Departamento de Educação e Ensino a Distância
Mestrado em Pedagogia do eLearning
O Twitter em contexto académico/profissional: estudo de
caso
Paulo Guilherme Domingos Ferreira Simões
Lisboa, Universidade Aberta
Mestrado em Pedagogia do eLearning
O Twitter em contexto académico/profissional: estudo de
caso
Paulo Guilherme Domingos Ferreira Simões
Dissertação apresentada para obtenção de
Grau de Mestre em Ciências da Educação
na especialidade de Pedagogia do eLearning
Orientadora: Prof.ª doutora Lina Morgado
Lisboa
V
Resumo
Este estudo visa compreender, por um lado, de que forma as pessoas usam o
Twitter integrado dentro do seu PLE (Personal Learning Environment) em contexto
académico/profissional, e por outro, de que modo poderão alterar os seus
comportamentos e práticas, depois de passarem por um processo de aprendizagem
formal da ferramenta.
Uma das principais características do Twitter é que qualquer indivíduo pode usálo como ferramenta de atualização imediata de informação em tempo real partilhando
rapidamente qualquer tipo de informação ou interagindo com qualquer outro utilizador.
A forma como o conseguirmos maximizar dentro um PLE torna-se fundamental no
atual panorama da sociedade da informação e conhecimento, quer em contextos
formais, quer informais de aprendizagem/formação.
Para o estudo desta relação tomaram-se como referenciais teóricos os conceitos
de PLE – Personal Learning Environment e Micro-blogging.
Procedeu-se a um estudo de acordo com o paradigma de investigação da DesignBased Research junto de uma comunidade virtual de aprendizagem num contexto
formal de aprendizagem académica/profissional, sendo utilizados como instrumentos de
recolha de dados, o inquérito por questionário aos estudantes assim como a análise de
conteúdo da comunicação/interação desenvolvida pelos membros da comunidade virtual
de aprendizagem – estudantes e professores nos diversos espaços das ferramentas, ou
seja, no PLE, ao longo das diferentes momentos e atividades de aprendizagem propostas.
Palavras-chave: Twitter, PLE, Microblogue
VII
Abstract
This work aims to understand how people use Twitter within their PLE (Personal
Learning Environment), in a professional context, and how they can change their
behavior and practices, after undergoing a process of formal learning about the tool.
A key feature of Twitter is that anyone can use it as a tool for immediate update
of real-time information sharing quickly any information or interacting with any other
user. The way that we can maximize within a PLE is fundamental in the current
panorama of the information society and knowledge, whether in formal or informal
learning contexts.
To study this relationship were taken as the theoretical concepts of PLE Personal Learning Environment and Micro-blogging.
There has been a research oriented for the Design-Based-Research paradigm a
along with a virtual learning community, being used as instruments for data collection,
questionnaires
to
students,
as
well
as
the
content
analysis
of
all
the
communication/interaction developed by the virtual learning community - students and
tutors in the various spaces of the tools, i.e. in PLE along different stages of learning
activities and proposals.
Keywords: Twitter, PLE, Micro-blogging
IX
Agradecimentos
Os agradecimentos neste tipo de trabalho significam acima de tudo, o pequeno
mas significativo obrigado a todos quantos contribuíram, direta ou indiretamente, para a
sua concretização.
Á minha orientadora, Professora Doutora Lina Morgado pela disponibilidade
demonstrada, constante apoio e incentivo.
Á Força Aérea, pelo apoio institucional.
Aos meus colegas de mestrado, em especial ao José Carlos Figueiredo, Sandra
Brás e Mónica Velosa pelos extraordinários momentos de camaradagem e cumplicidade
que partilhámos.
Ao Wolfgang Reinhardt, à data na Universidade de Paderborn, que
disponibilizou uma das suas aplicações para recolher alguns dos dados usados no estudo.
A todos os que, direta ou indiretamente, participaram neste estudo.
Aos meus camaradas da Força Aérea, pelo grande apoio que me concederam.
À Cristina, ao Pedro Afonso e à Joana pela paciência que tiveram comigo.
Aos meus AMIGOS.
XI
Índice Geral
Resumo .............................................................................................................................V
Abstract .......................................................................................................................... VII
Agradecimentos .............................................................................................................. IX
Índice de Quadros .........................................................................................................XIII
Índice de Figuras ........................................................................................................... XV
Parte I - Enquadramento Teórico...................................................................................... 1
CAPÍTULO I - Introdução ............................................................................................... 1
CAPÍTULO II - Comunicar em 140 Carateres ................................................................. 3
1. O Twitter – Conceitos gerais ....................................................................................3
1.1. O Twitter como Ferramenta de Comunicação ..................................................3
1.2. Principais Características da Ferramenta ..........................................................8
1.3. A Atividade e Comportamento no Twitter ........................................................9
1.3.1 O Poder dos Retweets .............................................................................. 13
1.3.2 Unfollow – Deixar de seguir um utilizador no Twitter............................ 15
1.3.3 Pesquisa de informação - o papel da hashtag.......................................... 16
1.3.4 O perfil de utilizador do Twitter .............................................................. 16
1.4. As Ferramentas usadas pelos utilizadores do Twitter .....................................20
2. O uso do Twitter em contexto educacional ............................................................. 22
3. O uso do Twitter em Contexto Profissional ............................................................ 26
3.1. No local de trabalho ........................................................................................26
3.2. A investigação .................................................................................................26
3.3. Bibliotecas .......................................................................................................27
3.4. Medicina ..........................................................................................................27
4. PLE - Personal Learning Environment e o Twitter ................................................28
4.1. O conceito de PLE ..........................................................................................28
4.2. O PLE, o Twitter e a Aprendizagem ao Longo da Vida .................................30
XII
Parte II – Estudo Empírico ............................................................................................. 33
CAPÍTULO III - Metodologia de Investigação .............................................................. 35
1. Problema de Investigação .......................................................................................35
1.1. Questão de Investigação ..................................................................................35
1.1.1 Sub-Questões ........................................................................................... 35
1.2. Objetivos de Investigação ...............................................................................36
1.3. Metodologia de Investigação ..........................................................................36
1.3.1 Design -Based-Research ......................................................................... 36
1.4. Recolha e Tratamento de Dados: Instrumentos e Procedimento ....................38
1.4.1 O Inquérito .............................................................................................. 38
1.4.2 Interação através do Twitter: o uso do Thinkup e da Twapperkeeper ..... 39
1.4.3 Posts individuais no Blogue: Narrativa de Avaliação do Módulo .......... 40
2. Design e implementação do módulo Twitter ..........................................................41
2.1. O Contexto ......................................................................................................41
2.2. A Conceção e Design do Módulo Twitter .......................................................41
2.2.1 O Espaço Virtual: o Moodle .................................................................... 42
2.2.2 O Espaço Virtual Twitter......................................................................... 43
2.2.3 O Espaço Virtual Scoop.it ....................................................................... 44
2.2.4 A Conceção e Desenho das Atividades a Realizar .................................. 45
2.3. Os Participantes ............................................................................................... 46
3. A Análise de Conteúdo ........................................................................................... 47
3.1. Grelha de Análise e Classificação dos Tweets ................................................47
CAPÍTULO IV - Apresentação e Análise de Resultados ............................................... 55
1. Resultados Obtidos no Questionário sobre a utilização do Twitter antes
do Módulo ..............................................................................................................55
2. Apresentação e análise dos dados relativos à comunicação/interação....................61
2.1. Apresentação dos Resultados da hashtag #avampel5 .....................................62
XIII
2.2. Apresentação e análise do Conteúdo das Categorias e Subcategorias
de tweets ..........................................................................................................67
2.2.1 Categorias de tweets ................................................................................ 67
2.2.2 Subcategorias de tweets ........................................................................... 69
2.2.3 Formal vs informal .................................................................................. 72
2.2.4 Ferramentas utilizadas ............................................................................. 73
2.3. Análise por utilizador ......................................................................................75
2.3.1 Alexandre Medeiros - @hamedeiros ....................................................... 79
2.3.2 Alice Brandão - @alice_educar............................................................... 82
2.3.3 Carla Cardoso - @carlacardoso18 ........................................................... 84
2.3.4 Cecília Tomás - @ceciliatomas ............................................................... 85
2.3.5 Débora Cunha - @dmfcunha ................................................................... 87
2.3.6 Estela Gomes - @EstelaMGomes ........................................................... 89
2.3.7 Filomena Barbosa - @FilomenaBarbos1 ................................................ 92
2.3.8 Filomena Henriques - @HenriquesMena ................................................ 94
2.3.9 Filomena Pestana - @Filomenapestan1 .................................................. 94
2.3.10 Francisco Pereira - @gogas01 ............................................................... 96
2.3.11 Gonçalo Carvalheiro - @GSCarvalheiro............................................... 97
2.3.12 Hugo Domingos - @HugoDom............................................................. 99
2.3.13 João Brogueira - @brogueira_mpel .................................................... 100
2.3.14 Manuel Matos - @mjmgmatos ............................................................ 102
2.3.15 Paulo Ferreira - @Ciscoquitas ............................................................ 105
2.3.16 Rita Albuquerque - @ritalbuquerque .................................................. 106
2.3.17 Rui Páscoa - @ruipascoa ..................................................................... 108
2.3.18 Sérgio Lagoa - @sergiolagoa .............................................................. 111
2.3.19 Zélia Patrocínio - @ZPatrocnio........................................................... 113
2.4. Análise e discussão geral ..............................................................................113
XIV
CAPÍTULO V - Conclusão e Considerações Finais .................................................... 117
CAPÍTULO VI - Referências Bibliográficas ............................................................... 123
Anexos ............................................................................................................................... I
XV
Índice de Quadros
Quadro 1 - Classificação de conteúdos do Twitter adaptada .......................... 12
Quadro 2 - Relação de familiaridade com o Twitter....................................... 57
Quadro 3 - Opinião sobre a utilização do Twitter........................................... 59
Quadro 4 - Número total de tweets #avampel5 por grupo de utilizador ......... 63
Quadro 5 - Total tweets #avampel5 por mestrando ........................................ 65
Quadro 6- Total de tweets categorizados, por semana ................................... 68
Quadro 7 - Total de tweets categorizados, por semana (%) ........................... 68
Quadro 8 – Peso relativo dos tweets categorizados, por semana (%) ............. 68
Quadro 9 - Total de tweets subcategorizados, por semana ............................. 69
Quadro 10 - Total de tweets subcategorizados, por semana (%) .................... 70
Quadro 11 - Peso relativo dos tweets Conversação por semana (%) ............. 70
Quadro 12 - Peso relativo dos tweets Estado por semana (%) ....................... 71
Quadro 13 - Peso relativo dos tweets Encaminhamento por semana (%) ...... 71
Quadro 14 - Valor absoluto de tweets por semana ......................................... 72
Quadro 15 - Peso relativo dos tweets durante as quatro semanas (%) ............ 73
Quadro 16 - Peso relativo dos tweets por semana (%) ................................... 73
Quadro 17 - Total de tweets, por utilizador, por categoria ............................. 77
Quadro 18 - Total de tweets, por utilizador, por categoria (%) ...................... 78
Quadro 19 - Total de tweets, por utilizador, por categoria, sem tweets
informais de @gogas01 (%) ...................................................................... 78
Quadro 20 - Total de tweets categorizados, por semana - @hamedeiros ....... 80
Quadro 21 - Total de tweets subcategorizados, por semana - @hamedeiros . 80
Quadro 22 - Total de tweets categorizados, por semana - @alice_educar ..... 82
XVI
Quadro 23 - Total de tweets subcategorizados, por semana @alice_educar ............................................................................................ 83
Quadro 24 - Total de tweets categorizados, por semana - @carlacardoso18 . 84
Quadro 25 - Total de tweets subcategorizados, por semana @carlacardoso18 ........................................................................................ 84
Quadro 26 - Total de tweets categorizados, por semana - @ceciliatomas ..... 86
Quadro 27 - Total de tweets subcategorizados, por semana - @ceciliatomas 86
Quadro 28 - Total de tweets categorizados, por semana - @dmfcunha ......... 88
Quadro 29 - Total de tweets subcategorizados, por semana - @dmfcunha .... 88
Quadro 30 - Total de tweets categorizados, por semana - @EstelaMGomes . 90
Quadro 31 - Total de tweets subcategorizados, por semana @EstelaMGomes ....................................................................................... 91
Quadro 32 - Total de tweets categorizados, por semana @FilomenaBarbos1 ................................................................................... 92
Quadro 33 - Total de tweets subcategorizados, por semana @FilomenaBarbos1 ................................................................................... 93
Quadro 34 - Total de tweets categorizados, por semana - @HenriquesMena 94
Quadro 35 - Total de tweets subcategorizados, por semana @HenriquesMena ...................................................................................... 94
Quadro 36 - Total de tweets categorizados, por semana @Filomenapestan1 ..................................................................................... 95
Quadro 37 - Total de tweets subcategorizados, por semana @Filomenapestan1 ..................................................................................... 95
Quadro 38 - Total de tweets categorizados, por semana - @gogas01 ............ 96
Quadro 39 - Total de tweets subcategorizados, por semana - @gogas01....... 96
Quadro 40 - Total de tweets categorizados, por semana - @GSCarvalheiro . 97
Quadro 41 - Total de tweets subcategorizados, por semana @GSCarvalheiro ........................................................................................ 98
XVII
Quadro 42 - Total de tweets categorizados, por semana - @HugoDom ......... 99
Quadro 43 - Total de tweets subcategorizados, por semana - @HugoDom ... 99
Quadro 44 - Total de tweets categorizados, por semana @brogueira_mpel ..................................................................................... 101
Quadro 45 - Total de tweets subcategorizados, por semana @brogueira_mpel ..................................................................................... 101
Quadro 46 - Total de tweets categorizados, por semana - @mjmgmatos..... 103
Quadro 47 - Total de tweets subcategorizados, por semana @mjmgmatos ........................................................................................... 103
Quadro 48 - Total de tweets categorizados, por semana - @Ciscoquitas ..... 105
Quadro 49 - Total de tweets subcategorizados, por semana @Ciscoquitas ........................................................................................... 105
Quadro 50 - Total de tweets categorizados, por semana - @ritalbuquerque 106
Quadro 51 - Total de tweets subcategorizados, por semana @ritalbuquerque....................................................................................... 106
Quadro 52 - Total de tweets categorizados, por semana - @ruipascoa ........ 108
Quadro 53 - Total de tweets subcategorizados, por semana - @ruipascoa... 109
Quadro 54 - Total de tweets categorizados, por semana - @sergiolagoa ..... 111
Quadro 55 - Total de tweets subcategorizados, por semana @sergiolagoa ........................................................................................... 112
Quadro 56 - Total de tweets categorizados, por semana - @ZPatrocnio ...... 113
Quadro 57 - Total de tweets subcategorizados, por semana @ZPatrocnio ............................................................................................ 113
XIX
Índice de Figuras
Figura 1 - Twitter bird .......................................................................................... 3
Figura 2 - Exemplos de RTs ............................................................................... 15
Figura 3- Perfil, do ponto de vista humorístico, de um utilizador do Twitter .... 17
Figura 4 - Matriz de influência do Klout ............................................................ 18
Figura 5 - Hootsuite (Ecrã de acesso inicial) ...................................................... 20
Figura 6 - Twitterverse ........................................................................................ 21
Figura 7 - Twitter Adoption Matrix .................................................................... 24
Figura 8 - O Twitter e o PLN .............................................................................. 30
Figura 9 - Twapperkeeper ................................................................................... 39
Figura 10 - ThinkUp ............................................................................................ 40
Figura 11 - Espaço do curso do LMS da Universidade Aberta .......................... 42
Figura 12 - Fórum de dúvidas ............................................................................. 43
Figura 13 - Conta AVA MPEL5 no Twitter ....................................................... 43
Figura 14 - Primeiro tweet oficial da conta AVA MPEL5 ................................. 44
Figura 15- Espaço AVA MPEL5 no Scoop.it ..................................................... 45
Figura 16 - Tweet Pergunta (A1) ........................................................................ 48
Figura 17 - Tweet Referência (A2) ..................................................................... 49
Figura 18 - Tweet Resposta simples (A3) ........................................................... 49
Figura 19 - Tweet Resposta de valor acrescentado (A4) .................................... 50
Figura 20 - Tweet Estado Pessoal (B1) ............................................................... 50
Figura 21 - Tweet Estado Tecnológico (B2) ....................................................... 50
Figura 22 - Tweet Estado Profissional (B3) ........................................................ 51
Figura 23 - Tweet Estado Formação Twitter (B4) .............................................. 51
Figura 24 - Tweet Estado conferência #mympel (B5) ........................................ 51
Figura 25 – Tweet Encaminhamento RT (C1) Original ...................................... 52
XX
Figura 26 – Tweet Encaminhamento RT (C1) Estilo Twitter ............................. 52
Figura 27 – Tweet Encaminhamento Autopromoção (C2) ................................. 52
Figura 28 – Tweet Encaminhamento Conteúdo de Outrém (C3) ....................... 53
Figura 29 – Tweet Notícias Evento (D1) ............................................................ 53
Figura 30 – Tweet Fático Saudação (E1) ............................................................ 53
Figura 31 – Tweet Fático Transmissão (E2) ....................................................... 54
Figura 32 - É utilizador do Twitter? ................................................................... 55
Figura 33 - Relação de familiaridade com o Twitter .......................................... 56
Figura 34 - Motivo pelo qual usa habitualmente o Twitter ................................ 58
Figura 35 - Qual a sua opinião sobre a utilização que tem feito do Twitter? ..... 58
Figura 36 - Qual o motivo principal pelo qual parou de usar o Twitter?............ 59
Figura 37 - Qual o motivo pelo qual nunca usou o Twitter? .............................. 60
Figura 38 - Total de Tweets analisados............................................................... 61
Figura 39 - Total tweets #avampel5 por dia ....................................................... 62
Figura 40 - Total de tweets #avampel5, por grupo de utilizador, em
percentagem ....................................................................................................64
Figura 41 - Total de tweets #avampel5 por mestrandos ..................................... 66
Figura 42 - Tweets por Categoria........................................................................ 67
Figura 43 - Ferramentas utilizadas para publicar mensagens, durante as
quatro semanas ............................................................................................... 74
Figura 44 - Total de tweets por mestrandos ........................................................ 76
Parte I - Enquadramento Teórico
1
CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO
Este projeto visa compreender de que forma as pessoas usam o Twitter, dentro
do seu PLE (Personal Learning Environment), em contexto académico/profissional, e
de que modo poderão alterar os seus comportamentos e práticas, depois de passarem por
um processo de aprendizagem formal da ferramenta.
Uma das principais características do Twitter é que qualquer indivíduo pode usálo como ferramenta de atualização imediata de informação em tempo real (Zhao &
Rosson, 2009) partilhando rapidamente qualquer tipo de informação ou interagindo com
qualquer outro utilizador na rede. A forma como o conseguirmos maximizar dentro um
Ambiente Pessoal de Aprendizagem, ou no original, Personal Learning Environment
(PLE) torna-se fundamental, quer no atual panorama duma sociedade da informação e
do conhecimento, quer em contextos de educação/formação formais, quer contextos de
aprendizagem informais.
Para o estudo desta relação tomaram-se como referenciais teóricos os conceitos
de PLE – Personal Learning Environment e Micro-blogging.
Proceder-se-á a uma observação participante junto de uma comunidade virtual
de aprendizagem, sendo utilizados como instrumentos de recolha de dados,
questionários junto dos estudantes, assim como a análise da comunicação/interação
desenvolvida pela referida comunidade virtual de aprendizagem – estudantes e
professores nos diversos espaços das ferramentas, ao longo das diferentes momentos e
atividades de aprendizagem propostas.
Diversos estudos têm explorado, em particular, a comunicação no Twitter, como
por exemplo, a conversação entre membros, a comunicação informal e o marketing para
referir apenas alguns. Outros estudos, como os efetuados por Golbeck, Grimes, &
Rogers (2010), têm olhado para o Twitter como um canal de partilha e divulgação de
2
acontecimentos diversos, quer em conferências académicas e profissionais, quer na
resposta a situações de emergência, quer mais recentemente no caso das situações
políticas da Tunísia e Egito como os que foram reportados por Lotan et al. (2011). No
entanto, em contextos de ensino formal académico ou de formação profissional, o
microblogging divide opiniões, quer dos seus adeptos, quer da parte dos investigadores.
É neste quadro que se insere o trabalho que agora apresentamos.
Tendo em conta o elevado grau de interesse que o Twitter tem levantado nos
últimos anos, o seu potencial de utilização em contextos diversificados e os escassos
estudos, nomeadamente em Portugal, a que tem estado sujeito, a investigação nesta área
de intervenção torna-se, em nosso entender extremamente relevante, pertinente e
inovadora.
Procurámos estruturar a dissertação que agora se apresenta com o seu foco no
Twitter como centro do PLE e que passamos a descrever. Assim, a dissertação encontrase estruturada em duas partes: uma primeira onde se efetua o enquadramento teórico da
ferramenta Twitter como elemento central do Personal Learning Environment (PLE) do
utilizador, e uma segunda parte, onde se descreve o estudo e se efetua a apresentação a
descrição, análise e conclusões do estudo empírico realizado.
A primeira parte é constituída por dois capítulos: um primeiro relativo à
introdução da dissertação, e um segundo capítulo onde abordaremos os conceitos
associados ao Twitter, às suas funcionalidades, vantagens e desvantagens e onde
discutimos trabalhos que documentam investigação relacionada com a sua utilização em
contextos formativos. Procuramos ainda fundamentar a forma como o Twitter se
enquadra dentro de um PLE, e a sua utilização em contextos educativos e profissionais.
A segunda parte será dedicada ao estudo empírico desenvolvido, contendo um
capítulo dedicado à metodologia de investigação, e outro, à apresentação e análise de
resultados, nomeadamente os resultados à globalidade de utilizadores e uma análise
individual dos resultados para nos capítulos finais apresentarmos as conclusões obtidas
e as referências bibliográficas utilizadas.
3
CAPÍTULO II - COMUNICAR EM 140 CARATERES
1. O TWITTER – CONCEITOS GERAIS
O micro-blogging é um tipo de ferramenta com características únicas. De acordo
com a perspectiva de Grosseck & Holotescu (2008) permite aos utilizadores publicar
online pequenos comentários em texto, normalmente com uma dimensão entre 140 e
200 caracteres e, nalguns casos, imagens. As “mensagens”, também referidas
habitualmente como tweets, podem ser editadas e acedidas online ou enviadas por SMS,
correio electrónico ou através de mensagens instantâneas.
1.1. O Twitter como Ferramenta de Comunicação
Com uma história recente, o Twitter foi fundado em março de 20061 por Jack
Dorsey, Biz Stone e Evan Williams.
Figura 1 - Twitter bird
De acordo com a informação disponível no sítio oficial do Twitter, esta
ferramenta pode ser descrita como:
“uma rede de informação composta de mensagens com 140 carateres,
conhecidas como tweets. É uma maneira nova e fácil de descobrir sobre as últimas
notícias, novidades (“O que está acontecendo”) e outros assuntos que lhe
interessam” (Twitter, 2011a).
1
http://blog.twitter.com/2012/03/twitter-turns-six.html
4
Segundo os dados divulgados pelo blogue oficial e referentes a abril de 2012 é
possível afirmar que o Twitter tinha, à data, cerca de 140 milhões de utilizadores ativos
sendo publicados diariamente cerca de 340 milhões de mensagens.
O Twitter é utilizado à escala planetária, estando fortemente implantado em
países como o Brasil, Reino Unido, Japão, Austrália e Indonésia, estando, no entanto,
metade dos seus utilizadores localizados nos EUA segundo os dados discutidos e
divulgados por Takhteyev, Gruzd, & Wellman (2011).
Pode considerar-se que a reputação do Twitter tem vindo a crescer desde o seu
aparecimento, mas a sua importância tem sido decisiva no acompanhamento de notícias
em tempo real de todo o tipo, nomeadamente, sobre catástrofes como foi o caso do
terramoto na China, os ataques terroristas em Mumbai em 2008 ou ainda a queda do
avião no Rio Hudson, Nova Iorque, em 2009, como é assinalado por Arceneaux &
Schmitz Weiss (2010).
No que respeita ao perfil-tipo de utilizadores que usam o Twitter é de registar a
sua grande diversidade, quer em termos sociais, quer em termos profissionais. De facto,
diversas celebridades e figuras públicas de todos os campos de actividade são
utilizadoras do Twitter, atualizando a sua conta regularmente e efetuando uma gestão da
sua imagem, da sua presença online de forma profissional. Registe-se que entre as 20
figuras públicas mais seguidas mundialmente 2 destacam-se as do mundo da música,
como por exemplo Lady Gaga (@ladygaga - #1), Justin Bieber (@justinbieber - #2) e
Katy Perry (@katyperry - #3). Apesar do domínio ser da música, do cinema, da
televisão e das tecnologias merecem ainda destaque, o presidente dos EUA, Barack
Obama (@BarackObama - #5) e dois futebolistas do Real Madrid, o português Cristiano
Ronaldo (@Cristiano - #16) e o brasileiro Káká (@KAKA - #19).
Para lá destas presenças no Top 20, merece ainda referência a presença no
Twitter de ilustres personalidades internacionais como Bill Gates (@BillGates), Dalai
Lama (@DalaiLama) e o Papa Bento XVI (@Pontifex).
Apesar da declaração expressa no sítio oficial e das explicações dos seus
fundadores, nomeadamente de Evan Williams (Zarrella, 2009), mantém-se a dúvida
2 http://twittercounter.com/pages/100 disponível em http://goo.gl/dVjqG
5
entre os seus estudiosos sobre considerar o Twitter como uma Rede Social ou como um
Canal de Notícias (Oricchio, 2010).
Na verdade, é extremamente comum encontrarmos, em trabalhos académicos,
referências que explicitam que o Twitter é uma Rede Social, categoria na qual se
enquadram entre outros os trabalhos de Boyd & Ellison (2007), de Meeder, Tam, Kelley,
& Cranor (2009) ou de Soler, Cuartero, & Roblizo (2012).
No entanto, nenhum estudo foi tão longe como aquele levado a efeito por Kwak,
Lee, Park, & Moon (2010) que realizaram um trabalho que é considerado o primeiro
estudo quantitativo à Twitteresfera no seu todo. Foram analisados 41,7 milhões de
perfis de utilizadores, 1,47 mil milhões de relações sociais, 4262 trending topics
(assuntos do momento, como por exemplo, os temas mais comentados num determinado
período temporal) e 106 milhões de tweets. Da sua análise dos resultados centrados na
topologia follower-following encontraram um desvio das características conhecidas
como pertencentes às redes sociais humanas. Assim, concluiu-se que, quer pelo tipo de
relações estabelecidas entre utilizadores, quer em resultado da grande quantidade do
tipo de tweets enviados (85%) serem claramente notícias, o Twitter deve ser
considerado como um novo media de partilha de informação (op.cit: 2010).
Uma outra perspectiva interessante é a visão de Brian Solis 3 , um dos mais
reconhecidos pensadores sobre os novos meios de comunicação, que possui mais de 160
mil seguidores no Twitter e que afirmou recentemente o seguinte:
(…) I wrote my first in-depth post covering Twitter in March 2007 saying
that Twitter would be the “message heard around the world.” Since then, we
learned that Twitter has become a human seismograph where news no longer
breaks it tweets. We learned to speak in 140 characters or less. We’ve witnessed
Tweets erupt into revolutions. Hashtags are now a way of life. And, we now live in
a world where if it wasn’t tweeted, it didn’t happen. Life unfolds in a digital river
where experiences and common interests are the ties that bind us. Twitter is indeed
part of the fabric of how our world communicates and connects and it contributes
to the evolution of our #digitallifestyle.
3
https://twitter.com/briansolis
6
Unlike so many trendy services and apps that have come and gone, the
Twitter Paradox continues to defy itself and also our expectations (and predictions)
to bring the world closer together one Tweet and RT at a time. (Solis, 2012)
Perspetivando o futuro do Twitter, o diretor do DIGG, uma das mais populares
ferramentas de agregação de conteúdos da actualidade, Jake Levine (2012), afirmou,
num artigo publicado pelo Nieman Journalism Lab4 da Universidade de Harvard, que
estamos a assitir àquilo que denominou como uma broadcastification of social media:
These platforms are all evolving towards a more traditional broadcast
media model, because it’s more palatable to late adopters and because that’s the
environment in which brands know how to communicate and, more importantly,
spend.(Levine, 2012)
Quanto às suas funcionalidades, o Twitter permite “a difusão pessoal de
pequenas mensagens de “amigos” 5 para “seguidores" 6 , permitindo especificar que
utilizadores pretendemos seguir de forma a que seja possível ler todas as mensagens
num único espaço. Foi desenhado para funcionar quer em telemóveis quer nos
computadores e todas as mensagens estão limitadas a 140 carateres” (Needleman,
2007).
