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MEMÓRIAS AORE DESDE 2005 completo até

Até 2005 eu não sabia que havia, no CPOR do Rio de Janeiro, uma Associação de ex-Alunos. Mas, naquele ano, fui procurado por Israel Blajberg, da minha turma de Artilharia de 1965, que estava reunindo nossa turma para uma espécie de jubileu de 40 anos (só festejamos 25 e 50 anos), como pretexto para homenagear um de nossos instrutores, na época Capitão de Artilharia, o General de Exército Gleuber Vieira, último Ministro do Exército e primeiro Comandante do Exército entre 1 de janeiro de 1999 e 1 de janeiro de 2003. Foi muito bom rever os antigos companheiros, alguns morando longe do Rio como o Boujeard que trouxe de Poços de Caldas (MG) uma bela peça de cristal para presentear o antigo instrutor. A festa foi linda e, como havia uma Associação, vi-me na obrigação de participar, de me associar. Já naquele tempo, em formaturas especiais, havia uma Guarda de Honra ao busto do Major Apollo, o mais condecorado herói da II Guerra Mundial e ex-Aluno deste Centro. O padrão na época, inclusive nos desfiles do Dia da Independência (Sete de Setembro) era o terno e uma boina VO com o distintivo do Exército Brasileiro. Pág. 1 Naquela ocasião, era Presidente do CNOR (CONSELHO NACIONAL DE OFICIAIS DA RESERVA) o Tenente R/2 Sérgio Pinto Monteiro da turma de 1961 (turma dos Fundadores da Associação) e, Presidente da ASSOCIAÇÃO DOS EX-ALUNOS DO CPOR/RJ o Tenente R/2 da turma de 1956, Paulo Coimbra Sauwen. Comecei a participar ativamente das reuniões de Diretoria e dar meus “pitacos” e, não sei porque, caí nas boas graças do Monteiro que estava inscrevendo pessoal para o ENOREX em Porto Alegre, e me incluiu apesar do pouco tempo de associado. Fomos num Hércules C-130 da FAB e o ENOREX foi bom para me contextualizar sobre as associações existentes. ENOREX de Porto Alegre – 2005 Pág. 2 O primeiro ENOREX aconteceu no Rio de Janeiro em 1997. E de 2020 a 2021, foram suspensos por causa da epidemia de COVID-19, voltando em 2022 em Curitiba. I ENOREx (1997) Rio de Janeiro II ENOREx (1999) Rio de Janeiro III ENOREx (2001) Rio de Janeiro IV ENOREx (2002) Salvador V ENOREx (2003) São Paulo VI ENOREx (2004) Manaus VII ENOREx (2005) Porto Alegre VIII ENOREx (2006) Natal (criado o uniforme Verdão) IX ENOREx (2007) Rio de Janeiro X ENOREx (2008) Cuiabá XI ENOREx (2009) Brasília XII ENOREx (2010) Belo Horizonte XIII ENOREx (2011) Maceió XIV ENOREx (2012) Recife XV ENOREx (2013) Salvador XVI ENOREx (2014) Belém XVII ENOREx (2015) Vila Velha XVIII ENOREx (2016) Brasília XIX ENOREx (2017) Rio de Janeiro (troca de Presidentes do CNOR de Monteiro para Rogério) XX ENOREx (2018) Joinville XXI ENOREx (2019) Goiânia (COPESP) 2020 e 2021 suspensos pela epidemia de COVID-19 XXII ENOREx (2022) Curitiba XXIII ENOREx (2023) Uberlância TC Gerson, CMT do CPOR/RJ Pág. 3 Observe que no Rio de Janeiro, aconteceram cinco edições desse Encontro Nacional, o que mostra o tamanho, importância e relevância dessa Associação no universo nacional. O Convite para o VII ENOREx, como exemplo, em Porto Alegre, foi o seguinte: VII ENCONTRO NACIONAL DE ASSOCIAÇÕES DE OFICIAIS R/2 VII ENOREX - CONVITE: Caros Oficiais R/2: A Diretoria do Conselho Nacional de Oficiais R/2 do Brasil, dando continuidade aos trabalhos de aglutinação dos Oficiais R/2 de todo o país, tem a grata satisfação de convidar os companheiros para o "VII Encontro Nacional de Associações de Oficiais R/2", que será realizado no período de 13 a 16 de outubro de 2005, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. O evento, a exemplo dos Encontros anteriores realizados em 1997, 1999, 2001 (Rio de Janeiro), 2002 (Salvador), 2003 (São Paulo) e 2004 (Manaus), pretende reunir grande número de Oficiais R/2 e visa atingir os seguintes objetivos: Estabelecer diretrizes para o desenvolvimento das atividades das entidades filiadas ao Conselho Nacional de Oficiais R/2 do Brasil; Promover a integração das diversas Associações: São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro, Natal, Pelotas, Amazônia, Recife, Petrópolis, Porto Alegre, Cuiabá, Ponta Grossa, Brasília e Belo Horizonte; Atualizar conhecimentos e informações sobre as Forças Armadas; Proporcionar aos Oficiais da Reserva uma visão estratégica sobre Defesa Nacional; Tratar de assuntos de interesse das Associações e da Oficialidade R/2; Apresentar delegações ou representações de novas entidades; Estreitar os laços de companheirismo e amizade entre a Ativa e a Reserva; Interagir com os atuais alunos do CPOR/PA; e Possibilitar a reunião da Assembleia Geral do Conselho Nacional de Oficiais R/2. O VII ENOREX é promovido pela nossa filiada de Porto Alegre, Associação dos Ex-Alunos e Amigos do CPOR/PA . Certos de que os companheiros envidarão todo o esforço necessário para a participação num evento de tal magnitude, ficamos na expectativa de abraçá-los em Porto Alegre. Fraternalmente, Ten R/2 Art Monteiro - CPOR/RJ Presidente do CNOR. Algumas fotos de Israel Blajberg desse ENOREx. Pág. 4 A volta de Porto Alegre no C-130 da FAB foi emocionante. A certa altura, um dos motores parou. Estávamos sentados no dispositivo de transporte de tropa, dois corredores onde sentávamos defronte a um companheiro, eu perto da porta traseira e diante do Pereira. Lá na dianteira do avião, estava sentada uma militar da FAB em uniforme de passeio e foi a primeira a enjoar, “acertando” o companheiro diante dela. Eu já comecei a procurar algo para quando chegasse a minha vez e usei a sacola de vinhos que trouxera das serras gaúchas. E fiquei olhando a “coisa” ir chegando, pois enjoo e tão contagioso quanto o bocejo. Pág. 5 E de repente, olhando o Pereira à minha frente, vi que havia chegado a vez dele. Estava branco e fazia espasmos. Eu havia me preparado para protegê-lo se fosse eu, mas ele iria me bombardear à queima roupa. Eu não tinha como escapar e o cheiro já empesteava todo o avião, acometendo a todos. Nessa hora, o Hércules tocou o solo da Base Aérea do Galeão e fui salvo miraculosamente, pois todos melhoraram instantaneamente e fomos desembarcando... Após o ENOREx de Porto Alegre continuei dando ideias nas reuniões de diretoria, mas nunca eram aceitas. Criei a REVISTA SANGUE VERDE-OLIVA que teve 7 Edições no formato A4, digital, a cores. Pág. 6 Depois, vendo que a Diretoria estava há muitos anos e, portanto, cansada, e não aceitava nenhuma das minhas ideias, resolvei criar uma ORDEM, tipo uma SEITA, com amigos escolhidos para levar a frente as atividades que a Associação dos Ex-Alunos não queria. No final de 2006, um associado, Ten Vaz de Cavalaria, empresário, passou lá no CPOR para levar uma lembrança de Natal para o Ten Monteiro. E se queixou de dores no peito. Monteiro falou para que ele fosse direto procurar um médico, mas ele preferiu continuar com suas entregas de presentes e veio a falecer naquela tarde, em 14 de dezembro de 2006. Eu então resolvi criar a ORDEM DOS CAVALEIROS DO ESQUADRÃO TENENTE VAZ em sua homenagem e comecei a aglutinar companheiros que estavam a fim de trabalhar. A primeira reunião preparatória e sagração de Cavaleiros se deu em 28 de março de 2007. Criei Estatuto, Investidura de Cavaleiros e mais tarde, graus como na Maçonaria. Eu era o Grão-Mestre Mor, já que havia Grão Mestres em outros Estados como Nogueira em Brasília, Hamilton Madruga e João Lopes em João Pessoa, Guará em Natal, Loureiro em Aracaju e, principalmente, José Roberto Dantas GAUDENZI, em Salvador. Gaudenzi foi o meu maior incentivador, praticamente ajudando nas bases da ORDEM, mas veio a falecer de repente por um câncer agressivo. Mas todos devem à ele a criação do Uniforme (Verdão) já que em Natal, eles