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O corpo-escrito de Luís Miguel Nava

2008, Forma Breve (Universidade de Aveiro)

Este artigo pretende recapitular o tópos do corpo na obra de Luís Miguel Nava conforme demonstram os estudos sobre sua obra e reafirmar a hipótese de um corpo-escrito ou um corpo que se escreve, estabelecendo rotas de leituras na tentativa de evidenciar duas proposições: a sintaxe gestual e o delírio contido da enunciação naviana como características fundamentais de seu imaginário.

1 O corpo-escrito de Luís Miguel Nava Danilo Bueno Universidade de São Paulo – Mestrando Resumo: Este artigo pretende recapitular o tópos do corpo na obra de Luís Miguel Nava conforme demonstram os estudos sobre sua obra e reafirmar a hipótese de um corpoescrito ou um corpo que se escreve, estabelecendo rotas de leituras na tentativa de evidenciar duas proposições: a sintaxe gestual e o delírio contido da enunciação naviana como características fundamentais de seu imaginário. Palavras chave: corpo, imaginário e poética. Summary: This article intends to recapitulate the relation of body topói in the works of Luís Miguel Nava as demonstrates the studies about his works and reaffirms the hypothesis of a written-body or a body which writes itself, establishing routes of reading in the attempt to evidence two propositions: the gestural syntax and the contained delirium of the naviana enuntiation as fundamental characteristic of his imaginary. Key Words: body, imaginary and poetic. O objetivo deste artigo é demonstrar aspectos da construção poemática na obra de Luís Miguel Nava (1957-1995) no tocante à sua relação basilar com o corpo, eixo de vidência e mundividência dessa obra extremamente consistente que provoca interesse pela sua intertextualidade com diferentes correntes estéticas portuguesas do século XX, pela sua coesão interna e pela sua originalidade plástica e violência vocabular. Fernando Pinto Amaral, no prefácio à Poesia Completa 19791994 de Luís Miguel Nava, escreveu: 2 O fulgor erótico deste discurso atravessa, no entanto, as fronteiras temáticas mais previsíveis e contamina tudo o que se relaciona com o corpo, abrindo um território de leitura quase inesgotável. Não é, neste caso, o corpo tradicional das carícias e dos beijos a estar em cena – nem sequer, no que seria o extremo oposto, o corpo como mero sinal de fugacidade do tempo e da vida que se escoa. Para este poeta, o mais indelével resulta de um irresistível desejo de se expor até ao âmago, há que mostrar as vísceras [...] À luz deste propósito e de outros semelhantes [...] – se perceberá o campo original que a escrita de Nava soube tornar cada vez mais seu (AMARAL apud NAVA, 2002, 26). É a partir do corpo – a partir de agora sem o itálico –, agente instaurador do real e consumador do devir incógnito da experiência, que se pode propor uma dupla clave de leitura para a poesia de Nava: primeiro, a postura libertária e visceral do sujeito poético, e, segundo, a materialidade da escrita calcada na sintaxe análoga e reflexiva da representação dessa experiência. É possível ensaiar que a sintaxe de Nava flui de um ritmo quase gestual, pelas bruscas interrupções dos versos de uma respiração ofegante e corpórea, assinalando versos surpreendentes como o remate do poema «Contra os flashes»: «Os miúdos a nudez destrói-os nesses lábios» (NAVA, 2002, 41). Trata-se de uma escrita que se quer totalizadora, cujo corpo não só privilegia uma vasta amplitude no conhecimento da realidade, definindo a experiência homossexual como um per si desse conhecimento, cuja plasticidade funciona como ponto cimeiro, adensada por uma enunciação surpreendente e severa. Conforme se pode ler: Rapaz Não sei como é possível falar desse rapaz pelo interior de cuja pele o sol surge antes de o fazer no céu (NAVA, 2002, 86). No poema acima, Nava dá a ver uma imagem esteticamente forte ao supor que o Sol pode surgir da pele interior de um rapaz e ainda sobrepor-se ao céu. Note-se