Papers by Fernando Prestes de Souza
Orientador: Prof. Dr. Luiz Geraldo SilvaDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, ... more Orientador: Prof. Dr. Luiz Geraldo SilvaDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes, Programa de Pós-Graduação em História. Defesa: Curitiba, 18/08/2011Bibliografia: fls. 161-181Resumo: Essa dissertação versa sobre milicianos pardos de São Paulo e as corporações militares nas quais estavam integrados entre 1765 e 1831. A configuração social em questão teve uma trajetória histórica muito particular, o que deu contornos específicos à formação daqueles corpos e às experiências de seus homens pardos. Por outro lado, a política racial régia levada a efeito ao longo da segunda metade do século XVIII e início do XIX, bem como o posicionamento das autoridades coloniais, impactaram sensivelmente nas formas como o serviço na milícia foi vivenciado. Objetivou-se aqui, primeiramente, a ompreensão do processo de formação das tropas de pardos livres que resultou na criação e enraizamento do Regimento dos Úteis, e da trajetória deste comparati...
Nuevo mundo mundos nuevos, 2014
Analizamos en este articulo milicianos afrodescendientes de Pernambuco y Sao Paulo, capitanias de... more Analizamos en este articulo milicianos afrodescendientes de Pernambuco y Sao Paulo, capitanias de la America portuguesa. Examinamos las formas por las cuales estas personas vivieron y representaron la transicion de la sociedad de tipo antiguo u oligarquico para la de tipo representativo y democratico, que surge en la era de las revoluciones. En un primer momento, se analiza la genesis y la institucionalizacion de sus regimientos como un fenomeno resultante de la creacion de las economias vinculadas al mercado atlantico y basadas en la esclavitud africana, asi como del proceso de integracion social y de cambio de status experimentado por afrodescedientes libres y libertos. Estos procesos se refieren a los planes de conexiones, regularidades estructurales y recurrencias observados en otras figuraciones esclavistas que formaron la configuracion social englobante del mundo atlantico. Al mismo tiempo, sostenemos que los diferentes niveles y temporalidades de la genesis e institucionalizacion de las milicias en Sao Paulo y Pernambuco iluminan la comprension de los movimientos y los deseos de los milicianos en la era de las revoluciones.
Revista Vernáculo, 2011
O presente artigo tem como objetivo geral averiguar as estratégias e possibilidades mobilizadas p... more O presente artigo tem como objetivo geral averiguar as estratégias e possibilidades mobilizadas por homens de cor livres a fim de ascenderem socialmente, conforme os padrões de antigo regime, tendo como esteio o ofício e a arte musical. Para tanto, empreendeu-se análise de alguns fragmentos relativos ao campo musical composto por esses sujeitos no Brasil colonial, num período compreendido entre a segunda metade do século XVIII e as duas primeiras décadas do XIX. Ao mesmo tempo, procedeu-se a uma investigação comparativa entre as atuações de músicos das capitanias de Minas Gerais e São Paulo, justamente por constituírem espaços bem distintos no que diz respeito ao enquadramento social desses homens.
Analizamos en este artículo milicianos afrodescendientes de Pernambuco y São Paulo, capitanías de... more Analizamos en este artículo milicianos afrodescendientes de Pernambuco y São Paulo, capitanías de la América portuguesa. Examinamos las formas por las cuales estas personas vivieron y representaron la transición de la sociedad de tipo antiguo u oligárquico para la de tipo representativo y democrático, que surge en la era de las revoluciones. En un primer momento, se analiza la génesis y la institucionalización de sus regimientos como un fenómeno resultante de la creación de las economías vinculadas al mercado atlántico y basadas en la esclavitud africana, así como del proceso de integración social y de cambio de status experimentado por afrodescedientes libres y libertos. Estos procesos se refieren a los planes de conexiones, regularidades estructurales y recurrencias observados en otras figuraciones esclavistas que formaron la configuración social englobante del mundo atlántico. Al mismo tiempo, sostenemos que los diferentes niveles y temporalidades de la génesis e institucionalización de las milicias en São Paulo y Pernambuco iluminan la comprensión de los movimientos y los deseos de los milicianos en la era de las revoluciones.