já desfilavam assim no Dia da Independência. Criei um Fórum de discussão (naquele tempo não havia essas redes digitais como Facebook ou Whatsapp, e apenas SITES na WEB e Fóruns do mesmo jeito). Aqui no Rio, muitos Cavaleiros como Israel Blajberg, professor e historiador ou como o grande Tenente Roberto MARCONI, diretor de segurança da TV Globo e um dos baluartes na época da Pág. 7 ORDEM. Criamos a Medalha Esquadrão Tenente Vaz e a conseguimos registrar na DGP do Exército Brasileiro – a M e da lha Esqua dr ã o Te ne nt e Va z publicada sob o Nr 025 no Bol DGP de 20/ 06/ 2007. Que eu saiba, foi a prim eiro m edalha de Associações de R/ 2 apesar da ORDEM não ser exat am ent e um a Associação de ex- Alunos. A criei para fazer o que a Associação não queria fazer e eu achava que devia... Pág. 8 A prim eira Medalha foi out orgada ao General Ve nt ur a , um herói da FEB que nos deixou alguns m eses depois de hom enageado no CPOR/ RJ. A Medalha núm ero M024 foi out orgada ao General M a ce do, a M025 ao General Rona ld, a M026 ao grande General Ca st r o, a M028 ao General Enzo, ent ão Com andant e do Exércit o, onde t ive o privilégio de fazer a aposição no seu QG em Pág. 9 Brasília, j unt o com o General Ca t ã o ( M029) , m eu paraninfo na Ordem do Mérit o Milit ar. General Gle ube r t em a M031 e o General Villa s Bôa s a M035 para só cit ar alguns. Acima a carta que recebemos do General Ventura. Ele foi agraciado dia 9 de maio de 2007 (a observação que coloquei no pé da carta está errada – é 2007 e não 2005) e veio a falecer em 12 de julho daquele ano. Vamos transcrever a seguir a tal carta para melhor compreensão. Ele comandava na guerra o que não existe nos dias de hoje: Uma Companhia de Artilharia num Batalhão de Infantaria. Ou melhor, uma Cia de canhões na Infantaria, pois o Ventura era Capitão de Infantaria e sua Companhia de canhões fazia apoio direto ao avanço de sua tropa. Pág. 10 Rio de Janeiro, 15 de maio de 2007. Ilmo sr. 2º Tenente R/2 Artilharia Luiz Mergulhão Comandante do Esquadrão Tenente Vaz Quando Recebi a Medalha da Ordem dos Cavaleiros do Esquadrão Tenente Vaz, que muito me emocionou e da qual me orgulho, ao ler a citação que a acompanha – pensando que era uma citação comum e simples – fiquei atônito ao constatar que era uma citação ilustrada, como nenhuma outra – pois cita passagens de minha vida como Capitão, que retratam a minha preocupação de bem cumprir as missões que me são dadas, aliás que me eram dadas, e que naquela retratava eu estava preparando o meu espírito e os meus filhos soldados para cumprirem missões diferentes daquelas que lhes foram ensinados na Infantaria, e que daquele momento em diante estavam lhe dizendo para serem não aqueles infantes destemidos, mas aqueles artilheiros que sempre se conservaram poderosos, como mostra sua canção: “Eu sou a poderosa Artilharia”, e que realmente a sua função é de destruição, arrombamento e desmoronamento do objetivo a ser ocupado. Meu caro Tenente: muitíssimo obrigado pelos momentos de recordação daqueles meus filhos que me acompanharam à guerra e que realmente são verdadeiros heróis. Abraços GEN DIV REF DOMINGOS VENTURA PINTO JUNIOR PRESIDENTE Pág. 11 O ESQUADRÃO TENENTE VAZ foi o responsável pela aquisição de tintas para a pintura dos Carros de Combate M41 nos jardins do CPOR, pelo piso de cerâmica italiana no Caixão de Areia do Curso de Cavalaria, pelas cestas básicas para os Soldados carentes moradores do Complexo da Maré e muitas outras atividades. No caixão de areia, quem tocou as obras foi o Cavaleiro Tadeu da nossa Ordem, hoje, em 2023, é o atual presidente da AORE/RJ. Pág. 12 Em 2006 o ENOREx foi em Natal e eu e Gaudenzi estávamos discutindo no Fórum a criação de um uniforme que fosse uma identidade visual para os Oficiais R/2. Na Assembleia, Monteiro me deu a palavra no quesito criação de uniformes para fazer uma exposição de motivos após o que foi colocada a ideia em votação. Lembro como se fosse hoje, que São Paulo e Rio faziam grande oposição. Quem puxou a votação, o primeiro a votar a favor foi o Tenente Gravato de Pelotas. Eram 3 votantes por Associação e ganhamos de 24 x 5. Os cinco contra o Uniforme foram os 3 de SP e do RJ, Paulinho e Miranda. Eu votei pelo RJ a favor. Ganhei mas não levei. Explico! Na ocasião, Monteiro, presidente do CNOR, também era contra o uniforme e não votava. Mas “deu um golpe” dizendo que o uniforme estava aprovado, mas não como apresentado. Queria uma Reunião de Planejamento Estratégico no Rio de Janeiro para decidir sobre o traje e cores. Claro que imaginava que ninguém iria gastar passagens até o Rio para discutir isso, e aí, entra de novo o mérito do Gaudenzi. Ele e eu conversamos com todos os presidentes e todos estavam presentes em abril de 2007 quando o Verdão foi definitivamente aprovado. Não pensem que foi fácil esta vitória. Desde 2005, como se pode ver de uma correspondência minha abaixo, que eu já brigava por uniformizar os Oficiais R/2, pois de roupas civis e boina do Exército, pareciam mais o “Exército de Brancaleone”. Rio de Janeiro, 24 de outubro de 2005 Ilmo Sr. Paulo Coimbra Sauwen - 2º Ten R2 Art DD Presidente da ASSCPORRJ Prezado Senhor Pág. 13 Como associado E-706 e tendo em vista um passado de especialista em Propaganda e Marketing pela FGV aliado ao fato de ter sido responsável pela programação visual da unidade em que servi de 1966 a 1970 (1ª/1º GACosM - Forte Imbuí) como destacado em minhas folhas de alterações venho, respeitosamente, ponderar e sugerir o seguinte: Participei do desfile de 7 de setembro do corrente ano, trajado com "passeio completo" (terno cinza, paletó e gravata) e boina e notei que o público aplaudia respeitosamente nos confundindo com os velhos ex-combatentes o que nos poderia ser impetrado como fraude ou usurpação do direito daqueles que por terem participado de guerra são reconhecidos como heróis da pátria. Portanto é mister que se consiga um traje que não leve àquela confusão. CONSIDERANDO: 1. A intensa participação das Associações nas formaturas e desfiles cívico militares; 2. A necessidade de dar exemplo aos novos alunos; 3. A importância de oficiais se apresentarem dignamente fardados e/ou trajados; 4. A possibilidade de mais eventos e/ou cursos de âmbito nacional a exemplo do gaucho PADORE; 5. A dificuldade de fazer valer o artº 55 do RUE pelos custos de um enxoval; 6. A dificuldade e preço de um "blazer" no sugerido tom correto do uniforme pelo pessoal de Natal e Manaus; 7. Que o traje seja fino; 8. Que o traje tenha preço acessível; 9. Que o traje seja facilmente encontrável no comércio em todo o país; 10. Que o traje contemple as cores do uniforme do pessoal do exército do qual somos oriundos; VIMOS SUGERIR: Como primeira opção (mais cara): a. Camisa Polo (do tipo usado por Petrópolis) só que na cor Verde Olive; b. Calça bege ou cáqui que comporiam uma inversão no uniforme 3D1 em uso; OBS.: A opção acima ainda permitiria o uso de blazer em cor a ser definida para ocasiões mais solenes. A opção mais econômica, simples e viável seria a adotada pelo pessoal de Minas Gerais: c. Camiseta camuflada tendo no peito o logotipo da Associação, no ombro direito a bandeira do Estado (UF) e no ombro esquerdo o logotipo do CNOR. Poder-se-ia também sugerir ao CNOR que tente conseguir junto a todas as Associações filiadas uma padronização do traje aumentando em muito nossa força pela maior participação a titulo de uniformização em território nacional, notadamente em eventos nacionais que é justamente o escopo do CNOR. Atenciosamente Luiz Mergulhão 2º Ten R/2 Art Tu 1965 Pág. 14 Em 2007, o ENOREx foi novamente aqui no Rio de Janeiro. Naquele ano também, comecei a acompanhar os