo dos anos. OFF: A cidade de Siena é encantadora com as suas rusa estreitas e os edifícios medievais de tijolo cor de rosa, é o naturaL Ponto de partida para visitar a Toscana. A distância que separa as vinhas das cidades medievais. Na paisagem predominam o cipreste, o olival, a vinha as igrejas simples e as herdades de pedra. OFF: Os principais monumentos de Siena ficam numa rede de ruelas em redor da Piazza del Campo. Rara é a rua plana, visto Siena assentar sobre sete colinas. Ora a cidade se expande diante de nós, ora nos mergulha num irrequieto aglomerado de casas medievais. Comprimidas dentro de Siena estão as 17 "contrade" (paróquias) cujos símbolos de animais se vêem por toda a parte em esculturas, placas e cartazes. Siena é uma cidade medieval de ruas íngremes em redor da Piazza del Campo. Os edifícios da praça simbolizam a idade de ouro da cidade entre 1260 e 1348 quando os cidadãos ricos contribuíam para um importante programa de construção civil. O declínio de Siena começou em 1348 com a Peste Negra que matou um terço da população; duzentos anos depois , muitos mais morreram num cerco de 18 meses que terminou com a derrota dos Florentinos. Os vencedores abstiveram-se de novas construções em Siena, a qual parou no tampo, atulhada de edifícios medievais que só agora foram renovados. (DIZER QUE Nasoni DEVE TER VISTO A SIENA ASSIM). Piazza del Campo. OFF - PIAZZA DEL CAMPO: a Piazza del Campo em forma de concha (século XII) está limitada por elegantes palazzi. Torre del Mangia. OFF - TORRE DEL MANGIA: A torre, à esquerda do Palazzo Pubblico é a segunda mais alta de Itália. Construída pelos irmãos Muccio e Francesco Rinaldo entre 1338-48, recebeu o nome do primeiro sineiro, que trabalhava pouco: Mangiaguadagni. A torre tem 505 degraus até ao cimo. . Do cimo avistam-se grandes extensões de terra toscana. Palazzo Pubblico. OFF: Ainda serve de Câmara Municipal, mas os salões de cerimónia estão abertos ao público. A principal sala chama-se Sala del Mappamondo, por causa do mapa mundi do século XIV. A Maestà (a Virgem em Majestade) de Simone Martini ocupa uma das paredes. Em frente fica o invulgar fresco de Martini com o mercenário Guidoriccioda Fogliano (1330). As paredes da capela ao lado estão cobertas de frescos com a Vida da Virgem por Taddeo di Bartolo. As famosas Alegorias do Bom e do Mau, frescos alegóricos de Ambrogio Lorenzetti. Palazzo Piccolomini. OFF: O mais imponente palazzo particular de Siena foi construído por Rossellino para a família Piccolomini, nos anos 60 do século XV. Duomo de Siena. OFF: A Catedral de Siena ou Duomo (1136-1382) é um dos mais espectaculares de Itália. É em estilo gótico e muitos dos habitantes ajudaram a transportar, das pedreiras até aos subúrbios da cidade a pedra preta e branca usada na construção. Em 1339 os senenses decidiram construir uma nova nave para sul com afinidade de fazer a catedral a maior igreja da cristandade, projecto que abortou quando depois a peste assolou a cidade e dizimou a população. Painéis do Púlpito. OFF: Esculpidos por Nicola Pisano em 1265-68, representam cenas da vida de Cristo. Igreja de San Domenico. OFF: Esta igreja gótica faz lembrar um celeiro e foi iniciada em 1226, com a torre acrescentada em 1340. Dentro há uma curiosa capela dedicada a Santa Catarina e construída em 1460 para guardar a cabeça da santa que agora se encontra num tabernáculo de mármore dourado sobre o altar. os anjos Talha DOURADA: OFF: Havia oficinas no interior dos conventos que produziam objectos decorativos. O ouro torna-se o centro da decoração de OFF: Há uma certa poética da refulgência, que prescindindo da teatralidade violenta, do sentido trágico e simultaneamente místico do barroco. OFF: Sentido do espectáculo, fixação do instante e