que o corte dos versos favorece um estranhamento que está em 3 consonância com a própria negação dubitativa do primeiro verso «Não sei [...]». O sujeito poético realmente não sabe como falar de tal rapaz, a não ser propondo uma imagem tão enigmática e plástica quanto o seu próprio assombro: um Sol fora da idéia de céu. O corpo, por metonímia, é representado pela pele do rapaz, que acena o fulgor do corpo sexualizado, quente e aberto, assim como o próprio Sol. A imagem entre pele e Sol ganha contornos originais por se tratar justamente de uma pele úmida (como apontou António Manuel Ferreira) que cifra uma imagem desgastada em outra plena de sentidos. Ao entremear a perplexidade das potencialidades corporais com o desejo carnal, Nava cria um todo orgânico que perpassa toda o tópos obre o corpo, desde a noção de mera couraça orgânica até a concepção de um complexo mítico, como uma imago mundi extraída de sua escritura poética. Algumas imagens podem ilustrar este ponto: «sinto a romper os dentes como a ventania» (NAVA, 2002, 58) ou «do meu mundo interior vêm-me as sombras ocupando aos poucos o lugar da pele» (NAVA, 2002, 139), e ainda «O coração é o tempo, a pele as margens» (NAVA, 2002, 172). Nestes poucos exemplos aleatórios, de sorte que os exemplos poderiam ser tão vastos que a eleição de versos ao acaso não se torna arbitrária, vê-se o quanto é organizado o pensamento naviano a partir da tensão entre o corpo vivente ou real e o sujeito poético ou lírico-narrativo. É visível que o sujeito poético opera uma analogia fisiológica e simbólica com o mundo factível ao tecer uma aproximação entre experiência e delírio, corpo e cosmos, conforme apontou Carla da Silva Miguelote (Cf. MIGUELOTE, 2006: 96). Veja-se a análise de António Manuel Ferreira, em consonância com a leitura de Miguelote: Nava abriu um caminho: um percurso estranho e contudo reconhecível, que conduz ao interior menos visitado do homem, alargando, ao mesmo tempo, as formas de comunicação com o quotidiano, ao aprofundar intensamente os vínculos que nos unem ao nosso próprio corpo. Habituados a um lirismo muitas vezes feito de metáforas domesticadas pelo uso reiterado, invade-nos uma sensação de 4 desconforto ao entrarmos pela primeira vez no universo de uma poesia que faz do corpo o centro de irradiação de todos os sentidos e todas as demandas. É a partir do corpo que se organiza, de forma meticulosa e obsidiante, o mundo habitável e habitado desta poesia. Não se trata, no entanto, de um corpo solar e epidérmico, símbolo gasto de devaneios eróticos, reconhecidos por uma tradição de séculos. Trata-se de um corpo radiculado, cavernoso, húmido e exposto, desde o labirinto dos nervos, até as memórias que a janela abre sobre a pele (FERREIRA, 2006, 109). Maria João Cantinho segue a mesma esteira de raciocínio: Ao criticar a moralidade vazia e adotar uma atitude sistemática e analítica perante o real, não admira que tenha levado essa atitude a uma radicalização, da qual a expressão mais acabada terá sido a de assumir o corpo (na sua nudez e totalidade abrangente) como o centro da sua obra, emblema de uma inscrição do real, isto é, o corpo dilacerado, matriz onde se inscreve a fragmentação da verdade, da experiência e da vivência mundana: «Por dentro do meu corpo, onde é possível separar do sangue os vários órgãos, a quem destes o contemple é dado vê-lo embravecer contra as vitrines. Desnudarmo-nos é pouco, há que mostrar as vísceras (...)». Numa ousadia ainda pouco usual na poesia portuguesa, o autor transformou essa descida aos abismos viscerais numa via de conhecimento que se desdobra e opera no interior do seu projeto poético, com toda a matéria verbal que ele implica, nas suas mais diversas e concretas configurações (CANTINHO, 2002). Vê-se das citações acima a lógica fisiológica referida, e que ela é norteadora do imaginário poético de Nava. A partir dessa lógica é possível depreender a noção de corpo dilacerado, corpo visceral, corpo úmido e corpo sem