Cursos de Cavalaria e Artilharia para o campo, inicialmente sem o uniforme camuflado da tropa, o que foi posteriormente autorizado para toda a Associação. Pág. 15 Em abril de 2007, numa formatura na AD/1, na Fortaleza de Santa Cruz guardei uma foto do General Ventura (mencionado anteriormente como agraciado pela primeira Medalha Esqd Ten Vaz) e o General Montagna, meu antigo e saudoso Comandante na Artilharia de Costa. Generais Ventura e Montagna Pág. 16 Comandava a AD/1 o General Campos, meu paraninfo na Medalha do Pacificador. E naquele ano participamos da primeira caminhada entre Fortes, saindo do Forte Barão do Rio Branco e indo por cima da montanha até a Fortaleza de Santa Cruz e depois, voltando caminhando por Jurujuba para apanhar o carro no estacionamento do primeiro... Era Comandante o Coronel Antonio Marques. O Capitão Glauber, hoje Coronel Scmt do Forte Copacabana organizava. Pág. 17 Em 2008 começamos as obras no “Caixão de Areia” do Curso de Cavalaria. As obras eram tocadas pelo Tenente Tadeu, hoje presidente da AORE, mas na época, membro do ESQUADRÃO TENENTE VAZ. Em 11 de abril como parte das comemorações dos aniversários do CPOR e da Associação de ExAlunos, condecorei alguns militares dentre os quais destaco o Cel Gerson Silva, antigo Comandante, Juliano, Comandante na época e Cel Sinésio, fundador da Associação. Pág. 18 Observe nos Tenentes Ruyberto e Paulo Sérgio o enorme distintivo de Associação criado pelo Tenente Monteiro... Era de encaixe no bolso do blazer... Ele mesmo não gostou e me pediu para criar algo mais discreto. Pág. 19 Veja o enorme distintivo no bolso do uniforme dos Ex-Alunos ali atrás Na Associação dos Ex-Alunos do CPOR, tudo estava pronto para a eleição no dia seguinte, 12 de abril de 2008. A Galeria de Ex-Presidentes já estava com a foto do Paulo Sauwen para ser inaugurada. Eu venceria as eleições, e tomaria posse imediatamente até 2011. Pág. 20 E finalmente, depois de um mês de campanha, chegou o esperado dia das eleições: 12 de abril de 2008. Proclamado o resultado, Monteiro dirigiu a cerimônia na Associação. Muitos dos que aparecem nas fotos, já não estão entre nós, daí a importância de as termos guardado. Depois voltamos ao auditório onde a diretoria que saía foi homenageada e a minha diretoria, apresentada. O Comandante era o Cororonel Juliano Bruno de Almeida Cardoso. Pág. 21 Mas desde o Comando do Coronel Gerson Pinheiro Gomes que nós passamos a usar a churrasqueira e pelos bons serviços prestados pelo ESQUADRÃO TENENTE VAZ, o Comandante (Gerson) inaugurou uma placa com esse nome lá, convidando a viúva e filha do Tenente Vaz para a inauguração. Continuamos a usar já como presidente da Associação no Comando do Cel Juliano, mas a placa desapareceu quando o CPOR serviu de Base para as Brigadas que partitiparam da Operação São Francisco no Complexo de favelas da Maré. Em 29 de abril de 2008 o CPOR comemorou seus 81 anos. Eu já preparando uma assembléia para mudar o nome de ASSOCIAÇÃO DOS EX-ALUNOS DO CPOR para AORE, ASSOCIAÇÃO DOS OFICIAIS DA RESERVA DO EXÉRCITO. Iria mudar o distintivo (eu mesmo criei com ajuda do CDoc do CEPHIMEX – Cel Nasser) daquele grandão feio para o escudo peninsular português adotado pelo Exército. Também criei um estandarte próprio para a AORE que costumava usar o do CPOR o que, para mim, não fazia o menos sentido. Criei o nome AORE/RJ. Criei o distintvo da AORE/RJ Pág. 22 Criei o Estandarte e Brasão da AORE/RJ Por enquanto tínhamos apenas o Verdão como uniforme mas isso mudaria em breve quando fomos convidados para uma formatura da EsAO. Como presidente da AORE, fui à Brasília muitas vezes e numa delas, consegui no CCOMSEx um kit bandeira: Uma Bandeira Nacional para ser hasteada, um CD de hinos e canções e umas revistas Recrutinha. Ia com uma equipe visitar escolas de ensino fundamental mas a prefeitura de esquerda, proibiu que hasteássemos e cantássemos o hino nas escolas... Então passamos, todas as semanas, em dia de formatura geral, a convidar uma escola. A professora e o aluno mais aplicado hasteariam a bandeira e todos cantariam o Hino Nacional assistindo a tropa a desfilar. Depois, iriam para o rancho comer cachorros-quente. No CCOMSEX estava o General de Brigada Adhemar da Costa Machado Filho com o qual fizemos grande amizade que dura até os dias atuais. Consegui muita coisa com ele que se empolgava com as mudanças que eu ia introduzindo. No ENOREX de Cuiabá, reuniu os presidentes de Associações e recomendou que todos mudassem o nome para AORE/Cidade ou Estado. Pág. 23 Pág. 24 As fotos não só ajudam a lembrar, como facilitam o entendimento e contexto. Em 2008 fui muitas vezes sozinho e algumas vezes com o Monteiro tentar projetos em Brasília. Numa dessas viagens fomos convidados para a Passagem de Chefia da DGP do General Catão para o General Santa Rosa e ficamos hospedados no 32 GAC. Pág. 25 Agora no CCOMSEx com o Gen Adhemar. No QG com o Gen Catão e o Gen Santa Rosa... Ainda em 2008 recebi a Medalha do Pacificador e a Ordem do Mérito Militar. Pág. 26 No início de 2008 (março) tive o prazer de agraciar com a Medalha Ten Vaz o General Paulo Cesar de Castro (CEP/DECEX) e o General Macedo (DPA/DESMIL). Como vemos, 2008 foi um ano muito cheio. Fomos várias vezes para o campo com uniforme camuflado, acampamento com o Curso de Cavalaria no DCMun, fomos homenageados com Diploma pela Prefeitura de Duque de Caxias no Dia do Soldado, terminamos o piso do “Caixão de Areia” da Cavalaria com belo porcelanato, obra do ESQUADRÃO TENENTE VAZ. De 22 a 27 de setembro de 2008 aconteceu o X ENOREx em Cuiabá. Foi uma epopeia. O Hércules C-130 que nos levou teve um problema no trem de aterrisagem e levou horas para consertar. Quando consertaram apareceu um problema nos sistemas de bordo que não permitia o voo à noite, hora em que chegaríamos. Acabamos decolando tarde e perdemos a formatura de abertura do ENOREx. General Macedo nos acompanhou todo o tempo embarcando junto. Chegamos na hora do coquetel e todos nos esperavam ansiosamente. Foi lá que o Gen Adhemar conversou com Pág. 27 os presidentes sobre usarem o nome AORE para facilitar o entendimento, pois cada Associação tinha uma SIGLA diferente e algumas impronunciáveis. Em 8 de outubro a AORE fomos convidados a visitar a 9ª Brigada de Infantaria Motorizada, Brigada Escola, lá na antiga Escola de Realengo onde meu pai se formou em 1943 na Arma de Engenharia. Veja pelas fotos que já estávamos com o distintivo novo, igual ao do Exército. O Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, meu amigo de longa data, foi um grande injustiçado onde o Exército se calou quando tinha obrigação de defende-lo. Eu jamais gostei de injustiças e na volta de Cuiabá, chamei o Ten Nogueira, presidente da AORE/Planalto, para irmos à casa do Ustra e condecorar a ele e à Joseita, sua grande esposa. Foi nesse ano cheio de eventos e atividades, a que mais prazer me deu. Pág. 28 No final do ano, aquele calor de inferno no Rio de Janeiro, fomos convidados para a formatura da EsAO. Veja bem a foto abaixo para entender! Pág. 29 O que notaram? Paulinho, turma de 1956, Monteiro, 1961 e eu, 1965, naquele calorão com o nosso paletó super quente, todos nós idosos. E o jovem coronel ao nosso lado, como todos os demais jovens oficiais de camisa de manga curta, o antigo 3D1. Falei com o Monteiro, que precisávamos criar uma camisa assim e aí, nasceu o que chamamos de Verdinho. A importância de usar os mesmos distintivos e insígnias que o Exército é a de facilitar a leitura. Tirando a nossa hierarquia interna (as barrinhas na gola) o resto é igual e inclusive, seguimos a orientação da Secretaria Geral do Exército quanto à quantidade e disposição de barretas