imobilização do movimento são 3 aspectos da estética barroca. OFF; Na talha dourada Nasoni encontrou um veículo ideal para a expressão da sua personalidade artística. havia na altura hábeis imaginários que faziam muito bem as figuras humanas. Nasoni encarregou-se mais dos ornatos. OFF: A vinda de Nasoni para Portugal coincidiu com o apogeu do chamado estilo D. João V, de talha dourada. Esta talha dourada foi em grande parte que chegou de Lisboa o entalhador Santos Pacheco de Lima. A sua influência manifestou-se na obra do escultor portuense Luís Pereira da Costa. O outro, Miguel Francisco da Silva fora provavelmente ajudante de Laprade. Foi talvez o deão Jerónimo de Távora e sua amizade com Nasoni, que o fez ficar no Porto. OFF: toscana: Imagens da Toscana central. OFF: As colinas revestidas de vinhas a norte de Siena estão povoadas por herdades, villas e castelos. OFF: Em Crete, a sul de Siena, pastores guardam rebanhos cujo leite se emprega na produção do queijo "pecorino" popular em toda a Toscana. Os ciprestes plantados ao longo da estrada e em redor das herdades como protecção contra o vento, constituem assinalável característica desta paisagem vazia e primitiva. A ligar as duas regiões há um auto-estrada que era um antigo caminho dos peregrinos medievais e trajectória dos viajantes do Grand Tour (o Grand Tour era uma moda para os ricos aristocratas europeus do século XVIII que visitavam a Toscana. OFF: Sempre houve grandes rixas entre Florença e Siena. O momento mais alto de Siena foi a sua vitória na Batalha de Montaperti, em 1260, mas quando a cidade sucumbiu à Peste Negra e a uma derrota esmagadora infligida por Florença no cerco de 1554-5, Siena entrou em declínio. OFF: Como sucedeu noutras cidades da Toscana Central , esta encantadora região tornou-se um ermo esquecido e congelado no tempo. Mas, após séculos de desleixo, os graciosos edifícios medievais de muitas cidades estão agora em restauro e esta parte da Toscana volta a renascer. OFF: A Toscana é uma região onde o passado e o presente se misturam numa agradável harmonia. Nas colinas, as aldeias conservam as muralhas etruscas, os palácios testemunham a riqueza da região e os edifícios públicos medievais a tradição da democracia e da autonomia. Entre vinhas e olivais ... As cidades toscanas de Florença, Siena e Pisa juntamente com as cidades pequenas abrigam alguns dos maiores tesouros artísticos de Itália. No coração das paisagens rurais abrigam-se cidades medievais com torres As paisagens entre as espectaculares montanhas de Alpi Apuane e as suaves colinas de Chianti são também deslumbrantes OFF: A Toscânia é mundialmente famosa pela sua arte, história e belíssima paisagem. Aqui o passado funde-se admiravelmente com o presente, pois o povo orgulha-se da sua herança. Independente e combativo, esse povo conservou a terra e as suas tradições seculares onde reside muito do eterno fascínio que o visitante encontra na Toscãnia. OFF: O povo da Toscânia orgulha-se do seu passado que recua até aos Etruscos. Os Toscanos são descendentes directamente dos Etruscos: há fortes semelhanças entre os rostos esculpidos nas urnas crematórias etruscas e os do povo da moderna toscana. A toscana goza ainda dum tipo de democracia baseado em referendos. Em certa medida os Toscanos desprezam o governo de Roma e a sua burocracia. Muitos querem a autonomia que tinham antes da unificação de 1870. O amor do toscano à sua terra converteu-se num forte campanilismo, estado de espírito definido pelo soar do sino da igreja local. Os antropólogos vêem nisso uma reminiscência dos conflitos medievais entre cidades. OFF: Para os camponeses toscanos, que cultivam sobretudo vinha, o dia começa ao nascer do sol e termina pelo meio dia , altura em que recolhem a casa