Por princípio as mensagens são públicas de forma que qualquer indivíduo que
possua uma conta de utilizador do Twitter as pode visualizar e subscrever. No entanto,
as mensagens também podem ser privadas, de forma que só os “seguidores” as poderão
visualizar. Para Tom Barrett (2008) o Twitter é como “um rio que está constantemente a
correr, dependendo de quantas pessoas estamos a seguir, tão rapidamente a
informação flui.”7
Enquanto utilizador do Twitter, com a sua conta criada, pode desenvolver um
conjunto de acções que possibilitam a comunicação e partilha de informação:
Enviar mensagens públicas - São as mensagens mais comuns enviadas
por qualquer utilizador cuja pretensão original era responder à pergunta
dos criadores do Twitter, “What are you doing?”;
4
http://www.niemanlab.org
5 Pessoas que seguimos - Following
6
Pessoas que seguem a nossa actividade – Followers
7
http://tbarrett.edublogs.org/2008/03/29/twitter-a-teaching-and-learning-tool/
7
Responder a mensagens - Sempre que alguém coloca uma mensagem na
área de visualização das mensagens de quem seguimos, também
conhecida como a timeline, é possível responder aquela pessoa,
utilizando o prefixo @ antes do respetivo nome de utilizador;
Enviar mensagens privadas - Também conhecidas por Direct Messages
ou “DM”, são mensagens unidirecionais, que só podem ser lidas pelo
emissor e pelo destinatário. Só é possível enviar uma mensagem direta a
alguém que nos siga;
Adicionar amigos – Consiste na possibilidade de seguirmos as
mensagens das pessoas que pretendemos;
Reenviar mensagens – Também conhecido por Retweet ou RT, e que
significa Retransmitir ou reenviar uma mensagem de alguém, citando o
seu autor. Acentua a importância do que alguém disse, ou em especial
dos links enviados (Twitter, 2011b)
Marcar mensagens – Consiste na possibilidade de usar hashtags para
poder seguir uma conversa que possa interessar. Uma hashtag,
simbolizada pela utilização do símbolo cardinal (#), representa uma
forma de sinalizar um determinado debate ou evento. Esta prática facilita
a pesquisa no motor de busca do Twitter sobre determinado assunto e
realça-o se for uma palavra comum (Twitter, 2011c).
Localizar mensagens – Através da utilização do motor de busca do
Twitter (http://search.twitter.com/) é possível localizar mensagens,
utilizadores, hastags de forma extremamente rápida e funcional.
Marcar mensagens como favoritas – É possível guardar mensagens na
sua conta marcando-as como favoritas para posterior visualização.
Apesar de termos optado por utilizar no contexto da dissertação o termo
“amigos”, importa referir que não existe qualquer relação recíproca entre os diversos
utilizadores do Twitter - amizade ou até conhecimento - e por isso é mais frequente
serem usados os termos seguido e seguidor em referência a esta questão. Nas palavras
de Chen, Nairn, Nelson, Bernstein, & Chi (2010):
(…) For example, over two million users follow Barrack Obama, few of
whom he follows back. Obviously, those people follow President Obama because
they are interested in what he says, not because they are personal friends with him.
8
This mechanism of following is different from friendship in other sites such as
Facebook, where connections between people are always reciprocal and require
confirmation from both sides. (op.cit: 2010, p. 1187)
Na realidade existem duas redes diferenciadas no Twitter. De acordo com
Huberman, Romero, & Wu (2008) existe uma rede mais densa, constituída pelos
seguidos e seguidores e uma outra, considerada mais simples, protagonizada por
amigos. Ainda segundo estes autores, diversos grupos de interesse veêm nestas redes
uma oportunidade para divulgar os seus interesses de forma viral. No entanto, na maior
parte das vezes, esta situação não acontece na medida em que uma ligação entre
quaisquer duas pessoas não implica necessariamente que exista interação entre elas. A
grande maioria destas ligações, declaradas no Twitter, não tem significado do ponto de
vista da interação.
1.2. Principais Características da Ferramenta
No contexto desta dissertação, iremos adotar as designações comummente
aceites e que estão plasmadas no sítio oficial do Twitter 8 . Apesar disso, estas
designações, adotam um conjunto de características específicas que permitem, do ponto
de vista comunicativo, diferenciar o comportamento ou intenção do indivíduo que
comunica, ou seja, que tweeta.
Assim, consideramos que:
Tweets normais são aquelas mensagens de texto limitadas a 140 carateres
(Twitter, 2011d);
Menção (no original mention) é um tweet contendo o nome do utilizador
do Twitter, precedido do pelo símbolo "@" (Twitter, 2011d);
Resposta (no original reply) é um tweet que começa com o nome de um
determinado utilizador, em resposta a seu tweet (Twitter, 2011d);
Mensagem direta (Direct Message (DM) no original) é uma mensagem
privada, enviada diretamente entre dois utilizadores que se seguem
reciprocamente (Twitter, 2011d);
8
Retweet (RT), é o redirecionamento de determinado tweet.
http://support.twitter.com
9
Para lá da limitação de escrita a 140 carateres, de cada vez que se publica um
tweet contendo uma ligação (link), o espaço disponível fica ainda mais limitado. Desta
forma, e tendo em consideração o referenciado na literatura da especialidade, por
exemplo por Boyd, Golder, & Lotan, (2010), emergiu a necessidade de encurtar os
endereços
9
para ganhar espaço de comunicação, tendo surgido os chamados
“encurtadores de url10”, como é o caso do Bit.ly11, que geram pequenos endereços que
redirecionam para o sítio (site) desejado.
1.3. A Atividade e Comportamento no Twitter
As pessoas usam o Twitter por vários motivos. No entanto é possível considerar
que essa utilização se orienta também para as próprias características da ferramenta, ou
seja, aquilo a que Laurillard (2002) definiu como as affordances para o contexto dos
media educacionais ou seja, cada media possui um nível diferente de suporte para vários
tipos de experiência.
Neste contexto e de acordo com Zhao & Rosson (2009), quanto à característica
da mensagem, tanto do ponto de vista do emissor como do recetor, o Twitter pode
constituir-se como canal para apresentar pequenas mensagens sobre a vida pessoal, para
dar informação em tempo real e, para servir de fonte de informação como de se uma
fonte RSS12 se tratasse. Por outro lado, quanto à perspetiva tecnológica, os utilizadores
apreciam o Twitter pela sua característica intrínseca, ou seja, a limitação de escrita a 140
carateres, mas também, pela sua utilização em dispositivos móveis e pela sua natureza
de canal de informação.
Segundo alguns autores entre os quais destacamos Cha, Haddadi, Benevenuto, &
Gummadi (2010), a influência no Twitter pode ser medida de diversas formas de acordo
com o comportamento exibido ou as atividades desenvolvidas com esta ferramenta.
Ainda segundo a sua opinião (op.cit:2010) três tipos de atividades representam
diferentes tipos de influência que uma pessoa pode exercer:
9
URL - Uniform Resource Locator
10
URL shorteners
11
http://bit.ly
12
Really Simple Syndication
10
Influência direta13 – O número de seguidores que um utilizador possui e
que indica diretamente o tamanho da sua audiência;
Influência de Retweet – Aquilo que se consegue medir através do número
de retweets, contendo um nome, e que indica a capacidade do utilizador
em gerar conteúdo com valor acrescentado;
Influência de Menção – Aquilo que medimos através do número de
menções contendo um nome, e que indica a capacidade que o utilizador
possui para interagir com outros numa conversação.
Um dos aspetos interessantes sobre a utilização do Twitter a nível institucional,
mais precisamente a nível empresarial, relaciona-se com o facto de muitas empresas
estarem a usar a aplicação para tentar compreender os sentimentos dos seus atuais e
potenciais clientes.
Num estudo realizado por Jansen, Zhang, Sobel, & Chowdury (2009) verificouse que 80% dos tweets que mencionavam as marcas identificadas no estudo, não
expressavam qualquer sentimento. As pessoas utilizavam o Twitter para pesquisar e ler
informação, fazer perguntas e partilhar atividades.
Por outro lado, e de acordo com os dados de Burke (2011), verifica-se que as
organizações usam o Twitter como parte das suas campanhas de marketing, para
monitorizar a sua marca ou também, em contexto de campanhas de relações públicas,
como por exemplo a “Virgin America Airways” que ofereceu descontos em reservas a
quem fizesse referência a novos serviços entretanto lançados (Lee & Warren, 2010).
Este tipo de serviços pode ainda ser usado para recolher opiniões e análise de
sentimentos. As empresas têm interesse em perceber qual a opinião que os
consumidores têm sobre os seus produtos ou como os podem melhorar (Pak & Paroubek,
2010).
Uma outra área atual com um crescimento interessante são os estudos, em várias
áreas do saber, que recorrem e utilizam os dados do Twitter com distintos objetivos e
diversas funções, dos quais destacamos os seguintes, procurando efetuar uma síntese:
13
Indegree influence
11
Identificar os temas que interessam, em determinado momento, aos
utilizadores do Twitter (Michelson & Macskassy, 2010);
Estudar o seu grau de credibilidade da informação (Castillo, Mendoza, &
Poblete, 2011);
Analisar o tipo de sentimentos dos seus utilizadores (Agarwal, Xie,
Vovsha, Rambow, & Passonneau, 2011) (Brody & Diakopoulos, 2011);
Compreender o comportamento dos consumidores de informação na sua
relação com os novos e tradicionais meios de comunicação (An, Cha,
Gummadi, & Crowcroft, 2011);
Analisar reações e tendências de voto durante campanhas eleitorais
(Ampofo, O’Loughlin, & Anstead, 2011);
Analisar o comportamento e tendências políticas (Small, 2011);
Identificar eventos que estão a acontecer em determinado momento
(Jackoway, Samet, & Sankaranarayanan, 2011);
Analisar acontecimentos em tempo real extraíndo automaticamente as
informações mais relevantes (Chakrabarti & Punera, 2011);
Rastrear níveis de propagação de pandemias (Signorini, Segre, &
Polgreen, 2011) (Collier & Doan, 2011).
Uma das questões que consideramos como centrais no estudo da ferramenta
Twitter pode resumir-se nas seguintes perguntas: mas afinal quais são as principais
intenções de quem partilha informação no Twitter? De que forma podemos classificar
os conteúdos partilhados no Twitter?
Para responder a estas duas questões socorremo-nos da “classificação de
conteúdos do Twitter” proposta por Dann (2010) que se baseou numa síntese de cinco
outros estudos desenvolvidos por diferentes equipas de investigadores que
referenciamos: os estudos de Java, Song, Finin, & Tseng, (2007), os de Jansen et al.,
(2009), Kelly ( 2009), de Honeycutt & Herring, (2009) e ainda, de Naaman, Boase, &
Lai (2010). Optámos por traduzir a grelha e adaptar a coluna "Exemplo" com exemplos
reais do Twitter, selecionados para a língua portuguesa.
12
CATEGORIA
SUBCATEGORIA
DEFINIÇÃO
EXEMPLO
Mais alguém com
problema no chrome?
@UTILIZADOR Pode
confirmar
http://is.gd/BC5T
De localização
Questões, interrogações ou
votações.
Uma @resposta que contenha
URLs que façam referência a
outros utilizadores (excluindo RT
@utilizador).
Atividades que envolvam outros
utilizadores.
Todos os casos não incluídos nas
outras subcategorias.
Sentimentos positivos e negativos
que exprimam uma opinião
pessoal ou um estado emocional.
Referências a datas, horas ou
declarações de tempo.
Referências geográficas.
Tecnológico
Referências tecnológicas.
Físico
Experiências sensoriais de
natureza física.
Referências a atividades
profissionais.
Publicações automáticas de
aplicações.
Respostas a “What are you doing
now?”
Qualquer tipo de afirmação que
reproduza outras atualizações
utilizando @ ou RT.
Ligações para recursos criados
pelo próprio.
Pergunta
Conversação
Questiona ou
utiliza o símbolo
@ para
referenciar outro
utilizador
Referência
Ação
Resposta
Pessoal
Estado
A resposta a “O
que estás a
fazer?”
Temporal
Profissional
Automático
De atividade
Reencaminhamento
Encaminhamento
Republicação de
conteúdo
Autopromoção
Conteúdos de
Ligações para recursos não
criados pelo próprio.
outrem
Cabeçalhos
Notícias
Desporto
Evento
Meteorologia
Saudação
Fático
“Fourth wall”
Transmissão
Inclassificáveis
Cobertura de notícias da
atualidade e contas de
testemunhas de eventos em tempo
real.
Divulgação de resultados
desportivos.
Um tweet que permite identificar
eventos em tempo real, como por
exemplo, conferências.
Reporte de condições
meteorológicas sem comentários.
Saudações à comunidade Twitter.
Comentários escritos equivalentes
a mensagens vídeo que podem
conter referências à sua conta de
Twitter.
Monólogos e declarações de
opinião indiretas.
Erros e textos indecifráveis.
Spam
Quadro 1 - Classificação de conteúdos do Twitter adaptada
Estou em casa de
@UTILIZADOR
@UTILIZADOR Bom
dia, amiga.
Apetecem-me ovos
estrelados. Era isto.
Obrigado.
Inscrições encerram,
amanhã às 21h00.
Em Lisboa, a caminho
de Sintra.
Estou com um
problema. Não tenho
mais espaço no disco.
Está um frio terrível.
Trabalho acabado. Hoje
não faço mais nada.
--A jogar Sim City.
RT @UTILIZADOR
Inscrições encerram,
amanhã às 21h00.
Acabei de publicar no
meu blogue.
http://is.gd/BC5T
Espreitem este vídeo
extraordinário.
http://is.gd/AC5G
---
--A assistir à conferência
#edtec em Lisboa.
--Olá Twitterworld.
Obrigado por fazerem
parte da minha vida.
Não sei que se passa,
mas tenho menos
seguidores.
Já lá dizia Camões, as
armas e os barões
assinalados.
ooooAAAAAxxxx
13
Como referimos no parágrafo antecedente, Dann (2010) parte de cinco estudos
anteriores para propor esta classificação que divide os tipos de tweets em seis categorias
e 23 subcategorias. Os tweets foram recolhidos da conta pessoal do autor do estudo,
num período superior a dois anos, sendo então categorizados de acordo com o
referencial teórico.
A descrição da categorização, representada no Quadro 1, tem a limitação,
segundo o seu autor, de representar a catalogação dos tweets de uma única conta de
utilizador, necessitando de ser melhorada, adaptada e validada noutros contextos.
Contudo, parece-nos que representa um esforço de síntese muito interessante mantendose ainda, de acordo com a revisão da literatura efetuada, como a grelha mais abrangente
e completa.
1.3.1 O Poder dos Retweets
Os Retweets permitem amplificar mensagens originais para um grande número
de utilizadores beneficiando toda a rede e permitindo identificar os originadores da
mensagem. Para Recuero, Araujo, & Zago (2011) os Retweets permitem benefícios de
encaminhamento, de acesso à informação e de timing. Desta forma:
These results may point to different types of retweets offering not only
different values for the sources, but also, having different forms of spreading within
the followers’ networks. Since being mentioned in a retweet makes a user visible to
other parts of Twitter’s social network, this user is more likely to receive new
followers or being perceived as influent.
Retweets generate both private and public goods for the social structure.
Num estudo interessante, Boyd et al., (2010) efetua uma classificação dos
motivos pelos quais os utilizadores fazem RT de outros, identificando os seguintes que
passamos a enumerar:
Para amplificar ou espalhar tweets a novos utilizadores;
Para informar uma audiência específica ou com um ato de curadoria;
Para comentar um tweet de outra pessoa, reencaminhando e
acrescentando novo conteúdo;
Para dar visibilidade à sua presença enquanto ouvinte;
Para concordar publicamente com alguém;
14
Para validar outras opiniões;
Como um ato de amizade ou lealdade;
Para reconhecer ou fazer referência a utilizadores menos populares ou
tópicos pouco divulgados;
Para proveito próprio, ganhando seguidores ou reciprocidade de
utilizadores com maior visibilidade;
Para guardar tweets para futura consulta pessoal.
A Figura 2, que a seguir se apresenta, comprova alguns exemplos, retirados de
uma conta de utilizador do Twitter, representando na prática algumas formas de RT
anteriormente enunciadas e que se procura ilustrar com um exemplo paradigmático.
Neste caso, são perfeitamente visíveis quais os utilizadores que amplificam mensagens,
que informam a sua audiência ou que comentam um tweet fazendo o seu
reencaminhamento.
15
Figura 2 - Exemplos de RTs
1.3.2 Unfollow – Deixar de seguir um utilizador no Twitter
As relações interpessoais entre utilizadores que se estabelecem no Twitter
podem ser consideradas frágeis, segundo alguns especialistas. Na verdade, é tão fácil
seguir alguém como deixar de o fazer. Mas o que motiva um utilizador a deixar de
seguir outro? Num estudo elaborado na universidade de KAIST na Coreia, (Kwak,
Chun, & Moon, 2011) analisaram as ligações online e os tweets de 1,2 milhões de
utilizadores durante 51 dias tendo realizado 22 entrevistas a utilizadores posteriormente
16
selecionados. Em termos quantitativos foi possível verificar, por exemplo, que 30% dos
utilizadores fizeram, pela menos uma vez, unfollow e que pelo menos de 9 em 9 dias,
90% dos utilizadores deixam de seguir outras contas.
De entre os motivos pelos quais os utilizadores fazem unfollow destacam-se o
excesso de informação, a divulgação de tópicos desinteressantes e a partilha de detalhes
da vida pessoal.
A esmagadora maioria dos sujeitos inquiridos respondeu que não sentiu
constrangimento fazendo unfollow, ao contrário do que acontece, por exemplo, noutras
ferramentas similares, ou redes sociais, como por exemplo no Facebook.
1.3.3 Pesquisa de informação - o papel da hashtag
Um marcador, ou no original hashtag, é a designação própria no Twitter para
designar uma etiqueta. As hashtags são assim chamadas porque são precedidas pelo
símbolo #, também conhecido, em inglês como hash mark (Huang, Thornton, &
Efthimiadis, 2010), como por exemplo “#portugal”. Estas são criadas pelos utilizadores
do Twitter com o objetivo de categorizar mensagens e dar destaque aos tópicos (X.
Wang, Wei, Liu, Zhou, & Zhang, 2011).
As hashtags podem ser catalogadas de diversas formas destacando-se, por
exemplo: as hashtags temáticas, quando se referem a um determinado tema ou evento,
como é o caso de #portugal; as hashtags que expressam sentimento, quando são
utilizadas, por exemplo, palavras como #amo ou #odeio; e hashtags sentimentotemáticas, quando palavras das duas categorias anteriores aparecem juntas, como por
exemplo #amoportugal.
1.3.4 O perfil de utilizador do Twitter
De acordo com a literatura especializada, têm vindo a ser identificados
diferentes perfis de utilizador no Twitter. De facto, a dimensão do número de
utilizadores a nível global (milhões) permitiu o estudo e identificação de tipologias
diferentes que correspondem a comportamentos evidenciados pelos utilizadores. A
proliferação de blogues e sítios onde se definem diversos tipos de perfis de utilizador é
imensa. Desde os estudos mais científicos até aos mais humorísticos, tudo é possível
encontrar disponível na Internet.
17
Figura 3- Perfil, do ponto de vista humorístico, de um utilizador do Twitter
O Klout14, uma ferramenta que pretende medir o determinado grau de influência
analisando os diversos serviços na rede onde o utilizador está presente 15, apresenta uma
grelha que, não sendo exclusiva do Twitter, nos mostra uma forma de categorizar
diversos perfis.
A matriz do Klout, que surge neste contexto como mero exemplo ilustrativo,
apresenta algumas interessantes características, poderá vir a ser explorada em futuros
trabalhos deste género e que, como tal, não podíamos deixar de aludir.
14
http://klout.com
15
http://klout.com/#/corp/klout_score
18
Figura 4 - Matriz de influência do Klout
De acordo com Java et al. (2007) existem três categorias de utilizadores no
Twitter: as Fontes de informação, os Amigos e os Pesquisadores de Informação
(Information Seeker). Os utilizadores definidos como Fontes de Informação são aqueles
que publicam regularmente e que, segundo Krishnamurthy, Gill, & Arlitt (2008) se
podem ainda subdividir em diferentes categorias:
Difusores (Broadcasters) - Possuem um grande número de
seguidores mas seguem poucas contas;
Conhecidos (Acquaintances) - Demonstram reciprocidade na forma
como seguem e são seguidos;
“Malfeitores” e Evangelistas (Miscreats or evangelists) - Seguem
todos aqueles que conseguem esperando que sejam recompensados.
No que respeita aos Amigos, trata-se duma categoria descrita por aqueles autores
como aqueles que utilizam o Twitter para se manter em contacto com outros utilizadores.
19
Finalmente, os Pesquisadores de informação são aqueles utilizadores que raramente
publicam mas seguem outros utilizadores.
De acordo com outro estudo levado a cabo por Tinati, Carr, & Tarrant (2011)
que cita a "tipologia de influência" de Edelman 16 , existem cinco categorias de
comportamento, que embora não exclusivas do Twitter, podem ser adaptadas a esta
ferramenta:
Idea Starter – indivíduo que dá início a uma conversa, que lança a
discussão sobre uma temática;
Amplifier – aquele que junta várias opiniões e as partilha com a sua
grande rede;
Curator – indivíduo que acrescenta valor ao recurso previamente
partilhado, validando-o, questionando-o, desafiando a sua rede de
contactos;
Commentator – aquele que detalha e refina as ideias, acrescentando a
sua opinião mas não se envolvendo em demasia na discussão;
Viewer – indivíduo que observa a discussão, que consume grandes
quantidades de informação mas que não a partilha online.
É de salientar no entanto que, de acordo com os estudos identificados, os
utilizadores podem interpretar diferentes papéis, em diferentes comunidades, em
diferentes momentos.
Para Welch, Schonfeld, He, & Cho (2011) o comportamento de utilizador do
Twitter pode ser combinado de três formas, tendo em conta se evidencía mais um perfil
de “leitor ou de escritor”:
Atua, primariamente, como leitor, escrevendo poucos ou nenhuns posts;
Reencaminha posts (RT), mas escreve pouco conteúdo original, atuando
primariamente como filtro;
16
Contribui, significativamente, com conteúdo original.
É possível conferir pessoalmente a tipologia de Edelman em http://tweetlevel.edelman.com , na medida em que foi
construída uma ferramenta online para o efeito.
20
Esta categorização é interessante pois evidencia níveis de participação e de
consumo da informação bastante diferenciados. Nesta linha Crawford (2009) argumenta
que o Following representa uma atitude próxima do "ouvir o outro" defendendo que a
metáfora é aqui a de "prestar atenção ao outro" ou "ouvir" que nos encontramos a
"seguir/ a ler/ a ouvir".
1.4. As Ferramentas usadas pelos utilizadores do Twitter
Para além da página original do Twitter, podemos aceder à nossa conta de
utilizador através de outras ferramentas, baseadas na internet, como o Hootsuite17, ou
que podem ser instaladas no nosso computador pessoal, como o TweetDeck18, e que
permitem uma gestão otimizada da nossa timeline.
Figura 5 - Hootsuite (Ecrã de acesso inicial)
Para lá destas aplicações que nos ajudam a gerir uma ou diversas contas de
Twitter e de outras ferramentas sociais, como o Facebook ou o GooglePlus, o Twitter ao
ter aberto a sua API19, permitiu que tenham surgido um número não quantificável de
programas que a ele se podem associar. A todas as aplicações que são criadas tendo o
Twitter como “centro do universo”, Brian Solis & Jess3 (2011), denominaram de
Twitterverse.
17
http://hootsuite.com/
18
http://tweetdeck.com/
19
Segundo o sítio oficial dos programadores do Twitter “The acronym "API" stands for "Application Programming
Interface". An API is a defined way for a program to accomplish a task, usually by retrieving or modifying data. In
Twitter's case, we provide an API method for just about every feature you can see on our website. Programmers use
the Twitter API to make applications, websites, widgets, and other projects that interact with Twitter. Programs talk to
the Twitter API over HTTP, the same protocol that your browser uses to visit and interact with web pages.
21
Figura 6 - Twitterverse
O Twitter encontra-se no centro do sistema e as aplicações orbitam em diferentes
rotações, tendo Solis & Jess3 criado dezanove anéis onde agregam as diversas
ferramentas tendo por base ou seu design e funcionalidade.
Segundo Chu, Gianvecchio, & Wang (2010) podemos considerar quatro grandes
tipos de ferramentas para colocar mensagens no Twitter que se podem agrupar em
quatro categorias:
Página Web do Twitter;
Dispositivos móveis;
Aplicações desenvolvidas por terceiros, como o Hootsuite ou o
TweetDeck;
API do Twitter usada por aplicações não registadas ou certificadas pelo
Twitter.
Evidencia-se assim que o Twitter não pode ser mais visto e perspectivado apenas
como uma ferramenta per si, mas sim, como um conjunto muito diverso de outras
ferramentas e aplicações que constituem o seu universo e podem ser ativadas por cada
utilizador em função do seu interesse e necessidade.
22
2. O USO DO TWITTER EM CONTEXTO EDUCACIONAL
Estão documentadas na literatura inúmeras experiências interessantes e com
resultados positivos sobre o uso do Twitter em contexto educacional, quer no ensino
secundário, quer no ensino superior, quer em modalidades presenciais, quer online,
demonstrando o seu grande potencial.
Um dos primeiros estudos acerca do potencial do Twitter em contexto educativo
foi realizado por Grosseck & Holotescu (2008) e já referia que esta ferramenta poderia
ser usada para criar comunidades e/ou redes de aprendizagem, seja entre indivíduos ou
instituições, em contextos de aprendizagem formais, não-formais ou informais.
Neste contexto Froese, Hadian, & Sanseverino (2011) documentam uma
experiência sobre a utilização do micro-blogging numa turma do ensino superior da área
da computação com cerca de 160 estudantes (Universidade de Victoria). Os autores
introduziram o micro-blogging na sala de aula como ferramenta de comunicação e
procuraram estudar que tipo de questões e comentários eram efetuados pelos estudantes.
Para tal usaram a taxonomia de Bloom para efetuar uma classificação que permitisse
evidenciar tendências e padrões no uso desta ferramenta. Os resultados obtidos foram os
seguintes: normalmente os posts efectuados eram curtos (cerca de 78 carateres) não
utilizando a capacidade total da ferramenta. Verificou-se ainda que por um lado, metade
dos participantes eram utilizadores casuais, enquanto a outra metade revelaram ser
utilizadores moderados ou ativos.
Um outro dado interessante foi o facto de se ter verificado que o uso deste tipo
de comunicação favorecia o apoio dos pares. De acordo com os autores parece ter-se
evidenciado que os estudantes não demonstraram "timidez" em efetuar perguntas e
intervir tendo-se verificado como aspeto bastante interessante ver emergir a constituição
de grupos a partir do micro-blogging. Ainda de acordo com os autores:
"There was some apparent trust among users as they were connecting and
making teams without knowing each other. We saw students giving descriptions of
their clothing or psychical appearance to make sure they would identify each other
on their first encounter as a potential team member. This trust might be the results
of interacting through micro-blogging for about 5 weeks before needing to form
teams to handle assignments" (op.cit: 2011, p. 2455).
23
No que respeita ao tipo de tweets produzidos pelos participantes, cerca de 40%
pertenciam ao domínio cognitivo, ou seja referentes ao nível de Conhecimento,
Compreensão e Aplicação da Taxonomia de Bloom. Os restantes 60% dos posts
classificavam-se no domínio da interação social, socialização e comunicação.
Ainda analisando a utilização do Twitter em contexto universitário junto de
professores, o estudo de McCool (2011:43) concluiu que somente alguns educadores
usam o Twitter para fins pedagógicos e que, quando é usado se deve ao seu carácter de
acessibilidade e imediatismo, visto que é, por um lado, um serviço de acesso livre e por
outro, facilita a integração com outras aplicações e dispositivos podendo ser usado em
computadores pessoais, telefones móveis e em ambiente web.
Num outro estudo, efetuado na Nova Zelândia, durante o estágio pedagógico de
futuros professores que se encontravam fisicamente distantes entre si, Wright (2010)
concluiu que a grande vantagem da utilização do Twitter foi a criação do sentimento de
comunidade entre os participantes. Estes apreciaram ler os tweets dos seus colegas e
receber mensagens de apoio quando se foram confrontados com novas situações de
aprendizagem. O mesmo tipo de sentimento parece ter ocorrido com estudantes
universitários norte-americanos, na State University of New York e reportados no estudo
de Rath ( 2011).