e medalhas. Pág. 30 Em abril de 2011 finalmente a eleição do Tenente Ruyberto e a minha Passagem de Presidência da AORE. Não sei se por eu ter ficado na ativa como temporário muito tempo, mas, durante a minha presidência na AORE/RJ, procurei pautar minha conduta e a da Associação pelos Regulamentos Militares. Para mim, fazia sentido por estarmos DENTRO de um Quartel. Ao ver a passagem de Presidência de meus colegas, uma cerimônia civil, bem "paisana" fico sem entender... Abaixo, algumas fotos da minha passagem de Presidência. Não que quisesse ditar regras, mas pelo menos, que todos conhecessem para que escolhessem seus caminhos. Em primeiro lugar, como nas milhares de passagens de comando que assisti, tivemos na sede da AORE por ordem: a. Palavras que deveriam ser do Presidente sucedido, foram - por consenso - feitas pelo Presidente do CNOR cuja sede era anexa; b. Inauguração do retrato; c. Colocação pelo Presidente do CNOR do distintivo de Presidência; d. Entrega de lembranças da AORE. Pág. 31 O primeiro ato devia ser do Presidente Sucessor, mas foi do Presidente do CNOR por estar presente. Em seguida, fomos para a frente do Pavilhão de Comando onde presentes, três Oficiais Generais, Montezano e Abreu da ativa e Bergo da reserva. Diante das autoridades, a tropa constituída pelos Oficiais R/2 comandados pelo Tenente Paulo Sauwen, antigo Presidente. Honras militares prestadas ao General Montezano, Chefe do DECEX, Pág. 32 Fiz as minhas despedidas nos mesmo moldes das que sempre vi no EB (discurso longo pela quantidade de agradecimentos). Família do Presidente Sucessor E finalmente a passagem de presidência e apresentação ao Presidente do CNOR, um por ter passado o cargo e o outro, por ter assumido. Presentes além dos militares do CPOR como o Major Luiz, à época Instrutor Chefe do Curso de Artilharia e um parceiro de todas as horas, tivemos de São Paulo (ABORE) o Tenente Buíssa, falecido durante a epidemia de COVID, e de Belo Hortizonte, da AORE/BH, os Coronéis Loureiro e Maurício entre outros. Pág. 33 Major Luiz do Curso de Artilharia Tenentes Buíssa (SP), Monteiro e Mergulhão Cel R/1 Loureiro, Mergulhão e Cel R/1 Maurício da AORE/Belo Horizonte. Observe que usam o Uniforme da Reserva E, finalmente, a tropa (de Oficiais R/2) desfilou em continência ao Tenente Ruyberto após o que foi servido um coquetel no Rancho. O Cel Gerson (e Daia) já havia passado o Comando do CPOR/RJ para o Cel Juliano Convidados Pág. 34 Ten Ruyberto, novo Presidente da AORE/RJ Em 2015, já tentando deixar para a HISTÓRIA minha passagem pelo CNOR e AORE, escrevi “Eu tive um sonho”. Infelizmente, grande parte dessa história ficava no meu site SANGUE VERDE-OLIVA que, ao passar a criar um canal no Youtube, ele ficou meio esquecido e acabei cancelando todos os sites sem ter feito cópia dessa história. Uma pena! Eu tive um sonho Pág. 35 (minha breve história) Em 2005, quando minha turma completava 40 anos, resolveram homenagear um de meus Capitães instrutores, o General de Exército Gleuber Vieira (idealizador do CNOR quando Comandante do Exército) e nos juntamos às comemorações de Jubileus (que são das turmas de 25 e 50 anos) da antiga ASSOCIAÇÃO DOS EX-ALUNOS DO CPOR DO RIO DE JANEIRO. Era presidente o Paulinho (Tenente Paulo Sauwer e uma equipe boa que hoje é parte da Diretoria do CNOR em 2015). Eu não sabia que existiam Associações de ex-Alunos e fui contatado pelo meu colega de turma, Tenente Israel Blajberg, que nos lê em cópia e pode corrigir se eu esquecer detalhes. Pela minha formação militar (filho, neto e sabe -se mais o quê!), nascido no Forte de Copacabana (3º GACos) onde tive o privilégio de servir (junto com o Blajberg) como Aspirante, em havendo uma Associação de Ex-Alunos, senti-me na obrigação de participar. Associei-me. Isso, participar, contribuir, é parte da formação do militar. O civil só pensa em levar vantagens em tudo e sua primeira pergunta quando o convidamos é “o que a Associação oferece”... Eu e Paulinho (antes de mim) sempre respondemos a verdade: “- Sangue, suor e lágrimas!”. Fotos no 3 GACos e Forte de Copacabana Eu assim que deixei o EB, por recomendação do CIEx com o qual trabalhava em parceria (não havia DOI-CODI’s antes de 1972 e portanto, a Dilma Presidente ANTA mente ao dizer ter sido torturada lá quando presa em fevereiro de 1970 – eu saí em março de 70) tive de deixar crescer a barba... Usei-a grande por 35 anos e, no mês seguinte a me associar a esse Jubileu de Pág. 36 40 anos, Setembro, vi-me a desfilar de terno, barba e boina no Sete de setembro de 2005. Não fosse pelo terno, estava parecido com Che Guevara. Raspei a barba e cortei o cabelo em formato militar... O terno civil me incomodava, pois, ao desfilar na Avenida no Sete de Setembro, vi que os aplausos para os velhinhos de ternos eram por confundir-nos com excombatentes, os verdadeiros heróis naquele desfile. Isso me incomodou como falsa condição, usurpação e aí nasceu a ideia de termos Uniformes que separassem alhos dos bugalhos. Identidade Visual. Como tenho pós-graduação em Publicidade & Marketing quis aproveitar que era novato para dar ideias. Só o novato vê o prego na parede*. Dei ideia de criar uma bela Revista, cujo nome era a sigla da Associação à época – ASSEACPORRJ ou coisa parecida (j á não lembro mais) e fui fotografando (comprei uma máquina para isso) as atividades, diagramando com o PAGE MAKER e imprimindo para a Diretoria ver e corrigir. ATENÇÃO: essa história ficou guardada só de conhecimento dos atores da época e só agora revelo por ser parte da história, pelo menos, da MINHA história, sem crítica a quem quer que seja. Foram 30 dias que fui fazendo e compondo do meu jeito. Ninguém se deu ao trabalho ou de ler ou de comentar... Ao final do mês, fiz uma “boneca” e mandei cópia para o Tenente Monteiro (CNOR), Tenente Paulo (ASSEACPORRJ – vejam a dificuldade de se pronunciar essa ‘coisa’) e do Cmt do CPOR/RJ, o então TC Cav Gerson Pinheiro Gomes (que também nos lê em cópia para corrigir o que quiser, já que é história). Ao mostrar ao Cel Gerson, que deve ter mostrado a alguns Generais, a repercussão foi a inesperada e melhor possível. Falaram até em mandar imprimir e distribuir a todas as OM para verem as atividades da RESERVA ATENTA E FORTE, completamente DESCONHECIDA no país apesar de ter Associações com 50 anos com a de SP. Pronto, ferrou, com perdão da má palavra! Foi a Revista ASSEACPORJ fazer sucesso e me convocaram para uma reunião de Diretoria da Associação. Quem seria esse novato que pensava que podia dar pitacos e dizer como fazer as coisas? Nem bem chegou e já quer sentarse a janela do ônibus, diria o filósofo Romário? Um monte de diretores olhando-me com cara feia, eu numa cabeceira, o Monteiro em outra. Elogiaram a revista, mas, pela repercussão e por usar o nome da Associação, algumas coisas teriam de serem mudadas... E foram listando (Monteiro) página por página e mostrando a este novato que ele tinha boas intenções, mas não entendia nada. Faltava uma página para um General escrever, faltava isso, faltava aquilo... Quando ele terminou de falar, vi que meu trabalho de trinta dias – que não foi sequer visto ou considerado quando eu mandava, mas agora, ao final e pela repercussão, iria todo para o lixo e Pág. 37 eu teria de fazer tudo novamente, e pior, num formato feio que eu não concordava (mais texto que fotos – brasileiro é preguiçoso e não gosta de ler, só de ver figuras)... Até que afinal pararam de criticar e olharam todos para mim. Pensei, pensei, pensei em como salvar o trabalho (quem conhece o ramo sabe que não é pequeno, uma revista 4/4 com mais de 30 páginas) e disse: - Se o problema é o nome da Associação, e u mudo o nome para