vida, entre outras extensões de sentido. É com esses elementos que se dá o entrelaçamento das questões corporais com o nível simbólico: alma, céu, mar, memória, lembrança, destino entre outras. Conforme se pode ler no seguinte poema: Recônditas palavras Inquietam-me as dedadas de deus rente à raiz da carne, ao indeciso equilíbrio da alma 5 na balança, à cicatriz azul do céu sobre o destino. O mar pneumático, ao sabor do qual contra os sentidos se nos fazem e desfazem as ávidas lembranças, assalta-me os sentidos, tenebrosas crateras escavadas no espírito e através das quais, incandescentes, as imagens do mundo sobre ele próprio se derramam como uma lava espessa, esses sentidos que, como aéreos estigmas, nos imprimem na carne a cicatriz do céu, a indecisa maneira de as imagens do mundo se guindarem mais alto do que a alma ou o alento de quem dentro de nós aviva a sua chama. O que nos sai do coração vem a ferver. A carne, ao rés da qual o céu se encurva, báscula que deus deixou nos arredores dum qualquer lugarejo a encher-se de ferrugem, cicatriz pesada, combustível, com raiz nas mais profundas trevas, a carne âncora submersa no destino, ergue-se a pique de novo onde as lembranças se fazem e desfazem 6 com todo o azul do céu lá dentro a procurar rompê-Ia. Sentados no convés, como se fosse já noite e nos soubesse o pão ao ranço da memória, contemplamos os rudes marinheiros. Depois que pela encosta procurámos em vão uma escada de que o último degrau fosse já dentro da memória, suspenso na memória, desfaz-se-nos dos ossos a carne, com o seu quê de lírico e festivo, em áreas portuárias onde o mar nos sai do coração para galgar o molhe, e, agora que começam os anos a pesar mais para trás que para a frente, acodem-nos recônditas palavras aos ouvidos: «Fecharam-se-te os olhos e eu fiquei de fora», «Nas tuas mãos começa o precipício» (NAVA, 2002, 227-9). Neste poema vê-se a opacidade da linguagem naviana, pois não é uma escrita que se quer deixar decifrar já na primeira leitura, ela requer várias leituras e uma meditação apurada. Seu fecho explicita bem a vertigem ou o desengano que um corpo pode causar ao entrar em contato com outro. Há a sugestão de que o sujeito poético sabe que será (des)governado, como se caísse em um precipício. Nava cria outra imagem extremamente plástica: o mar a sair de um coração. A função do mar, ou das águas, como ensinou Bachelard (Cf. 1989), sexualiza o horizonte do poema. O poema é por demais complexo e extenso para uma análise depurada no espaço deste artigo, no entanto, pode-se notar já nas primeiras leituras, a relação coesa desses versos com o que 7 se pretende propor: o corpo que se escreve e se expande para a construção de um imaginário específico entre memória, sexo, amor; «estigmas, nos imprimem/ na carne a cicatriz do céu». Note-se que quase sempre as imagens são fortes e pouco previsíveis. Seguem outros exemplos aleatórios da força das imagens: “O que chamávamos / verão são poços através / dos quais se some a pele pela memória adentro” (NAVA, 2002, 87); “o mar à força de bater na rocha ia ficando a pouco e pouco em carne viva” (NAVA, 2002, 89); “Por mim não volto a vê-lo, encontros houve / com ele dos quais a alma ficou cheia de dedadas” (NAVA, 2002, 90); e por último: “A pele serve de céu ao coração” (NAVA, 2002, 93). Pode-se sugerir, portanto, que o principal tropo desta poesia é a metáfora, aliada à sintaxe rascante, contrariando a própria noção comezinha de rigor escritural ao aproximar o delírio e experiência. Se por um lado, a escrita é clássica e limpa, por outro, esse tópico é oriundo da noção de delírio e exposição física, de uma experiência corporal alucinante; a sintaxe espelha, desta forma, essa força bruta, opondo duas linhas de força: a violência da enunciação e a contenção da escrita. Desta oposição, que pode ser lida até mesmo como uma complementaridade, surge uma questão crucial: como o delírio pode definir o rigor e a contenção? Comumente o delírio é sinônimo de