Em contextos de ensino online, Dunlap & Lowenthal (2009) identificaram ainda
outras vantagens na utilização do Twitter: uma interação rápida entre todos os atores
envolvidos, a prática de escrita concisa, a escrita para uma audiência e, finalmente, a
manutenção de relações interpessoais para lá do curso.
Para Sample (2009) é possível situar a utilização do Twitter em contexto
educativo usando uma matriz (cf. Figura 7) assente em dois eixos, que classifica como
a matriz de adopção do Twitter e que passamos a apresentar:
24
Diálogo
Backchannel dentro da sala de
aulas
Utilização:
comentários
registo de
diferentes.
Debates ad-hoc,
em tempo real,
ponto de vista
Benefícios:
Diminuição
de
conversas
paralelas,
regista
comentários outrora efémeros.
Utilização: Amplificar os debates
da sala de aula, troca de
comentários
sobre
tarefas
propostas pelo professor
Benefícios:
Criação
de
comunidade, continuidade entre
as diversas sessões.
Discussões dirigidas na sala de
aulas
Utilização: Respostas dos alunos
a perguntas guiadas ou abertas
ficam disponíveis para análise
posterior.
Benefícios: Permite que em
grandes auditórios todos os
alunos participem no debate.
Atividades de pesquisa e
acompanhamento
Atividades ligeiramente
estruturadas
Atividades metacognitivas/de
reflexão
Utilização:
Encontrar
e
acompanhar professores, outros
especialistas na temática e
palavras-chave.
Utilização: Solicitar feedback
sobre o curso, horário de
expediente sempre disponível,
realizar inquéritos, prática de
língua e da escrita.
Utilização: Estudantes partilham
estados pessoais relacionados
com o estudo das matérias,
partilham as suas dificuldades e
resumem a atividade letiva do dia.
Benefícios:
Flexibilidade,
disponibilidade e escalabilidade.
Benefícios: Permite que em
grandes auditórios todos os
alunos participem no debate.
Comunicação Institucional
Comunicação do Professor
Comunicação Pedagógica
Utilização: Sensibilização da
comunidade, alertas e anúncios.
Utilização: Anúncios, alterações
de conteúdos programáticos,
recordatórias.
Utilização: Partilha de ligações e
recursos.
Benefícios: Passa a ter ao seu
dispôr uma grande comunidade
que discute as matérias lecionadas
pelo professor.
Monólogo
Discussões fora da sala de aulas
Passivo
Grau de atividade do aluno
Ativo
Figura 7 - Twitter Adoption Matrix
De acordo com as conclusões de Sample (2009), o Twitter é utilizado como
Backchannel dentro da sala de aula e para discussões fora da sala de aula, estando os
tweets produzidos espalhados por três categorias distintas:
1) Publicar notícias e partilha de recursos relevantes para a turma; 2) Fazer
perguntas e esclarecer dúvidas acerca das leituras propostas; 3) Escrever comentários
sarcásticos e irreverentes acerca das leituras propostas e sobre o professor.
Apesar de esta matriz contemplar uma grande parte de situações, é possível
especificar um pouco mais possibilidades de utilização do Twitter como Backchannel.
Por exemplo, quando a aula acontece presencialmente num grande auditório onde é
difícil para o professor interagir com todos os alunos de acordo com Tyma (2011), o
Twitter pode estar a ser projetado na tela e ser usado para, por exemplo:
a) interagir diretamente com um convidado que esteja presencialmente no
auditório e que lê diretamente as questões colocadas;
b) discutir em tempo real temáticas da sala de aula;
25
c) acompanhar o desenvolvimento de trabalhos de grupo, através da publicação
em tempo real do trabalho desenvolvido.
No entanto, este tipo de utilização do Twitter, para além de oferecer grandes
vantagens, nomeadamente como facilitador da interação entre alunos, encorajamento da
participação e envolvimento nas actividades na sala de aula, traz também desvantagens.
De acordo com a perspectiva de Fox & Varadarajan (2011) uma grande desvantagem é
poder provocar enorme distração e dificultar o foco na aprendizagem daqueles que nela
estejam envolvidos.
Apesar destas divergências, os exemplos de utilização com mais-valia do Twitter
em contexto educacional são efetivamente numerosos. Refira-se o caso de Jaworowski
(2010) que tem utilizado o Twitter no âmbito do ensino do Direito. Por outro lado,
Spadavecchia (2010) utilizou esta ferramenta para apoiar a troca de conhecimento e
socialização entre dois grupos de alunos de diferentes nacionalidades (alemães e
italianos), potenciando a aproximação entre todos no âmbito das actividades académicas.
Morgado (2011; 2013) descreve a utilização do Twitter no âmbito de actividades
em cursos de pós-graduação e seminário de doutoramento que decorrem totalmente
online e que são sujeitas a avaliação. Neste último caso, as atividades passam pela
contribuição dos estudantes para uma conferência com o envio remoto de perguntas aos
conferencistas através do Twitter, estabelecendo níveis de diálogo diferenciado que
ultrapassam as paredes da "sala-de-aula" e criam relações entre contextos e eventos.
Uma das mais interessantes iniciativas na disseminação e utilização do Twitter
em contexto educativo é de Thomas Barrett, que tem coordenado um documento
colaborativo - Interesting Ways to use Twitter in the Classroom20 - onde é possível ir
partilhando diversas experiências.
20
http://docs.google.com/present/view?id=dhn2vcv5_118cfb8msf8
26
3. O USO DO TWITTER EM CONTEXTO PROFISSIONAL
3.1. No local de trabalho
Estão documentadas as vantagens da utilização do Twitter no contexto
profissional, quer no mundo empresarial e organizacional, quer em setores da formação
profissional. Na verdade, o Twitter pode ter um elevado impacto na comunicação
informal dentro de uma organização.
Assim, e de acordo com Zhao & Rosson (2009) ele pode, entre diversos
exemplos, contribuir para melhorar a perceção sobre um colega de trabalho
complementando a relação presencial; pode estreitar os laços interpessoais que podem
vir a fortalecer relações profissionais; provocar um sentimento virtual de proximidade
potenciado pela facilidade de comunicar rapidamente; e finalmente, possibilitar a
melhoria da partilha de informação e conhecimento organizacional.
3.2. A investigação
De acordo com Pak & Paroubek (2010) o Twitter é usado como uma poderosa
ferramenta de investigação por vários motivos:
Sendo um espaço em que as pessoas expressam as suas opiniões acerca
de diversos tópicos, é uma valiosa fonte de informação;
Dado que diariamente são colocados um elevado número de posts, a base
de dados é enorme;
Visto que audiência do Twitter varia desde utilizadores comuns, a
celebridades, empresas, políticos e até presidentes de diversos países, é
possível recolher dados de utilizadores de diferentes grupos sociais e de
interesse;
Tendo em conta que o Twitter está espalhado por todo o mundo, é
possível recolher dados em diferentes línguas.
No contexto universitário, os professores usam o Twitter de diversas formas. Um
estudo efetuado por Veletsianos (2011) a 45 académicos com forte presença no Twitter
apontou sete áreas de utilização:
Partilha de informação e de recursos relacionados com a sua área
profissional;
27
Partilha de informação acerca da sua sala de aula e dos seus alunos;
Pedido de ajuda e envio de sugestões;
Partilha pública da sua vida social;
Divulgação do seu percurso profissional;
Criação e manutenção de ligações nas diversas redes;
Destacar a sua participação noutros espaços na rede, para lá do Twitter.
3.3. Bibliotecas
O Twitter está também a ser usado com alguma regularidade por bibliotecas e
seus profissionais. Disseminar notícias e manter-se a atualizado, quer a nível pessoal,
quer institucional são as grandes mais-valias detetadas por Loudon & Hall (2010), num
estudo levado a cabo junto de cerca de 300 bibliotecários, com especial ênfase sediados
no Reino Unido.
3.4. Medicina
Os médicos são uma das classes profissionais que utilizam o Twitter como
plataforma de comunicação. A esta conclusão chegou Franko (2011) que no caso dos
cirurgiões ortopédicos, conduziu um estudo para identificar a quantidade destes
profissionais que assumidamente utilizam o Twitter. Identificou 176 cirurgiões,
concluindo que metade deles residia nos EUA e que 61% do total usam o Twitter por
motivos profissionais.
Embora de modo não exaustivo procurou evidenciar-se um conjunto de
vantagens e de usos sustentados do Twitter nos mais variados campos profissionais, e
com funções e desempenhos muito diferenciados. Por outro lado, a característica de se
poder associar a outras aplicações e serviços usando-se de modo associado, converte
esta ferramenta numa espécie de "canivete suíço" com um potencial de comunicação,
informação e partilha muito grande.
28
4. PLE - PERSONAL LEARNING ENVIRONMENT E O TWITTER
4.1. O conceito de PLE
A complexidade de serviços e ferramentas Web 2.0 tornou muito complexa a
gestão da informação por parte de qualquer pessoa que navega pela internet.
Um utilizador típico da Web pode ter várias páginas pessoais - o blog pessoal, a
sua página de fotos, a conta no Google Reader, documentos partilhados, os vídeos no
YouTube, a sua conta no Twitter, os seus diversos perfis nas redes sociais, as suas contas
de email ou o seu “login” no LMS da universidade (Downes, 2010).
Segundo Mota (2009), a discussão sobre os PLE não é recente podendo
localizar-se a sua origem em 2001 estreitamente relacionada com as mudanças sociais e
culturais proporcionadas com o impacto da Web 2.0 na educação e da visão da
aprendizagem.
A ideia do PLE, segundo Attwell, (2007) interpreta e reconhece de forma
adequada uma visão de que a aprendizagem é um ato contínuo, que ocorre de modo
formal ou informal ao longo da vida (Longlife Learning) e que procura encontrar
ferramentas que a suportem. Esta perspetiva também reconhece que cabe ao indivíduo o
papel de organizador da sua própria aprendizagem reafirmando não só que se processa
em diferentes contextos e situações, mas que não é garantida apenas por um prestador,
como uma universidade, um centro de formação ou uma escola.
Ainda de acordo com Attwell (2007), sendo um PLE composto por todas as
diferentes ferramentas que usamos diariamente para aprender, a pedagogia que lhe está
subjacente possibilita traduzi-lo num portal aberto por onde os aprendentes podem
explorar e criar, tendo em conta os seus interesses pessoais, interagindo com quem
quiserem, nomeadamente amigos ou com a comunidade de aprendizagem.
Lubensky (2006) já se tinha referido ao PLE como uma possibilidade que o
individuo possui para aceder, agregar, configurar e manipular artefactos digitais durante
as suas experiências de aprendizagem.
Mota (2009) procurou sistematizar o conjunto de conceções sobre os PLE
demonstrando a complexidade da sua definição e caracterização bem como a sua
multidimensionalidade. Para (Mota, 2009b, p. 5), os PLE não são mais do que a " uma
busca nestas áreas para operacionalizar os princípios do eLearning 2.0".
29
Tendo por base investigações recentes, os PLE podem ser conceptualizados
desde pontos de vista diferentes. Neste quadro, é possível enunciar, segundo Attwell &
Costa (2008), uma lista de possíveis funções de um PLE, nomeadamente:
Aceder/procurar informação e conhecimento;
Agregar, combinando informação e conhecimento;
Manipular, rearranjar e reformatar artefactos tecnológicos;
Analisar informação para desenvolver conhecimento;
Refletir, questionar, desafiar, procurar clarificar, formar e defender
opiniões;
Apresentar ideias, aprender e conhecer de diferentes maneiras e para
objetivos diversificados;
Ligar em rede criando um ambiente colaborativo de aprendizagem.
Numa outra perspetiva Castañeda & Adell, (2011) consideram que um PLE
implica existirem ferramentas/serviços e estratégias de leitura na forma de fontes de
informação e artefactos (p. e. Slideshare), ferramentas e estratégias de reflexão, ou seja,
espaços e serviços que se misturam e re-elaboram a informação (p. e. Google Docs e
ferramentas e estratégias de relação, ou seja, ferramentas e ambientes de interação (p.
e.Twitter).
Ora, são as características do PLE que, quando analisadas na perspetiva de uma
única ferramenta, fazem com que se entenda a importância do Twitter.
Na verdade, pelas suas características de pesquisa, filtragem, armazenamento e
publicação de informação 21 , além da sua característica de comunicação síncrona e
assíncrona, o Twitter, perfila-se como uma ferramenta muito completa e com um
elevado grau de centralidade num PLE.
Na verdade o Twitter pode tornar-se uma espécie de “coração” do PLE 22
(Simões & Mota, 2010), funcionando como uma "bomba" que permite que o fluxo da
informação corra, para dentro e para fora. A informação pode, mais tarde, ser agregada,
filtrada, organizada e transformada através das funcionalidades de outros serviços, tendo
21
Twitter All – Comunicação efetuada na conferência Futurália 2010 - http://www.slideshare.net/bubka/futuralia-tecminho-pgsimoes
22
http://www.pgsimoes.net/blog/?p=163
30
por base o anteriormente referido Twitterverse, e/ou através da interligação com outras
ferramentas presentes no PLE.
4.2. O PLE, o Twitter e a Aprendizagem ao Longo da Vida
Um dos mais interessantes trabalhos acerca do Twitter em contexto profissional
foi o desenvolvido por Lalonde (2011). Trata-se duma tese de mestrado23 que examina
qual o papel que o Twitter representa na formação e desenvolvimento de um Personal
Learning Network (PLN) de um profissional da educação.
Lalonde parte dos conceitos de PLE e PLN para analisar a forma como sete
profissionais da educação, devidamente selecionados, posicionam o Twitter no seu
espaço pessoal, integrando-o com outras ferramentas disponíveis na rede, explorando a
possibilidade dele se constituir como a ferramenta que pode mediar as interações num
PLN. (cf. Figura 8).
Da análise efetuada, Lalonde refere que existem tecnologias e ferramentas web
que os participantes no estudo utilizam para ver, gerir, ampliar e acrescentar valor aos
dados do Twitter (Data), outras que são usadas em conjunto com o Twitter (Conjunctive)
e finalmente, aquelas que os participantes usam independentes do Twitter, mas que
também são usadas nas atividades desenvolvidas no PLN (Independent).
Figura 8 - O Twitter e o PLN
23
http://thesis.clintlalonde.net/
31
As principais conclusões apontam para uma presença determinante do Twitter na
vida dos profissionais de educação analisados, na medida em que:
O Twitter é uma ferramenta que é usada pelos utilizadores para envolver
um diálogo sustentado e consistente com o seu PLN, o que ajuda a
promover sentimentos profundos de ligação entre os envolvidos;
O Twitter possibilita aos participantes acederem às formas de
conhecimento coletivo do seu PLN:
o Possibilita descobrir recursos, na forma de ligações para outros
sítios ou serviços, que são partilhados entre os membros do PLN;
o Colocando questões diretamenta para o Twitter, esperando que
receba a resposta do seu PLN;
o Como uma ferramenta que facilite projetos de colaboração entre o
PLN;
O Twitter disponibiliza uma plataforma para os participantes
promoveram e amplificarem ideias e pensamentos que necessitam de ser
articulados em mais do que 140 carateres, através de ligações para
blogues pessoais;
As funcionalidades do Twitter, como os reencaminhamentos (RT), as
hashtags e as listas pessoais ajudam os participantes a aumentar o seu
PLN.
Tendo em consideração todo o potencial descrito e sustentado na revisão da
literatura sobre as suas características intrínsecas da ferramenta Twitter bem como o seu
universo de acção com outras aplicações associadas - o território Twitter ou o
Twitterserse segundo Solis & Jesse3 - procurou-se apresentar a visão do Twitter como
passível de constituir o centro do PLE do indivíduo.
33
Parte II – Estudo Empírico
35
CAPÍTULO III - METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO
1. PROBLEMA DE INVESTIGAÇÃO
A Web 2.0 é uma realidade no contexto atual de educação e formação
proporcionando uma grande diversidade de utilização. Esta proliferação conduziu a que
as experiências educativas e formativas não se reduzissem ao uso das plataformas
fechadas, os Learning Management Systems (LMS). Estas deixaram de ser o centro e
desenvolveu-se uma abordagem centrada nos Personal Learning Environments, que
constituem um novo foco. Estes PLE são construídos e organizados pelos indivíduos
constituindo versões pessoais de ferramentas, serviços e pessoas. Uma das ferramentas
com grande potencial é o Twitter. Esta situação conduz-nos a questionar se o Twitter
pode ser equacionado como centro do PLE dos indivíduos, quando efetuam uma
aprendizagem formal da mesma. Assim, propõem-se compreender os tipos de uso da
ferramenta no contexto do Personal Learning Environment individual.
1.1. Questão de Investigação
De que modo se realiza o uso do Twitter no contexto do Personal Learning
Environment - o PLE - por parte dos indivíduos que se encontram a frequentar um
módulo num contexto académico/profissional?
1.1.1 Sub-Questões
De que modo, os indivíduos que frequentaram o módulo Twitter alteraram os
seus comportamentos e práticas, depois de passarem por um processo de aprendizagem
formal da ferramenta?
O uso do Twitter de modo sistemático no âmbito do módulo de formação deu
um lugar central no PLE dos indivíduos que o frequentaram?
36
1.2. Objetivos de Investigação
Este trabalho pretende estudar qual o tipo de uso que o Twitter pode ter num
contexto académico/profissional numa situação de aprendizagem/formação formal da
ferramenta.
Pretendeu-se estudar o modo como um módulo de formação centrado na
ferramenta Twitter pode alterar a perceção que os estudantes têm da aplicação,
potenciando a sua provável utilização em contexto académico/ profissional.
1.3. Metodologia de Investigação
1.3.1 Design -Based-Research
No caso deste estudo, a metodologia usada encontra-se sustentada no paradigma
de investigação emergente, o chamado Design-Based Research (DBR) sendo nas
palavras de Anderson, (2005) uma metodologia relativamente recente com interesse
para a inovação em contextos educacionais. Mais recentemente, numa revisão do seu
impacto Anderson & Shattuck (2012, p. 16) defendem mesmo que a DBR (...) heralded
as a practical research methodology that could effectively bridge the chasm between
research and practice in formal education.
Segundo The Design-Based Research Collective, 2003,(p. 5), a design-basedresearch (DBR) representa um novo paradigma de investigação no ensinar e aprender.
O recurso a este paradigma justifica-se, na medida em que pretende a resolução de
problemas, por vezes complexos, mas inseridos em contexto reais em articulação e
cooperação com os agentes no terreno, nomeadamente os professores procurando
desenhar, testar e avaliar ambientes de aprendizagem introdutores de inovação.
De acordo com a literatura da especialidade existe um certo consenso de que se
trata duma metodologia com grande potencial adequada quer em termos da investigação
em si, como do design de ambientes de aprendizagem enriquecidos pelas tecnologias, por vezes também designados TELES- technology-enhanced learning environments, as
tecnologias educativas ou os ambientes virtuais de aprendizagem (Santos, 2010).
A este propósito Wang & Hannafin (2005) discutem a importância do designbased-research para o desenvolvimento dos ambientes de aprendizagem enriquecidos
com as tecnologias e como os resultados necessitam de se encontrar relacionados quer
37
com o processo através do qual os resultados foram gerados, quer com o contexto em
que a investigação foi conduzida.
Ainda de acordo com estes autores, entre outras possibilidades destacam o facto
de a design-based research orientar também o desenvolvimento teórico, incrementar o
design instrucional e identificar novas possibilidades de design, contribuindo para
aquilo que The Design-Based Research Collective, 2003, (p. 5) enunciam como (...)
help to create and extend knowledge about developing, enacting, and sustaining
innovative learning environments.
Também Wang & Hannafin (2005) definiram uma lista compreensiva da DBR
que pode ser sistematizada nas sete características seguintes:
a) pragmática porque o seu objectivo é focar-se em aspectos práticos do
processo de ensino e aprendizagem; b) situada no terreno, dado ser realizada em
contextos reais, com recurso a métodos quantitativos e qualitativos, suportados na
investigação educacional; c) interativa, na medida em que, durante o processo os
investigadores colaboram com os agentes locais (ou práticos) segundo Amiel & Reeves,
(2008) de modo a terem em consideração aspectos do contexto real; d) flexível na
medida em que o artefacto educacional (o objecto de investigação) não está totalmente
acabado, emergindo no decorrer dos ciclos, alterações a efetuar; e) iterativo, sendo
realizado em ciclos de design, implementação, análise, voltando ao início com os
imputes dos diversos ciclos; f) integrativo porque recorre a uma integração de métodos
à medida que a investigação segue o seu curso, como por exemplo, observações, testes,
ou análise de documentos; e por último,ela é contextual na medida em que relaciona os
resultados com o contexto local onde foi realizada.
São inúmeros os estudos que se enquadram e recorrem a esta metodologia com
impacto interessante, dos quais destacamos o realizado por Anderson (2005) em que
aplicou a metodologia DBR à concepção e desenvolvimento de um call centre inovador
para educação a distância. Santos (2010), por exemplo, adoptou a metodologia DBR
para o desenvolvimento dum projeto de investigação sobre mundos virtuais ou, num
outro apresentado mais recentemente, Conole, Galley, & Culver, (2011) documentam a
aplicação da DBR na criação, design e implementação da Cloudworks, uma rede social
da Open University (UK).
38
1.4. Recolha e Tratamento de Dados: Instrumentos e Procedimento
Para a realização da investigação foram recolhidos dados recorrendo-se a várias
técnicas e instrumentos de recolha de dados e informação. Foram também usadas
ferramentas e recursos tecnológicos para agregar e tornar possível a análise dos dados
obtidos.
1.4.1 O Inquérito
Para a realização deste estudo foi equacionado a obtenção de dados através de
recolha de informação com o apoio de várias técnicas.
Na primeira fase do estudo, efetuou-se uma caracterização dos participantes
ainda antes de serem submetidos ao "módulo de formação". Assim, o primeiro
instrumento a ser aplicado foi um inquérito prévio ao módulo (cf. Anexo I). Este
inquérito tinha como objetivo caracterizar a relação dos estudantes com o Twitter, o seu
conhecimento prévio da ferramenta e o grau de utilização existente à data em que
seriam inquiridos.
O inquérito (cf. Anexo I) era composto por 4 questões que se subdividiam em
sub-questões que pretendiam identificar e caracterizar o nível de utilização do Twitter
através de perguntas directas. Incluía ainda uma pergunta que pretendia obter uma autoclassificação do inquirido sobre a sua relação de familiaridade com o Twitter
classificada numa escala de 1 a 5.
Este inquérito foi disponibilizado online através da plataforma Google Docs
tendo -se mantido aberto apenas durante o período em que se procedeu à recolha dos
dados. Os participantes tinham conhecimento de que este módulo de formação integrado
na u.c. iria ser objeto de investigação integrado no projecto de dissertação, tendo sido
efetuado pelo investigador, a solicitação de consentimento informado e voluntário, de
acordo com os procedimentos referidos por Anderson & Kanuka (2009, p. 57).
39
1.4.2 Interação através do Twitter: o uso do Thinkup e da Twapperkeeper
Toda a comunicação efetuada por todos os participantes no estudo - estudantes
do módulo através do Twitter, bem como de intervenientes externos - foi totalmente
recolhida através de vários instrumentos e técnicas de recolha de dados. Esta recolha
ocorreu durante um mês (entre o dia 01 e 31 de outubro) tendo sido utilizadas duas
ferramentas Web que permitiram a recolha da totalidade dos tweets analisados no estudo:
trata-se das ferramentas Thinkup e Twapperkeeper.
A recolha dos dados relativos à hashtag #avampel5 - como referido
anteriormente, criada especialmente para o "período de vida" deste módulo - foi
efetuada através da ferramenta Twapperkeeper, disponibilizada pela Universidade de
Paderborn (Alemanha) através duma ligação 24. No final do módulo, os dados foram
retirados e extraídos através duma opção de recolha de Excel Permalink.
Figura 9 - Twapperkeeper
O Twapperkeeper, agora integrado na aplicação Hootsuite, à data da recolha dos
dados era uma ferramenta de código aberto que podia ser instalada em qualquer servidor
ligado à internet e que permitia fazer o rastreio e recolha de hahstags.
24
http://imhotep.cs.upb.de/twapperkeeper/archive.php?id=74
40
No caso da recolha dos dados dos utilizadores e referentes a todos os estudantes
que participaram no estudo, foi efetuada usando uma outra aplicação - a ThinkUp instalada em servidor próprio25.
O ThinkUp26 é uma aplicação para a web, livre e de código aberto, que pode ser
instalada em qualquer servidor e que rastreia e recolhe dados de um ou vários
utilizadores em ferramentas como o Twitter, Facebook, Google + e Foursquare.
Figura 10 - ThinkUp
Desta forma, os tweets foram recolhidos via ThinkUp, utilizador a utilizador, via
ficheiro pré-formatado em formato de texto e posteriormente exportados para formato
xls.
1.4.3 Posts individuais no Blogue: Narrativa de Avaliação do Módulo
No final de cada semana de trabalho relativa a este módulo, os estudantes
deveriam produzir diversos posts nos seus blogues (como já referimos, o blogue
individual é um dos elementos constitutivos do seu PLE sendo, neste mestrado, criado
no início do mesmo) centrados numa narrativa de auto-análise da sua experiência de
aprendizagem neste módulo, integrados como parte da avaliação da unidade curricular
de Ambientes Virtuais de Aprendizagem.
Estes posts seriam posteriormente objeto de uma análise de conteúdo no quadro
deste estudo.
25
http://www.pgsimoes.net/thinkup
26
https://www.thinkup.com
41
2. DESIGN E IMPLEMENTAÇÃO DO MÓDULO TWITTER
2.1. O Contexto
O módulo a desenvolver integra-se no contexto da unidade curricular (u.c.) de
Ambientes Virtuais de Aprendizagem do curso Mestrado em Pedagogia do eLearning
(MPeL) da Universidade Aberta.
O mestrado em Pedagogia do eLearning é um curso de 2º ciclo da universidade
pública de ensino a distância portuguesa - a Universidade Aberta - que teve o seu início
em 2005-2006, sendo o primeiro mestrado na área totalmente online baseado numa
classe virtual. O curso desenvolve-se de acordo com o Modelo Pedagógico Virtual®
desta instituição (Pereira, Quintas-Mendes, Morgado, Amante, & Bidarra, 2007),
nomeadamente o modelo para os cursos de 2º ciclo, com níveis de interação elevados
orientados de acordo com o Contrato de Aprendizagem descrito por Morgado, Pereira,
& Quintas-Mendes (2008).
O curso é objeto de constante investigação concretizada na introdução de
soluções, ações ou objetos inovadores, integradas na investigação desenvolvida pela
estrutura de investigação da instituição, o LE@D- Laboratório de Educação a Distância
e eLearning. É neste quadro que o referido mestrado se organiza já para o
desenvolvimento do PLE dos estudantes (Mota, 2009; 2010) e integra já, entre outros,
por exemplo, módulos de Second Life® (Macedo, 2011), de Mobile Learning (Velosa,
2013), MOOCs (Morgado, 2013) ou a conferência do mestrado - o myMPeL (Spilker,
2013) orientando-se para a inovação em contexto integrando de modo sustentado,
dispositivos e tecnologias emergentes no curso. De acordo com Morgado (2011), a
integração destas tecnologias e o design pedagógico de atividades adequadas para a rede,
contextualizadas e significativas para o estudante permitirá criar as bases duma
networked class.
2.2. A Conceção e Design do Módulo Twitter
Foram desenvolvidos e utilizados três espaços/ferramentas através dos quais foi
efetuada toda a interação, comunicação e agregação da mesma:
Espaço AVA no LMS oficial da Universidade Aberta
42
Twitter;
Scoop.it;
2.2.1 O Espaço Virtual: o Moodle
O módulo dedicado ao Twitter seria o primeiro módulo da u.c. Ambientes
Virtuais de Aprendizagem. A proposta de trabalho a desenvolver decorreria durante
quatro semanas, entre os dias 03 e 31 de outubro no 2º semestre escolar. O módulo
estava orientado para decorrer em dois espaços virtuais em simultâneo: no LMS oficial
da Universidade Aberta e no Twitter.