Revista Sangue Verde-Oliva e assim, só tenho o trabalho de mudar o título (que era impronunciável) da capa. Levantei-me, saí e passei a fazer a Revista que foi o maior sucesso na época. Pena que uma equipe de um cara só jamais vai muito longe. Isso de chutar a bola e sair correndo para agarrar no gol não funciona por muito... E com o sucesso da Revista surgiram mais e mais funções e atribuições como o Esquadrão e explico a seguir... Com minha peculiar petulância, recolhi tudo como disse, levantei-me e sai. A Revista não teve patrocínio e não foi impressa. Criei o site (HTTP://www.sangueverdeoliva.com.br que infelizmente não existe mais) e ela era disponibilizada mensalmente em formato PDF. Foram milhares de cópias pelo Brasil inteiro. Pág. 38 Com apoio irrestrito do Comandante, TC Gerson, passei a acompanhar acampamentos. Fui o primeiro na Associação do Rio a ir para o campo de camuflado. Registrei momentos na pista de cordas e outras coisas que dessem belas fotografias, pois brasileiro NÃO gosta de ler e sim de ver figuras (como pensou nosso Presidente do CNOR com as ideias originais para o formato da revista). É como o site, muitas fotos e pouco texto. Revista Sangue Verde-Oliva Positivo Pág. 39 Acima, ENOREX em Porto Alegre e visita ao Forte de Copacabana (paiol do 305 mm) Acima, ENOREX em Natal (RN) Pág. 40 Acima a reunião no Rio que definiu as cores e formato do nosso primeiro Uniforme (Verd ão). Acima à esquerda, a reunião do Uniforme (criação). À direita, pista de Cordas do EAS/EST. À esquerda, pista de cordas. À direita, entrega de cestas básicas aos soldados carentes da Cia Comando e Serviço do CPOR/RJ pelo Esquadrão Tenente Vaz (uniforme negro). Pág. 41 Enquanto não autorizado ao uso do camuflado no campo, JAMAIS fui em trajes civis. Inventava algo parecido, mas nunca gostei de trajes civis no meio de atividades militares e inclusive, é proibido o uso em viaturas e como eu ia embarcado nas vtr 5 tons... Infelizmente eu já não tenho mais as revistas, que fizeram sucesso por mais de um ano e, depois que me tornei presidente da AORE/RJ, virou um Boletim bimensal (esses tenho cópias, mas o tempo como Presidente sem equipe já não me permitia grandes obras jornalísticas). Porém, outro que nos lê em cópia, o Coronel Guiovaldo Laport Nunes Filho, à época Subcomandante, e o General Castro, receberam exemplares encadernados dessa Revista. Pág. 42 Fiquei de fazer uma para mim também, mas o tempo passou e perdi a oportunidade. Olhando as fotos, lendo as capas, lembrei que o nome correto era Sangue Verde-oliva Positivo, semelhança aos tipos de sangue existentes ( tipo A+, O- e agora VO+). Expressão cunhada pelo Paulinho em um desabafo pela falta de participação de R/2 em atividades da ASSCPORRJ... Dei mais pitacos, pois, a projeção da Revista me abria muitas portas. Cestas-básicas para soldados carentes que moravam na Favela da Maré, tinta para pintura dos CC M-40 dos jardins que estavam podres de ferrugem, piso novo para o galpão do Caixão de Areia do Curso de cavalaria e muitas mais. Sistematicamente a ASSCPORJ negava dando muitas desculpas. Tinham trabalho demais e não podiam fazer mais o que eu sugeria... Para não perder o gás, com a ajuda do Maçon Tenente Gaudenzi (Presidente – falecido – da Associação da Bahia), criei a ORDEM DOS CAVALEIROS DO ESQUADRÃO TENENTE VAZ e assim passei a fazer tudo o que eu queria sem precisar ser dirigente de Associação. Aí veio o ENOREX do Rio de Janeiro que estendeu o mandato daquela Diretoria por mais um ano e o Paulinho com a saúde e a idade (tinha 80 anos) já não podia mais continuar. Sondado, tirei o corpo fora e disse que não tinha nem interesse nem pretensões em ser Presidente de nada. Pág. 43 Pelo assédio do Tenente Monteiro, preocupado com os rumos da Associação que ele criara 20 anos atrás (na época um pouco menos, claro), tirei férias e viajei para Brasília onde tenho uma irmã caçula. Passei lá 30 dias achando que ao voltar o assunto – já em cima da Assembleia, estivesse resolvido. Ledo engano. Monteiro que manobra bem os atributos da área afetiva, com um monte de chantagens me fez aceitar ser candidato e ele mesmo criara a equipe onde o Adalberto (tenente Marques) era o Vice. Excelente sujeito hoje Tesoureiro da diretoria até os dias atuais. Passou por vários Presidentes. O resto,acho que todos sabem. Assumi a Presidência e nos discurso de posse para a Assembleia, disse que era contra a minha vontade, assumia aquilo como Missão, e que tinha dia e hora para sair, houvesse ou não sucessor. Três LONGOS anos. Mudei o nome de ASSOCIAÇÃO DOS EX-ALUNOS DO CPOR DO RIO DE JANEIRO para AORE/RJ, criei o distintivo de bolso em formato peninsular português e mesmas dimensões do Exército Brasileiro para identificação com ele, pois, com minhas visitas à Brasília visitando o Alto Comando em companhia do Tenente Monteiro, ficava com vergonha – na minha idade e com este barrigão, de me apresentar como presidente da escola de Dona teteca, como chamava o nome anterior e em trajes civis para tratar de assuntos de caserna. O nome AORE/RJ repercutiu tanto no EB que o General Adhemar (na época Cmt do CMSE) no ENOREX de Cuiabá (2008), reuniu os Presidentes e sugeriu que todos trocassem os nomes multicoloridos para esse padrão AORE/Cidade ou estado o que muitos fizeram. Com ajuda do Gaudenzi criei o primeiro uniforme, o 3º A (hoje 5º B1, verdão) para mostrar uma Unidade Nacional. Foi aprovado no ENOREX de 2006 com a ajuda e empurrão (na votação de 24 contra 4) de Pelotas (Tenente Gravato) mas o Ten Monteiro que à época não gostava e era contra, deu um ‘golpe’ marcando uma reunião para abril do ano seguinte no Rio de Janeiro para definir as cores... Foi difícil eu e Gaudenzi convencermos o s P r e s i d e n t e s de Manaus a Porto Alegre, todos a virem, mas vieram e o resto já é história. Com o tempo o Ten Monteiro passou a entender e gostar da ideia do Uniforme vendo como o Exército acolheu a ideia e me convocou par criar o 3D1 ( h o je 8 º B 1 , v e rd in h o ) que todos usam. O finado Tenente Gaudenzi! Pág. 44 Quem estava na reunião se lembra de que vim com o Uniforme do Esqd Ten Vaz, o que o pessoal chamava de Zorro... O pessoal Cavaleiro do esquadrão usa uma Comenda dourada no pescoço quando de Verdão (5B1), Pág. 45 e foi criada a Medalha Esquadrão Tenente Vaz com mais de 300 agraciados até os dias atuais. Como sou metido e penso grande, um dos primeiros agraciados com a Medalha do Esquadrão foi o General Enzo, na época novo Comandante do Exército, e o General Catão, na época Chefe da DGP – e depois Cmt do CML e CMO). Levei o Tenente Monteiro para fazer o discurso de saudação no que ele é mestre e foi super aplaudido no QG do Exército. Notem nos uniformes o distintivo antigo, grande e feio, antes da adoção do escudo peninsular português dos dias atuais. Tudo faz parte da evolução. O bom é inimigo do ótimo e então, vamos fazendo o que podemos e ajustando o tiro depois... Pág. 46 Notem que eu e Tenente Nogueira, ambos Grãos Mestres, com a comanda de Cavaleiro ao pescoço. A evolução dos trajes (troquei a camisa da associação branca, que chamava de Normalista, pela verde-oliva de até pouco tempo. Hoje é preta) todos sabem, foi a seguinte: Minha vida como Presidente não foi esse mar de rosas que todos pensam. Como sou brigão e saí atropelando, poucos ou ninguém sabe o inferno que foi. O Monteiro, bem intencionado, criou uma equipe que me odiava. C o m o c u r i o s i d a d e , u m D i r e t o r q u e n ã o l e m b r o o nome pediu demissão na PRIMEIRA reunião, quando viu que teria de t r a b a l h a r . . . Tirando o vice, Adalberto, ninguém gostava de mim e nada faziam ou faziam contra. Depois criei (inventei) diretores não estatutários que foram os que realmente me ajudaram e apoiaram, como o Tenente Ruyberto – que indiquei à minha sucessão, e o Tenente Zukerman com o qual criei a Guarda Bandeira de Oficiais R/2 armados de espadas o que vem até nossos dias. O tesoureiro, além de NUNCA conseguir os recursos para meus projetos a cada momento apontava um culpado pelos desfalques dos caixas o que acho era má gestão e descontrole... Então o Projeto de uma Medalha para a Associação (medalha Sangue Verde -Oliva) jamais saiu do papel (foi criada pelo Ruyberto quando Presidente) e inventei o Diploma de Eterno Amigo em seu lugar: Pág. 47 O Projeto Fidelidade, que premiava com barretas de 1 ano, 5, 10 e 15 anos de efetivas contribuições, os Associados em dia com suas obrigações também nunca saiu do papel o que eu achava que iria dobrar não só o número de associados em dia com seus pagamentos como incentivaria o uso do Uniforme, pois, onde usar as barretas? Como o Tenente Monteiro, eu, como Presidente ou não, sempre tive bom trânsito com os Oficiais Generais das três Forças... Na época em que o Cel Gerson foi para o Haiti, além dos sites e Fóruns que administrava, criei mais uma para as Forças de Paz da ONU naquela ilha... Fiquei anos criando o site e revistas até o CCOMSEX assumir... Tenho muitas lembranças e presentes recebidos por vários BRABATs... Pág. 48 E sempre incentivado pelos Chefes. O Gen Ex Marco Antonio de Farias na época Comandante Logístico (COLOG) e de pois Min ist ro do ST M assim me orientava e mostrava o rumo: Parabéns, Ten Mergulhão!!!! A cada reportagem você apresenta um conteúdo melhor elaborado e atraente. Se continuar assim, vai tirar o emprego de muita gente. Excelente matéria!!! autêntica, leg ítima e comovente. Abraço amigo do Gen Farias Pág. 49 Leiam mais em: http://www.sangueverdeoliva.com.br/novo/index.php?option=com_content&view=article&id =36:luiz-mergulhao&catid=2:cronicas&Itemid=4 (não existe mais) E é claro, me mandaram para o Haiti... Pág. 50 Em Caracas na Venezuela, conex ão (abastecimento) para o Haiti http://www.sangueverdeoliva.com.br/estranha_onu/index.php?option=com_content&view=a rticle&id=234:fab&catid=6:fab&Itemid=7 (não existe mais) O lado triste do Haiti http://www.sangueverdeoliva.com.br/estranha_onu/index.php?option=com_content&view=a rticle&id=241:o-lado-triste-do-haiti&catid=11:cronicas&Itemid=15 (não existe mais) Pág. 51 Assuntos relevantes. Infelizmente tudo se perdeu com o cancelament5o dos SITES... Cerimônia de Medalhas no CCOMSEx http://www.sangueverdeoliva.com.br/novo/index.php?option=com_content&view=article&id =7:medalha-esquadrao-ten-vaz&catid=1:noticias&Itemid=2 (não existe mais) Impressionante! http://www.sangueverdeoliva.com.br/novo/index.php?option=com_content&view=article&id =29:rcg-military-power-brasilia&catid=1:noticias&Itemid=2 (não existe mais) Ainda como Presidente da AORE/RJ programei visitas e deixei a panóplia com o nosso distintivo bem conhecida pelo Brasil afora... Conhecendo a IMBEL http://www.sangueverdeoliva.com.br/novo/index.php?option=com_content&view=article&id =54:imbel&catid=1:noticias&Itemid=2 (não existe mais) Conseguíamos atrair para as formaturas do CPOR grandes Oficiais Generais de 4 estrelas... Pág. 52 Festa da Casa de Correia Lima tem Comandante do Exército interino http://www.sangueverdeoliva.com.br/novo/index.php?option=com_content&view=article&id =46:gen-castro&catid=1:noticias&Itemid=2 (não existe mais) As homenagens ao Gen Castro http://www.sangueverdeoliva.com.br/novo/index.php?option=com_content&view=article&id =48:gen-castro&catid=1:noticias&Itemid=2 (não existe mais) Infelizmente tivemos de nos despedir para sempre de alguns amigos queridos... A última morada http://www.sangueverdeoliva.com.br/novo/index.php?option=com_content&view=article&id =44:maj-thiago-feb&catid=1:noticias&Itemid=2 (não existe mais) Almoço no campo com o General Montezano, Chefe do DECEX. Gen Montezano visita acampamento do CPOR/RJ http://www.sangueverdeoliva.com.br/novo/index.php?option=com_content&view=article&id =61:gen-montezano&catid=1:noticias&Itemid=2 (não existe mais) Pág. 53 Visita à 4ª Brigada em Juiz de Fora... http://www.sangueverdeoliva.com.br/novo/index.php?option=com_content&view=arti cle&id =56: 4-bda-inf-mtz&catid=1:noticias&Itemid=2 Já tendo a Medalha do Pacificador, o reconhecimento do Exército ao trabalho deste escriba veio com o Ordem do Mérito Militar! E vejam que o Ten Ruyberto, então meu grande Diretor, sempre acompanhando Pág. 54 E assim me preparei para passar a Presidência e me despedir... Nos som os a r eser v a Em guar da à egr égia ir a; Dispost os a lut ar Un idos em def esa da at ent a e f ort e, Pát r ia Br as ile at é m or t e, bande ir a. Ref or ç ando os da at iv a na bat alha Com glór ia, c om or gulho e xc elso e ledo, I r em os ao enc ont r o da m et r alha, Com v iv a f é, sem m ác ula e sem m edo. Com ajuda do CCOMSEx distribui kits bandeiras às escolas de ensino fundamental da prefeitura e saí até em foto nas páginas do site do Exército: O kit era entregues às Diretoras das Escolas que iam ao CPOR, assistiam às formaturas e hasteamento da bandeira e ganhavam depois um lanche (cachorros quentes para a criançada). Pág. 55 Palestras a todo momento, inclusive para Cadetes da AMAN. Funções do Presidente. Presidente da AORE/RJ palestra para Cadetes http ://www.sa ngue ve rdeo liva.co m.br/no vo /inde x.p hp?op tio n=co m_co nte nt&vie w=artic le&id=199 :a ma n&ca tid=1 :notic ias&Ite mid=2 (não existe mais) Meu último Dia do R/2 (e meu aniversário – 7 nov 2010) como Presidente http ://www.sa ngue ve rdeo liva.co m.br/no vo /inde x.p hp?op tio n=co m_co nte nt&vie w=artic le&id=256 :4-no v&catid=1 :no tic ias&Ite mid=2 (não existe mais) Notem que ainda não existia o Distintivo de Presidência. Criei depois... http ://www.sa ngue verdeo liva.co m.br/no vo/inde x.p hp?optio n=co m_co nte nt&vie w=artic le&id=256 :4-no v&catid=1 :no tic ias&Ite mid=2 (não existe mais) Sem contar atividades como ajuda aos desabrigados das enchentes na região serrana do Rio: Pág. 56 http://www.sangueverdeoliva.com.br/novo/index.php?option=com_content&view=article&id =304:cpor&catid=1:noticias&Itemid=2 (não existe mais) Preparando minha sucessão: O Sucessor http://www.sangueverdeoliva.com.br/novo/index.php?option=com_content&view=article&id =367:aore&catid=1:noticias&Itemid=2 (não existe mais) E o resto é história, mas, desafio aos Presidentes de hoje e futuros a fazerem uma passagem de Comando mais pomposa e NGA do que a minha! Sem nenhuma modéstia, claro! Inauguração do retrato do ex-presidente http://www.sangueverdeoliva.com.br/novo/index.php?option=com_content&view= article &id=378:aore -rj&catid=1:noticias&Itemid=2 (não existe mais) Pág. 57 AORE/RJ tem novo Presidente http://www.sangueverdeoliva.com.br/novo/index.php?option=co m_content&view=article &id=377:cpor&catid=1:noticias&Itemid=2 (não existe mais) Elogio do CNOR ao Ten Mergulhão Por ocasião da Passagem de Presidência d a Associação dos Oficiais da R es erv a do Exército (AOR E / R J ), o Presidente do C N OR assim elog iou o Pr e s id e n t e Sucedido: CONSELHO NACIONAL DE OFICI AI S R/ 2 DO BRASI L REFERÊNCIA ELOGIOSA A Associação dos Oficiais da R eserva do Exército, reg ion a l R io de ja n eiro, a n tiga Associaçã o dos Ex-Alun os do CPOR do R io de Ja n eiro, foi cria da , em m em oráv el a lm oço no Clube Milita r, n o dia 10 de a bril de 1992, por um g ru po de Oficiais R / 2 da Arm a de Artilharia da Tu rm a de 1961, a o la do de a lg un s de seu s ex-in stru tores, inclusiv e do saudoso Gen era l Gu ilherm e José R odrigu es Jún ior, nosso pa trono e prim eiro presidente. Hoje, porta n to, esta