alucinação e, por extensão de sentido significa a « [...] perda de consciência clara; confusão mental [...]» (HOUAISS, 2001). É nesta quebra de protocolo do imaginário corrente que Nava dá a ver uma construção poética bastante original e insólita, ao desmistificar as valências impulsivas e reflexivas do corpo. Leia-se a análise de Carla da Silva Miguelote no que concerne à idéia de um rigor escritural fundador: Observa-se, portanto, que não é se deixando arrastar por um fluxo verbal não vigiado que Nava resgata as potências do corpo e do sensível. Nava escreve como quem busca uma ciência, o que não faz sem subverter todos os paradigmas científicos. Nesse sentido, seu principal questionamento diz respeito à «possibilidade de um objeto, enquanto entidade separada dum sujeito, poder ser 8 por este conhecido, seja esse objeto o mundo ou o próprio eu» (NAVA, 2004, p.220). No final das contas, as únicas semelhanças que lhe restam quanto ao modelo cientificista são mesmo a vontade de conhecer e o rigor com o que empreende o seu projeto (MIGUELOTE, 2007, 2). E mais adiante, sobre a prática imagética e a alucinação: A primeira observação a ser feita é a de que, se o insólito das imagens criadas sugere mesmo um caráter alucinatório, tal «alucinação» não é, todavia, fruto de uma escrita automática, que buscaria num jogo com o acaso suas relações inauditas (procedimento caro a algumas pesquisas surrealistas): «nada é por acaso em poesia», sentencia Nava (2004, p. 310). Tratar-se-ia antes de uma alucinação aplicada, como disse Eucanaã Ferraz, uma alucinação que tem por fundo uma vontade de ciência (FERRAZ, 2004, p. 99). A sua poética nos sugere a idéia de ciência justamente porque a alucinação a que ela se aplica se funda numa vontade de conhecer o mundo: «Atei uma ligadura ao mundo./ Seguindo uma estratégia diferente, há quem o aparafuse, ajoelhando-se na terra, ou abra nele um olho, uma pupila» (p. 106). Entretanto, se não se trata de uma alucinação subjetiva, também não se trata de uma ciência objetiva (MIGUELOTE, 2007, 14). A «vontade de ciência» sugerida por Eucanaã Ferraz como uma forma de conhecer o mundo pela alucinação, torna-se, assim, característica diferenciada da obra naviana, em oposição à lírica portuguesa coetânea. A amplitude entre a exploração do corpo sexualizado, imantado com as valências sanguíneas e os humores da pele, e a tensão clássica da linguagem, faz com que Nava se aproxime de duas relevantes correntes da poesia portuguesa de meados do século XX, conforme observou Gastão Cruz no posfácio à Poesia Completa 19791994: a primeira, mais clara e exata, representada por Eugênio de Andrade e Carlos de Oliveira; e a segunda, mais caudalosa e vertiginosa, representada por Herberto Hélder. Este aspecto dá a ver a importância e a centralidade de Luís Miguel Nava para a poesia portuguesa contemporânea, pois em sua poesia opera-se a intersecção de pontos culminantes da lírica portuguesa, contrariando a aparente oposição entre «estilos históricos» em um «acerto de contas» com o próprio repertório literário 9 português do século XX e as questões poéticas pertinentes para se pensar a modernidade em Portugal. Pode-se cogitar, portanto, que o corpo, além de conferir a peculiaridade ao sujeito poético, transforma-se em um elemento apriorístico para o exercício da escrita de Luís Miguel Nava. O sujeito poético se identifica e se constrói a partir de suas potencialidades corporais, para, em um segundo momento, aceder a toda gama de recursos e desdobramentos possíveis dentro da consciência formada pela apreensão do real e da literatura, criando um horizonte de desenvolvimento pleno de sentidos entre a consciência literária e percepção corporal. Assim, pode-se inferir que é o corpo-escrito – assim mesmo, de forma composta, como um híbrido – de Luís Miguel Nava um dos aspectos determinantes de sua poesia. Corpo que é o locus da transição e da mudança pela temporalidade irreversível e finita da experiência humana, determinada