para comer e descansar. A agricultura é ainda um ingrediente importante da economia toscana, mas já só uma pequena parte dos toscanos continua a trabalhar a terra. Muitos transformaram-se em operários fabris. A vida nas cidades é mais fácil , mas prevalecem os velhos rituais: a sesta, porque compensa mais levantar-se muito cedo. No tempo do Nasoni havia um certo gosto pelos negócios bancários, seguros e contabilidade que fizeram dos Medici algumas das pessoas mais ricas do seu tempo. Actualmente a grande maioria dos toscanos vive em subúrbios industriais OFF: O vidro, o mármore e as motocicletas figuram entre os mais importantes produtos toscanos; e o azeite e o vinho exportam-se para todo o mundo. É no coração de qualquer cidade toscana que durante a "passeggiatta" - o passeio da tarde - melhor se pode admirar o artesanato local. Praça de uma cidade toscana. OFF: A praça principal ou piazza de quase todas as cidades toscanas é o centro de muitas das actividades urbanas. Aqui a flui a população por volta das 6-7 horas para a passeggiata diária, o tradicional passeio vespertino, ou para participar em festas e reuniões locais. Os principais edifícios das cidades toscanas estão situados em redor da piazza. Muitos deles constituem protótipos: o campanile, o cortile, ou a loggia cada qual com as suas funções específicas. Chama-se palazzo a qualquer casa urbana de bom tamanho. Em geral toma o nome do proprietário. O cortile é um pátio com arcadas ou cortile dum palazzo servia de abrigo de entrada e proporcionava frescura. OFF: A maioria dos palazzi urbanos têm 3 andares, o rés do chão servia para armazéns e oficinas, o 1º andar para receber (o piano nobile) e o último andar para os quartos. OFF: Também na piazza situa-se o Duomo (a catedral), o ponto fulcral da piazza. A igreja paroquial. mais pequena chama-se pieve. Muitas loggias destinadas a abrigar do sol e da chuva , abrigam agora coloridos mercados de rua. O Palazzo del Comune aloja com frequência o Museo Civico (museu da cidade) e a Pinacoteca (galeria de arte). OFF: O campanile ergue-se bem alto para que os sinos se ouçam ao longe. Tocavam-se os sinos para anunciar reuniões públicas ou missas, para o recolher ou quando tocados furiosamente (a storma) para avisar de um perigo eminente. OFF: O baptistério era normalmente octogonal e ficava a oeste da Igreja. Após o baptismo, a criança era cerimonialmente levada pela primeira vez à Igreja. OFF: As capelas laterais eram encomendados pelos patronos ricos que os guarneciam com pinturas frescos para as suas capelas. A arquitectura toscana é sobretudo gótica e renascentista. As cidades e os lugares da Toscânia Mantém ainda as características que tinha no século XVI. O teatral barroco não existiu tanto na Toscana como por exemplo em Roma. Embora muitas igrejas florentinas recebessem novas fachadas no século XVII, elas não têm a exuberância das romanas. OFF: Há grandes artistas toscanos: destacam-se Cimabue, Giotto, Simone Martine, Donatello, Paolo Ucello, Fra Angelico, Botticelli, Leonardo, Filippino Lippi, Miguel Ângelo, Rafael, Cellini, grandes artistas do gótico e do renascimento. OFF: A paisagem toscana é rica em vida selvagem, especialmente flores e insectos. Os ciprestes são uma das árvores toscanas. Protegem do vento os campos e as estradas. Uma herdade tipicamente toscana combina olivais e vinho, com campos de milho e cevada. Muitas famílias produzem o seu vinho e plantam videiras em todo o espaço livre. OFF: Em 1743 morre a última Medici, Ana Maria Lodovica. Os Medici governaram Florença desde há muitos anos. trabalhos em siena: ver atrás Manuscrito Gargani, da Biblioteca Nazionale di Firenze. OFF: Há várias referências a Nicolau Nasoni e dos seus trabalhos em Siena. Guida de Siena, 