m os com em ora n do o 19º aniv ersário da AOR E, juntam en te com os qu a torze an os de a tiv ida des do Conselho N acional de Oficiais R / 2 do Bra sil, fu n da do em 22 de a bril de 1997, graças a iniciativa e apoio do Gen era l Gleu ber Vieira , n a época chefe do Departam en to de Ensino e Pesquisa , hoje, Depa rtam en to de Edu ca çã o e Cu ltu ra do Exército. Tiv e o priv ilégio de participar desses in esqu ecív eis m om en tos. Foram an os difíceis, on de a dedicação e o idealism o de a lgu n s v en ceram todos os obstácu los. As sucessiv as diretor ias agregaram n ov os a ssocia dos, in corpora n do a ções qu e condu ziram a entida de a um g ra tifican te n ív el de respeito e credibilida de. Viv em os, hoje, m ais um m om ento de renova çã o de seu s qu a dros dirig en tes. Há pouco m ais de três anos, fazia eu um a pelo a o Ten en te M ergu lhã o n o sen tido de que aceita sse o conv ite pa ra enca beça r um a cha pa qu e ga ran tisse a continuidade do êxito da Diretoria presidida p elo Tenente Pa u lo Coim bra. Era realm ente um a responsabilida de im en sa su bstitu ir o n otá v el com pan heiro qu e term inava seu m an dato. Confesso qu e foi difícil con v en cê-lo a a ceita r a proposta . A sua com preensív el resistência som en te foi v en cida qu an do, de form a incisiv a , m ostrei- lhe que m ais do que um conv ite era um a m issã o qu e o Presiden te do Pág. 58 CNOR a tribuía a um etern o solda do. N esse m om en to, o seu sa n gu e v erde-oliva se im pôs e a s últim as dificuldades foram rem ov ida s. Hoje, gratificado, reconheço que felizm en te a certei em cheio na m inha in dica ção. Seu perfil, todos conhecem . Irrev eren te e con testa dor. Um v elho brig ão, com o se auto define. M as inov ador, cria tiv o, in telig en te, dedica do, sa g az, pa triota , defen sor in tran sigente de sua s conv icções. Foi sem pre um com pan heiro lea l e confiáv el. A im pecáv el folha de a ltera ções de su a v ida m ilita r rev ela qu a lida des relev antes e incon testáv eis. Com o presidente da AORE, m odern izou a en tida de e esta beleceu um profícu o e respeitoso relacionam ento com a m a ioria dos chefes m ilita res com qu e conv iv eu . Fez, entre eles, m uitos am ig os. Seu site “san gu e v erde-oliv a ” é recon hecida m en te um dos m elhores da WEB que tratam de a ssu n tos m ilita res. Com o v ice-presidente do CN OR , o Ten en te M erg ulhão con tribu iu decisiv am en te para o engrandecim ento do Con selho. Foi um cola bora dor in ca n sáv el e su a s propostas in ov a doras adotada s sem pre com su cesso. Espero con tin ua r a con ta r com sua inestim áv el cooperação. Ain da , qu e n ovam en te com o m issã o. N ão poderia deixar de registrar e ag ra decer o im porta n tíssim o a poio de su a esposa Alcina, carinhosam ente batiza da de “ten en te” M erg ulhinha. Sua sim pa tia conquistou a todos nós e, por v ezes, a bran dou o espírito rebelde do v elho brigã o. Ao Tenente Ruy berto, cujas qualificações n os g a ra n tem o sucesso de seu m a n dato, e à sua seleta Diretoria, os cum prim en tos do CNOR pela eleição e v otos de um a g estã o plena de realizações. Seja bem v indo e con te con osco. Finalm ente, a o am igo e com panheiro Ten en te M ergu lhã o, sin ceram en te, m u ito obrig a do. R io de Janeiro, 30 de abril de 2011. 2º Tenente R / 2 Sérgio Pin to M on teiro Presiden te do CNOR Pág. 59 Palavras de despedidas do Ten Mergulhão – 30 ABR 2011 Escrito por ten Mergulhão, presidente da aore/rj sucedido sáb, 30 de abril de 2011 12: 22 A passagem de Comando, Chefia ou Direção é uma rotina na vida militar. Chegou o esperado momento que me deixa ao mesmo tempo triste e feliz! TRISTE por deixar o convívio diário com os amigos queridos que fiz, as boas oportunidades e visitas à grandes Organizações Militares e Grandes Comandos. FELIZ por sair com a cabeça erguida e a satisfação do dever cumprido. Não pedi para ser Presidente e nem concorri com outros pelo privilégio. Todos sabem que foi uma missão que recebi do Presidente do CNOR, preocupado com os destinos da Associação fundada em 13 de abril de 1992, portanto, tinha na ocasião 16 anos e hoje, 19. Todo ser tem resistência à mudanças e, como implementei muitas que julgava necessárias à evolução da Associação, me vi envolvido em discussões acaloradas e polêmicas que me criaram dúvidas quanto ao caminho escolhido. Ao receber do Exército Brasileiro, o nosso glorioso e amado Exército, suas mais altas condecorações, a Medalha do Pacificador e a Ordem do Mérito Militar, percebi que estava no caminho certo. É hora de partir e tempo de despedidas. Quando assumimos em abril 2008 dentre as muitas mudanças que implementamos podemos destacar: a. Mudança da denominação de ASSCPORRJ para AORE/RJ – Associação dos Oficiais da Reserva do Exército; b. Criação de Distintivo de bolso e Brasão com o novo Estandarte de acordo com o preconizado pelo C Doc Ex (Centro de Documentação do Exército, órgão da Secretaria Geral do Exército); c. Criação do novo Estandarte como preconizado pelo C. Doc Ex/Sec G Ex; d. Implementação do uniforme conhecido como VERDÃO (3º A) criado pelo CNOR em 2006 por proposta nossa; e. Criação do uniforme 3D1 e mudança da camisa Polo para a cor verde-oliva; f. Participação dos associados em exercícios de campo do CPOR/RJ com o uniforme camuflado regulamentar; g. Criação de uma Guarda-Bandeira armada de espadas; h. Criação do novo distintivo de boina do CNOR; i. Criação do Distintivo de Presidência o nosso equivalente ao Distintivo de Comando, Chefia e Direção; Ao deixar esta Presidência e dar por encerrada mais esta missão, quero agradecer primeiramente ao Deus de todos os Exércitos por ter-me dado saúde, força e resolução para Pág. 60 implementar tantas mudanças. Quero agradecer ao amigo e Chefe, General de Exército Enzo Martins Peri, Comandante do Exército que sempre nos recebeu com toda a fidalguia jamais negando apoio em todas as ocasiões. Foram muitos os Oficiais Generais que tive o privilégio de contar e que sempre me orientaram, mas, por um dever de justiça, devo mencionar alguns que além de Chefes passaram integrar a categoria de amigos. Primeiramente e antes de tudo, ao casal amigo, General Alfredo Correia Lima e Dorinha, meus colegas Chefes Escoteiros durante minha adolescência, sem a amizade dos quais, eu não teria ingressado no CPOR do Rio de Janeiro, fundado por seu pai, nosso patrono e guia, o então Capitão Luiz de Araujo Correia Lima. Sou colega de trabalho de uma sobrinha neta de Correia Lima, a Eneida. E na pessoa do Jorge Luiz, seu bisneto aqui presente, presto minha continência como reconhecimento e gratidão. General de Exército Gleuber Vieira, antigo Comandante e Ministro do Exército que conhecemos como Capitão Instrutor deste Centro, e Chefe do II ano quando estávamos no I ano no hoje aquartelamento Museu Militar Conde de Linhares na Quinta da Boavista. Gen Ex Paulo Cesar de Castro, antigo Chefe do DECEX, o órgão responsável pelo Ensino Militar e de longe o Chefe do DEP que mais nos visitou no CPOR do Rio de Janeiro. Na ativa ou agora na reserva, continua nos orientando e mostrando o caminho do saber. Gen Ex Rui Alves Catão, antigo Comandante Militar do Leste que, ao se despedir do antigo DEP (hoje DECEX) a caminho de assumir a Chefia da DGP, nos transmitiu em primeira mão a notícia da criação por Portaria do Cmt do Exército, do Dia Nacional do Oficial R/2, nosso 4 de novembro. Quando Comandante Militar do Oeste nos recebeu com toda a fidalguia e amizade por ocasião do ENOREX em Cuiabá. Gen Div Ronald da Silva Marques, antigo Diretor de Formação e Aperfeiçoamento e depois, Vice-Chefe do antigo DEP (hoje DECEX), também um