O Moodle (adaptado) é o LMS oficial da Universidade Aberta e usado também
neste curso enquadrado pelo Modelo Pedagógico Virtual® da UAb a que obedecem os
cursos de pós-graduação e mestrado desta universidade (Pereira et al., 2007) e é parte
constituinte do seu Campus Virtual. No entanto, como foi referido anteriormente, neste
mestrado específico a abordagem pedagógica contempla a abertura e agregação de
outras ferramentas ou ambientes virtuais de aprendizagem complementares de forma
equilibrada estabelecendo-se a classe virtual em rede Morgado (2011). Assim, neste
caso específico, o Moodle funciona aqui como uma espécie de âncora ou de porto de
abrigo da circulação pela rede já que os estudantes, são convidados e estimulados ao
longo do curso a utilizar outras ferramentas e ambientes de modo sustentado e orientado,
na medida em que é esse um dos "conteúdos" do próprio curso de mestrado.
Figura 11 - Espaço do curso do LMS da Universidade Aberta
43
Este espaço teve como função criar uma zona para lançar as atividades que
foram sendo efetuadas durante a formação, mas, no entanto, o espaço de diálogo e
comunicação foi o fórum de discussão.
Este esteve sempre disponível com o nome de Fórum de Dúvidas, que foi
preferencialmente usado, durante os primeiros dias de formação, enquanto os estudantes
não tinham ainda obtido proficiência e segurança na utilização do Twitter e nos
processos de comunicação com esta ferramenta.
Figura 12 - Fórum de dúvidas
2.2.2 O Espaço Virtual Twitter
Como foi referido anteriomente para além do espaço Moodle da u.c. de
Ambientes Virtuais de Aprendizagem, toda a comunicação e interação entre os
estudantes e professores iria desenvolver-se no Twitter, Assim, foram planeadas e
implementadas as condições para que tal se realizasse. Foi criada uma conta no Twitter
relativa à unidade curricular de Ambientes Virtuais de Aprendizagem do Mestrado em
Pedagogia do eLearning - @avampel5 onde foram sendo colocadas todas as indicações
referentes às tarefas que os estudantes deveriam efetuar e com a qual se processou toda
a comunicação e interação entre os participantes.
Figura 13 - Conta AVA MPEL5 no Twitter
44
Esta conta produziu/emitiu um total de 365 tweets durante o período em que
ocorreu o módulo da u.c. de AVA (cf. Figura 13), gerou 42 seguidores e seguiu 40
indivíduos tendo figurado também num conjunto de 12 listas. A primeira mensagem foi
emitida/enviada no dia 03 de outubro pelas 10h24 (cf. Figura 14) constituindo a
abertura oficial do módulo da u.c.
Figura 14 - Primeiro tweet oficial da conta AVA MPEL5
2.2.3 O Espaço Virtual Scoop.it
Também foi equacionada o uso da ferramenta Scoop.it com o objetivo de
funcionar, preferencialmente, como um agregador dos conteúdos produzidos e emitidos
durante este módulo e, naturalmente como espaço de preservação e memória para
possibilitar a presente investigação (cf, Figura 15). Neste espaço 27 foram colocados
todos os posts que os estudantes iam publicando nos seus blogues pessoais.
27
http://www.scoop.it/t/ava-mpel5-twitter
45
Figura 15- Espaço AVA MPEL5 no Scoop.it
2.2.4 A Conceção e Desenho das Atividades a Realizar
As atividades de aprendizagem para este módulo foram estruturadas de modo a
serem desenvolvidas com um ritmo semanal e de acordo com algumas das condições
que foram definidas préviamente, tendo em consideração os objectivos da unidade
curricular e das competências a desenvolver definidas no Contrato de Aprendizagem:
ser um módulo de 4 semanas, tendo como foco o Twitter como centro do PLE destes
estudantes. A conclusão de cada uma delas conduzia, na semana seguinte, a uma nova
etapa, ou seja, a uma nova atividade. Esta organização também possibilita que cada
estudante possa gerir e auto-regular a sua aprendizagem tal como está postulado no
modelo pedagógico virtual (Pereira et al., 2007). Apresenta-se a seguir a sua
estruturação:
1ªsemana: Na primeira semana as indicações incidiram sobre as
funcionalidades básicas do Twitter. A primeira tarefa passou pela criação
da conta de Twitter, para aqueles que ainda não tinham tido oportunidade
de a ter criado. Em seguida era explicado como se processam os Tweets,
os Retweets ou as Menções, tendo em seguida sido abordadas a criação
das listas de utilizadores, a gestão das hastags e a capacidade de se
efetuarem pesquisas. No final da semana os estudantes iniciavam a
exploração de duas das ferramentas mais comuns de gestão do Twitter: o
Hootsuite e o TweetDeck.
46
2ªsemana: Na segunda semana foi proposto que os estudantes
otimizassem o seu perfil pessoal, que usassem diversas ferramentas de
automatização de publicação e que iniciassem a construção de uma rede
de aprendizagem.
3ªsemana: A terceira semana centrou-se na análise de perfis na rede,
usando ferramentas como o Klout. Foi ainda trabalhada a ligação do
Twitter a outras ferramentas web de produtividade profissional e /ou
académica, como por exemplo, o DIIGO, o Google Reader, ou o
LinkedIn. Nesta semana concentrou-se ainda o trabalho de preparação
dos estudantes para desenvolverem e treinarem competências para
participarem no backchannel da Conferência MyMPEL que iria decorrer
na última semana de outubro, ou seja, ainda no decorrer deste módulo.
Tal como todas as restantes atividades propostas no Contrato de Aprendizagem
da disciplina, todas as atividades deste módulo seriam sujeitas a avaliação. Esta foi
composta pelos seguintes itens:
Pela análise do trabalho efetuado no Twitter;
Pela análise das reflexões semanais no blogue de cada aluno sobre o
percurso efetuado;
Pela reflexão final sobre a utilização da ferramenta que explicitou os
seguintes pontos:
o Opinião pessoal fundamentada sobre a ferramenta;
o Potencial da ferramenta no seu contexto profissional;
o Comparação com outras ferramentas similares.
2.3. Os Participantes
Os partcipantes neste estudo são os estudantes adultos, ou seja, no total 19
estudantes, sendo dez do sexo feminino e nove do sexo masculino. Todos eles estavam
inscritos no mestrado como estudantes em regime integral, ou seja, efetuando todas as
disciplinas - quatro em simultâneo em cada semestre. Todos aceitaram participar no
estudo, tendo em consideração que a comunicação que se iria processar através do
Twitter seria pública.
47
As áreas profissionais dos participantes abrangiam o sector da educação
(professores do ensino básico e secundário), formadores no sector da educação e
empresarial, e instructional designers.
Maioritariamente residentes em Portugal, havia, contudo, dois estudantes
residentes no Brasil.
Apresentámos neste capítulo as opções metodológicas e sua justificação e
enquadramento no contexto teórico deste trabalho. No próximo capítulo procederemos à
apresentação e análise dos dados obtidos.
3. A ANÁLISE DE CONTEÚDO
3.1. Grelha de Análise e Classificação dos Tweets
Para a análise mais aprofundada dos tipos de tweets produzidos foi realizada
uma categorização baseada no tipo de mensagem, através duma análise de conteúdo
(Bardin, 1997).
Tendo por base a grelha de classificação de conteúdos do Twitter28 proposta por
Dann (2010), já referida aquando da revisão da literatura (cf. Capítulo II – Parte I),
iremos adoptar esta classificação adaptada dos tweets produzidos durante o período de
formação, de acordo com o seguinte procedimentos:
Todos os tweets com referência a #avampel5, independentemente de
quem os publicou;
Todos os tweets produzidos pelas contas de utilizador dos mestrandos.
Assim, proceder-se-à à análise de conteúdo dos tweets que foram produzidos de
acordo com a grelha de Dann (2010) categorizados da seguinte forma:
Conversação (A):
o Pergunta (A1);
o Referência (A2);
o Resposta simples (A3);
28
Twitter content classification
48
o Resposta de valor acrescentado (A4);
Estado (B):
o
o
o
o
o
Pessoal (B1);
Tecnológico (B2);
Profissional (B3);
Twitter (B4);
#mympel (B5);
Encaminhamento (C):
o Reencaminhamento (C1);
o Autopromoção (C2);
o Conteúdos de outrem (C3);
Notícias (D):
o Evento (D1);
Fático:
o Saudação (E1);
o Transmissão (E2).
Todos os tweets seriam analisados e catalogados de acordo com o seu maior
peso na respetiva categoria e subcategoria. Existiam, no entanto, situações em que um
tweet poderia conter mais que uma característica. Assim, sempre que isso ocorresse
optou-se pela catalogação no enfoque e “espírito” que o próprio utilizador queria dar
quando o escreveu.
Passamos a apresentar a explicação das categorias, das subcategorias
identificadas e exemplos de cada uma delas de modo a ilustrar a categorização efetuada.
Apresentamos os exemplos através dos "recortes" dos tweets produzido no Twitter:
Conversação – Tweets que contêm perguntas, respostas diretas a outros
utilizadores ou referências explícitas que utilizem o símbolo @.
o Pergunta - Questões, interrogações ou votações.
Figura 16 - Tweet Pergunta (A1)
49
o Referência – Mensagem original, produzida pelo próprio
utilizador mas que contém, no seu espaço de 140 carateres,
menção a um ou mais utilizadores, empregando o símbolo @ e
que pode conter, ou não, shortlinks, mas que indicie diálogo.
Inclui-se também nesta subcategoria, por exemplo, as hashtags
#ff ou #followfriday que representam uma forma de destacar
utilizadores que se consideram relevantes.
Figura 17 - Tweet Referência (A2)
o Resposta simples - Mensagem de resposta a outro utilizador que
não contenha link.
Figura 18 - Tweet Resposta simples (A3)
o Resposta de valor acrescentado - Mensagem de resposta a outro
utilizador que amplifica o tweet para lá dos 140 carateres,
utilizando um link para outros espaços.
50
Figura 19 - Tweet Resposta de valor acrescentado (A4)
Estado - Mensagens que, em primeira instância, pretendem responder à
questão colocada inicialmente pelo Twitter na página inicial de cada
utilizador: What are you doing now?
o Pessoal – Mensagem com sentimentos positivos e negativos que
exprimem uma opinião pessoal ou um estado emocional.
Figura 20 - Tweet Estado Pessoal (B1)
o Tecnológico - Tweet com contém referências a aspetos
tecnológicos.
Figura 21 - Tweet Estado Tecnológico (B2)
o Profissional – Tweet com referências a atividades profissionais.
51
Figura 22 - Tweet Estado Profissional (B3)
o Twitter – Referências de estado que digam exclusivamente
respeito à formação que foi ministrada no Twitter.
Figura 23 - Tweet Estado Formação Twitter (B4)
o MyMpel – Referências de estado que ocorreram durante a
confererência #mympel.
Figura 24 - Tweet Estado conferência #mympel (B5)
Encaminhamento – Mensagens reencaminhadas são aquelas produzidas
pelo utilizador publicitando conteúdo produzido pelo próprio e as de
divulgação de recursos produzidos por outros:
o Reencaminhamento - Mensagem reencaminhada pelo utilizador,
que foi originalmente partilhada por outra pessoa, retransmitida
usando a opção retweet, via o tradicional RT ou utilizando o RT
exclusivo do próprio sítio do Twitter.
52
Figura 25 – Tweet Encaminhamento RT (C1) Original
Figura 26 – Tweet Encaminhamento RT (C1) Estilo Twitter
o Autopromoção – Mensagem produzida pelo próprio que contém
ligações para recursos criados pelo mesmo autor do tweet.
Figura 27 – Tweet Encaminhamento Autopromoção (C2)
o Conteúdos de outrem - Ligações para recursos criados por outros
utilizadores, quer façam referência explicita ao autor original ou
não e que não tenham as mesmas características da subcategoria
A2.
53
Figura 28 – Tweet Encaminhamento Conteúdo de Outrém (C3)
Notícias – Mensagens de acontecimentos em tempo real, notícias
desportivas, cabeçalhos noticiosos e conferências.
o Evento - Tweets que permitem identificar eventos em tempo real,
nomeadamente conferências, como por exemplo, #mympel.
Figura 29 – Tweet Notícias Evento (D1)
Fático
o Saudação – Tweets que contêm saudações e que se dirigem
diretamente à comunidade Twitter.
Figura 30 – Tweet Fático Saudação (E1)
o Transmissão - Monólogos e declarações indiretas
54
Figura 31 – Tweet Fático Transmissão (E2)
Para a análise e tratamento dos dados recolhidos, efetuado após a codificação
dos tweets produzidos através da análise conteúdo (Bardin, 1997) recorreu-se e utilizouse um tratamento estatístico simples e descritivo o que possibilitou a organização,
análise e interpretação conduzido às conclusões do estudo. Os dados foram colocados
em gráficos e quadros e na sua elaboração, procurou-se um registo com caráter
exaustivo procurando abranger dodos os dados possíveis conforme recomendação de
Morais (2005).
No caso da análise de conteúdo dos tweets provenientes do Twitter-stream
produzido durante o módulo, várias questões de ordem ética podem ser colocadas dado
tratar-se, na nossa perspetiva de conteúdo online, aberto e acessível. Por isso
procurámos fundamentar-nos nas orientações proporcionadas pela literatura sobre eresearch (Anderson & Kanuka, 2009) e na discussão de ordem ética (Kanuka &
Anderson, 2007; Berry, 2004) relacionada com a investigação que recorre a tecnologias
para a recolha, arquivo, agregação e tratamento de informação da rede e na rede e cujo
objeto de investigação é o próprio comportamento do utilizador na web.
No caso deste estudo, e equacionadas e estudadas as questões éticas e os dilemas
colocados, considerámos, no entanto, que não se justificava tornar anónimo um
conteúdo que era público, optando-se assim, por manter a autoria dos tweets. Assumiuse com isto, que os os participantes no estudo eram conhecedores de que o Twitter é um
espaço público, aberto na rede existindo a possibilidade de manter privadas as conversas
através de várias funções, como por exemplo as mensagens diretas.
55
CAPÍTULO IV - APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE
RESULTADOS
1. RESULTADOS OBTIDOS NO QUESTIONÁRIO SOBRE A UTILIZAÇÃO DO
TWITTER ANTES DO MÓDULO
Como foi referido anteriormente, antes do início do módulo procedeu-se a um
inquérito que pretendeu caracterizar a relação dos estudantes com o Twitter, o seu
conhecimento prévio da ferramenta e o grau de utilização. Apresentaremos em seguida
os dados relativos a este aspecto.
Assim, relativamente à questão colocada sobre se os estudantes eram
utilizadores do Twitter como podemos observar (cf. Figura 32) a grande maioria dos
estudantes inscritos no curso e inquiridos (84%) já possuía conta de Twitter, mas só
metade deles ainda a utilizava. A outra metade (42%) possuía a conta mas deixara de a
usar. Da totalidade das respostas verificou-se que apenas 15% dos estudantes nunca
tinha aberto conta na ferramenta, ou seja, não era efetivamente utilizador desta
ferramenta. Em síntese podemos considerar que apenas 42,2% eram utilizadores
regulares do Twitter.
É utilizador do Twitter?
3
16%
8
42%
8
42%
Sim
Já usei, mas já não uso
Não
Figura 32 - É utilizador do Twitter?
56
No entanto, no que respeita a esta questão foi possível verificar alguma
descrepância. No final do módulo, quando confirmámos as datas de abertura das contas
de utilizador, fomos confrontados com uma situação diferente daquela que foi reportada
no questionário inicial. Na verdade verificou-se que, em vez dos três utilizadores que
inicialmente declararam não ser utilizadores do Twitter, foram abertas 9 novas contas.
Assim, face a esta situação, optámos por considerar que estes são utilizadores
esporádicos do Twitter que preferiram abrir novas contas para que aquilo que foi feito
na formação não ficasse “misturado” com experiências anteriores.
Em seguida tentámos perceber, independentemente da resposta inicial, como é
que cada um considerava ser, antes do módulo de formação que ia iniciar, a sua relação
de familiaridade com o Twitter. Recorde-se que nesta questão (cf. Questionário Inicial,
Anexo 1) procurámos que os inquiridos se posicionassem numa escala entre o "Nada
familiar" e o "Extremamente familiar". Pela análise da Figura 33 é possível verificar
que existe uma grande dispersão entre aqueles que se posicionam na categoria do “Nada
familiar” e os que se posicionam no “Extremamente familiar”. No entanto numa análise
mais detalhada os resultados apontam para que cerca de 52,7% possuem algum grau de
familiaridade com a ferramenta - "Extremamente familiar" (10,5%), "Bastante familiar"
(21,1%) e "Familiar" (21,1%).
Como considera ser a sua relação de
familiaridade com o Twitter?
0
1
2
3
4
5
6
7
Extremamente familiar
Bastante familiar
Familiar
Pouco familiar
Nada familiar
Nº de respostas
Figura 33 - Relação de familiaridade com o Twitter
Quando analisamos os dados obtidos nas categorias de "Nada familiar" e "Pouco
familiar", os resultados apontam para um total de 47,4 % dos indivíduos inquiridos
57
afirmarem que se se sentem "Pouco" (31,6%) ou "Nada" (15,8% familiarizados com a
ferramenta Twitter (cf. Quadro 2 e Figura 33).
Relação de familiaridade
Nº de respostas
%
Extremamente familiar
2
10,5%
Bastante familiar
4
21,1%
Familiar
4
21,1%
Pouco familiar
6
31,6%
Nada familiar
3
15,8%
19
100%
TOTAL
Quadro 2 - Relação de familiaridade com o Twitter
Em síntese, podemos concluir que este grupo de estudantes, antes de iniciar o
módulo sobre o Twitter, se encontra dividido: 52,7% dos inquiridos considerou
possuir ”algum grau de familiaridade” com a ferramenta variável entre o
"Extremamente", "Bastante" e "Familiar"; o outro grupo, (47,4%) considera-se "Pouco"
ou "Nada" familiar.
Um aspecto interessante a destacar é quando cruzamos os resultados obtidos
nesta questão com os relativos à primeira questão. É possível observar que os 84% dos
utilizadores que já possuíam conta de Twitter, segundo os dados da primeira questão,
estão dispersos entre um grau “Pouco familiar” e “Extremamente familiar” dado que os
três elementos que não possuíam conta de Twitter se confirmam como tendo uma
relação “Nada familiar” com a ferramenta.
Desta forma estabelecemos a próxima pergunta, já condicionada à primeira
resposta. De entre aqueles que já eram utilizadores do Twitter perguntámos qual
o ”motivo pelo qual usa normalmente o Twiter”.
58
Qual o motivo principal pelo qual usa habitualmente o
Twitter?
2
25%
Partilhar informação
6
75%
Como um canal de
notícias em tempo real
Figura 34 - Motivo pelo qual usa habitualmente o Twitter
Verificámos ainda que a maioria (75%) dos atuais utilizadores utiliza o Twitter
para partilhar informação e que os restantes (25%), usam-no como um canal de
notícias em tempo real.
Tendo em conta estas respostas perguntámos ainda qual era a opinião, dos atuais
utilizadores do Twitter, “acerca da utilização que fazem da ferramenta”.
Até ao presente momento qual a sua opinião
sobre a utilização que tem feito do Twitter?
0
1
2
3
Excelente
Boa
Normal
Razoável
Desapontante
Nº de respostas
Figura 35 - Qual a sua opinião sobre a utilização que tem feito do Twitter?
4
59
Pela análise das respostas obtidas foi possível verificar que, a maior parte dos
utilizadores considera ter uma boa opinião ”acerca da utilização do Twitter”. Nenhum
deles parece estar desapontado com a sua utilização.
Opinião sobre a utilização do Twitter
Nº de respostas
%
Excelente
2
10,5%
Boa
3
21,1%
Normal
2
21,1%
Razoável
1
31,6%
Desapontante
0
15,8%
8
100%
TOTAL
Quadro 3 - Opinião sobre a utilização do Twitter
Quanto aos 42% de utilizadores que já foram utilizadores do Twitter, mas que
por diversos motivos já não o usam, foi questionado “qual o motivo principal pelo qual
pararam de usar o Twitter”.
Qual o motivo principal pelo qual parou de usar o
Twitter?
1
12%
Opção por outro
ambiente
4
50%
3
38%
Falta de tempo
Não encontrei valor
acrescentado
Figura 36 - Qual o motivo principal pelo qual parou de usar o Twitter?
Conforme podemos verificar através dos resultados apresentados na Figura 36,
metade dos estudantes utilizadores (50%) não encontraram no Twitter valor
acrescentado na sua utilização em contexto profissional. No entanto também é bastante
60
relevante a quantidade de utilizadores que, por motivos de falta de tempo, deixaram de
usar o Twitter (38%).
Finalmente, fizemos uma pergunta similar à anterior, aos estudantes que nunca
tinham usado o Twitter, ou seja 16% dos estudantes inquiridos. Desta forma
pretendíamos saber qual a razão pela qual nunca tinha usado o Twitter (cf. Figura 37).
Qual o motivo principal pelo qual nunca usou o Twitter?
Não considero relevante
1
34%
1
33%
1
33%
Já utilizo outras
ferramentas e considero
uma redundância
Falta de oportunidade
Figura 37 - Qual o motivo pelo qual nunca usou o Twitter?
Tendo em conta que só 16% do nosso universo, ou seja 3 elementos, nunca
tinham usado o Twitter, os resultados obtidos não são esclarecedores e como tal não é
possível retirar conclusões, tendo em conta que cada qual aponta uma razão diferente
para nunca ter criado conta no Twitter.
A aplicação deste inquérito permitiu-nos ter uma visão clara do tipo de utilizador
Twitter, possibilitando também uma adequação do desenho do nosso contexto de
aprendizagem e da própria aprendizagem a desenvolver, para a adequar ao perfil de
utilização a atingir (objetivos e competências) e de utilizador.
61
2. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS RELATIVOS À
COMUNICAÇÃO/INTERAÇÃO
A comunicação efetuada por todos os estudantes do módulo através do Twitter,
bem como de intervenientes externos que com eles interagiram ou comunicaram foi
totalmente recolhida através de vários instrumentos e técnicas de recolha de dados (cf.
Cap III – 1.4.2).
O total de tweets produzidos no contexto da formação em estudo foi de 3062.
Foram analisados 3062 tweets dos quais, 2522 foram produzidos pelos
mestrandos (1094 com referência à hashtag #avampel5 e 1428 sem esta referência) e
540 foram publicações dos professores da UCs do Mestrado e de utilizadores externos à
formação (cf. Figura 38).
Figura 38 - Total de Tweets analisados
Apesar de recolhidos de forma diferentes, os dados foram tratados de modo
similar, usando o programa Microsoft Excel, como é possível documentar em Anexo.
62
2.1. Apresentação dos Resultados da hashtag #avampel5
O módulo sobre o Twitter na u.c. de Ambientes Virtuais de Aprendizagem
decorreu entre os dias 3 e 31 de outubro, tendo sido publicados, durante este período um
total de 1634 tweets com a hashtag #avampel5, distribuídos ao longo do mês da forma
apresentada na Figura 39:
Total Tweets #avampel5 por dia
160
140
120
100
80
60
40
20
0
3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
Figura 39 - Total tweets #avampel5 por dia
Nos primeiros quatro dias de uso do Twitter verifica-se um claro incremento do
número de tweets por dia verificando-se seguidamente, uma quebra abruta da sua
frequência.
Um outro aspeto que interessa analisar é quem são os utilizadores da hashtag. O
facto de o módulo ter decorrido, na sua grande maioria, num ambiente aberto, como é o
caso do uso do Twitter, permitiu-nos analisar também o tipo de utilizadores que
participaram na interação usando a hashtag #avampel5. Desta forma, dividimos os
utilizadores em quatro grupos:
Mestrandos
Professor do Módulo
Elementos externos
Professores MPEL
63
No primeiro foram agrupadas todas as contas de utilizadores de todos os
mestrandos que estavam inscritos na Unidade Curricular de Ambientes Virtuais de
Aprendizagem, que usaram conta de Twitter e que, pelo menos uma vez, efetuaram um
tweet.
Ao docente do módulo corresponde a conta oficial usada pelo professor
responsável por esta formação (@avampel5) e que foi utilizada como veículo
preferencial de comunicação.
Os participantes externos referem-se a todos os utilizadores que não fazendo
parte do curso de mestrado em Pedagogia do eLearning, nem do módulo em causa,
usaram a hashtag #avampel5, pelo menos uma vez.
Finalmente, a identificação professores MPeL indica os docentes que estando ou
não, diretamente envolvidos no módulo, são professores do mestrado e usaram as suas
contas pessoais para interagir no decurso do módulo de formação.
Desta forma foram quantificados os seguintes valores para o total de tweets
registados com a hashtag #avampel5 distribuídos pelos diferentes grupos de utilizadores
(cf. Quadro 4):
Utilizadores
Nº de Tweets
Mestrandos
1094
Professor Módulo
393
Externos
109
Professores MPEL
38
Total
1634
Quadro 4 - Número total de tweets #avampel5 por grupo de utilizador
É interessante assinalar que o facto do Twitter ser um ambiente aberto e como tal
sem restrições de acesso à “sala de aulas virtual”, possibilitou uma interessante
participação da parte de utilizadores externos. Cerca de 7% são deste grupo, não estando
aqui contemplandos os tweets de professores do MPeL que foram integrados noutro
grupo de utilizadores.
64
A abertura do espaço online a qualquer utilizador possibilita uma enorme
visibilidade e disseminação do próprio curso atribuindo-lhe uma dimensão
verdadeiramente global.
Total de tweets por tipo de utilizador
7%
24%
2%
Mestrandos
Professor Módulo
Externos
Professores MPEL
67%
Figura 40 - Total de tweets #avampel5, por grupo de utilizador, em percentagem
Desta forma é possível verificar que a grande maioria das mensagens produzidas
no módulo em análise foram publicadas pelos mestrandos (1094), o que corresponde
uma percentagem de 67 % do valor total produzido. Os professores representam cerca
de um quarto das mensagens publicadas, enquanto os elementos externos à formação
contribuíram em 7% para o volume total.
Em seguida é possível verificar que o número total de tweets com a hashtag
#avampel5, produzidos pelos mestrandos, quer individualmente, quer no seu conjunto,
foi de 1094, divididos da forma como se comprova no Quadro 5:
Mestrando
Nº de tweets
mjmgmatos
158
brogueira_mpel
127
ceciliatomas
110
sergiolagoa
106
65
hugodom
92
ruipascoa
81
gogas01
69
alice_educar
65
EstelaMGomes
63
filomenapestan1
49
GSCarvalheiro
40
hamedeiros
30
ritalbuquerque
30
dmfcunha
26
FilomenaBarbos1
20
carlacardoso18
14
Ciscoquitas
7
ZPatrocnio
5
HenriquesMena
2
TOTAL
1094
Quadro 5 - Total tweets #avampel5 por mestrando
Como é possível verificar ainda no Quadro 5, tal como na Figura 41, dos 1094
tweets efetuados, mais de metade (54%) foram feitos, por 5 utilizadores. Os restantes 14
mestrandos contribuíram com 46% do total dos tweets.
Registe-se que os 5 utilizadores mais influentes (ativos) já possuíam conta, antes
do início do curso, apesar de um deles ter aberto uma conta propositadamente para o
módulo.
Este resultado é bastante interessante na medida em que nos pode conduzir a
refletir sobre a curva de aprendizagem necessária para o uso efetivo desta ferramenta
bem como para a clara identificação da parte do utilizador do seu objetivo na utilização
do Twitter.
Na Figura 41 é ainda possível verificar qual a produção de cada mestrando
situando-se do lado esquerdo aqueles que se posicionam acima dos 8% e do lado direito
do gráfico, os que se situam abaixo desse valor.
66
Total tweets #avampel5 - Mestrandos
sergiolagoa
10%
EstelaMGomes
filomenapestan1
6%
4%
hugodom
8%
alice_educar
6%
ceciliatomas
10%
Other
46%
brogueira_mpel
12%
GSCarvalheiro
4%
hamedeiros
3%
gogas01
6%
ruipascoa
7%
mjmgmatos
14%
ritalbuquerque
3%
dmfcunha
2%
FilomenaBarbos1
2%
HenriquesMena
Ciscoquitas
0%
1%
ZPatrocnio
0%
Figura 41 - Total de tweets #avampel5 por mestrandos
carlacardoso18
1%
67
2.2. Apresentação e análise do Conteúdo das Categorias e Subcategorias de tweets
Nesta fase passaremos a apresentar a categorização de tweets, discriminando as
subcategorias identificadas, uma análise aos tweets, que classificámos em contexto
formal e informal e quais as ferramentas utilizadas ao longo da formação para aceder ao
Twitter.
2.2.1 Categorias de tweets
De acordo com as categorias catalogadas anteriormente e que apresentamos na
figura abaixo, verificou-se que mais de metade dos tweets (53%) que os mestrandos
fizeram foram relativos a mensagens de encaminhamento e 31 % relativas a mensagens
de conversação. Estando os restantes 16% registados nas outras categorias - Estado,
Notícias e Fático.
