Livros / Books by Humberto da Cunha Alves de Souza

Ensaios sobre o perfil da comunidade LGBTI+, 2020
Em 2018, o IBDSEX e outras organizações não governamentais conduziram a Pesquisa Nacional do Perf... more Em 2018, o IBDSEX e outras organizações não governamentais conduziram a Pesquisa Nacional do Perfil LGBTI+ com o objetivo de produzir, em âmbito nacional, dados demográficos, sociais e econômicos da população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, intersexuais e demais identidades de gênero e orientações sexuais, para subsidiar as ações e decisões das organizações da sociedade civil, de outras organizações e coletivos interessados e do poder público, contribuindo assim com a elaboração de políticas públicas em favor dos direitos humanos LGBTI+. Não existem dados oficiais sobre esta população. Com efeito, as políticas públicas específicas para esta comunidade são esquecidas. Enquanto o Estado se esquiva desta responsabilidade, levantamentos como este, da ANTRA e do Grupo Gay da Bahia cumprem um importante papel de visibilizar estas questões. Diante da ausência de qualquer levantamento oficial, esta publicação a partir dos dados da Pesquisa Nacional do Perfil LGBTI+ 2018 espera levar informação sobre um segmento da sociedade que é alvo constante de discriminação e exclusão, mesmo no núcleo familiar, quando não de violência letal, e somar ao conjunto de pesquisas e informações salutares para a elaboração de políticas públicas e estratégias das próprias organizações sociais de defesa dos direitos humanos LGBTI+

Caminhos da pesquisa em diversidade sexual e de gênero: olhares in(ter)disciplinares, 2020
Este livro, o segundo da Coleção Livres & Iguais, é resultado do Congresso Internacional LGBTI+, ... more Este livro, o segundo da Coleção Livres & Iguais, é resultado do Congresso Internacional LGBTI+, realizado na cidade de Curitiba, entre 13 e 15 de novembro de 2019. Os temas buscam abarcar diferentes abordagens, campos e teorias, de modo provocativo e questionador para que possamos refletir, juntas e juntos, sobre os avanços, mas especialmente sobre os limites e desafios da pesquisa em diversidade sexual e de gênero para o enfrentamento das desigualdades e violências contra a população LGBTI+. Pois é uma “Universidade sem condição” o que queremos, livre e igual, socialmente compromissada, que p possa intervir na realidade em favor da igualdade de direitos, especialmente em momentos como o que atualmente vivemos, de ataques antidemocráticos e até mesmo fascistas à diversidade humana e ao conhecimento científico. Os trabalhos que compõem este livro, cuidadosamente elaborados pelas pesquisadoras e pesquisadores para o evento e para esta publicação, são um testemunho não somente da importância e necessidade destes estudos, bem como da extensão e profundidade de suas abordagens, metodologias e teorias, mas, sobretudo, do rigor e vigor científico do campo in(ter)disciplinar de estudos em diversidade sexual e de gênero.
Capítulos de Livros / Book Chapters by Humberto da Cunha Alves de Souza
Ensaios sobre o perfil da comunidade LGBTI+, 2020
Caminhos da pesquisa em diversidade sexual e de gênero: olhares in(ter)disciplinares, 2020
O capítulo argumenta que um retorno aos elementos do performativo austiniano é salutar para compr... more O capítulo argumenta que um retorno aos elementos do performativo austiniano é salutar para compreender a performatividade de gênero em Judith Butler. A filósofa tem reconhecido em alguns textos e entrevistas que sua formulação inicial da performatividade de gênero gerou duas interpretações contrárias e nenhuma delas considera a dimensão dual da performatividade. Sugeriremos que isso se dá, especialmente no Brasil, por uma lacuna no debate da própria noção de performatividade. O trabalho inicialmente recupera o performativo como desenvolvido por Austin, em seguida explora a influência de Derrida para, então, chegar ao desenvolvimento singular da teoria da performatividade de gênero de Butler.