1822, pág. 122. OFF: O início da sua actividsade situa-se por volta de 1713. A Guida de Siena de 1822, chama-lhe “pittore e incisore”. Documento onde se fala da Congregazione dei Rossi. (Diario Sanese, Lucca, 1723, parte II, pág. 268/269.) OFF: Pertenceu também a à Congregaze ou Istituto dei Rossi, uma academia de artistas sienenses cuja função era representarem comédias rústicas, fazer mascaradas e "poetarem" no estilo da Campagna. Documento: Diario Sanese ., Lucca, 1723. OFF: Nessa Academia Nasoni tinha a alcunha de Il Piangoleggio, que quer dizer “o plangente” ou “o gemidor”. Niccolò Nasoni, Pittore, Incisore ed Architetto (Biografia Cronologica di bellartiste senesi dal secolo XII a tutto il XVIII divisa in XII volumi, na Biblioteca Comunale di Siena) Desenhos da colecção Ciaccheriana (Biblioteca Comunale de Siena). OFF: Nos anos de residência em Siena, entre 1713 e 1720 Nasoni estuda arquitectura com António Vannetti, também discípulo de Nasini. OFF: Não é conhecido nenhum trabalho de Nasoni arquitectura em Siena, para além dos catafalcos e arcos triunfais, obras efémeras. OFF: Ao que parece Nasoni terá estudado arquitectura e visto os monumentos de Buontalenti. (ver refª a Buontalenti). OFF: A outra grande influência de Nasoni nos anos formativos foi a de Pietro da Cortona , como pintor decorativo, através das inovações de Giuseppe Nasini. . Biblioteca Comunale de Siena: (Desenhos de~Nasoni)) Diario Sanense, pag. 273. OFF: Neste documento está escrito que Nasoni foi o criador do Arco Triunfal para o Arcebispo Allessandro Zondadaro, que entrou em Siena em 1715 - 1716. Nasoni nessa altura ainda seria aprendiz. Análise do Arco Triunfal. OFF: O arco mostra um esquema tradicional palladiano, cuja severidade contrasta com a fantasia da cartela, o movimento das imagens e a rica forma barroca do brasão, diminuindo o severidade com um ar festivo. OFF: Nesta época (1716) morava no Piano del Carmine, em Siena e ao que parece o seu sucesso como fazedor de arcos triunfais. Em 11 de Junho de 1720, Nasoni desenhou o carro alegórico de Marte. OFF: Também na Biblioteca Comunale de Siena estão alguns desenhos atribuídos a Nasoni, que indicam que o jovem artista estudava e imitava, mas com carácter pessoal, o novo estilo decorativo praticado por Nasini e Ferrati. O que liga Nasoni à brilhante escola decorativa de Toscana. do fim do século XVII e comoção do XVIII. Este mesmo estilo servirá de base às pinturas maltesas e portuguesas. : PINTURA DA FACHADA DO HOSPITAL DELLA SCALA. Imagens do documento “Restretto delle cose pi unotabili della cittá di Siena, 1761, pág. 38,39. OFF: O “Restretto delle cose pi unotabili della cittá di Siena, diz que Nasoni foi o autor da pintura a fresco que representava um relógio solar na da fachada do Hospital de Santa Maria della Scala, na Piazza del Campo de Siena. Hospital de S. Maria della Scalla, na Piazza del Campo, em Siena. OFF: Supõe-se que esta igreja tenha sido fundada (sagrada ?) em 832 e é um dos mais importantes monumentos da cidade. O seu nome deriva do facto de estar em frente à escadaria da catedral de Siena. Actualmente nada resta dessas pinturas de Nasoni. Piazza del Campo. OFF: A mais bonita piazza de Itália ocupa o lugar de um antigo fórum romano e foi nos primórdios de Siena o principal mercado da cidade. Começou a assumir a forma actual em 1293 quando o Concelho de Nine, o corpo governativo de Siena da época, começou a ganhar terreno visando criar uma grande piazza cívica. O pavimento, de tijoleira vermelha foi iniciado em 1327 e terminada em 1349. Os nove segmentos pretendem reflectir a autoridade do Conselho de Nine e simbolizar o manto protector da Virgem. A piazza é o centro da vida da cidade desde então, um local de execuções , combates e o cenário do