Categorias de Tweets - Total
107 41
4% 2%
A - Conversação
1326
53%
794
31%
B - Estado
C - Encaminhamento
D - Notícias
254
10%
E - Fático
Figura 42 - Tweets por Categoria
Apesar do resultado verificado, deve ser efetuada uma análise mais profunda e
detalhada às categorias, analisando, separadamente, as quatro semanas de formação.
Dessa forma é possível identificar um padrão de tweets e a sua distribuição.
68
A - Conversação
B - Estado
C - Encaminhamento
D - Notícias
E - Fático
Total
1
274
128
240
35
677
2
235
69
347
1
2
654
3
227
54
530
103
2
916
4
58
3
209
3
2
275
Total
794
254
1326
107
41
2522
Quadro 6- Total de tweets categorizados, por semana
A - Conversação
B - Estado
C - Encaminhamento
D - Notícias
E - Fático
Total
1
10,86%
5,08%
9,52%
0,00%
1,39%
26,84%
2
9,32%
2,74%
13,76%
0,04%
0,08%
25,93%
3
9,00%
2,14%
21,02%
4,08%
0,08%
36,32%
4
2,30%
0,12%
8,29%
0,12%
0,08%
10,90%
Total
31%
10%
53%
4%
2%
100%
Quadro 7 - Total de tweets categorizados, por semana (%)
Como se pode verificar nos Quadros 6 e 7, os tweets classificados na categoria
de Encaminhamento são claramente predominantes, sendo mais de metade das
mensagens categorizadas, ou seja, 1326 tweets - 53%. No entanto, inicialmente, ou seja
na primeira semana, isso não se verificou não tendo sido esse o padrão de
comportamento dominante.
Quando se analisa os tweets produzidos por semana (cf. as colunas no Quadro
7), verifica-se que, na primeira semana, registou-se uma percentagem mais elevada de
tweets de Conversação que ao longo das quatro semanas. Na realidade, esta categoria de
tweets foi perdendo relevância ao longo das semanas seguintes do módulo, como se
pode verificar no quadro seguinte (cf. Quadro 8), que expressa o peso relativo de cada
categoria em determinada semana.
1
2
3
4
Total
A - Conversação
40,47% 35,93% 24,78% 21,09%
31%
B - Estado
18,91% 10,55% 5,90%
1,09%
10%
C - Encaminhamento
35,45% 53,06% 57,86% 76,00%
53%
D - Notícias
0,00%
0,15% 11,24% 1,09%
4%
E - Fático
5,17%
0,31%
0,22%
0,73%
2%
Total
100%
100%
100%
100%
100%
Quadro 8 – Peso relativo dos tweets categorizados, por semana (%)
Torna-se mais claro o peso específico de cada categoria em cada semana,
observando-se claramente que, a diminuição da Conversação e do Estado, em
detrimento do Encaminhamento.
69
É possível ainda verificar um número significativo de tweets categorizados como
Notícias na terceira semana, como resultado da conferência myMPeL (a conferência
anual do mestrado) que se realizou nesse período e na qual alguns dos mestrandos
participaram ativamente.
Finalmente, uma referência para a categoria Fático que reflete, na sua grande
maioria, saudações, monólogos ou declarações indiretas e que inicialmente ainda
demonstrou ter algum peso durante a primeira semana, mas que posteriormente quase
desapareceu.
No próximo ponto faremos uma análise mais detalhada de cada uma das
categorias.
2.2.2 Subcategorias de tweets
Observámos no ponto anterior o peso de cada categoria de forma geral. No
entanto, é possível, observar, de forma mais profunda, cada uma das categorias, em
subcategorias por forma a analisar em detalhe o comportamento global dos mestrandos
durante o período da formação.
A - Conversação
A1
A2
A3
A4
B - Estado
B1
B2
B3
B4
B5
C - Encaminhamento
C1
C2
C3
D - Notícias
D1
E - Fático
E1
E2
Total
1
274
30
22
213
9
128
29
0
4
95
0
240
67
30
143
0
0
35
35
0
677
2
235
19
49
139
28
69
14
3
0
51
1
347
102
83
162
1
1
2
2
0
654
3
227
21
19
168
19
54
13
3
0
18
20
530
173
214
143
103
103
2
1
1
916
4 Total
58 794
3
73
12 102
29 549
14
70
3
254
2
58
0
6
0
4
1
165
0
21
209 1326
92 434
55 382
62 510
3
107
3
107
2
41
0
38
2
3
275 2522
Quadro 9 - Total de tweets subcategorizados, por semana
70
A - Conversação
A1
A2
A3
A4
B - Estado
B1
B2
B3
B4
B5
C - Encaminhamento
C1
C2
C3
D - Notícias
D1
E - Fático
E1
E2
Total
1
10,86%
1,19%
0,87%
8,45%
0,36%
5,08%
1,15%
0,00%
0,16%
3,77%
0,00%
9,52%
2,66%
1,19%
5,67%
0,00%
0,00%
1,39%
1,39%
0,00%
26,84%
2
9,32%
0,75%
1,94%
5,51%
1,11%
2,74%
0,56%
0,12%
0,00%
2,02%
0,04%
13,76%
4,04%
3,29%
6,42%
0,04%
0,04%
0,08%
0,08%
0,00%
25,93%
3
9,00%
0,83%
0,75%
6,66%
0,75%
2,14%
0,52%
0,12%
0,00%
0,71%
0,79%
21,02%
6,86%
8,49%
5,67%
4,08%
4,08%
0,08%
0,04%
0,04%
36,32%
4
2,30%
0,12%
0,48%
1,15%
0,56%
0,12%
0,08%
0,00%
0,00%
0,04%
0,00%
8,29%
3,65%
2,18%
2,46%
0,12%
0,12%
0,08%
0,00%
0,08%
10,90%
Total
31%
3%
4%
22%
3%
10%
2%
0%
0%
7%
1%
53%
17%
15%
20%
4%
4%
2%
2%
0%
100%
Quadro 10 - Total de tweets subcategorizados, por semana (%)
Os dois quadros anteriores apresentam os dados, por total e em percentagem
relativa ao total, por categoria e subcategoria, divididos pelas quatro semanas analisadas.
Para lá da análise global que foi feita por categorias é possível enunciar ainda
algumas tendências dentro das subcategorias.
Na categoria Conversação é possível perceber que a maioria dos tweets são, na
sua maioria, de Resposta Simples (A3), como se pode analisar, ainda mais
profundamente pelo quadro seguinte:
Conversação
A1
A2
A3
A4
Total
1
10,95%
8,03%
77,74%
3,28%
100%
2
8,09%
20,85%
59,15%
11,91%
100%
3
9,25%
8,37%
74,01%
8,37%
100%
4
5,17%
20,69%
50,00%
24,14%
100%
Total
9%
13%
69%
9%
100%
Quadro 11 - Peso relativo dos tweets Conversação por semana (%)
Desta forma, percebe-se peso, total e relativo, da subcategoria Resposta simples,
justificado, pelo número de mensagens que os mestrandos foram enviando ao professor,
71
em resposta a questões colocadas pela conta @avampel5 e de conversas entre eles e
outros utilizadores.
A categoria Estado apresenta uma pequena expressão (10% do total de tweets),
sendo relevante numa fase inicial do curso (1ªsemana), onde os formandos procuravam
declarar alguns “estados de alma”, essencialmente relacionados com o ínicio do módulo
e com a sua temática, como se pode verificar pela subcategoria Twitter (B4), explicitada
mais claramente no quadro seguinte:
Estado
B1
B2
B3
B4
B5
Total
1
22,66%
0,00%
3,13%
74,22%
0,00%
100%
2
20,29%
4,35%
0,00%
73,91%
1,45%
100%
3
24,07%
5,56%
0,00%
33,33%
37,04%
100%
4
66,67%
0,00%
0,00%
33,33%
0,00%
100%
Total
23%
2%
2%
65%
8%
100%
Quadro 12 - Peso relativo dos tweets Estado por semana (%)
Na medida em que a relevância desta categoria só acontece na primeira semana,
não são importantes, as elevadas percentagens expressas nas semanas seguintes.
Quanto à categoria Encaminhamento, a mais relevante de todas, o peso das
subcategorias é globalmente semelhante. Todas elas estão situadas entre os 15% e os
20% do total do curso, o que lhes dá uma enorme relevância. No entanto é visível, no
Quadro 13, uma fase inicial de divulgação de conteúdos e ligações de outros que sem
nunca perder a sua relevância no contexto global da formação, foi perdendo peso
relativo na categoria para os tweets de Autopromoção (C2), como passamos a
descriminar no quadro seguinte:
Encaminhamento
C1
C2
C3
Total
1
27,92%
12,50%
59,58%
100,00%
2
29,39%
23,92%
46,69%
100,00%
3
32,64%
40,38%
26,98%
100,00%
4
44,02%
26,32%
29,67%
100,00%
Total
33%
29%
38%
100%
Quadro 13 - Peso relativo dos tweets Encaminhamento por semana (%)
Como se pode verificar pelo peso relativo de cada subcategoria, em cada uma
das semanas, verificou-se uma mudança de comportamento dos utilizadores. De uma
72
atitude de divulgação de conteúdos de outros (C3), passámos para uma postura de
divulgação de conteúdos próprios (C2), para ser evidente na última semana de curso,
uma subida relativa da subcategoria Reencaminhamento (C3). Na medida em que a
função RT é muito particular do Twitter, como foi explorado no levantamento teórico
apresentado, podemos concluir que os mestrandos acabaram por explorar uma
característica da ferramenta que revela um elevado grau de maturidade no seu uso.
Para terminar, juntamos as duas categorias menos relevantes deste estudo e que,
em conjunto, se ficam pelos 6% do total de tweets.
O destaque que deve ser feito é à percentagem verificada na terceira semana pela
categoria Notícias e que resulta, tão só, da realização da conferência Mympel onde
parte dos mestrandos participaram. No entanto é importante ressalvar que nem todos os
tweets com referência à conferência Mympel se encontram nesta categoria. Existem
outros, distribuídos por outras categorias, visto que, neste contexto, só entravam aqueles
que não eram identificados noutras categorias, mas que expressamente permitiam
identificar o evento.
Identificados e analisados os tweets nas subcategorias passaremos agora a
analisar o seu grau de formalidade durante as quatro semanas de trabalho.
2.2.3 Formal vs informal
Existe um comportamento diferente do utilizador entre um contexto formal, que
se verifica quando utiliza a hashtag #avampel5, e um contexto não-formal e/ou informal,
quando não se utiliza a hashtag proposta para a formação?
Para se responder a esta questão analisaram-se todos os tweets dos utilizadores,
durante as 4 semanas do curso, separando os que faziam referência aquilo que foi
considerado como contexto formal, ou seja, que tinham diretamente que ver com
qualquer U.C. ou atividade curricular do mestrado, como avampel5, avampel, ppel,
mympel e os restantes tweets sem qualquer referência, como se discrimina nos quadros
seguintes:
Formal
Informal
Total
1
422
255
677
2
388
266
654
3
523
393
916
4
120
155
275
Quadro 14 - Valor absoluto de tweets por semana
Total
1453
1069
2522
73
Formal
Informal
Total
1
29,04%
23,85%
26,84%
2
26,70%
24,88%
25,93%
3
35,99%
36,76%
36,32%
4
8,26%
14,50%
10,90%
Total
100%
100%
100%
Quadro 15 - Peso relativo dos tweets durante as quatro semanas (%)
Formal
Informal
Total
1
62,33%
37,67%
100%
2
59,33%
40,67%
100%
3
57,10%
42,90%
100%
4
43,64%
56,36%
100%
Total
57,61%
42,39%
100%
Quadro 16 - Peso relativo dos tweets por semana (%)
Como se pode aferir, verificou-se um número global mais elevado de tweets
formais do que informais. No entanto a tendência foi de descida dos tweets formais em
contraponto com o aumento dos tweets informais, como se veio a verificar na última
semana de curso. Na globalidade aconteceu uma descida, em virtude da forma como a
formação estava estruturada. Não existiam tarefas que envolvessem diretamente a
utilização do Twitter. A última semana estava reservada para uma reflexão final de cada
um dos mestrandos e como tal é normal a dimunição do número total de tweets e do
aumento relativo dos tweets informais.
2.2.4 Ferramentas utilizadas
As ferramentas que servem de suporte ao Twitter foram um dos aspetos
analisados durante a formação. Para compreender o grau de apropriação da ferramenta e
da efetiva relevância da formação torna-se necessário analisar de que forma houve
alterações de comportamento em relação à sua utilização.
A Figura 43 indica-nos qual o peso relativo das cinco ferramentas mais
utilizadas durante a formação, em cada uma das semanas, sendo de referir que esta
análise só expressa a ferramenta que é utilizada na publicação dos tweets e não aquela
que é usada para a sua leitura.
74
60%
50,53%
50%
44,33%
38,10%
40%
35,39%
36,33%
25,27%
21,43%
TweetDeck
21,43%
20%
21,16%
15,72%
11,17%
10,01%
10%
3,04%
1
18,10%
6,67%
1,50%
0,00%
0%
Hootsuite
31,78%
30%
Página Twitter
2
7,10%
3
0,95%
Tweet Button
Dlvrit
4
Figura 43 - Ferramentas utilizadas para publicar mensagens, durante as quatro semanas
Como se pode verificar, a ferramenta predominante na primeira semana foi a
própria página do Twitter. Um espaço por onde é habitual começar quando não se
conhece a ferramenta. Visto que a grande maioria dos utilizadores eram pouco
experientes ou não tinham qualquer experiência anterior é perfeitamente normal este
comportamento. No entanto, verifica-se que existem mais duas ferramentas com alguma
relevância: o Hootsuite e o Tweetdeck. Duas aplicações que, como foi explicitado
anteriormente, possibilitam a gestão de uma ou várias contas de Twitter, Facebook ou
LinkedIn, de forma simultânea.
Verificou-se que, depois da introdução das ferramentas na formação, o que
aconteceu durante a primeira semana, o Hootsuite tornou-se a aplicação preferida dos
utilizadores, mantendo-se assim até final da formação. Por outro lado, a página de
Twitter foi perdendo relevância, acabando por se situar abaixo dos 20%.
É interessante verificar que o TweetDeck, que já possuía alguma relevância
inicial, perdeu influência mas voltou a recuperar, situando-se nos níveis iniciais, o que
revela uma fidelidade de quem já usava, que testou outras aplicações mas voltou aquela
onde se sente mais confortável.
75
Finalmente, podemos observar que emergiu o Tweet Button, uma aplicação sem
qualquer expressão inicial e que, no final da formação, atingiu o mesmo nível de
penetração que o TweetDeck. Sendo o Tweet Button uma aplicação que se encontra
disponível em muitas páginas e espaços que o utilizador visita quando navega pela
internet, esta evidência é reveladora do grau de maturidade dos mestrandos, na medida
em que demonstra uma grande naturalidade na utilização do Twitter que não existia
inicialmente.
2.3. Análise por utilizador
Passamos agora a analisar todos os mestrandos, inicialmente numa perspetiva
conjunta e, depois, partindo para uma análise individual, onde será possível verificar
comportamentos e tendências durante as quatro semanas de formação.
Apresenta-se, na figura seguinte, o número total de tweets com os respetivos
pesos percentuais por cada um dos utilizadores, da mesma forma como já o tínhamos
feito para o total de tweets no âmbito exclusivo da hashtag #avampel5.
76
Total tweets Mestrandos
EstelaMGomes
6%
alice_educar
4%
ceciliatomas
7%
hugodom
9%
mjmgmatos
12%
hamedeiros
3%
Outros
50%
ruipascoa
14%
GSCarvalheiro
3%
brogueira_mpel
7%
dmfcunha
3%
filomenapestan1
2%
gogas01
16%
ritalbuquerque
2%
sergiolagoa
8%
ZPatrocnio
0%
Figura 44 - Total de tweets por mestrandos
carlacardoso18
1%
HenriquesMena
0%
FilomenaBarbos1
1%
Ciscoquitas
1%
77
É possível verificar que apenas quatro mestrandos são responsavéis por metade
das mensagens publicadas. No entanto se compararmos estes valores com o resultado
que se verificou na figura 41 (total de tweets #avampel5 por mestrandos) percebe-se
que somente dois dos quatro utilizadores identificados se repetem como utilizadores
com elevado grau de publicação.
É possível então verificar que o grau de intervenção na formação propriamente
dita (quando se utiliza a hashtag #avampel5) pode ser diferente da quantidade total de
tweets por utilizador. Por exemplo o utilizador @gogas01 foi aquele que publicou mais
mensagens durante as quatro semanas, mas o seu grande foco não foi a formação
propriamente dita. Visto que ele já era um utilizador do Twitter, utilizou-o da mesma
forma como o vinha fazendo, publicando tweets na sua área de interesse.
Passamos agora a apresentar os tweets por categorias, quer em número absoluto
por utilizador, quer em termos percentuais.
alice_educar
brogueira_mpel
carlacardoso18
ceciliatomas
Ciscoquitas
dmfcunha
EstelaMGomes
FilomenaBarbos1
filomenapestan1
gogas01
GSCarvalheiro
hamedeiros
HenriquesMena
hugodom
mjmgmatos
ritalbuquerque
ruipascoa
sergiolagoa
ZPatrocnio
Total
A
36
65
13
115
6
21
25
15
32
14
23
25
9
56
174
25
64
75
1
794
B
25
17
1
21
5
6
11
10
9
23
19
7
C
39
96
14
36
9
45
82
5
20
346
27
35
8
19
9
28
36
140
101
17
227
83
4
1326
254
D
3
6
E
2
5
5
14
32
1
2
3
7
1
1
4
1
13
1
1
9
2
1
26
1
2
2
107
41
Quadro 17 - Total de tweets, por utilizador, por categoria
3
Total
105
189
33
186
21
73
154
32
63
396
73
75
9
215
298
52
348
195
5
2522
78
alice_educar
brogueira_mpel
carlacardoso18
ceciliatomas
Ciscoquitas
dmfcunha
EstelaMGomes
FilomenaBarbos1
filomenapestan1
gogas01
GSCarvalheiro
hamedeiros
HenriquesMena
hugodom
mjmgmatos
ritalbuquerque
ruipascoa
sergiolagoa
ZPatrocnio
Total
A
1,43%
2,58%
0,52%
4,56%
0,24%
0,83%
0,99%
0,59%
1,27%
0,56%
0,91%
0,99%
0,36%
2,22%
6,90%
0,99%
2,54%
2,97%
0,04%
31,48%
B
0,99%
0,67%
0,04%
0,83%
0,20%
0,24%
0,44%
0,40%
0,36%
0,91%
0,75%
0,28%
0%
0,32%
0,75%
0,36%
1,11%
1,43%
0%
10,07%
C
1,55%
3,81%
0,56%
1,43%
0,36%
1,78%
3,25%
0,20%
0,79%
13,72%
1,07%
1,39%
0%
5,55%
4,00%
0,67%
9,00%
3,29%
0,16%
52,58%
D
0,12%
0,24%
0%
0,56%
0%
0%
1,27%
0,04%
0,08%
0%
0,12%
0,28%
0%
0,36%
0,08%
0,04%
1,03%
0,04%
0%
4,24%
E
0,08%
0,20%
0,20%
0%
0,04%
0,04%
0,16%
0,04%
0%
0,52%
0,04%
0,04%
0%
0,08%
0,08%
0%
0,12%
0%
0%
1,63%
Total
4,16%
7,49%
1,31%
7,38%
0,83%
2,89%
6,11%
1,27%
2,50%
15,70%
2,89%
2,97%
0,36%
8,52%
11,82%
2,06%
13,80%
7,73%
0,20%
100%
Quadro 18 - Total de tweets, por utilizador, por categoria (%)
Como podemos verificar existe um elevado número de tweets de
Encaminhamento feitos por um único utilizador (@gogas01) e que condicionam o
resultado final. Se, por exemplo, retirarmos o peso dos seus tweets efetuados
informalmente, ou seja, que não têm qualquer referência a hashtags relacionados com o
mestrado, o total final sofre uma mudança considerável em quase todas as categorias:
Total
A
38,20%
B
14,66%
C
37,65%
D
7,30%
E
2,20%
Total
100%
Quadro 19 - Total de tweets, por utilizador, por categoria, sem tweets informais de @gogas01 (%)
Fica claro o grau de influência do utilizador e a forma ele altera a perceção que,
anteriormente, poderia ter ficado expressa acerca da tendência verificada.
Os tweets Conversação passam a ser os que maior expressão têm, quase na
mesma proporção dos de Encaminhamento, e todas as outras categorias aumentam
também a sua influência.
Na medida em que esta análise é global e não nos permite analisar perfis
individuais de comportamento, passamos em seguida a efetuar a uma análise individual
79
a cada um dos mestrandos, observando a quantidade de tweets produzidos, divididos em
categorias e subcategorias e recolhendo as conclusões mais significatiovas que foram
observadas nas reflexões que foram efetuadas durante o período das quatro semanas de
formação.
2.3.1 Alexandre Medeiros - @hamedeiros29
Este utilizador, apesar de já possuir conta no Twitter nunca a tinha utilizado e
tinha valorizado pouco a ferramenta. Ele considerava “140 carateres parcos para
transmitir uma mensagem significativa”.
Nesta primeira fase, apesar de já reconhecer algum potencial e ter vontade de
aprender ainda tinha expectativas muito baixas:
“- O Twitter poderá ser uma ferramenta excelente de divulgação de
material de aprendizagem (sob rigorosos pressupostos, e uma panóplia muito
alargada de seguidores... o que implica muito tempo "dado" à ferramenta...);
- Tenho muito pouca fé/interesse na ferramenta;
- Tendo a suficiente abertura de espírito para aprender, e ter a
oportunidade de "realmente" pôr as mãos na massa e (eventualmente) me
converter ao Twitter.”
Na segunda reflexão sobre o Twitter, o utilizador começa a alterar a sua
perspetiva inicial. Tendo sido pedido para otimizar o seu perfil no Twitter, acaba por
também retirar as primeiras conclusões acerca da partilha de informação na rede:
...o nosso perfil (first impression) está diretamente ligado com o interesse
"provocado" (numa 1ª instância) nos outros utilizadores para connosco, no
entanto, é importante salientar que a nossa produção na rede é que gera (de certa
forma) uma fidelização dos seguidores pois (esse interesse) decorre diretamente
dos materiais que produzimos/divulgamos e/ou partilhamos, bem como a forma
como interagimos com a rede e os seus utilizadores (grau de abertura).
Acaba por concluir a segunda reflexão com algumas vantagens que conseguiu
identificar:
29
No dia 10 de outubro alterou o seu nome de utilizador de @esgrovi para @hamedeiros, na
sequência da atividade de análise dos perfis de utilizador.
80
Tenho
verificado
que
a
Plataforma
tem
muito
mais
vantagens/potencialidades do que eu (erradamente) lhe tinha augurado, pois
permite-nos pesquisar, tópicos, produção literária, materiais de outros autores,
que sejam do nosso interesse pessoal, permitindo-nos:
- Obter uma maior conexão entre Teoria e Prática;
- Um mais profícuo debate de ideias;
- Uma maior interação Alunos – Professores;
- Uma efetiva partilha de material.”
Como se comprova nos quadros seguintes, a sua participação foi sempre em
crescendo até à semana 3, onde acabou por concentrar mais de metade dos seus tweets.
1 2 3 4 Total
A - Conversação
2 8 15
25
B - Estado
3
4
7
C - Encaminhamento
2 7 20 6 35
D - Notícias
7
7
E - Fático
1
1
Total
8 15 46 6 75
Quadro 20 - Total de tweets categorizados, por semana - @hamedeiros
1
2
3
4
Total
A - Conversação
2,67% 10,67% 20,00% 0,00% 33%
A1
0,00% 0,00% 1,33% 0,00% 1%
A2
0,00% 1,33% 4,00% 0,00% 5%
A3
2,67% 9,33% 12,00% 0,00% 24%
A4
0,00% 0,00% 2,67% 0,00% 3%
B - Estado
4,00% 0,00% 5,33% 0,00% 9%
B1
1,33% 0,00% 0,00% 0,00% 1%
B4
2,67% 0,00% 5,33% 0,00% 8%
C - Encaminhamento
2,67% 9,33% 26,67% 8,00% 47%
C1
1,33% 0,00% 6,67% 0,00% 8%
C2
0,00% 6,67% 10,67% 8,00% 25%
C3
1,33% 2,67% 9,33% 0,00% 13%
D - Notícias
0,00% 0,00% 9,33% 0,00% 9%
D1
0,00% 0,00% 9,33% 0,00% 9%
E - Fático
1,33% 0,00% 0,00% 0,00% 1%
E1
1,33% 0,00% 0,00% 0,00% 1%
Total
10,67% 20,00% 61,33% 8,00% 100%
Quadro 21 - Total de tweets subcategorizados, por semana - @hamedeiros
81
A terceira reflexão incidiu na análise de algumas ferramentas adjacentes ao
Twitter, como o Klout, LinkedIn, Packrati e Diigo, refletindo no final as conclusões
sobre a Conferência MyMPEL que entretanto se tinha realizado.
A propósito da utilização do Twitter como “backchannel” da conferência, que é
visível no quadro anterior, @hamedeiros concluiu de forma entusiasmada:
“Foi uma agradável surpresa, na medida em que os tweets no #mympel
foram surgindo em catadupa, sempre no sentido de complementar, enriquecer
gerando um saudável ambiente de partilha (de experiências, materiais, links, etc)
que enriqueciam o que estava a ser transmitido ao mesmo tempo de forma
síncrona pelos palestrantes.
Foi nesta altura que vi o Twitter em todo o seu "explendor", nesta altura já
estava convencido, mas a partir da conferência fiquei fã (incondicional), pois
verifiquei que se trata de uma ferramenta multifacetada, que permite em tempo
real ou de forma assíncrona, o acesso a materiais, redes, conexões que de outra
forma seria difícil de alcançar.”
A reflexão final acabou por confirmar aquilo que anteriormente afirmou, tendo
indicado algumas das características que mais o impressionaram:
“- Conectividade do Twitter com uma miríade de ferramentas/sites/redes
sociais
(Packrati,
Diigo,
Klout,
LinkedIn,
etc)
que
permitem
complementar/enriquecer a sua função nuclear (que pode ser qualquer uma que
nós entendamos...);
- Possibilitando uma comunicação tanto síncrona como assincrona de
conteúdos/links, etc;
- Efectiva partilha de material;
- Permitindo o debate de ideias (p.e. conf.ª Mympel);
- Confrontação teoria vs pratica;
- Grande interação aluno vs professor, aluno vs aluno e rede de
aprendizagem;
- A escolha dos temas e interesses recaem (inteiramente) sobre o
utilizador.”
82
Como grande conclusão @hamedeiros afirma que “o Twitter afigura-se como
uma ferramenta (terrivelmente) versátil, proporcionando-nos experiências muito
enriquecedoras do ponto de vista educacional.”
2.3.2 Alice Brandão - @alice_educar
Esta utilizadora declarou expressamente que não possuía conta de Twitter tendo
criado uma a propósito desta formação.
Numa primeira reação à ferramenta é possível perceber o enfoque que conferiu à
comunicação interpessoal:
“As minhas primeiras impressões sobre o Twitter é como se estivesse
numa festa e aos poucos vamos encontrando com os amigos para papear, com
alguns o papo se estica um pouco mais, com outros apenas um como vai, e de
repente, encontramos o grupo que realmente nos interessa e aí sim, tagarelamos
por mais tempo!”
Foi uma pessoa que revelou algumas dificuldades na apropriação da ferramenta
o que acabou por confessar na reflexão final:
Na primeira semana de estudo entrei quase em alfa, pois não sabia
operacionalizá-lo e observava uma infinidade de pessoas postando mensagens e eu
nada...