Diversidade e cultura: novos tempos de intolerância?, 2020
Neste trabalho defenderemos a aplicação da noção de performatividade, tal como explorada por Judi... more Neste trabalho defenderemos a aplicação da noção de performatividade, tal como explorada por Judith Butler (1997), como um conceito mais aprofundado e producente para pensar o debate sobre os discursos de ódio. O referencial teórico é o da Pragmática, da Visão Performativa da Linguagem (AUSTIN, 1975; BUTLER, 1997; DERRIDA, 1991; MEY, 1993; OTTONI, 1990; RAJAGOPALAN, 1996). Em uma perspectiva performativa, nossos usos de linguagem não apenas descrevem o mundo em termos de verdadeiro ou falso, mas o constroem – por isso os chamamos de performativos. Eles têm efeitos sobre os sentimentos, ações, comportamentos, enfim, sobre a vida de outras pessoas. “Fazemos coisas com palavras”, inclusive reiterar e perpetuar intolerância e violência. O texto revisa primeiro esta visão performativa da linguagem, depois aborda a questão do discurso de ódio e, com base no caso concreto dos comentários do candidato Levy Fidelix durante o debate presidencial de 2014, buscaremos evidenciar as possibilidades do conceito de performatividade para pensar esta questão dos discursos de ódio, especialmente para retomar uma noção de responsabilidade da fala.
Artigos / Papers by Humberto da Cunha Alves de Souza

Revista Ventilando Acervos, Jul 2020
Este artigo é um recorte de uma pesquisa de doutorado em andamento em Tecnologia e Sociedade, pel... more Este artigo é um recorte de uma pesquisa de doutorado em andamento em Tecnologia e Sociedade, pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná, que aborda a questão dos acervos LGBTI+ como tecnologias de si e sua relação com a produção da memória LGBTI+. O referencial teórico utilizado nas reflexões sobre verdade, memória e esquecimento é a noção de Mal de Arquivo (DERRIDA, 2001); a concepção de tecnologia é a dos Estudos CTS (BAZZO et al., 2003; FEENBERG, 1992, 2009; HARAWAY, 2009); e na defesa dos acervos como tecnologias se baseia na noção de Tecnologias de Si (FOUCAULT, 2004b). Defendemos que os acervos LGBTI+ sejam compreendidos como tecnologias de si e propomos uma reflexão crítica sobre as práticas de arquivamento e produção da memória LGBTI+ e os efeitos que elas produzem. Para tanto, comentamos dois casos concretos envolvendo acontecimentos a serem registrados no acervo do Centro de Documentação Prof. Dr. Luiz Mott (CEDOC).
Revista Memória LGBTIQ+, 2020
O texto reflete sobre o uso de tecnologias livres como uma estratégia de preservação e disponibil... more O texto reflete sobre o uso de tecnologias livres como uma estratégia de preservação e disponibilização de acervos LGBTI+. A reflexão parte do caso do Centro de Documentação Prof. Dr. Luiz Mott (CEDOC), do Grupo Dignidade e Instituto Brasileiro de Diversidade Sexual (IBDSEX), mas lembra ainda outras iniciativas e tecnologias utilizadas. Lutar por participação e acesso livres é lutar por acervos LGBTI+ democráticos que continuem produzindo sentidos, condição de sua existência.
Revista Senso, 2019
Por muito tempo, até meados do século XX, uma concepção de linguagem se estabeleceu como destaque... more Por muito tempo, até meados do século XX, uma concepção de linguagem se estabeleceu como destaque do fazer filosófico: a linguagem servia para representar o mundo, o que deveria ser feito de forma verdadeira ou falsa. "O céu é azul" se, e somente se, o céu for azul. Com efeito, tudo que escapava deste critério vericondicional -e desta busca por uma "linguagem perfeita" que só dissesse pelos critérios verdadeiro ou falso -era ignorado. A linguagem ordinária (cotidiana) era considerada confusa, cheia de erros, ambiguidades e tropeços que impediam uma análise filosófica por excelência e, portanto, era rejeitada na tradição da Filosófica Analítica até que, em 1955, na série de palestras que proferiu em Oxford, o filósofo inglês John Langshaw Austin se contrapõem a esta concepção predominante introduzindo uma concepção performativa da linguagem.