bianual Palio, um festival em que os cavalos são montados sem sela. Cafés, restaurantes e palazzi medievais delimitam o Campo, dominado pelo Palazzo Pubblico (1297-1342) e a Torre del Mangia, construída em 1348. Este imponente complexo. OFF: Siena foi uma rival de Florença e ainda conserva a grandeza que tinha no seu apogeu. As principais atracções de Siena são o Palazzo Publico, a Casa di Santa Caterina, o Palazzo Piccolomini, a Pinacoteca Nazionale (que contém uma colecção magnífica dos artistas da Escola de Siena. A cabeça da padroeira da cidade, Santa Catarina de Siena pode ser vista num tabernáculo. Mas o monumento mais importante é o Duomo de Siena, uma das mais espectaculares catedrais de Itália, onde se combinam escultura, pintura e arquitectura. No século XIV foi planeada uma nova nave tornando o Duomo na maior catedral da Cristandade, mas a peste de 1348 que devastou a população da cidade pôs termo a este projecto. Entre os tesouros da catedral estão esculturas de Nicola Pisano, Donatello e Miguel Ângelo. Também importante é a Fortalezza Medicea. Transição do Barroco para o Rocaille vinda do ouro do brasil para portugal.d. joão V Biblioteca da Universidade de Coimbra. OFF: Como D. João V recebia um quinto do ouro e das minas de diamantes do Brasil, decidiu gastar esse dinheiro num fausto que o prestigiasse. Grande parte desse dinheiro seguia para Roma para obter os favores do Papa. O resto ia para obras sumptuosas. É assim que chegam a Lisboa artistas estrangeiros como Ludovice ou Nasoni. Ludovice trabalhará no Sul de Portugal, Nasoni no Norte. volutas: zimbório: ZOROASTRO STACCIOLI. Smith, p. 189, nota 7. Se Nasoni aprendeu pintura com Nasini aprendeu a arte da gravura com Zoroastro Staccioli (1667-1733), segundo Romagnoli como gravador amador. Mas apesar disso Nasoni nunca se chamou escultor. E ao que parece só fazia os desenhos das estátuas que depois eram executados por outros: mestres da pedra, da madeira ou do metal. Mas de qualquer modo há pouca informação sobre esta sua actividade. Há apenas 4 contratos para trabalhos de entalha, ourivesaria e bronze que falam de Nasoni como o autor do risco e nenhum documento que o ligue com a estatuária em pedra. Produziu foi diversos elementos arquitecturais tais como jarras, cruzes, fogaréus, tarjas, pedras de armas, etc.. Fez também lavatórios de sacristia, pias de água benta, chafarizes exteriores e imagens de aves, animais e figuras humanas, normalmente feito por escultores diferentes, daí as diferenças entre elas. CRONOLOGIA: 1682: Inicia-se a construção da Igreja de Santa Engrácia. (Barroco) 1691: Nasce Nasoni  1711: Inicia-se a construção da Igreja do Menino Deus, em Lisboa (Barroco) 1717: Inicia-se a construção do Palácio de Mafra. (Barroco) 1722: Inicia-se a construção do Cadeiral de Arouca (Barroco) 1724: Nasoni pinta os tectos do Palácio de Malta  1725: Nasoni chega ao Porto.  1725: Nasoni começa a pintar a Capela Mor da Sé.  1725: Trabalhos de arquitectura na Sé (atribuídos)  1725: Finalização das obras do Cadeiral de Arouca. (Barroco) 1725: Palácio de S. João Novo (atribuído)  1729: Primeiro casamento de Nasoni  1729: Nasce-lhe o primeiro filho.  1730: Segundo casamento de Nasoni  1730: Construção do Palácio de S. João Novo (atribuído).  1730: Construção da Casa Domingos Barbosa (atribuída)  1730: Inicia-se a construção da Igreja de São Francisco no Porto. (Barroco) 1730: Finaliza-se a construção do Palácio de Mafra. (Barroco) 1731: Risco de Nasoni para a Igreja dos Clérigos.  1731: Inicia-se a construção do aqueduto e da mãe de água das Amoreiras. (Barroco) 1732: Iniciam-se as obras da igreja dos Clérigos.  1733: Casa e capela de Fafiães (atribuído).  1733: Execução dos portais dos claustros da Sé do Porto (atribuído).  