recordista em visitas ao nosso Centro Ten Cel Correia Lima. Gen Div Hélio Chagas de Macedo Jr – antigo Diretor de Formação e Aperfeiçoamento que na viagem de C-130 Hércules da FAB, ficou ao lado dos Oficiais R/2 durante as panes até o vôo para Cuiabá (2008) onde participamos do ENOREX. Foi também o responsável por conseguirmos munição de Artilharia na AMAN para o tiro do CPOR/RJ sem o que naquele ano não aconteceria, como não ocorreu, infelizmente, no ano passado, pela primeira vez na história de 84 anos do CPOR/RJ. O Gen Rui Monarca da Silveira, Chefe do importantíssimo Departamento de Educação e Cultura do Exército, responsável pela formação em todos os níveis, desde os Colégio Militares à Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, passando pela Escola Preparatória de Cadetes do Exército, a AMAN e os CPOR/NPOR, por exemplo, Chefe que sempre nos atendeu com toda a camaradagem. Pág. 61 Gen Ex Adhemar da Costa Machado Filho, Comandante Militar do Sudeste e grande orientador tendo contribuído para a padronização dos nomes das Associações em torno de Pág. 62 AORE seguido da Unidade da Federação ou Cidade. Gen Div Ueliton Jozé Montezano Vaz, atual Vice-Chefe do DECEX e que ao assumir o cargo na DFA, antes mesmo de tomar posse de sua mesa, estava no campo visitando o acampamento do Curso Básico do CPOR/RJ e jamais, naquela Diretoria, deixou de nos atender ou prestigiar. Tanto que veio nos prestigiar e preside esta cerimônia. Da cadeia de Comando do DECEX, agradeço aos Chefes que sempre me mostraram o caminho do dever, Gen Div Juarez, Marco Aurélio e Theophilo e Gen Bda Santos. Gen Div Marco Antonio de Farias, deixando a 1º SChefia do EME e indo para a Vice Chefia da DGP, sempre pronto a corrigir rumos. O Gen Div José Alberto da Costa Abreu, que nos orgulha por ter sido o Zero Um do antigo NPOR do 3º BI em São Gonçalo e que veio de Brasília para nos prestigiar o que muito nos honra... O amigo de sempre, Gen Geraldo Luiz Nery da Silva, Secretário-Geral da Ordem dos Velhos Artilheiros, que sempre se alegra em ver a mesa dos R/2 nos almoços bimestrais da Ordem. Na BIBLIEX, junto com os amigos General Bergo e Coronel Stanisck não mediram esforços para a execução do Projeto de História Oral Nos Órgãos de Formação da Reserva, sendo lançado hoje nesta bela confraternização. Devo agradecer a todos os Comandantes do CPOR/RJ pelo apoio irrestrito durante esta minha gestão de 2008 até nossos dias, que foram: Cel Cav Gerson Pinheiro Gomes; Cel Inf Juliano Bruno de Almeida Cardoso; Cel Eng Antonio Procópio de Castro Gouvêa e agora, o atual Comandante, Cel Cav Nilton Gonçalves Rezende. Aproveito esta oportunidade para agradecer com Reconhecimento & Gratidão, a todos os militares deste famoso e octogenário Estabelecimento de Ensino, Oficiais e Praças, que sempre nos apoiaram tanto a este Presidente como à nossa Associação, que sem este apoio e convívio fraternal não teria tido esta grande sinergia, palco de tantas realizações. Do CPOR/SP, o famoso Solar dos Andradas, o Coronel de Infantaria Edson Barboza Guimarães que, em todas as nossas missões naquela cidade, nos recebeu e dedicou a mais honrosa das hospedagens. Agradeço também ao Coronel Sinésio Martins, um dos fundadores e responsáveis por esta Associação, que mesmo na Reserva continua mais ativo do que nunca principalmente na Gerência do Projeto de História Oral do Exército nos Órgãos de Formação da Reserva, cujo primeiro tomo (ou filho) já nasceu e hoje está sendo lançado aqui. Antigos Comandantes como os Coronéis Gerson Silva e Salóes, continuam apoiando e orientando... E não podemos nos esquecer de um Subcomandante, pai de um Aspirante de mesmo nome: Pág. 63 Cel Laport, o amigo de todas as horas. De além mar, lá das terras parisienses e seus belos cafés, os úteis conselhos e orientações continuam chegando do Cel Art Newton Raulino de Souza Filho, atual adido do Exército na França e Bélgica. Ao Tenente R/2 Sérgio Pinto Monteiro, presidente do CNOR, por sua indicação, escolha e orientação sábia e segura o que fez deste velho brigão um homem seguramente melhor hoje. Ao Tenente R/2 Paulo Coimbra Sauwen, meu antecessor, pela orientação segura e apoio em todas as horas de desânimo. Ele, em uma explosão, cunhou a frase SANGUE VERDE-OLIVA POSITIVO. Aos Cavaleiros do Esquadrão Tenente Vaz que sempre me acompanham e apoiam em todos os projetos os sinceros agradecimentos. Aos demais colegas, Presidentes das 17 Associações filiadas ao CNOR e aos companheiros de todas as regiões deste imenso país, que anualmente reencontramos nos ENOREX – Encontros Nacionais de Oficiais da Reserva, sendo o próximo agora, em 10 de outubro, em Maceió – Alagoas. E no meu trabalho, no Governo do Estado, pois estou antigão, mas não aposentado, meu Chefe direto, Luiz Paranhos de Assunção Velloso Junior, Diretor Geral de Administração e Finanças da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, sem a tolerância dele e do Secretário de Estado, eu não poderia participar de acampamentos, formaturas e Encontros Nacionais. À minha valorosa equipe e a secretária Anna, sem o apoio dos quais, nada disso seria possível. Jamais esqueceria aqueles que nos prestigiaram e não estão mais neste mundo. Se a emoção da lembrança permitir, queria deixar registrado “in memoriam” os agradecimentos ao General Ventura, herói da FEB e condecorado com a nossa Medalha Esquadrão Tenente Vaz de número 01. O herói mais condecorado da FEB e amado de todos os R/2, Major Apollo, já havia partido em 99. Apesar de dar nome à nossa Sede, ao pátio de formaturas, a uma pracinha no Museu Militar Conde de Linhares, nosso velho CPOR, ainda precisa ser descoberto pela AMAN e pelos militares da ativa que praticamente desconhecem sua história. Logo depois do General Ventura, nos deixaram o General Montagna, meu antigo Comandante da Artilharia de Costa, o Coronel R/2 Sergio Pereira e o querido Major R/2 Thiago. De tantos R/2 que já nos deixaram, os Tenentes Antonio Fernando e Madureira, continuam ajudando, onde quer que estejam no céu. E finalmente, à “Tenente” Mergulhinha, como ficou conhecida minha esposa, pelo incansável apoio, companheirismo e compreensão. Ao externar e informar aos associados meu desejo de sair ao final do mandato, alguns se preocuparam com a solução de continuidade. Sempre os tranquilizei, pois conheço a capacidade do meu sucessor, o Tenente R/2 Ruyberto Silva de Oliveira, Oficial muito capaz e meu Diretor de Mobilizações, responsável pelos efetivos que colocamos na Avenida nos desfiles militares do Dia da Independência, a quem desejo todo o sucesso do mundo na sua gestão. Pág. 64 Grandes Chefes militares ao passarem o bastão, disseram que quem assume, tem a obrigação de fazer mais e melhor. Esta foi a missão que recebi do Tenente Paulo e que passo para o Tenente Ruyberto. E que Deus abençoe a todos, muito obrigado Passagem da Presidência da AORE/RJ http://www.sangueverdeoliva.com.br/novo/index.php?option=com_content&view=article &id=379:aore -rj&catid=1:noticias&Itemid=2 (não existe mais) Acho que já ficou muito grande e por isso fico por aqui. É claro que a história é maior do que estas mal traçadas linhas, mas, esse conhecimento fica restrito aos amigos que me acompanharam nessa jornada. E, tudo aqui mostra quem sou, como sou e o que tentei fazer pela grandeza da tropa R/2... Afinal, eu tive um sonho... Ten Mergulhão Mais informações em HTTP://www.sangueverdeoliva.com.br (não existe mais) (*) O prego na parede (citação): se você em sua sala de visitas, numa parede completamente vazia, pregar um grande prego no meio, ele vai incomodá-lo por alguns dias. Depois, não mais o verá e ele continuará lá, sendo visto apenas pelas visitas...