Apesar da feminização das redações jornalísticas latino-americanas, o Global Report on the Status... more Apesar da feminização das redações jornalísticas latino-americanas, o Global Report on the Status of Women in the News Media (2015) aponta que o estatuto profissional superior nestes espaços é ainda masculino, o que ocasiona menos probabilidade de mulheres cobrirem histórias ou serem personagens de reportagens; o mesmo relatório indica que o percentual de mulheres como fonte de informação ainda é baixo. O
processo reproduz uma visão patriarcal persistente e é parte da chamada “invisibilidade” da mulher na mídia. Este trabalho pressupõe que também no Brasil, o processo de feminização das redações não é acompanhado de conteúdo que valorize a mulher, embora
haja avanços. O texto apresenta cinco experiências brasileiras de jornalismo digital que buscam preencher a lacuna da cobertura tradicional sobre questões femininas, tratando a mulher como sujeito social autônomo. Examinou-se a estrutura destas iniciativas e analisou-se o conteúdo de cinco matérias de cada produto, nos meses de
julho/agosto de 2016, para verificar como a mulher aparece como protagonista social. O trabalho permitiu refletir sobre um “novo
jornalismo” que supere estereótipos, induzindo à visibilização e ao empoderamento social das mulheres. Conclui-se que as iniciativas
analisadas podem ser consideradas pontos de observação para integrar práticas positivas no jornalismo hegemônico, ampliando o uso de-
mocrático e igualitário da mídia.

Apesar da feminização das redações jornalísticas latino-americanas, o Global Report on the Status... more Apesar da feminização das redações jornalísticas latino-americanas, o Global Report on the Status of Women in the News Media (2015) aponta que o estatuto profissional superior nestes espaços é ainda masculino, o que ocasiona menos probabilidade de mulheres cobrirem histórias ou serem personagens de reportagens; o mesmo relatório indica que o percentual de mulheres como fonte de informação ainda é baixo. O processo reproduz uma visão patriarcal persistente e é parte da chamada “invisibilidade” da mulher na mídia. Este trabalho pressupõe que também no Brasil, o processo de feminização das redações não é acompanhado de conteúdo que valorize a mulher, embora haja avanços. O texto apresenta cinco experiências brasileiras de jornalismo digital que buscam preencher a lacuna da cobertura tradicional sobre questões femininas, tratando a mulher como sujeito social autônomo. Examinou-se a estrutura destas iniciativas e analisou-se o conteúdo de cinco matérias de cada produto, nos meses de julho/agosto de 2016, para verificar como a mulher aparece como protagonista social. O trabalho permitiu refletir sobre um “novo jornalismo” que supere estereótipos, induzindo à visibilização e ao empoderamento social das mulheres. Conclui-se que as iniciativas analisadas podem ser consideradas pontos de observação para integrar práticas positivas no jornalismo hegemônico, ampliando o uso democrático e igualitário da mídia.
Revista Temática
Este artigo teórico faz uma crítica à analogia da metáfora -meme‖ cunhada em 1976, pelo evolucion... more Este artigo teórico faz uma crítica à analogia da metáfora -meme‖ cunhada em 1976, pelo evolucionista Richard Dawkins, utilizada nas pesquisas em comunicação, em especial quando o que está em jogo são reflexões sobre os fenômenos de comunicação da cultura ciber. Como contribuições foram utilizadas a crítica de Gustavo Toledo Leal (2013) sobre a obra de Susan Blackmore (1999) e, a Pragmática em Jair Antonio de . O caldo da discussão contempla uma perspectiva culturalista importante para o campo, principalmente quando o que se pretende é defender a preservação do seu olhar. Por fim, sugere-se que seja prudente continuar utilizando o termo meme desde que realizados os devidos reparos e, ao final, arrisca-se uma proposta de meme que contempla a discussão do trabalho.
Revista Liinc
Palavras-chave: Democracia representativa; Comunicação; Cibercultura; Determinismo tecnológico; M... more Palavras-chave: Democracia representativa; Comunicação; Cibercultura; Determinismo tecnológico; Mídias sociais.
Resenhas / Reviews by Humberto da Cunha Alves de Souza
Revista Ação Midiática
A cultura no mundo líquido moderno. Trad. Carlos Alberto Medeiros. 1. ed. Rio de Janeiro: Zahar, ... more A cultura no mundo líquido moderno. Trad. Carlos Alberto Medeiros. 1. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2013.
Revista Memória LGBT by Humberto da Cunha Alves de Souza
Revista Memória LGBT, 2020
Com o tema Preservando as Memórias de LGBTIQ+ a 12a edição apresentará algumas estratégias de sal... more Com o tema Preservando as Memórias de LGBTIQ+ a 12a edição apresentará algumas estratégias de salvaguarda dos acervos, vestígios, histórias e indicadores de memória de travestis, transexuais, intersexuais, queers, lésbicas, gays e bissexuais.
www.memoriaslgbt.com
Papers by Humberto da Cunha Alves de Souza