É possível, no entanto, verificar que a sua perceção estava, de alguma forma
errada, como se pode comprover no Quadro 17 (Total de tweets, por utilizador, por
categoria), quando comparada com os outros utilizadores, e nos quadros seguintes:
1
17
14
3
2
2
5
17
3
11
4
6
2
4 Total
A - Conversação
6
36
B - Estado
2
25
C - Encaminhamento
13 39
D - Notícias
1
3
E - Fático
2
2
Total
36 24 23 22 105
Quadro 22 - Total de tweets categorizados, por semana - @alice_educar
83
A - Conversação
A2
A3
A4
B - Estado
B1
B4
B5
C - Encaminhamento
C1
C2
C3
D - Notícias
D1
E - Fático
E1
Total
1
16,19%
1,90%
14,29%
0,00%
13,33%
6,67%
6,67%
0,00%
2,86%
1,90%
0,95%
0,00%
0,00%
0,00%
1,90%
1,90%
34,29%
2
1,90%
0,95%
0,95%
0,00%
4,76%
1,90%
2,86%
0,00%
16,19%
7,62%
0,95%
7,62%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
22,86%
3
10,48%
0,00%
10,48%
0,00%
3,81%
2,86%
0,00%
0,95%
5,71%
3,81%
0,00%
1,90%
1,90%
1,90%
0,00%
0,00%
21,90%
4
5,71%
0,00%
0,95%
4,76%
1,90%
1,90%
0,00%
0,00%
12,38%
8,57%
1,90%
1,90%
0,95%
0,95%
0,00%
0,00%
20,95%
Total
34%
3%
27%
5%
24%
13%
10%
1%
37%
22%
4%
11%
3%
3%
2%
2%
100%
Quadro 23 - Total de tweets subcategorizados, por semana - @alice_educar
Pelo que é possível observar conseguiu distribuir os seus tweets por quase todas
as categorias, com um enfoque especial, na semana 1, para a subcategoria Resposta
Simples (A3) e para as mensagens de Estado, quer Pessoal (B1), quer Tecnológico (B2),
onde procura encontrar respostas para as suas dúvidas de operacionalização da
ferramenta e onde vai declarando alguns estados de alma que vai sentido.
No entanto, esta dificuldade inicial não a impediu de tentar compreender o
Twitter, tendo conseguido assimilar a sua utilidade e potencial:
“No decorrer das quatro semanas de estudos propostos pela UC
Ambientes Virtuais de Aprendizagem do MPEL05 construi conhecimentos
bastantes significativos para minha prática pedagógica e futuras pesquisa na área
de EaD.
Esse estudo não cessa por aqui percebo que está apenas começando pela
enormidade do cenário virtual, outras aprendizagens serão construídas no
decorrer da usabilidade das ferramentas já incorporadas.”
84
2.3.3 Carla Cardoso - @carlacardoso18
Esta utilizadora também não possuía conta no Twitter e teve algumas
dificuldades iniciais, nomeadamente a torrente de mensagens que foram surgindo e a
designações de ferramentas que desconhecia. No entanto, o problema foi resolvido:
“...nomes como Thinkup, HootSuite e TweetDeck e uma quantidade
enorme de mensagens (ainda bem que são curtas) para ler, fizeram com que me
perdesse um bocadinho e tivesse de recorrer a ajuda do professor, de colegas e do
imprescindível manual disponibilizado. Dificuldades a serem ultrapassadas
devagarinho mas a bom ritmo!!!”
Nunca tenho sido uma utilizadora muito interventiva, como se comprova pelos
quadros seguintes, na segunda reflexão, ressalta o espanto da utilizadora em relação ao
Twitter:
“Considerando, que ainda tenho muito a explorar e testar, esta ferramenta
de comunicação social tem-se revelado uma verdadeira surpresa!”
A - Conversação
B - Estado
C - Encaminhamento
E - Fático
Total
1
2
2
5
9
2
4
3
6
1
8
4 Total
1
13
1
4
14
5
4 15 5
33
Quadro 24 - Total de tweets categorizados, por semana - @carlacardoso18
1
2
3
4
Total
A - Conversação
6,06% 12,12% 18,18% 3,03% 39%
A2
0,00% 3,03% 0,00% 0,00%
3%
A3
6,06% 9,09% 12,12% 3,03% 30%
A4
0,00% 0,00% 6,06% 0,00%
6%
B - Estado
0,00% 0,00% 3,03% 0,00% 3%
B4
0,00% 0,00% 3,03% 0,00%
3%
C - Encaminhamento
6,06% 0,00% 24,24% 12,12% 42%
C1
0,00% 0,00% 3,03% 3,03%
6%
C2
3,03% 0,00% 18,18% 9,09% 30%
C3
3,03% 0,00% 3,03% 0,00%
6%
E - Fático
15,15% 0,00% 0,00% 0,00% 15%
E1
15,15% 0,00% 0,00% 0,00% 15%
Total
27,27% 12,12% 45,45% 15,15% 100%
Quadro 25 - Total de tweets subcategorizados, por semana - @carlacardoso18
85
Na reflexão final a utilizadora recorda o percurso e aponta o interesse da
ferramenta para o seu percurso profissional:
...o interesse pelo twitter revela-se cada vez maior, sendo que a ferramenta
traduz-se numa mais valia profissional, assim como um ambiente de aprendizagem
muito rico e atual, possibilitando aceder a uma diversidades de informações quase
em tempo real...
2.3.4 Cecília Tomás - @ceciliatomas
Esta utilizadora foi das pessoas que mais contribuiu para a dinâmica do grupo de
trabalho. Possuidora de conta de Twitter antes da formação, tinha, no entanto, perdido o
interesse na ferramenta.
Conseguiu identificar, inicialmente, algumas virtudes e defeitos do Twitter:
“Virtudes:
- não há amigos; apenas contactos a 'seguir';
- espaço para mensagens curto (sem lugar a devaneios);
- interface gráfico simplificado;
Defeitos:
- interface gráfico pouco apelativo;
- 'enchorrada' de informação momentânea;
- encadeamento das conversas encurtado;
- pelo curto espaço para mensagens existentes, tende-se ou: 1) falar por
código (o que compromete a comunicação); 2) escrever em 2 ou 3 mensagens o
que se quer dizer apenas em 1, perdendo-se, por vezes, o fio da conversa;”
Cecília Tomás foi claramente, nestas quatro semanas, uma conversadora, com
especial enfoque nos tweets subcategorizados como de Resposta Simples.
Foi, no entanto, durante a conferência MyMpel que conseguiu percecionar a
potencialidade do Twitter enquanto “backchannel” de uma conferência, muito pelo
facto de ter estado fisicamente ausente, mas tendo acompanhado o desenrolar dos
acontecimentos via internet, como se comprova pelas suas declarações e pelos quadros
seguintes:
86
“...o twitter funcionou como um 'chat assíncrono' que nos permitiu ir
acompanhando em tempo real aquilo que se ía passando na conferência, por um
lado, aquilo que nos ía sendo dado por colegas ou professores como suporte
adicional (essencialmente através de links) e a possibilidade de, aqui e ali, irmos
dando a nossa perspetiva ou conversar sobre algo.”
1
34
15
6
2
33
2
7
3 4 Total
A - Conversação
38 10 115
B - Estado
4
21
C - Encaminhamento
13 10 36
D - Notícias
14
14
Total
55 42 69 20 186
Quadro 26 - Total de tweets categorizados, por semana - @ceciliatomas
1
2
3
4
Total
A - Conversação
18,28% 17,74% 20,43% 5,38% 62%
A1
1,61% 1,61% 3,23% 0,00%
6%
A2
0,00% 1,08% 0,00% 0,00%
1%
A3
16,67% 14,52% 14,52% 4,84% 51%
A4
0,00% 0,54% 2,69% 0,54%
4%
B - Estado
8,06% 1,08% 2,15% 0,00% 11%
B1
0,54% 0,54% 0,54% 0,00%
2%
B4
7,53% 0,54% 0,00% 0,00%
8%
B5
0,00% 0,00% 1,61% 0,00%
2%
C - Encaminhamento
3,23% 3,76% 6,99% 5,38% 19%
C1
1,61% 1,08% 5,38% 2,69% 11%
C2
0,54% 1,61% 1,08% 1,61%
5%
C3
1,08% 1,08% 0,54% 1,08%
4%
D - Notícias
0,00% 0,00% 7,53% 0,00% 8%
D1
0,00% 0,00% 7,53% 0,00%
8%
Total
29,57% 22,58% 37,10% 10,75% 100%
Quadro 27 - Total de tweets subcategorizados, por semana - @ceciliatomas
No final da reflexão não resistiu em admitir:
“Rendi-me: o twitter tem várias funcionalidades e enquanto ferramenta de
trabalho é de considerar a sua utilidade.”
A Cecilia Tomás terminou com uma longa reflexão que passou em revista o seu
percurso e onde explicitou mais alguma ideias, como por exemplo a diferença entre o
Twitter e o Facebook:
87
“Ao começar a utilizar o Twitter reparei que havia pessoas do mundo do
'e-learning' que o utilizavam com frequência para fazer passar informação /
conhecimento através de link's e que utilizavam o Facebook (ferramenta
aparentemente similar, mas muito diferente tanto em termos gráficos como nos
propósitos da sua utilização) num sentido mais pessoal e com uma comunicação
menos informativa ou cognitiva.”...” o Facebook é mais a 'feira das vaidades e do
ócio' e o Twitter o lugar do 'negócio' (onde se nega o ócio - porque está
essencialmente direcionada para a passagem da informação e divulgação de
conhecimento). É claro que muitos dos 'users' do Facebook utilizam esta rede
social como uma forma de fazer passar informação / conhecimento, mas... em
muitos casos é mais um 'ir ao café sem sair de casa'; por outro lado o Twitter tem
um interface mais enfadonho (na minha perspetiva) porque tem algumas palavras
(que por vezes parecem autentico código) e muitos link's - interiores ou exteriores
ao twitter -, alguns dos quais eu nem sequer sabia o que eram (as famosas hastags)
e a quantidade de informação é tanta... que é muito fácil nos perdermos (mesmo
nas conversas estabelecidas entre utilizadores do twitter - até pelo interface
gráfico da ferramenta -).”
Finalmente é de destacar a citação que faz de um artigo de Tim O’Reilly (2008),
por indicação do seu colega Hugo Domingos:
“Twitter is a re-incarnation of the old Unix philosophy of simple,
cooperating tools: a simplicidade e a cooperatividade da ferramenta são os seus
preciosismos que fazem crescer a informação e passar conhecimento.”
2.3.5 Débora Cunha - @dmfcunha
A Débora Cunha já tinha conta no Twitter mas tinha desistido de a utilizar,
considerado a ferramenta de imprópria para seu consumo. Como nunca se sentiu
motivada a usar, nunca a explorou convenientemente só tendo consciência do conceito
de seguidor e seguido durante esta formação.
Na segunda reflexão, efetudada no final da semana 2, aponta claramente uma
forma de utilizar o Twitter:
“A característica das mensagens de possuírem o limite de 140 caracteres,
por um lado corta a comunicação completa, por vezes tornando-as sem nexo, mas
por outro lado, há a necessidade, e decerto é o objetivo da ferramenta, de
88
comunicar temas muito diretos, sem rodeios. Decididamente não é uma ferramenta
de chat e seu uso nesse sentido deve ser abolido.”
Os dados que apresentamos nos quadros seguintes confirmam claramente a sua
opinião. Podemos observar que na primeira semana as três principais categorias tiveram
sensivelmente o mesmo peso, mas, a seguir, tornaram-se evidentes os tweets de
Encaminhamento, independentente do seu género.
A - Conversação
B - Estado
C - Encaminhamento
E - Fático
Total
1
7
6
5
1
19
2
9
3
3
4 Total
2
21
6
14 11 15 45
1
23 14 17 73
Quadro 28 - Total de tweets categorizados, por semana - @dmfcunha
A - Conversação
A2
A3
A4
B - Estado
B4
C - Encaminhamento
C1
C2
C3
E - Fático
E1
Total
1
9,59%
0,00%
9,59%
0,00%
8,22%
8,22%
6,85%
2,74%
4,11%
0,00%
1,37%
1,37%
26,03%
2
12,33%
2,74%
8,22%
1,37%
0,00%
0,00%
19,18%
6,85%
8,22%
4,11%
0,00%
0,00%
31,51%
3
4,11%
1,37%
2,74%
0,00%
0,00%
0,00%
15,07%
2,74%
4,11%
8,22%
0,00%
0,00%
19,18%
4
2,74%
1,37%
1,37%
0,00%
0,00%
0,00%
20,55%
8,22%
6,85%
5,48%
0,00%
0,00%
23,29%
Total
29%
5%
22%
1%
8%
8%
62%
21%
23%
18%
1%
1%
100%
Quadro 29 - Total de tweets subcategorizados, por semana - @dmfcunha
Na reflexão da terceira semana, a opinião inicial tinha-se alterado
significativamente. De uma ferramenta imprópria para consumo o Twitter transformouse em fantástica:
“O contato com os colegas do mpel através do Twitter tem-se mostrado,
além de proveitoso, muito motivador. São diversas as experiências partilhadas e
por conseguinte estimuladas a sua experimentação. Muitas informações novas,
muitos testes, muitos conhecimentos adquiridos tanto da ferramenta em si como da
sua utilização para alargamento do conhecimento/aprendizagem. Para a partilha e
89
troca de conhecimentos e informações o Twitter tem-se revelado F-A-N-T-Á-S-T-IC-O.”
Na sua reflexão final, admite que a utilização diária do Twitter lhe trouxe a
familiaridade que faltava para a usar e valorizando a ação de formação:
“Uma compreensão mais correta sobre o Twitter somente se estabeleceu
após a sua utilização orientada e diária. Considero-o hoje, uma ferramenta
bastante simples, direta e útil em vários sentidos: comunicamos em tempo real com
nossa rede de seguidores, que se vai construindo com o passar do tempo, de
acordo com nossos interesses; traz mais visitantes aos nossos blogues; faz a
divulgação gratuita de nossas comunicações; põe em destaque nosso perfil,
mediante o que fazemos ou comunicamos.
Considero a sessão de orientação e aprendizagem do Twitter, uma maisvalia tanto para o contexto profissional, como atualmente para o contexto de
aprendizagem. Verificamos que temos um mundo a nossa disposição para explorar
e aprender, com conteúdos acabados de “sair do forno”, em tempo real, e
elaborados muitas vezes por especialistas em diversas áreas do conhecimento. E
isso é fabuloso!”
2.3.6 Estela Gomes - @EstelaMGomes
“Quando me apercebi da criação de uma nova rede social, o Twitter, cedi
à curiosidade natural e criei uma conta… Visitei o espaço, não gostei e esqueci…”.
Foi assim que Estela Gomes se iniciou no Twitter. Uma relação de afastamento
como alguns utilizadores do nosso estudo expressaram nas suas reflexões e que
culminou, como foi aqui o caso, com o abanodono da ferramenta.
Após a primeira semana, o ceticismo não tinha desaparecido, mas a vontade de
explorar, em compensação, tinha aumentado:
“Numa primeira análise, senti que tinha encontrado uma ferramenta que
me absorvia todo o tempo a ler mensagens que, muitas vezes, não tinham qualquer
conteúdo pertinente. (...) À medida que, discretamente, ia explorando o Twitter e
com a ajuda dos tutoriais e do manual disponibilizado, fui adaptando o meu ritmo
ao ritmo que me impunham e, o que inicialmente era complicado, passou a ser
90
mais acessível. (...) Ainda foram dois dias de pânico e de desorientação (...)
embora continue a privilegiar o trabalho desenvolvido noutras redes sociais,
considero que o saber não ocupa lugar e temos de experienciar primeiro para
poder julgar depois.”
A opinião no final da segunda semana foi surpreendente. Para lá do título da
reflexão, “O hábito faz o monge... Converti-me ao Twitter!”, o “post” revela que duas
semanas foram o suficiente para alterar de forma como percecionava o Twitter.
“Se, no começo das actividades realizadas no âmbito da unidade de
Ambientes Virtuais de Aprendizagem, não entendia a utilidade do Twitter e achava
a sua utilização um desgaste de energia e um consumo abusivo de tempo, agora
consigo perceber a faceta de potenciador da aprendizagem em diferentes contextos
e como é possível usá-lo como ferramenta de aprendizagem colaborativa ou
individual.”
Mas foi, no entanto, na terceira semana que Estela Gomes publicou mais tweets,
com um grande enfoque na conferência MyMpel, como é visível nos quadros seguintes:
A - Conversação
B - Estado
C - Encaminhamento
D - Notícias
E - Fático
Total
1 2
6 8
3 2
3 10
1
3
15 21
3 4 Total
11
25
6
11
50 19 82
31
32
1
4
99 19 154
Quadro 30 - Total de tweets categorizados, por semana - @EstelaMGomes
91
A - Conversação
A2
A3
B - Estado
B1
B2
B4
B5
C - Encaminhamento
C1
C2
C3
D - Notícias
D1
E - Fático
E1
Total
1
3,90%
0,00%
3,90%
1,95%
0,65%
0,00%
1,30%
0,00%
1,95%
1,30%
0,65%
0,00%
0,00%
0,00%
1,95%
1,95%
9,74%
2
5,19%
1,95%
3,25%
1,30%
0,00%
0,65%
0,65%
0,00%
6,49%
3,25%
2,60%
0,65%
0,65%
0,65%
0,00%
0,00%
13,64%
3
7,14%
0,00%
7,14%
3,90%
1,30%
0,00%
0,65%
1,95%
32,47%
28,57%
2,60%
1,30%
20,13%
20,13%
0,65%
0,65%
64,29%
4
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
12,34%
11,69%
0,65%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
12,34%
Total
16%
2%
14%
7%
2%
1%
3%
2%
53%
45%
6%
2%
21%
21%
3%
3%
100%
Quadro 31 - Total de tweets subcategorizados, por semana - @EstelaMGomes
Uma grande parte dos seus tweets é de Encaminhamento – RT e de Notícias,
com um enfoque muito particular na terceira semana. Na verdade, a sua reflexão não
deixa grandes dúvidas:
“E na sexta feira… a conferência MyMpel 2011 e a possibilidade de
empregar todo este pacote de informação fornecida ao longo da unidade
curricular de Ambientes Virtuais de Aprendizagem. Tweetar foi a palavra de
ordem… foi um dia de grandes encontros e reencontros.
E foi um dia de muita aprendizagem em que se percepcionou a aplicação
de muitos dos conteúdos de AVA em contexto real. O porquê da insistência da
utilização do Twitter, o porquê da utilização do LinkedIn e a importância que
manifesta no contexto do mercado de trabalho. Tudo começa a fazer sentido… O
excesso de informação a que temos estado sujeitos nas últimas três semanas
começa a dar os seus frutos.”
A reflexão final confirmou quer as reticências iniciais, quer a mudança de
opinião acerca do Twitter. Terminou a série de reflexões com uma análise muita
completa às capacidades que entretanto foi identificando:
“A ideia inicial que eu tinha em relação ao Twitter era que se tratava de
um repositório de links e que muitos exibiam nesta rede a sua imensa sabedoria,
muitas vezes pretensiosa, utilizando os escassos 140 caracteres para nos
sobrecarregar de informação que, nem sempre, se manifestava válida. (...) pode
92
ser usado como um distribuidor de notícias, um distribuidor de informação
pertinente sobre determinada área de interesse, ou ainda como uma forma de
estabelecer contacto com amigos e de manter vivos alguns afetos.
A grande vantagem do Twitter é a interação permanente. (...) tem algumas
vantagens notórias: permite uma sensação de proximidade com indivíduos que,
provavelmente, nunca iremos conhecer mas que partilham a nossa esfera de
interesses; permite que colaboremos a distância, de forma assíncrona gerando
dessa forma trabalho colaborativo; a abertura a todos quantos queiram participar
é um elemento aliciante e, rapidamente nos vemos envolvidos num conjunto de
mensagens e num fluxo de informações que podemos consultar, disseminar e
enriquecer; finalmente existe o fator mobilidade dado que se pode twittar a partir
de qualquer lugar. No Twitter a informação deve ser bidirecional: podemos
consumir informação mas temos de a produzir em simultâneo.”
2.3.7 Filomena Barbosa - @FilomenaBarbos1
Os primeiros passos de Filomena Barbosa no Twitter foram tímidos:
“Ao criar uma conta no âmbito da UC AVA e num primeiro impacto com
esta ferramenta não me pareceu que a navegação fosse intuitiva e que me sentia a
entrar num mundo caótico de informações sem perceber quem comunicava com
quem, com uma linguagem encriptada à mistura.”
Como se pode comprovar pelos quadros seguintes foi uma utilizadora muito
mais observante do que participante ativa. Os seus tweets foram mais focados na
Conversação e no Estado muito por necessidade de esclarecer dúvidas sobre a
ferramenta e declarar estados de alma.
A - Conversação
B - Estado
C - Encaminhamento
D - Notícias
E - Fático
Total
1
5
3
2
7
4
3
3
2
3
2
1
1
9 14 8
4 Total
1
15
10
5
1
1
1
32
Quadro 32 - Total de tweets categorizados, por semana - @FilomenaBarbos1
93
A - Conversação
A1
A2
A3
A4
B - Estado
B1
B2
B4
C - Encaminhamento
C2
D - Notícias
D1
E - Fático
E1
Total
1
15,63%
0,00%
0,00%
12,50%
3,13%
9,38%
0,00%
0,00%
9,38%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
3,13%
3,13%
28,13%
2
21,88%
3,13%
12,50%
6,25%
0,00%
12,50%
3,13%
3,13%
6,25%
9,38%
9,38%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
43,75%
3
6,25%
0,00%
0,00%
6,25%
0,00%
9,38%
0,00%
3,13%
6,25%
6,25%
6,25%
3,13%
3,13%
0,00%
0,00%
25,00%
4
3,13%
0,00%
0,00%
3,13%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
3,13%
Total
47%
3%
13%
28%
3%
31%
3%
6%
22%
16%
16%
3%
3%
3%
3%
100%
Quadro 33 - Total de tweets subcategorizados, por semana - @FilomenaBarbos1
Depois do “choque inicial” foi seguindo o seu percurso até conseguir completar
todas as tarefas propostas. Refere no seu balanço final que “a experiência adquirida desde
o primeiro impacto com o Twitter, em que julgava não sobreviver num espaço “novo” de
participação digital e troca de inúmeros tweets, sem perceber qual a sua utilidade, permitiu
avaliar através das várias atividades exploratórias de funcionalidades ilimitadas, que o Twitter
constitui um ambiente virtual habitado por utilizadores com uma representação deles próprios
e dos outros e uma ferramenta com um repositório de intensa sabedoria interativa de forma
direta a nível formal/informal, disponibilizada para todos os twitterers com interesses comuns,
sendo possível extrair o máximo de aproveitamento para a prossecução de trabalhos no âmbito
da Pedagogia do Elearning ou na área profissional em que me encontro, ligada ao
ensino/aprendizagem.”
Acaba por referir em abono da ferramenta e da sua utilização que “o Twitter fornece
uma base para a metacognição viabilizando uma reflexão acerca da compreensão e retenção
da informação podendo ter um impacto dinâmico nas aprendizagens. Reconheço o enorme
contributo desta ferramenta em conduzir o ensino tradicional confinado a um espaço de
aprendizagens de ideias ou teorias, para uma amplitude ilimitada de ambientes que albergam
uma diversidade de conhecimentos fragmentados e suportados por uma abordagem socio
construtivista, na construção de novos saberes.”
94
2.3.8 Filomena Henriques - @HenriquesMena
Esta mestranda foi uma das menos participantes de todo o estudo, como se pode
comprovar pelos quadros seguintes, tendo produzido uma pequena reflexão inicial que,
no entanto, vai de encontro à mais valia que o Twitter pode oferecer.
“Já tinha utilizado o Twitter mas sem perceber as várias possibilidades
que esta rede social permite criar, e com vantagens relativamente a outras, tais
como, o Facebook.
(...) não fazia ideia do que eram hashtags, o que é sem dúvida uma
aplicação muito útil. Passei a entender melhor o conceito de Followers e
Following e a utilidade de criar Listas.”
1
A - Conversação
Total
2
9
9
3
4 Total
9
9
Quadro 34 - Total de tweets categorizados, por semana - @HenriquesMena
A - Conversação
A2
A3
A4
Total
2
100,00%
22,22%
55,56%
22,22%
100,00%
Total
100%
22%
56%
22%
100%
Quadro 35 - Total de tweets subcategorizados, por semana - @HenriquesMena
2.3.9 Filomena Pestana - @Filomenapestan1
A Filomena Pestana não possuía conta no Twitter sendo esta formação o seu
primeiro contacto com a ferramenta.
O seu enfoque inicial foi voltado para as interações e para a criação de uma rede
e não tanto para a própria ferramenta:
Como qualquer rede, a qualidade far-se-á pelos conteúdos e reflexões que
lá se desenvolverem tanto por mim como pelo grupo. Continuo a defender que são
as atividades e não as plataformas que concretizam os ambientes de aprendizagem,
embora a tecnologia também tenha um papel importante neste contexto.
95
Termina esta primeira análise com a referência à limitação dos 140 carateres que
em sua opinião “limita a progressão de alguma ideia mais desenvolvida. Mas como canal de
comunicação que é poderá facilitar a comunicação pela pequena mensagem e com partilha de
links relacionados com os temas do nosso interesse.
A segunda e terceira reflexões espelham o trabalho de exploração desenvolvido
durante as semanas que se seguiram e que estão espelhados nos quadros seguintes:
A - Conversação
B - Estado
C - Encaminhamento
D - Notícias
Total
1
14
3
4
2
12
4
10
3 4 Total
6
32
2
9
2 4
20
2
2
21 26 12 4
63
Quadro 36 - Total de tweets categorizados, por semana - @Filomenapestan1
A - Conversação
A1
A2
A3
A4
B - Estado
B1
B2
B4
C - Encaminhamento
C1
C2
C3
D - Notícias
D1
Total
1
22,22%
1,59%
0,00%
20,63%
0,00%
4,76%
1,59%
0,00%
3,17%
6,35%
1,59%
3,17%
1,59%
0,00%
0,00%
33,33%
2
19,05%
0,00%
6,35%
11,11%
1,59%
6,35%
1,59%
1,59%
3,17%
15,87%
1,59%
6,35%
7,94%
0,00%
0,00%
41,27%
3
9,52%
0,00%
0,00%
9,52%
0,00%
3,17%
1,59%
1,59%
0,00%
3,17%
0,00%
3,17%
0,00%
3,17%
3,17%
19,05%
4
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
6,35%
3,17%
3,17%
0,00%
0,00%
0,00%
6,35%
Total
51%
2%
6%
41%
2%
14%
5%
3%
6%
32%
6%
16%
10%
3%
3%
100%
Quadro 37 - Total de tweets subcategorizados, por semana - @Filomenapestan1
O perfil desta mestranda foi, claramente, de Conversação apesar de isso ter sido
mais notório na semana inicial, tendo depois vindo a decrescer essa tendência.
Depois de se apropriar da ferramenta aumentou o seu grau de Encaminhamento,
tendo concluído a sua participação com a reflexão final onde aponta, entre alguns
caminhos, para a utilização do Twitter enquanto parte do seu PLE e termina admitindo a
mais-valia da formação mas do potencial que a ferramenta possui:
96
“...não tenho a menor dúvida que o salto foi enorme, não só para o Twitter
em si, mas também em relação aos outros aplicativos que tornam mais organizada
a sua leitura. Tendo-se tornado uma ferramenta que proporcionou uma
aprendizagem do princípio em acção, esta possui um potencial enorme de permuta
de informação, agregação e ampliação do conhecimento em tempo real, um
enorme potencial de aprendizagem através de um espaço social de interacção com
140 caracteres.”
2.3.10 Francisco Pereira - @gogas01
Este mestrando continuou a utilizar, durante as quatro semanas, a sua conta de
Twitter da mesma forma que já a vinha fazendo. Ele faz, essencialmente,
Encaminhamento de conteúdos de outrem como se pode comprovar, inequivocamente,
nos quadros seguintes:
A - Conversação
B - Estado
C - Encaminhamento
E - Fático
Total
1
2 3 4 Total
6
6 2
14
13 8 2
23
117 112 78 39 346
13
13
149 126 82 39 396
Quadro 38 - Total de tweets categorizados, por semana - @gogas01
A - Conversação
A1
A2
A3
B - Estado
B1
B4
C - Encaminhamento
C1
C2
C3
E - Fático
E1
Total
1
1,52%
0,76%
0,25%
0,51%
3,28%
1,01%
2,27%
29,55%
3,54%
0,00%
26,01%
3,28%
3,28%
37,63%
2
1,52%
0,25%
0,51%
0,76%
2,02%
0,76%
1,26%
28,28%
1,52%
0,76%
26,01%
0,00%
0,00%
31,82%
3
0,51%
0,25%
0,00%
0,25%
0,51%
0,00%
0,51%
19,70%
0,25%
0,00%
19,44%
0,00%
0,00%
20,71%
4
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
9,85%
0,00%
0,00%
9,85%
0,00%
0,00%
9,85%
Total
4%
1%
1%
2%
6%
2%
4%
87%
5%
1%
81%
3%
3%
100%
Quadro 39 - Total de tweets subcategorizados, por semana - @gogas01
97
Apesar de ser um dos utilizadores deste grupo que usa o Twitter com maior
consistência, os seus pensamentos só se tornaram relevantes na sua última reflexão.
