Bom dia! :-)
Todos tenham calma, ok? Vocês estão enxergando bem, muito bem! Ela veio de novo e veio com Vênus, não satisfeita em ter a companhia de Júpiter ontem. Eu pulando no fundo da sala, com a mão levantada: "aqui! Eu! Eeeeu!" Sim, fui eu que chamei a Estrela. Não de forma consciente, é fato, mas com meu coração, certamente.
A energia dela já estava vibrando desde ontem e por isso não é de se estranhar que eu tenha passado o início da noite envolvida com uma instalação que vou fazer para expor na celebração do Dia Fora do Tempo. O povo do Calendário Maia diz: tempo é arte. E o tarot diz: arte é Estrela.
Foi ontem também que eu percebi que venho passando por um processo que já conheço e que chamei de "despoetização das palavras". A primeira vez em que fui acometida por este mal foi nos tempos de faculdade. Aquele texto padrão jornalístico matou de forma cruel e lenta a minha sensibilidade. Desde que me entendo por gente e fui alfabetizada eu escrevo. Antes mesmo de ser alfabetizada, enquanto as crianças queriam aprender a ler, eu rabiscava um monte de coisas e mostrava pra minha mãe o que tinha escrito, ia lendo, linha por linha... E o engraçado é que quando ela me perguntava de novo, eu lia a mesma coisa...rs Sempre escrevi com o coração, sempre gostei de brincar com a fonética, os sons. Escrevia "poesices" (porque poesia tem regra e eu era uma criatura rebelde), contos, crônicas, escrevia qualquer coisa, a qualquer hora, porque estava viva e respirando.
Em alguns outros momentos da minha vida, senti que perdi a capacidade de escrever sem julgamento e crítica, sem racionalizar demais, usando só o coração e as letras. E há algum tempo eu andava assim, não sem razão, ok... Minha vida de um ano e pouco pra cá exigiu um olhar frio e objetivo para resolver problemas e superar desafios. Tarefa dada, tarefa cumprida. Mas, de repente a vida pode ser surpreendente, de verdade.
Ando sentindo coisas que só consigo entender se colocar pra fora através de palavras. Nada com a pretensão de fazer sentido para os outros, nada com a intenção de ser rotulada ou chamada de algo em especial. São palavras soltas, memórias afetivas, percepções oníricas. E peço para que prestem atenção porque tudo, absolutamente tudo, que estou escrevendo tem conexão direta e profunda com a Estrela, inclusive o "oníricas"...rs
A Estrela é o que há de mais belo em nós, em volta de nós e naquilo que nem ao menos podemos ver. Mas a Estrela também é o que vemos e admiramos por sua beleza. Ela é a pureza, a inocência e a confiança do que vem. É a Estrela que nos faz sorrir sem razão, contemplar o céu e questionar o que estamos fazendo aqui, ela é o poeta, a poesia e até mesmo a poesice! Ela é a criança que grita para vir pra fora brincar.
Ela é como estou me sentindo neste momento em que escrevo. Ela é a lágrima que vai rolar daqui a pouco pelo meu rosto e o sentimento de infinita gratidão pela vida, por estar viva, por ser vida. Ela é incompreensível, mas sabe que "meu Deus é mais", porque ela é esotérica, é exótica, é ilógica e ainda assim queremos essa moça perto de nós. Outro dia, fui questionada sobre coisas que têm razão e coisa que têm lógica. Eu ando achando que algumas coisas não têm razão nem lógica, graças a Deus! rs Até porque o que tem razão e lógica pode ser mensurado, e se não tem pode ser infinito.
Poderia passar horas e horas escrevendo nesta linguagem da Estrela aqui, mas o sono está dominando o meu ser. O trabalho em excesso dos últimos dias anda marcando presença. Mas deixo uma poesice pra vocês (estava aqui, escrevinhando bobagens antes de começar a postagem) e deixo uma poesia de verdade (esta sim!) em forma de música, uma das minhas preferidas... Talvez a preferida, que expressa exatamente a mensagem que a Estrela em um dia de Vênus tem para nos dizer.
Ótima sexta para todos nós!
A imagem veio
daqui
Nunca antes
Às vezes acho que a melhor parte de mim
Guardei pra você
Não sei se você sabe, sente ou vê
Não são as palavras bem articuladas
Nem o corpo com suas curvas fechadas
Eu diria mesmo que não são talentos,
Dons, habilidades...
Certamente não são meus bens
E nem a voz afinada
As conspirações são boas, mas insuficientes
A mente arguta, a pegada quente
(Tudo contribui! Mas) não são o melhor de mim
Guardei para você a melhor parte
Aquilo que é inédito, único, que ninguém viu
E, diria mesmo, que ninguém crê
A parte de mim que só existe com você