Histórica – Revista Eletrônica do Arquivo Público do Estado de São Paulo, Apr 2010
Busca-se relacionar transformações amplas na capitania de São Paulo, a partir, sobretudo, do sécu... more Busca-se relacionar transformações amplas na capitania de São Paulo, a partir, sobretudo, do século XVIII, a mudanças profundas no habitus de seus habitantes, particularmente os homens de cor pertencentes ao regimento miliciano dos Úteis. São examinadas demandas dos milicianos pardos, datadas das décadas de 1810 e 1820, através das quais intentavam subir na hierarquia militar ou livrar-se de estigmas associados à ascendência africana. A interpretação dos dados empíricos foi realizada levando-se em
conta o instrumental teórico proveniente das obras de Norbert Elias. A ideia é contribuir para o entendimento de facetas do arranjo particular do processo civilizatório português na configuração social em questão bem como da inserção de indivíduos e grupos outsiders no amplo processo de transformação social e das estruturas de personalidade pelo qual
passava a região.
VII Jornada Setecentista. …, 2007
Este artigo tem por objetivo comparar as maneiras pelas quais diferentes capitanias – Minas Gerai... more Este artigo tem por objetivo comparar as maneiras pelas quais diferentes capitanias – Minas Gerais, São Paulo e Pernambuco – lidaram com a necessidade de prover o Estado do Brasil de gente armada ao longo da guerra luso-castelhana travada nas partes meridionais da América portuguesa entre 1774 e 1777. Contudo, pretendemos aqui examinar apenas o recrutamento de pardos e Henriques – as milícias negras, de segunda linha, da América
portuguesa. Pardos e pretos estavam reunidos em terços desde as guerras luso-holandesas travadas entre 1645 e 1654 em Pernambuco. O terço do negro livre Henrique Dias era a
matriz dos que foram estabelecidos pelas diversas capitanias ao longo do século, como aliás reconheciam os contemporâneos. Cabe, pois, num primeiro momento, examinar a questão
das relações entre Portugal e Castela no que diz respeito às fronteiras meridionais, para, a seguir, discutir as medidas tomadas pela Coroa lusa desde a década de 1760 para reformar a estrutura, a composição e o tamanho de seus corpos militares. Depois disso, procuramos analisar a maneira pela qual cada uma das capitanias antes indicadas procurou lidar com o recrutamento de pardos e pretos, e como estes e as sociedades locais reagiram às demandas do Estado do Brasil em torno de gente armada. Finalmente, à guisa de conclusão, sugerimos algumas linhas gerais que contemplem a diversidade de situações observadas ao nível local.
Revista Ágora (UFES), 2010
Neste artigo analisam-se alguns mecanismos de controle social exercidos a partir do interior das ... more Neste artigo analisam-se alguns mecanismos de controle social exercidos a partir do interior das irmandades negras na América portuguesa durante o século XVIII. Para tanto, foram examinados compromissos que regiam estas instituições, bem como
termos lavrados em suas reuniões. Ao que parece, era comum a existência de conflitos entre os confrades de cor, fato que pode ser observado tanto nos referidos termos como nos próprios compromissos, os quais previam inúmeras medidas visando prevenir e sanar estas desordens. É justamente em decorrência destes momentos de tensão, discutidos nas ditas reuniões, que podem ser encontrados vestígios sobre algumas formas através das quais os irmãos negros tentavam inculcar valores e normas
referentes à conduta social e religiosa dos confrades que porventura colocassem em risco a boa-ordem nas irmandades e, conseqüentemente, sua reputação perante as autoridades coloniais. Efetivamente, observou-se que o controle das dissidências internas tinha implicações mais vastas, contribuindo a seu modo para a manutenção da ordem social da colônia.
Revista Vernáculo (UFPR), 2007
O presente artigo tem como objetivo geral averiguar as estratégias e possibilidades mobilizadas p... more O presente artigo tem como objetivo geral averiguar as estratégias e possibilidades mobilizadas por homens de cor livres a fim de ascenderem socialmente, conforme os padrões de antigo regime, tendo como esteio o ofício e a arte musical. Para tanto, empreendeu-se análise de alguns fragmentos relativos ao campo musical composto por esses sujeitos no Brasil colonial, num período compreendido entre a segunda metade do século XVIII e as duas primeiras décadas do XIX. Ao mesmo tempo, procedeu-se a uma investigação comparativa entre as atuações de músicos das capitanias de Minas Gerais e São Paulo, justamente por constituírem espaços bem distintos no que diz respeito ao enquadramento social desses homens.