O Francisco Pereira afirma que tem do Twitter “a melhor das opiniões, para além
de muito prática e intuitiva é um excelente meio de informação”.
Termina afirmando que o Twitter, “em termos profissionais tem muito potencial,
quer ao nível da plataforma clássica de informação quer ao nível da partilha de conhecimentos,
poderá ser complementada com outras ferramentas mais poderosas no que concerne à partilha
de ficheiros e melhores comunicações, a utilização do Twitter, reforça a credibilização de um
perfil profissional, não podendo ser objecto de legitimação única é uma boa ferramenta, existe
porém um lado negro de contas falsas, spammers e contas pirateadas sem que o seu utilizador
disso se aperceba, facto que poderá fazer minar a confiança, ainda assim esta é uma excelente
ferramenta que em termos profissionais ajuda à partilha e à discussão, reforça os laços da
concepção e redistribuição do saber, pode servir de reforço ao processo da discussão crítica.”
2.3.11 Gonçalo Carvalheiro - @GSCarvalheiro
Apesar de ter criado conta no Twitter, Gonçalo Carvalheiro assumiu que apesar
da curiosidade, ainda não tinha explorado a ferramenta e que “embora considerando o
Twitter uma excelente ideia, ainda duvidava da aplicação prática da sua utilização”.
Foi um mestrando que equilibrou a categoraização das suas publicações entre
Encaminhamento, Conversação e Estado, respetivamente, ao longo das quatro semanas:
A - Conversação
B - Estado
C - Encaminhamento
D - Notícias
E - Fático
Total
1 2
8 6
6 7
3 13
3
8
6
6
2
4 Total
1
23
19
5
27
1
3
1
1
18 26 22 7
73
Quadro 40 - Total de tweets categorizados, por semana - @GSCarvalheiro
98
A - Conversação
A1
A2
A3
A4
B - Estado
B1
B4
B5
C - Encaminhamento
C1
C2
C3
D - Notícias
D1
E - Fático
E1
Total
1
10,96%
0,00%
0,00%
10,96%
0,00%
8,22%
1,37%
6,85%
0,00%
4,11%
1,37%
1,37%
1,37%
0,00%
0,00%
1,37%
1,37%
24,66%
2
8,22%
1,37%
0,00%
5,48%
1,37%
9,59%
0,00%
9,59%
0,00%
17,81%
2,74%
9,59%
5,48%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
35,62%
3
10,96%
2,74%
1,37%
5,48%
1,37%
8,22%
1,37%
4,11%
2,74%
8,22%
2,74%
4,11%
1,37%
2,74%
2,74%
0,00%
0,00%
30,14%
4
1,37%
0,00%
1,37%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
6,85%
4,11%
2,74%
0,00%
1,37%
1,37%
0,00%
0,00%
9,59%
Total
32%
4%
3%
22%
3%
26%
3%
21%
3%
37%
11%
18%
8%
4%
4%
1%
1%
100%
Quadro 41 - Total de tweets subcategorizados, por semana - @GSCarvalheiro
Após cumprir as propostas que lhe foram apresentadas e apesar de ter sentido
alguns problemas, nomeadamente técnicos, a verdade é que o resultado foi positivo:
“Compreendi a forma de utilização da ferramenta através do domínio dos
comandos e nomenclaturas a que obriga, muito graças às dicas dos colegas,
professores e manuais sugeridos, mas sei que o meu percurso no Twitter não
termina nem deverá terminar aqui.”
Acaba por acrescentar mais algumas valias da ferramenta e um foco muito
especial na sua utilização como ferramenta interligada a outras, dentro da sua rede de
aprendizagem:
“Considero que a utilização ideal do twitter, requer uma periodicidade e
frequência que nem sempre são fáceis de conciliar. É necessária uma habituação
ao facto de estarmos “sempre ligados” fazendo com que o twitter acompanhe o
nosso trabalho diário. Confesso que este é o ponto que tenho de superar, mas
reconheço sem dúvida a sua utilidade e pertinência, particularmente no âmbito de
utilização profissional em que procurou ser explorado. Esta habituação de que
99
falo poderá ser facilitada pelo facto do twitter permitir uma ligação com outras
ferramentas colaborativas que diariamente utilizamos como o diigo, o facebook,
ou o blog, fazendo com que a utilização de cada uma destas, não seja única mas
conjunta.”
2.3.12 Hugo Domingos - @HugoDom
O Hugo Domingos já era um “veterano” utilizador do Twitter. Como refere, na
sua reflexão inicial, a sua conta de Twitter nasceu a 10 de março de 2009.
Como podemos verificar nos quadros seguintes, os seus tweets são, na sua
maioria, de Encaminhamento, principalmente de Reencaminhamento (RT) apesar de um
quarto dos seus tweets terem sido de Conversação:
A - Conversação
B - Estado
C - Encaminhamento
D - Notícias
E - Fático
Total
1 2 3 4 Total
19 17 18 2
56
8
8
26 40 54 20 140
9
9
1
1
2
54 57 82 22 215
Quadro 42 - Total de tweets categorizados, por semana - @HugoDom
A - Conversação
A1
A2
A3
A4
B - Estado
B3
B4
C - Encaminhamento
C1
C2
C3
D - Notícias
D1
E - Fático
E1
E2
Total
1
8,84%
1,40%
4,65%
2,33%
0,47%
3,72%
1,86%
1,86%
12,09%
7,44%
1,40%
3,26%
0,00%
0,00%
0,47%
0,47%
0,00%
25,12%
2
7,91%
0,47%
3,72%
1,40%
2,33%
0,00%
0,00%
0,00%
18,60%
11,63%
4,19%
2,79%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
26,51%
3
8,37%
1,86%
0,93%
3,72%
1,86%
0,00%
0,00%
0,00%
25,12%
15,35%
2,79%
6,98%
4,19%
4,19%
0,47%
0,00%
0,47%
38,14%
4
0,93%
0,00%
0,00%
0,93%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
9,30%
2,33%
1,86%
5,12%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
10,23%
Total
26%
4%
9%
8%
5%
4%
2%
2%
65%
37%
10%
18%
4%
4%
1%
0%
0%
100%
Quadro 43 - Total de tweets subcategorizados, por semana - @HugoDom
100
Após cumprir todas as tarefas propostas, a reflexão final acabou por apresentar
alguns argumentos que comprovam que “o Twitter é um Ambiente Virtual de Aprendizagem
muito versátil e eficaz, nomeadamente para a partilha de informação dentro de uma
comunidade de aprendizagem.”.
Considera que o Twitter “para além da sua facilidade de utilização, o Twitter tem
outra grande vantagem que permite a sua rápida adopção como ferramenta de aprendizagem:
a sua interoperabilidade. Sendo um serviço online, funciona através de qualquer browser e
sistema operativo. Sendo um sistema aberto, permite o desenvolvimento de softwares e
webwares para a sua gestão, permitindo ao utilizador qual melhor se adapta às suas
necessidades. Por ser simplista, o seu funcionamento é tão eficaz num computador, como num
dispositivo móvel, permitindo a sua utilização "anywhere, anytime".”
Hugo Domingos releva que o Twitter possui “mecanismos eficazes de acesso à
informação”, explorando as funcionalidades próprias da ferramenta, na medida em que
“ajudam esse processo de acesso e filtragem de informação, seja por hashtags (facilitando a
pesquisa por termos específicos), seja através de lists (permitindo criar sub-canais de
utilizadores por temas) e até a possibilidade "Who to follow" (onde são recomendados
utilizadores com interesses próximos aos nossos).”
O Twitter, afirma ainda Hugo Domingos, permite desenvolver “redes de partilha de
informação” e funcionar um “canal de comunicação em tempo real” e a sua frase final
reflete todo o seu pensamento:
“É por estas razões que adoro este passarinho azul…dá-nos asas para
explorar o Mundo…”
2.3.13 João Brogueira - @brogueira_mpel30
O João Brogueira, sendo um utilizador usual do Twitter, decidiu criar uma outra
conta para utilização nesta formação.
30
No dia 11 de outubro este utilizador alterou o seu perfil de @brogueira_mplel para
@brogueira_mpel.
Sabendo que o utilizador é o mesmo analisámos as duas contas como se de uma única se tratasse
e optamos pela segunda designação para identificar este mestrando.
101
Da sua reflexão inicial ressalta a utilidade do Twitter em contexto educativo
formal: “na manutenção da comunicação entre professor e alunos numa dada comunidade,
ocasionada pela frequência dum módulo/disciplina”.
Durante as restantes semanas de trabalho este mestrando foi partilhando o seu
trabalho e as suas pesquisas, quer em diversos posts, quer através dos seus tweets.
Publicou no Twitter mensagens, maioritariamente, de Encaminhamento,
principalmente divulgando criado e gerado pelo próprio. Também merece relevância o
número de tweets de conversação que publicou, como passamos a mostrar nos quadros
seguintes:
A - Conversação
B - Estado
C - Encaminhamento
D - Notícias
E - Fático
Total
1
19
7
18
2
26
6
34
3
18
3
40
5
4 Total
2
65
1
17
4
96
1
6
2 1
2
5
46 67 66 10 189
Quadro 44 - Total de tweets categorizados, por semana - @brogueira_mpel
A - Conversação
A1
A2
A3
A4
B - Estado
B1
B4
B5
C - Encaminhamento
C1
C2
C3
D - Notícias
D1
E - Fático
E1
E2
Total
1
10,05%
0,53%
0,53%
7,41%
1,59%
3,70%
0,00%
3,70%
0,00%
9,52%
1,59%
4,23%
3,70%
0,00%
0,00%
1,06%
1,06%
0,00%
24,34%
2
13,76%
1,59%
1,06%
8,47%
2,65%
3,17%
0,53%
2,12%
0,53%
17,99%
2,12%
13,23%
2,65%
0,00%
0,00%
0,53%
0,53%
0,00%
35,45%
3
9,52%
0,00%
0,00%
8,99%
0,53%
1,59%
0,53%
0,00%
1,06%
21,16%
3,70%
12,70%
4,76%
2,65%
2,65%
0,00%
0,00%
0,00%
34,92%
4
1,06%
0,00%
0,00%
0,00%
1,06%
0,53%
0,00%
0,53%
0,00%
2,12%
1,06%
1,06%
0,00%
0,53%
0,53%
1,06%
0,00%
1,06%
5,29%
Total
34%
2%
2%
25%
6%
9%
1%
6%
2%
51%
8%
31%
11%
3%
3%
3%
2%
1%
100%
Quadro 45 - Total de tweets subcategorizados, por semana - @brogueira_mpel
102
A sua reflexão final não se resume à frase “para bom entendedor meia palavra
basta”, mas começou por aí: “é uma frase popular que é usada para rotular processos
comunicacionais ágeis. O Twitter é uma excelente ferramenta de comunicação apesar da
limitação dos 140 carateres. Graças a essa limitação é uma excelente ferramenta de
comunicação com a característica de abordar os assuntos de forma sintética.”
Outra característica relevada por João Brogueira é a de que o Twitter é “uma
concatenação de mensagens aparentemente sem estarem contextualizadas o que dá uma ideia,
errada, de caos. Porém a contextualização existe e é conseguida por palavras chave. ” Desta
forma, esta característica “traduz-se num potencial enorme de comunicação num dado
contexto. Naquele que nos interessa mais, a Educação, possibilita a criação de ambientes
pessoais de aprendizagem.”
Finalmente refere que “as mensagens também podem ser filtradas por listas de
utilizadores/usuários o que permite a criação de grupos que podem constituir verdadeiras
comunidades de prática virtual.”
2.3.14 Manuel Matos - @mjmgmatos
As reflexões do Manuel Matos foram todas escritas em inglês e, como tal, serão
apresentadas da mesma forma.
Sendo um utilizador experiente, a sua reflexão inicial começo por incidir na
relevância das mensagens no contexto do Twitter: “I prefer to use my blogs for passing
ideas. I feel more comfortable with the model. Also, I’m more used to it, as I’ve been around
since 2004 in the blog world. But I still do not feel the need to “advertise” my ideas expressed
in the blogs using Twitter. Even my choice of wording (advertise) carries a kind of negative
feeling to it.”
Ainda na sua reflexão inicial pondera que o Twitter poderá ser usado na
construção de comunidades de aprendizagem:
“Maybe that hope resides precisely in hashtags, a simple device that puts
some order on such a word deluge (that was the second question from the
supervisor: does an hashtag define a community?). With such simple addition,
sometimes with the simultaneous sacrifice of some words or letter to oblige to the
140 chars limit, one finds a more manageable group, drawn together by a common
interest.”
103
A categorização dos seus tweets enquadram-se, na sua maioria, como
Conversação, em particular de Respostas Simples (A3). No entanto, desde a primeira
semana foram perdendo relevância enquanto que as mensagens de Encaminhamento
sendo cada vez mais relevantes, conforme exposto nos seguintes quadros:
A - Conversação
B - Estado
C - Encaminhamento
D - Notícias
E - Fático
Total
1 2 3 4 Total
84 36 35 19 174
13
6
19
23 13 28 37 101
2
2
2
2
122 49 71 56 298
Quadro 46 - Total de tweets categorizados, por semana - @mjmgmatos
A - Conversação
A1
A2
A3
A4
B - Estado
B1
B2
B4
B5
C - Encaminhamento
C1
C2
C3
D - Notícias
D1
E - Fático
E1
Total
1
28,19%
5,70%
1,01%
20,13%
1,34%
4,36%
3,36%
0,00%
1,01%
0,00%
7,72%
3,02%
0,67%
4,03%
0,00%
0,00%
0,67%
0,67%
40,94%
2
12,08%
1,01%
2,35%
5,37%
3,36%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
4,36%
4,03%
0,00%
0,34%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
16,44%
3
11,74%
0,67%
0,67%
9,40%
1,01%
2,01%
1,01%
0,34%
0,00%
0,67%
9,40%
7,38%
1,68%
0,34%
0,67%
0,67%
0,00%
0,00%
23,83%
4
6,38%
0,34%
0,34%
3,69%
2,01%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
12,42%
8,39%
3,36%
0,67%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
18,79%
Total
58%
8%
4%
39%
8%
6%
4%
0%
1%
1%
34%
23%
6%
5%
1%
1%
1%
1%
100%
Quadro 47 - Total de tweets subcategorizados, por semana - @mjmgmatos
Diversos posts foram sendo escritos durante as quatro semanas. A grande
maioria deles descrevendo a experiência de utilização das temáticas que foram sendo
propostas. Num deles, Manuel Matos, aponta agora é que a comunidade #avampel se
tornou um enorme filtro de informação dentro do Twitter:
104
“We are all acting as information filters for each other. We have different
sources (or at least, we should) and we filter, in fact, what strikes us. That’s
something that I was not into before. I retweeted sparsely, caring too much about
not adding extra noise to the stream. And, of course, I couldn’t see the mechanism
of passing information along from small network to small network.”
Ainda num post de reflexão intermédio, afirma que o Twitter é uma espécie de
“céu conetivista”, onde a torrente de grandes quantidades de informação vão sendo
selecionadas:
“Twitter is a sort of connectivist heaven, where free and unfettered
participation is rewarded with more and more ways of going after knowledge. The
hurdles, of course, are there too. They take the form of a torrent of information that
seems, on the surface , impossible to tame. And, slowly, tools emerge to do just that:
extract useful information from the ocean of data, both in the day to day process of
following up our preferred people or in the specific search that may be tried out in
a certain situation.”
Ao contrário da pesquisa no automatizada no Google, o Twitter funciona como
um filtro de pesquisa feito por pessoas: “Instead of a machine based search algorithm, you
get the search done by people like you, or you do the search for others. It is more appealing to
humans, as it is an human activity, something we have been doing for a long time.”
No post final volta a referir algumas ideias que já tinham sido abordadas e mais
algumas reflexões que resultam das quatro semanas de trabalho. Começa por afirmar
que o Twitter que prefere usar “vortex of knowledge” em vez de “stream”, para definir o
caudal de informação que nos surge diariamente no Twitter. Essa torrente de informação,
apesar de ser um problema, tem uma solução: “Who to follow and the value of the choice
has learning value in itself. I’m very picky. I do not want more of the stream, I want more
quality from the stream. In a sense, I’m shaping the stream with the choices I make; I’m making
it more my stream every day.”
Termina a reflexão pensando no que fazer com o Twitter no contexto da sua
própria aprendizagem:
“That it will be a source of constant inspiration and stimulus when I’m not
anymore under the guidance of someone with more experience. I think that I can,
105
now, take things into my hands. I know that there is more to be gained from being
in the stream and not just looking at it sideways. And I know that I must adopt the
reflect/adapt cycle to keep it under control, actively learning all the time.”
2.3.15 Paulo Ferreira - @Ciscoquitas
Não sendo um utilizador habitual do Twitter, Paulo Ferreira denotou algumas
dificuldades em encontrar o seu ritmo de trabalho na medida em que iniciou tardiamente
o cumprimento das tarefas propostas,acabando por ter sido muito pouco ativo na
publicação de mensagens, como em seguida se comprova:
1
A - Conversação
B - Estado
C - Encaminhamento
E - Fático
Total
1
1
2
3
6
1
7
4 Total
6
4
5
2
9
1
4 14 2
21
Quadro 48 - Total de tweets categorizados, por semana - @Ciscoquitas
A - Conversação
A1
A2
B - Estado
B1
B4
B5
C - Encaminhamento
C2
C3
E - Fático
E1
Total
1
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
4,76%
4,76%
4,76%
2
0,00%
0,00%
0,00%
19,05%
4,76%
14,29%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
19,05%
3
28,57%
19,05%
9,52%
4,76%
0,00%
0,00%
4,76%
33,33%
23,81%
9,52%
0,00%
0,00%
66,67%
4
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
9,52%
9,52%
0,00%
0,00%
0,00%
9,52%
Total
29%
19%
10%
24%
5%
14%
5%
43%
33%
10%
5%
5%
100%
Quadro 49 - Total de tweets subcategorizados, por semana - @Ciscoquitas
Acabou por recuperar a tempo de fazer a sua reflexão sobre a ferramenta.
Refere que “a percepção inicial é o da desorganização entre inúmeras mensagens que
são colocadas a qualquer momento, dada a mobilidade que é permitida quer aos twitters quer
aos followers, uma vez que os posts colocados são sempre susceptíveis de replies (respostas)”,
106
mas que “quando pensamos na utilização da ferramenta quer em contexto pessoal, quer
académico, quer até mesmo profissional, rapidamente observamos as suas potencialidades.
Podemos divulgar em tempo útil, quase que ao minuto informação sobre determinado assunto
ou acontecimento, dada a mobilidade que o sistema permite.”
2.3.16 Rita Albuquerque - @ritalbuquerque
A Rita Albuquerque encontra-se no perfil dos utilizadores que tinham conta mas
que tinham deixado de usar.
Inicialmente confessou que tinha “algumas dificuldades para navegar pelo Twitter”,
nomeadamente porque tem ficado com a sensação de que se acaba “perdendo algum
tempo para entender como funciona a ferramenta”. No entanto o seu maior número de
publicações aconteceu, precisamente, na primeira semana, claramente numa tentativa de
estabelecer conversa, tentando esclarecer dúvidas acerca da ferramenta, como é possível
observar através da catalogação dos seus tweets em Conversação e Estado.
A - Conversação
B - Estado
C - Encaminhamento
D - Notícias
Total
1
13
5
2
2
4
3
4
4
8 2
1
20 12 11
4 Total
4
25
9
5
17
1
9
52
Quadro 50 - Total de tweets categorizados, por semana - @ritalbuquerque
A - Conversação
A1
A3
A4
B - Estado
B1
B4
B5
C - Encaminhamento
C1
C2
C3
D - Notícias
D1
Total
1
25,00%
1,92%
23,08%
0,00%
9,62%
3,85%
5,77%
0,00%
3,85%
3,85%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
38,46%
2
7,69%
0,00%
3,85%
3,85%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
15,38%
5,77%
1,92%
7,69%
0,00%
0,00%
23,08%
3
7,69%
0,00%
7,69%
0,00%
7,69%
1,92%
3,85%
1,92%
3,85%
3,85%
0,00%
0,00%
1,92%
1,92%
21,15%
4
7,69%
3,85%
3,85%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
9,62%
5,77%
1,92%
1,92%
0,00%
0,00%
17,31%
Total
48%
6%
38%
4%
17%
6%
10%
2%
33%
19%
4%
10%
2%
2%
100%
Quadro 51 - Total de tweets subcategorizados, por semana - @ritalbuquerque
107
Na segunda semana a Rita viajou da possibilidade de desistência para a
experimentação: “Pensei com os meus botões: não vou dar conta, acho melhor desistir...”, no
entanto, “antes de desistir de tudo e apagar todos os perfis criados nas inúmeras redes sociais,
resolvi respirar fundo e ler, pelo menos, um dos milhões de links publicados”. Optou por
seguir a indicação de uma ferramenta de gestão que tinha sido apresentada, o Hootsuite.
Dessa forma, afirma que conseguiu ter “tudo organizado diante de mim, até o Facebook
consegui entender melhor!!!”.
Quanto à terceira semana, a Rita Albuquerque reflete sobre um assunto do tempo
que é gasto na organização, não do Twitter enquanto espaço de aprendizagem, mas do
nosso PLE, de forma mais ampla:
“Gastei algumas horas criando pastas, incluindo TAGs e HASHTAGs,
fazendo login em diferentes sites e, claro, apagando a enxurrada de e-mails de
confirmação de tudo isso. É isso mesmo? Precisamos ficar tanto tempo nos
organizando para, em tese, conseguir gerenciar tudo isso para tentar ler alguma
coisa em algum momento que tivermos mais tempo?
Agora gostaria de saber quem consegue chegar até este momento pois, até
agora, só consegui cumprir as tarefas. Na realidade, cumpri parcialmente, não sei
o que aconteceu que não consegui fazer a integração do Diigo e Twitter. Tenho
certeza que o grande oráculo de todos os tempos, o senhor Google, tem a resposta
mas, sinceramente, não tenho tempo agora para buscar as respostas nas redes.
Que frustação...”.
Na reflexão final pouco havia a acrescentar a não ser algumas declarações sobre
o potencial e a relação pessoal que passou a ter com o Twitter:
“Percebi o quanto o Twitter pode ser usado para aproximar as pessoas
interessadas no mesmo assunto.”
“Acho que me apaixonei pelo Twitter”.
“Agora percebo as potencialidades do Twitter no contexto profissional
quando podemos utilizá-lo tanto para manter a equipe informada sobre um
determinado assunto, compartilhar informações, links e outros ou explorá-lo como
um "chat assíncrono"”
108
“Temos outras formas de interação na rede, como o Facebook, Google+,
Orkut, etc., porém não vejo nenhuma ferramenta que ofereça tanto dinamismo
quanto o nosso querido Twitter ;)”
2.3.17 Rui Páscoa - @ruipascoa
A primeira sensação de Rui Páscoa neste encontro com o Twitter foi de
desconfiança. Não tanto pela ferramenta em si, mas pela forma, segundo ele, como
estava a ser usada:
“Em 3 dias já foram gerados mais de 500 “Twittes” com as hashtags
#avampel5 e #ppel5, usadas para identificar as mensagens relacionadas com as
unidades curriculares. Muito bom, pensarão muitos. Muito bom, penso eu… muito
melhor se os cerca de 20 participantes (onde me incluo) não fizessem do twitter
uma vulgar sala de chat. É que para conversar e mesmo para debater ideias
existem serviços muito melhores, nomeadamente o velhinho IRC”.
Confirmando a sua opinião, mostrou durante as quatro semanas de formação,
que as suas mensagens foram de Encaminhento, conforme podemos verificar:
A - Conversação
B - Estado
C - Encaminhamento
D - Notícias
E - Fático
Total
1
8
6
8
2 3 4 Total
20 29 7
64
16 6
28
29 178 12 227
26
26
2 1
3
24 66 239 19 348
Quadro 52 - Total de tweets categorizados, por semana - @ruipascoa
109
A - Conversação
A1
A2
A3
B - Estado
B1
B4
B5
C - Encaminhamento
C1
C2
C3
D - Notícias
D1
E - Fático
E1
Total
1
2,30%
0,00%
1,44%
0,86%
1,72%
0,29%
1,44%
0,00%
2,30%
0,86%
1,15%
0,29%
0,00%
0,00%
0,57%
0,57%
6,90%
2
5,75%
1,15%
2,01%
2,59%
4,60%
0,57%
4,02%
0,00%
8,33%
3,45%
1,15%
3,74%
0,00%
0,00%
0,29%
0,29%
18,97%
3
8,33%
0,29%
1,44%
6,61%
1,72%
0,00%
0,86%
0,86%
51,15%
9,48%
36,78%
4,89%
7,47%
7,47%
0,00%
0,00%
68,68%
4
2,01%
0,00%
1,72%
0,29%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
3,45%
2,01%
1,44%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
5,46%
Total
18%
1%
7%
10%
8%
1%
6%
1%
65%
16%
41%
9%
7%
7%
1%
1%
100%
Quadro 53 - Total de tweets subcategorizados, por semana - @ruipascoa
O volume de informação que é passível de ser gerada pelo Twitter pode ser
muito grande e Rui Páscoa reflete precisamente sobre isso, ainda no seu primeiro post:
“Estou expectante em relação à utilização do Twitter para fins educativos.
Acredito porque sou por natureza crente nas tecnologias e porque acredito na
potencialidade das redes sociais. Mas não acredito que se consiga grande coisa se
cada um de nós Twittar 10, 20 ou 30 vezes por dia. Fazendo as contas por baixo,
10 mensagens por cada pessoa (20) dão 200 mensagens diárias. Se gastarmos 30
segundos em cada uma uma, é mais de uma hora e meia por dia só para ler. E
responder? E seleccionar, consultar e digerir toda a informação partilhada?
Na segunda semana ainda se mantinha algum ceticismo, nomeadamente na
utilização do Twitter em contexto educativo, “porque as primeiras impressões, reforçadas
nos últimos dias, não me permitem descortinar como poderei utilizar este serviço com os meus
alunos (...) Mas como a educação não está limitada às crianças, acredito que o Twitter poderá
ter, se bem explorado, alguma (ou mesmo muita) utilidade na formação de adultos.”
Rui Páscoa reflete ainda sobre o seu contexto de professor em sala de aulas
presencial afirmando que sente muitas dificuldades em utilizar o Twitter nesse contexto,
em virtude das vicissitudes com que diariamente convive:
110
“Sou professor e no meu contexto profissional trabalho com crianças entre
os 10 e os 13 anos. Na escola é proibido o uso de telemóveis na aula e só existe um
computador por sala. Além disso, se a aula é presencial, não faz qualquer sentido
comunicar online com alguém que está sentado à nossa frente. Fora das aulas o
cenário mantém-se. Além de, ainda e cada vez mais (a crise, a crise), o facto de
uma percentagem significativa de alunos não ter acesso à Internet (nem sequer
computador), inviabiliza a comunicação através da Internet. Não contando com as
restrições que os encarregados de educação, concorde-se ou não, impõem aos seus
educandos nesta matéria.”
No entanto, em contextos de aprendizagem informal e no pressuposto da
utilização do Twitter como elemento fulcral de um PLE, Rui Páscoa reconhece a sua
mais-valia:
“Ser professor não é só “dar aulas” e ensinar. É também aprender,
reflectir, discutir, partilhar. É aqui que vejo uma das maiores potencialidades do
Twitter. Na troca de impressões sobre determinado assunto e na partilha de
recursos.”
Na sua reflexão final apresenta uma viagem por todo o seu percurso, reiterando
agora muito mais as potencialidades do Twitter do que as suas limitações, apesar de
voltar a afirmar que “enquanto professor de Educação Visual e Tecnológica (EVT) numa
escola do ensino básico, onde trabalho essencialmente com crianças com idades
compreendidas entre os 10 e os 12 ou 13 anos (...) não considero de especial relevância a
utilização do Twitter no desenvolvimento das aulas de EVT”.
Porém, no contexto de “formador de professores na área das tecnologias
educativas e aplicações informáticas” e de “estudante de mestrado em pedagogia do
elearning” considera que “as virtualidades duma ferramenta deste tipo são inegáveis. Porque,
entre várias razões, o Twitter é relativamente fácil de usar, com uma curva de aprendizagem
bastante curta (e não faltam manuais e tutoriais para quem quiser aprofundar os
conhecimentos), porque a informação que circula é, na maioria dos casos, efetivamente
relevante e de qualidade e porque existem numerosas ferramentas complementares que ajudam
a sistematizar e organizar, se não toda, pelo menos uma boa parte dos recursos publicados.”