Media & Jornalismo, 2017
Apesar da feminização das redações jornalísticas latino-americanas, o Global Report on the Status... more Apesar da feminização das redações jornalísticas latino-americanas, o Global Report on the Status of Women in the News Media (2015) aponta que o estatuto profissional superior nestes espaços é ainda masculino, o que ocasiona menos probabilidade de mulheres cobrirem histórias ou serem personagens de reportagens; o mesmo relatório indica que o percentual de mulheres como fonte de informação ainda é baixo. O processo reproduz uma visão patriarcal persistente e é parte da chamada “invisibilidade” da mulher na mídia. Este trabalho pressupõe que também no Brasil, o processo de feminização das redações não é acompanhado de conteúdo que valorize a mulher, embora haja avanços. O texto apresenta cinco experiências brasileiras de jornalismo digital que buscam preencher a lacuna da cobertura tradicional sobre questões femininas, tratando a mulher como sujeito social autônomo. Examinou-se a estrutura destas iniciativas e analisou-se o conteúdo de cinco matérias de cada produto, nos meses de julh...
Revista Cadernos de Gênero e Tecnologia, Dec 2021
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Artigos / Papers by Humberto da Cunha Alves de Souza
processo reproduz uma visão patriarcal persistente e é parte da chamada “invisibilidade” da mulher na mídia. Este trabalho pressupõe que também no Brasil, o processo de feminização das redações não é acompanhado de conteúdo que valorize a mulher, embora
haja avanços. O texto apresenta cinco experiências brasileiras de jornalismo digital que buscam preencher a lacuna da cobertura tradicional sobre questões femininas, tratando a mulher como sujeito social autônomo. Examinou-se a estrutura destas iniciativas e analisou-se o conteúdo de cinco matérias de cada produto, nos meses de
julho/agosto de 2016, para verificar como a mulher aparece como protagonista social. O trabalho permitiu refletir sobre um “novo
jornalismo” que supere estereótipos, induzindo à visibilização e ao empoderamento social das mulheres. Conclui-se que as iniciativas
analisadas podem ser consideradas pontos de observação para integrar práticas positivas no jornalismo hegemônico, ampliando o uso de-
mocrático e igualitário da mídia.
Resenhas / Reviews by Humberto da Cunha Alves de Souza
Revista Memória LGBT by Humberto da Cunha Alves de Souza
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Papers by Humberto da Cunha Alves de Souza
processo reproduz uma visão patriarcal persistente e é parte da chamada “invisibilidade” da mulher na mídia. Este trabalho pressupõe que também no Brasil, o processo de feminização das redações não é acompanhado de conteúdo que valorize a mulher, embora
haja avanços. O texto apresenta cinco experiências brasileiras de jornalismo digital que buscam preencher a lacuna da cobertura tradicional sobre questões femininas, tratando a mulher como sujeito social autônomo. Examinou-se a estrutura destas iniciativas e analisou-se o conteúdo de cinco matérias de cada produto, nos meses de
julho/agosto de 2016, para verificar como a mulher aparece como protagonista social. O trabalho permitiu refletir sobre um “novo
jornalismo” que supere estereótipos, induzindo à visibilização e ao empoderamento social das mulheres. Conclui-se que as iniciativas
analisadas podem ser consideradas pontos de observação para integrar práticas positivas no jornalismo hegemônico, ampliando o uso de-
mocrático e igualitário da mídia.
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