1734: Risco de Nasoni para a renovação da Sé de Lamego. (atribuído)  1734: Risco de Nasoni para o Paço Episcopal do Porto. (2ª Caixa – Barroco) 1735: Desenho da pala maior da Igreja de S. Mamede de Infesta.  1736: Desenho de Nasoni para a Galilé da Sé do Porto (atribuído)  1737: Fim das pinturas da Sé do Porto.  1737: Fonte de S. Miguel, ao lado da Catedral (atribuído) 1737: Trabalhos de arquitectura em Santa Cruz do Bispo.  1737: Início das pinturas da Catedral de Lamego.  1737: Finaliza-se a construção da Igreja do Menino Deus. (Barroco) 1738: Fim das pintura s da Catedral de Lamego.  1738: Risco de Nasoni para o chafariz do Santuário dos Remédios.  1739: Nasoni faz as pinturas do tecto de Santa Eulália da Cumeeira. 1739: Nasoni: pintura no Convento de Ferreirim em Lamego. (atribuído).  1739: Nasoni: Pintura na Igreja de S. Pedro de Tarouca (atribuído).  1740: Fim das obras do Convento de Ferreirim.  1740: Casa do Dr. Domingos Barbosa (atribuída)  1740: Corpo central do Palácio de Mateus (atribuído) 1742: Palácio de Jardins do Freixo. 1743: Início das obras da fachada da igreja do Bom Jesus de Matosinhos, projecto de Nasoni.  1743: Desenho do retábulo da Igreja da Misericórdia. 1743: Trabalho de arquitectura para Francisco da Silva Guimarães.  1743: Trabalho de arquitectura na Casa e Jardins da Prelada. 1745: Reedificação por Nasoni da Igreja de santa Marinha de V. N. Gaia. 1745: Nasoni executa o risco para a Fonte das Aguadas  1745: Desenho do retábulo da Igreja de santo Ildefonso. 1746: Casa de Ramalde (atribuída). 1746: Casa do Viso (atribuída).  1746: Nasoni: Casa do Despacho da Ordem Terceira. 1746: Nasoni: Recolhimento das Órfãs. 1746: Quinta da Prelada – Nasoni. 1747: Fim das obras na Igreja de Matosinhos. 1748: Risco de Nasoni para a Igreja de S. Tiago do Bougado. 1747: Faz-se o risco do Palácio de Queluz. 1748: É finalizado o Aqueduto e a Mãe de Água das Amoreiras. 1749: Fim da construção da Casa do Despacho. 1749: Início da construção da Igreja da Misericórdia. 1749: Início da construção do palácio do Freixo. 1750: Pintura dos painéis sotto il coro da Igreja da Ordem Terceira de S. Francisco. ? 1750: Nasoni: Pintura dos escudos no tecto de uma sala da Casa do Despacho (atribuído). 1750: Nasoni faz o risco para a Casa da Relação e Cadeia do Porto. 1750: Execução do sacrário da Semana Santa da Confraternidade dos Clérigos. 1754: Construção da Casa dos Clérigos. 1754: Final da construção do Palácio do Freixo. 1754: Risco de Nasoni para a Igreja de S. Tiago do Bougado (Alves dizem que é o fim).. 1754: Desenho do arco da Capela Maior da Sé do Porto.  1755: Desenho da pala de prata da Capela do Santíssimo Sacramento da Catedral.  1757: Início da construção da Torre dos Clérigos. 1757: Nasoni faz o projecto para a Torre dos Clérigos 1758: Início da construção da Casa e Quinta da Prelada. (será verdadeira, esta data ?). 1759: Início da construção da Quinta da Bonjóia. 1763: Fica pronta a Torre dos Clérigos 1773: Morre Nasoni. OFF: Esta incarnação da frivolidade do século XVIII no granito deu um rocaille sóbrio, túrgido (inchado), e robusto que logo se difundiu. OFF: é o período áureo da habitação solarenga e do palacete em Portugal OFF: A primeira referência conhecida é de Garcia de Orta inserida no Colóquios dos Simples... (ver este artigo para tirar o texto). OFF: Por volta do século XVI, a Igreja Católica tornara-se imensamente rica - uma das principais críticas dos protestantes. A exibição de opulência e extravagância da corte papal com a pobreza do Povo, caracterizava-se pelo luxo sumptuoso e uma vida plena de divertimentos. Para tornar a fé católica mais atraente que o protestantismo, inúmeras igrejas, monumentos e fontes foram construídos para glorificarem a Santa Sé. Barroco: 299