Acaba por concluir a sua reflexão com uma declaração de intenções e uma
pergunta retórica que resumem bastante o espírito de toda a sua reflexão:
111
“Se algumas dúvidas subsistem, não são impeditivas de continuar a
utilizar o Twitter como ferramenta de partilha de conteúdos, aproveitando ao
máximo as suas características e, mais importante ainda, aproveitando ao máximo
o potencial académico e profissional das pessoas que alimentam a minha timeline.
Farei um esforço para retribuir…”
“Não é por acaso que muitos destes utilizadores, distintos académicos e
distintos investigadores, fazem do twitter uma ferramenta privilegiada de troca de
informação. Se é bom para eles, porque é que não deveria ser bom para mim?”
2.3.18 Sérgio Lagoa - @sergiolagoa
As expectativas iniciais do Sérgio Lagoa em relação ao Twitter eram “nulas”,
apesar de ter algum conhecimento da ferramenta e de se apresentar “destituído de
preconceitos e com muita curiosidade”:
“Em rigor, não conheço a ferramenta. Sei que é uma espécie de microblog,
que permite a troca de mensagens com um número limitado de caracteres, que é
bastante utilizado por algumas pessoas, nomeadamente jornalistas e profissionais
de e-learning e ainda que é frequentemente utilizado para dar conhecimento de
acontecimentos emergentes, como conferências ou revoluções. Além disso, tenho
uma conta no twitter, desde há longos meses, que utilizo para redireccionar
automaticamente, com o twitterfeed, os posts dos meus blogues.”
Entre a análise e a exploração às ferramentas propostas pelo professor, Sérgio
Lagoa foi deixando algumas reflexões e questões, tendo publicado tweets,na sua maioria
de Conversação e de Estado (numa fase inicial) de Encaminhamento (durante todo o
percurso), como se pode verificar nos quadros seguintes:
A - Conversação
B - Estado
C - Encaminhamento
D - Notícias
Total
1 2 3 4 Total
30 28 14 3
75
23 11 2
36
18 28 25 12 83
1
1
71 67 42 15 195
Quadro 54 - Total de tweets categorizados, por semana - @sergiolagoa
112
1
15,38%
0,51%
0,00%
14,87%
0,00%
11,79%
0,00%
11,79%
0,00%
9,23%
4,10%
1,54%
3,59%
0,00%
0,00%
36,41%
2
14,36%
1,03%
1,54%
11,79%
0,00%
5,64%
1,03%
4,62%
0,00%
14,36%
8,72%
4,10%
1,54%
0,00%
0,00%
34,36%
3
7,18%
0,00%
1,54%
5,13%
0,51%
1,03%
0,00%
0,00%
1,03%
12,82%
3,59%
8,21%
1,03%
0,51%
0,51%
21,54%
4
1,54%
0,00%
1,54%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
6,15%
2,56%
3,08%
0,51%
0,00%
0,00%
7,69%
Total
38%
2%
5%
32%
1%
18%
1%
16%
1%
43%
19%
17%
7%
1%
1%
100%
A - Conversação
A1
A2
A3
A4
B - Estado
B1
B4
B5
C - Encaminhamento
C1
C2
C3
D - Notícias
D1
Total
Quadro 55 - Total de tweets subcategorizados, por semana - @sergiolagoa
A sua opinião final inequívoca é de que “o Twitter é relevante”, sendo sustentando
nas seguintes ideias:
É um espaço que permite uma “exposição pública”, na medida em que “é
uma excelente ferramenta para a interligação de diversos espaços pessoais e
profissionais na rede.”
Permite o “aumento da visibilidade na internet”, quando usado para
divulgar outros espaços pessoais como por exemplo um blog: “a partir do
momento em que comecei a utilizar o twitter, o número de visitas ao meu
blogue aumentou espectacularmente.”
Possibilita o “estabelecimento de relações relevantes”, nomeadamente
através da “criação de listas e a participação em hashtags” permitindo “o
estabelecimento de relações potencialmente relevantes, sobretudo se tivermos
em conta um contexto de formação / informação / educação.”
Para finalizar acaba por afirmar:
“O Twitter modificou a minha forma de estar presente na internet. Além de
ter hoje uma consciência diferente acerca da forma como as pessoas se relacionam
113
na internet, reconheço que essa presença pode ser melhorada, incrementada,
rentabilizada se soubermos utilizar o Twitter.”
2.3.19 Zélia Patrocínio - @ZPatrocnio
Esta mestranda foi uma das menos participantes de todo o estudo, como se pode
comprovar pelos quadros seguintes, tendo produzido uma pequena reflexão a meio da
formação onde o seu principal foco acaba por assentar na limitação de escrita, que no
seu caso pessoal, acaba por ser cativante: “A limitação dos 140 carateres por mensagem no
twitter é o seu maior atrativo, pois ensina e força as pessoas a serem mais objetivas e diretas
nas suas respetivas mensagens. Para quem não conhece ou conhece pouco, digo que o twitter
pode ser um ótimo instrumento de trocas de informações úteis.”:
2
A - Conversação
C - Encaminhamento
Total
2
2
3
1
1
4 Total
1
2
4
2
5
Quadro 56 - Total de tweets categorizados, por semana - @ZPatrocnio
A - Conversação
A3
C - Encaminhamento
C1
C2
C3
Total
2
0,00%
0,00%
40,00%
0,00%
0,00%
40,00%
40,00%
3
20,00%
20,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
20,00%
4
0,00%
0,00%
40,00%
20,00%
20,00%
0,00%
40,00%
Total
20%
20%
80%
20%
20%
40%
100%
Quadro 57 - Total de tweets subcategorizados, por semana - @ZPatrocnio
2.4. Análise e discussão geral
É possível verificar que a perceção inicial, da esmagadora maioria dos
mestrandos, se alterou profundamente quando analisamos as suas reflexões finais.
Na verdade três mestrandos declararam que não tinham conta, nem nunca
tinham usado o Twitter e oito deles tinham-no abandonando após a criação da mesma.
Dos restantes, mesmo assumindo-se como utilizadores, a maioria sentia que não fazia
uma utilização adequada da aplicação. De uma fase inicial de relutância, desconfiança e
algum desconforto passámos para uma fase final de elogio do Twitter.
114
Os
mais
relutantes
afirmavam
que
tinham
“pouca
fé/interesse
na
ferramenta”[AM], ou que “criei uma conta…visitei o espaço, não gostei e esqueci”[EG]
e outros duvidavam “da aplicação prática da sua utilização”[GC]. Alguns tinham
“dificuldades para navegar pelo Twitter”[RA], não lhes parecendo que “a navegação fosse
intuitiva”[FB], tendo a sensação que estavam “a entrar num mundo caótico de
informações sem perceber quem comunicava com quem, com uma linguagem
encriptada à mistura”[FB] e que existia uma “desorganização entre inúmeras mensagens
(...) colocadas a qualquer momento”[PF].
O Twitter era, inicialmente visto, como um “um repositório de links”, onde
“muitos exibiam (...) a sua imensa sabedoria, muitas vezes pretensiosa, utilizando os
escassos 140 caracteres para nos sobrecarregar de informação que, nem sempre, se
manifestava válida...”[EG].
Por outro lado, a limitação de escrita em 140 carateres era uma preocupação
comum a vários mestrandos visto que, segundo eles, “limita a progressão de alguma
ideia mais desenvolvida”[FP].
O grande volume de tweets de Conversação levou alguns utilizadores a
considerar que “para conversar e mesmo para debater ideias existem serviços muito
melhores, nomeadamente o velhinho IRC”[RP].
Apesar de haver mestrandos que achavam “melhor desistir”[RA], outros tinham
esperança e estavam expectantes “em relação à utilização do Twitter para fins
educativos”[RP].
Registe-se que, quatro semanas depois do início do módulo, se passou para uma
fase final de elogio do Twitter, compreensão da sua utilidade e até, inclusive, de uma
“declaração de amor”.
O Twitter passou a ser considerado para alguns uma“ferramenta bastante
simples, direta e útil”[DC], “(terrivelmente) versátil, proporcionando-nos experiências
muito enriquecedoras do ponto de vista educacional”[AM] que “tem várias
funcionalidades e enquanto ferramenta de trabalho é de considerar a sua
utilidade.”[CT]
Enquanto canal de comunicação, o Twitter, “pode ser usado como um
distribuidor de notícias, um distribuidor de informação pertinente sobre determinada
115
área de interesse”[EG], tal como afirmado pelo estudo de Kwak, Lee, Park, & Moon
(2010). Para lá de o podermos utilizar “tanto para manter a equipe informada sobre um
determinado assunto, compartilhar informações, links”, também pode ser explorado
“como um "chat assíncrono””[RA] e como “forma de estabelecer contacto com amigos
e de manter vivos alguns afetos”[EG].
O Twitter passou a ser considerado como um“repositório de intensa sabedoria
interativa de forma direta a nível formal/informal”[FB], sendo reconhecida “a sua
utilidade e pertinência, particularmente no âmbito de utilização profissional”[GC],
onde “distintos académicos e distintos investigadores, fazem (dela) uma ferramenta
privilegiada de troca de informação.”[RP]
A restrição de escrita em 140 careteres é agora uma virtude, na medida em que
“graças a essa limitação é uma excelente ferramenta de comunicação com a
característica de abordar os assuntos de forma sintética.”[JB]
Em resumo, “o Twitter é um Ambiente Virtual de Aprendizagem muito versátil e
eficaz, nomeadamente para a partilha de informação dentro de uma comunidade de
aprendizagem.”[HD] que é responsável por alterar comportamentos na rede: “o Twitter
modificou a minha forma de estar presente na internet. Além de ter hoje uma
consciência diferente acerca da forma como as pessoas se relacionam na internet,
reconheço que essa presença pode ser melhorada, incrementada, rentabilizada se
soubermos utilizar o Twitter.”[SL]
Uma declaração que não deixa dúvidas: “acho que me apaixonei pelo
Twitter.”[RA]
Os dados obtidos, quer através da interação e comunicação registada ao longo
das quatro semanas, quer através das apreciações individuais produzidas apontam para
que a perceção inicial em relação ao Twitter tenha sido profundamente alterada pelas
quatro semanas de formação vivenciadas.
Por outro lado, também ficou claro o grau de apropriação que os mestrandos
demonstraram. Inicialmente, mais de metade usava a ferramenta mais usual para quem
se inicia no Twitter: a sua página inicial. Ainda durante a primeira semana foi
apresentada a ferramenta Hootsuite, que viria a constituir a aplicação de eleição para a
maioria utilizadores durante as quatro semanas.
116
Não deixa margem para dúvidas o papel central que os participantes no estudo
identificaram para o Twitter enquanto parte do seu PLE. Apesar da breve e rápida
apresentação com que foi feita de algumas ferramentas satélites foi percetível para os
mestrandos que o papel que o Twitter pode desempenhar em conjugação com outras
ferramentas:
Como foi destacado por um dos utilizadores, a capacidade de “conectividade do
Twitter com uma miríade de ferramentas/sites/redes sociais (Packrati, Diigo, Klout,
LinkedIn, etc) que permitem complementar/enriquecer a sua função nuclear (que pode
ser qualquer uma que nós entendamos...)”[AM], demonstra que“é uma excelente
ferramenta para a interligação de diversos espaços pessoais e profissionais na
rede.”[SL].
O Twitter é “uma ferramenta bastante simples, direta e útil em vários sentidos:
comunicamos em tempo real com nossa rede de seguidores, que se vai construindo com
o passar do tempo, de acordo com nossos interesses; traz mais visitantes aos nossos
blogues; faz a divulgação gratuita de nossas comunicações; põe em destaque nosso
perfil, mediante o que fazemos ou comunicamos.”[DC], tem um “potencial enorme de
permuta de informação, agregação e ampliação do conhecimento em tempo real, um
enorme potencial de aprendizagem através de um espaço social de interacção com 140
caracteres.”[FP], permitindo “uma ligação com outras ferramentas colaborativas que
diariamente utilizamos como o diigo, o facebook, ou o blog, fazendo com que a
utilização de cada uma destas, não seja única mas conjunta.”[GC]
Outra conclusão deste estudo é a grande utilidade que o Twitter tem quando é
utilizado em contexto académico/profissional. O Twitter“traduz-se numa mais-valia
profissional, assim como um ambiente de aprendizagem muito rico e atual,
possibilitando aceder a uma diversidades de informações quase em tempo real...[CC]”
permitindo o “estabelecimento de relações potencialmente relevantes, sobretudo se tivermos
em conta um contexto de formação / informação / educação.”[SL], como é o caso do
profissional de educação: “ser professor (...) é também aprender, reflectir, discutir,
partilhar. É aqui que vejo uma das maiores potencialidades do Twitter. Na troca de
impressões sobre determinado assunto e na partilha de recursos.”[RP]
117
CAPÍTULO V - CONCLUSÃO E CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Este projeto visou compreender de que forma as pessoas usam o Twitter, dentro
do seu PLE (Personal Learning Environment), em contexto académico/profissional, e
de que modo poderão alterar os seus comportamentos e práticas, depois de passarem por
um processo de aprendizagem formal.
Uma das principais características do Twitter é que qualquer indivíduo pode usálo como ferramenta de atualização imediata de informação em tempo real (Zhao &
Rosson, 2009) partilhando rapidamente qualquer tipo de informação ou interagindo com
qualquer outro utilizador. A forma como o conseguirmos maximizar dentro um PLE
torna-se fundamental no atual panorama da sociedade da informação e conhecimento,
quer em contextos formais, quer informais.
Procedemos a uma observação participante junto de uma comunidade virtual de
aprendizagem, tendo sido utilizados como instrumentos de recolha de dados,
questionários junto dos estudantes e a análise da comunicação desenvolvida pela
comunidade – estudantes e tutor nos diversos espaços das ferramentas, ao longo das
diferentes momentos e atividades de aprendizagem propostas.
Tendo em conta o elevado grau de interesse que o Twitter tem levantado nos
últimos meses, o seu potencial de utilização em contextos diversificados e os escassos
estudos, nomeadamente em Portugal, a que tem estado sujeito, tentámos dar o nosso
contributo para a investigação nesta área de intervenção aguardando que este este estudo
se venha a revelar relevante.
118
Estruturámos a dissertação em duas partes: a primeira onde se elaborou um
enquadramento teórico ao Twitter e a segunda onde se efetuou a descrição, análise e
conclusões do estudo empírico realizado.
Na primeira parte, dividida em dois capítulos, abordámos os conceitos
associados ao Twitter, a forma como a ferramenta se pode enquadrar dentro de um PLE
e a sua utilização em contextos educativos e profissionais.
Começamos por fazer uma pequena introdução à temática. Em seguida
definimos micro-blogging e fizemos uma descrição da história do Twitter mostrando
alguns factos relevantes da aplicação, nomeadamente a sua importância no
acompanhamento de acontecimentos em tempo real e a importância com que inúmeras
figuras públicas o valorizam. Passámos em revista a discussão académica entre
considerar o Twitter como uma Rede Social ou um Canal de Notícias e trouxemos
algumas opiniões acerca do futuro da ferramenta. Em seguida apresentámos algumas
funcionalidades do Twitter, como por exemplo, a publicação, reenvio e resposta,
localização e marcação de mensagens.
Abordámos as funcionalidades do Twitter, que são também, as suas principais
características: Tweet, Menção, Resposta, Mensagem Direta e RT.
Passámos em revista a forma como os indivíduos se comportam e como as
organizações estão a utilizar o Twitter. A aplicação é hoje usada em campanhas de
marketing e de relações públicas, para recolher opiniões de consumidores e estudos em
diversas áreas do saber.
A quantidade de tweets publicados diariamente permite analisar uma elevada
diversidade de comportamentos e atitudes. Apresentámos a categorização de tweets
proposta por Dann (2010), que se baseou em cinco estudos anteriores, introduzindo
exemplos, em português, criados por nós e que apresenta seis categorias e 23
subcategorias. Explorámos, ainda, algumas expressões e conceitos inerentes ao Twitter,
como por exemplo, Retweets, Unfollow e Hashtag e apresentámos diversos perfis de
utilizador. Demos a conhecer o conceito de Twitterverse cunhado por Brian Solis &
Jess3 (2011) e que representa uma categorização da enorme quantidade de ferramentas e
aplicações que nasceram à volta do Twitter.
119
Ainda na primeira parte deste trabalho, explorámos a utilização do Twitter em
contexto eduacional. Trouxemos trabalhos académicos onde está claramente
documentado a validade da aplicação em contextos presenciais, online, ou, blended.
Para lá do contexto educacional, o Twitter é hoje uma ferramenta de grande
utilidade nos locais de trabalho, na área da investigação, nomeadamente em contexto
universitário, na atividade das bibliotecas e medicina, como apresentámos durante o
trabalho.
No final da primeira parte explorámos o conceito de Personal Learning
Environment (PLE), através de uma revisão bibliográfica, apresentando uma visão
pessoal anteriormente explorada que situa o Twitter como “coração” do PLE e
apresentando um trabalho de Clint Lalonde (2011) que examina qual o papel que a
aplicação representa na formação e desenvolvimento de um Personal Learning Network
(PLN) de um profissional da educação.
A segunda parte deste trabalho foi dedicada ao estudo empírico desenvolvido,
tendo em conta, o desenho e metodologia de investigação, a apresentação e análise de
resultados, nomeadamente a globalidade de utilizadores e análise individual dos
resultados e nos capítulos finais apresentaremos as conclusões obtidas e as referências
bibliográficas utilizadas.
Pretendeu-se, essencialmente, investigar a forma como uma ação de formação
no Twitter pode alterar a perceção que as pessoas têm da ferramenta, potenciando a sua
utilização em contexto profissional.
Foi feita uma descrição da forma como o módulo foi implementado,
nomeadamente, das ferramentas utilizadas pelo professor da U.C. (Twitter, Scoop.It e
LMS da Universidade Aberta, do roteiro de atividades que os mestrandos tinham para
cumprir e da forma como a avaliação do módulo estava construída.
No capítulo quatro fizemos a apresentação e análise dos resultados obtidos
durante a investigação. Demos a conhecer o resultado do inquérito lançado antes do
início da formação que permitiu compreender o nível de proeficiência que os
mestrandos tinham do Twitter.
O Twitter é uma ferramenta que permite uma recolha, relativamente, fácil dos
dados de utilizadores lá existentes. Através de ferramentas como, por exemplo, ThinkUp
120
e Twapperkeeper, que usámos neste estudo, é possível recolher dados de utilizador e de
hashtags de forma que possa ser trabalhada por qualquer folha de cálculo. Neste
trabalho foram analisados um total de 3062 tweets que foram, posteriormente
catalogados de acordo com a classificação de Dann (2010) adaptada por nós, ao nosso
contexto concreto tendo sido definidas cinco categorias e quinze subcategorias. Os
tweets analisados eram provenientes quer das contas de Twitter dos mestrandos quer da
análise da hashtag #avampel5.
A hashtag #avampel5 representou o equivalente à sala de aulas virtual no
Twitter. Foi possível, utilizando uma de folha de cálculo com fórmulas dinâmicas,
analisar o número de tweets produzidos em cada um dos dias de formação, a sua
distribuição pelos diferentes tipos de utilizadores (Mestrandos, Professor do Módulo,
Elementos Externos e Professores MPEL) e a quantidade de tweets produzidos
individualmente.
Depois de categorizados, foram analisados todos os tweets publicados por todos
os mestrandos durante o período da formação, obtendo-se um quadro de referência.
Seguidamente, procedemos à análise das subcatergorias de modo a entender o
comportamento mais específico.
Procedemos, depois, à análise do comportamento dos formandos em contexto
formal e informal. Foram considerados formais, todos os tweets que tivessem
referências a quaisquer atividades da U.C. e/ou do mestrado, como avampel5, avampel,
ppel, mympel, e informais todos aqueles que não tivesse quaisquer destas menções.
A análise que fizemos das ferramentas utilizadas foi essencial para se
percecionar o grau de apropriação da ferramenta e de eficácia da formação. Verificámos
que formam usadas prefencialmente cinco ferramentas (Página Twitter, Hootsuite,
TweetDeck, Tweet Button e Dlvrit) tendo-se concluído que a ferramenta a qual o
professor deu maior enfoque inicial foi a mais utilizada durante as quatro semanas, com
níveis muito elevados.
Quase a finalizar o trabalho fizemos uma análise individual a cada um dos
utilizadores, primeiro criando um quadro comparativo onde foram analisados os pesos
relativos de cada um deles e em seguida observando o número de tweets produzidos em
cada uma das categorias e subcategorias a par das reflexões que foram sendo efetuandas
durante todo o processo formativo.
121
Este é um trabalho que tem como maior limitação ter sido efetuado numa
comunidade muito específica e com um número limitado de utilizadores. Algumas das
ideias expressas neste trabalho, nomeadamente a catalogação e subcatalogação de
tweets necessita ser testada e, provavelmente, adaptada noutros contextos e em públicos
mais alargados.
Sabendo que a temática é recente e que ainda não existem muitos trabalhos em
Portugal sobre a utilização do Twitter em contexto educativo deixamos este contributo
esperando que ele seja o princípio de um caminho a ser explorado.
123
CAPÍTULO VI - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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I
Anexos
III
ANEXO I - QUESTIONÁRIO INICIAL
Nome do Ficheiro XLSX – Questionário Inicial Twitter (Distribuído exclusivamente
em versão digital)
Constituído por quatro abas, a primeira com todas as perguntas e dados recolhidos
através da ferramenta “Formulário Google” e as restantes com diversas tabelas de
dados, com as seguintes designações:
Recolha de Dados
Dados
Gráficos
Quadros
Do questionário respondido pelos mestrandos antes do início U.C., apresentada na
primeira aba, constam as seguintes perguntas:
É utilizador do Twitter?
o Qual o motivo principal pelo qual usa habitualmente o Twitter?
Até ao presente momento qual a sua opinião sobre a utilização
que tem feito do Twitter?
Qual o seu nome de utilizador no Twitter?
Na próxima formação que vai frequentar em AVA é necessário
possuir uma conta de Twitter. Está disponível para usar a sua
actual conta?
No caso de ir usar outra conta, porque é que não deseja usar a
habitual?
Qual a designação da conta de Twitter que vai usar neste contexto?
o Qual o motivo principal pelo qual parou de usar o Twitter?
Até ao presente momento qual a sua opinião sobre a utilização
que tem feito do Twitter?
Qual o seu nome de utilizador no Twitter?
Na próxima formação que vai frequentar em AVA é necessário
possuir uma conta de Twitter. Está disponível para usar a sua
actual conta?
No caso de ir usar outra conta, porque é que não deseja usar a
habitual?
Qual a designação da conta de Twitter que vai usar neste contexto?
o Qual o motivo principal pelo qual nunca usou o Twitter?
Numa escala de 1 a 5 como considera ser a sua relação de familiaridade com o
Twitter?
IV
ANEXO II - DADOS RECOLHIDOS ATRAVÉS DA
FERRAMENTA THINKUP
Nome do Ficheiro XLSX – Mestrandos AVA MPEL Completo Versao Final
(Distribuído exclusivamente em versão digital)
Constituído por oito abas, a primeira com todos os dados recolhidos através da
ferramenta ThinkUp e as restantes com diversas tabelas dinâmicas que serviram para
tratar os dados, com as seguintes designações:
Mestrandos_AVA_MPEL_Completo
Análise Pivot Table
Pivot Table linkada e alterada
Catalogação
Catalogação
Utilizador
Apps
Dados conta
Informal vs Formal
Total Tweets
A tabela “Mestrandos_AVA_MPEL_Completo” (2523 linhas) contém todos os dados
originalmente recolhidos (negrito) e os campos posteriormente criados para catalogar
os tweets (sublinhado).
CABEÇALHO
DESCRIÇÃO DO CAMPO
Id
Numeração
dada
automaticamente
pela
ferramenta
ThinkUp
post_id
Número do tweet (Só são válidos os quinze primeiros
dígitos. Os restantes zeros resultam da forma como os
dados foram exportados.)
author_user_id
Código númerico do Twitter que identifica o utilizador
author_username
Nome de utilizador de quem publica a mensagem
post_text
Texto do tweet
Cat Tweet
Categoria final atribuída ao tweet
Sub-Cat Tweet
Subcategoria final atribuída ao tweet
V
#avampel5
Tweets que continham referência à hashtag #avampel5 (1)
Erro
Tweets classificados como possuindo um erro, seja de
digitação,
de
endereçamento
ou
outro
qualquer
identificado como tal (1)
Outras hashtags
Tweets que continham referência a outras hashtags que
não #avampel5, como por exemplo #elearning ou #ppel (1)
Sem hashtag
Tweets que não continham qualquer referência a hashtags
(1)
Formal
Tweets que continham referência a hashtags relacionadas
com o mestrado, como por exemplo, #ppel, #mympel ou
#avampel (1)
Normal c/ link
Tweets que não continham qualquer referência a hashtags
(1)
Normal s/ link
Resposta simples
Resposta c/ link
RT Simples
Catalogação inicial de mensagem eque foi usada como
RT c/ link
mera indicação
RT Comentado
Refª c/ link
Refª s/ link
Dia Mês
Dia do mês em que o tweet foi publicado
Mês
Mês em que o tweet foi publicado
Ano
Ano em que o tweet foi publicado
Hora
Hora em que o tweet foi publicado (Hora de Lisboa)
is_protected
Tweet publicado por conta protegida
source
Ferramenta utilizada para publicar o tweet
Location
Localidade de referência do autor do tweet
Place
place_id
geo
Campo em branco
VI
pub_date
Dia e hora em que o tweet foi publicado
Pub_Semana
Número da semana em que o tweet foi publicado
in_reply_to_user_id
Tweet enviado em resposta a outro utilizador
in_reply_to_post_id
Tweet enviado em resposta a outro tweet
is_reply_by_friend
Tweet resposta de um amigo
in_retweet_of_post_id
RT de um tweet que continha número de post
is_retweet_by_friend
Indicação se o RT é de um amigo
network
Por defeito em todos os tweets - Twitter
is_geo_encoded
Tweet georeferenciado
in_rt_of_user_id
RT de um tweet referente a outro utilizador
retweet_count_api
Número de vezes que o tweet sofreu um RT
all_retweets
Número de vezes que o tweet sofreu um RT
VII
ANEXO III - DADOS RECOLHIDOS ATRAVÉS DA
FERRAMENTA TWAPPERKEEPER
Nome do Ficheiro XLSX – #avampel5 Completo Final (Distribuído exclusivamente
em versão digital)
Constituído por oito abas, a primeira com todos os dados recolhidos através da
ferramenta Twapperkeeper e as restantes com diversas tabelas dinâmicas que serviram
para tratar os dados, com as seguintes designações:
avampel5 completo
Total Tweets por papel
Total Tweets mestrandos
Total Tweets
Tipos de Tweets
Tweets por sem e utilizador
Horas Tweets
APP
A tabela “avampel5 completo” (1365 linhas) contém todos os dados originalmente
recolhidos (negrito) e os campos posteriormente criados para catalogar os tweets
(sublinhado):
CABEÇALHO
PAPEL
DESCRIÇÃO DO CAMPO
Tipo de papel que o utilizador assume (Externo, Mestrando, Prof
UAb e Prof UC)
FROM_USER
Nome de utilizador de quem publica a mensagem
TO_USER
Nome de utilizador a quem se dirige a mensagem
FROM_USER_ID
Código númerico do Twitter que identifica o utilizador
TIPO MSG A
TIPO MSG AA
Catalogação inicial de mensagem (Normal, Referência, Resposta e
Retransmissão)
Subcatalogação inicial de mensagem (Com comentário, Sem link,
com link e simples)
CAT TWEET
Catalogação final de tweet
TEXT
Texto do tweet
ID
ISO_LANGUAGE_CODE
Número do tweet (Só são válidos os seis primeiros dígitos. Os
restantes zeros resultam da forma como os dados foram exportados.)
Língua que o Twitter identifica automaticamente no momento da
VIII
publicação (ex: pt, it, eng)
SOURCE
Ferramenta utilizada para publicar o tweet
PROFILE_IMG_URL
Link da imagem de perfil
Dia Semana
Dia da semana em que o tweet foi publicado
Semana
Número da semana em que o tweet foi publicado
Dia Mês
Dia do mês em que o tweet foi publicado
Mês
Mês em que o tweet foi publicado
Ano
Ano em que o tweet foi publicado
Hora
Hora em que o tweet foi publicado (Hora de Lisboa)
Periodo
Período do dia em que o tweet foi publicado (Manhã, Tarde, Noite
ou Madrugada)