pelo assombro sem simulacros que a própria sucessão em direção a morte condiciona. Martin Heidegger assinalou algo interessante sobre a noção de transitoriedade que pode ser uma maneira de se pensar a estética de Nava: «Pois as transformações são a garantia para o parentesco do mesmo» (1989, 18). Desta assertiva depreende-se que a sucessão inerente ao devir é a própria peculiaridade do corpo, gerando uma personalidade desvelada (e revelada, também) na alteridade até a consumação da morte (o corpo morto). Desta forma: a presença da morte é mapeada pelos órgãos corporais no ato mesmo de sua duração e transitoriedade, determinando o que (e quem) é o sujeito lírico naviano. Logo se depreende que o corpo-escrito é polarizador de uma empreitada de linguagem em que todas as afluências referidas se exaurem e se relacionam com perguntas essenciais tanto para a poesia quanto para a filosofia. Questões insolúveis ou mesmo não-questões: o que é o corpo? Como pensá-lo? Como se posicionar perante a literatura? Enfim, trata-se de uma poesia que aciona a perplexidade crítica e inventiva do leitor ao invés de facilitar-se em emblemas poéticos gratuitos. 10 O corpo-escrito não é meu corpo, como certo primórdio grego, absolutamente estreitado com a noção de alma, mas é um corpo entre a carnadura do real e da escrita, pois, como queriam os estóicos: «tudo o que há é corpóreo» (MORA, 2001, 134). Essa corporeidade essencial simula então uma relação singular com o mundo. O sujeito poético estabelece um «atrito» contínuo com o devir e a passagem ao liricizar as aporias primeiras entre ser no mundo e ser para o mundo. Um último exemplo para ilustrar o modo como se pretende ler a obra naviana neste artigo: Os nervos Começaram-se-lhe os nervos, um dia, a reproduzir com uma violência inusitada, abrindo-lhe por fim a pele, por fora da qual, como a hera nas paredes, rapidamente se espalharam, sobrepondo-se aqui e acolá à própria roupa, com que deixou de poder dissimular o acontecido. Não havia, além disso, peça de vestuário que, depois de a ter vestido há algumas horas, o seu espírito já quase não houvesse totalmente devorado. O mesmo sucedia com os óculos. À nudez que o espírito lhe impunha, vinha-se juntar assim uma espécie de cegueira, entre as quais não tardou a haver quem encontrasse afinidades (NAVA, 2002, 177). O corpo que vê e que se vê e está inconcusso no mundo: «O mundo visível e o mundo dos meus projetos motores são partes totais do mesmo Ser» (MERLEAU-PONTY, 1980, 88), ou seja, não há dualidade entre corpo e subjetividade, caminho filosófico-poético que Nava soube como poucos domar e se inscrever: «À nudez que o espírito lhe impunha, vinha-se juntar assim uma espécie de cegueira [...]». BIBLIOGRAFIA: BACHELARD, Gaston (1989). A Água e os Sonhos: Ensaio sobre a imaginação da matéria. São Paulo: Editora Martins Fontes. CANTINHO, Maria João (2002). Luís Miguel Nava: o corpo como inscrição do real ou o corpo radical. http://www.jornaldepoesia.jor.br/ag25nava.htm. Acesso em 10, 11 agosto, 2008. FERREIRA, António Manuel (2006). Do canto ao conto – Estudos de Literatura Portuguesa. Aveiro: Edições Til, 2006. HEIDDEGER, Martin (1989). Os pensadores – Conferências e escritos filosóficos. São Paulo: Nova Cultural. HOUAISS, Antonio (2001). Dicionário eletrônico da língua portuguesa 1.0. São Paulo: Editora Objetiva. MERLEAU-PONTY, Maurice (1980). Textos selecionados. São Paulo: Abril Cultural. MIGUELOTE, Carla da Silva (2007). A escrita de Luís Miguel Nava: uma poética da «impureza».http://www.uefs.br/nep/labirintos/edicoes/02_2007/04_artigo_de_carl a_da_silva_miguelote.pdf. Acesso em 09, agosto, 2008. ________ (2006). A poética de Luís Miguel Nava: vem sempre dar à pele o que a memória carregou. Dissertação de mestrado em Letras. Rio de Janeiro: Universidade Federal Fluminense. MORA, Ferrater (2001). Dicionário Filosófico. 4.ª ed. São Paulo: Editora Martins Fontes,. NAVA, Luís Miguel (2002). Poesia Completa 1979-1994. Lisboa: Dom Quixote.