Thesis Chapters by Fernando Prestes de Souza
JfSí»vt«!t>AOr F cot RAL DO NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E... more JfSí»vt«!t>AOr F cot RAL DO NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES. PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA Rua Gal. Carneiro, 460, 7 o andar, sala 716, fone/fax + 55 (41) 3360-5086,
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conta o instrumental teórico proveniente das obras de Norbert Elias. A ideia é contribuir para o entendimento de facetas do arranjo particular do processo civilizatório português na configuração social em questão bem como da inserção de indivíduos e grupos outsiders no amplo processo de transformação social e das estruturas de personalidade pelo qual
passava a região.
portuguesa. Pardos e pretos estavam reunidos em terços desde as guerras luso-holandesas travadas entre 1645 e 1654 em Pernambuco. O terço do negro livre Henrique Dias era a
matriz dos que foram estabelecidos pelas diversas capitanias ao longo do século, como aliás reconheciam os contemporâneos. Cabe, pois, num primeiro momento, examinar a questão
das relações entre Portugal e Castela no que diz respeito às fronteiras meridionais, para, a seguir, discutir as medidas tomadas pela Coroa lusa desde a década de 1760 para reformar a estrutura, a composição e o tamanho de seus corpos militares. Depois disso, procuramos analisar a maneira pela qual cada uma das capitanias antes indicadas procurou lidar com o recrutamento de pardos e pretos, e como estes e as sociedades locais reagiram às demandas do Estado do Brasil em torno de gente armada. Finalmente, à guisa de conclusão, sugerimos algumas linhas gerais que contemplem a diversidade de situações observadas ao nível local.
termos lavrados em suas reuniões. Ao que parece, era comum a existência de conflitos entre os confrades de cor, fato que pode ser observado tanto nos referidos termos como nos próprios compromissos, os quais previam inúmeras medidas visando prevenir e sanar estas desordens. É justamente em decorrência destes momentos de tensão, discutidos nas ditas reuniões, que podem ser encontrados vestígios sobre algumas formas através das quais os irmãos negros tentavam inculcar valores e normas
referentes à conduta social e religiosa dos confrades que porventura colocassem em risco a boa-ordem nas irmandades e, conseqüentemente, sua reputação perante as autoridades coloniais. Efetivamente, observou-se que o controle das dissidências internas tinha implicações mais vastas, contribuindo a seu modo para a manutenção da ordem social da colônia.
Thesis Chapters by Fernando Prestes de Souza
conta o instrumental teórico proveniente das obras de Norbert Elias. A ideia é contribuir para o entendimento de facetas do arranjo particular do processo civilizatório português na configuração social em questão bem como da inserção de indivíduos e grupos outsiders no amplo processo de transformação social e das estruturas de personalidade pelo qual
passava a região.
portuguesa. Pardos e pretos estavam reunidos em terços desde as guerras luso-holandesas travadas entre 1645 e 1654 em Pernambuco. O terço do negro livre Henrique Dias era a
matriz dos que foram estabelecidos pelas diversas capitanias ao longo do século, como aliás reconheciam os contemporâneos. Cabe, pois, num primeiro momento, examinar a questão
das relações entre Portugal e Castela no que diz respeito às fronteiras meridionais, para, a seguir, discutir as medidas tomadas pela Coroa lusa desde a década de 1760 para reformar a estrutura, a composição e o tamanho de seus corpos militares. Depois disso, procuramos analisar a maneira pela qual cada uma das capitanias antes indicadas procurou lidar com o recrutamento de pardos e pretos, e como estes e as sociedades locais reagiram às demandas do Estado do Brasil em torno de gente armada. Finalmente, à guisa de conclusão, sugerimos algumas linhas gerais que contemplem a diversidade de situações observadas ao nível local.
termos lavrados em suas reuniões. Ao que parece, era comum a existência de conflitos entre os confrades de cor, fato que pode ser observado tanto nos referidos termos como nos próprios compromissos, os quais previam inúmeras medidas visando prevenir e sanar estas desordens. É justamente em decorrência destes momentos de tensão, discutidos nas ditas reuniões, que podem ser encontrados vestígios sobre algumas formas através das quais os irmãos negros tentavam inculcar valores e normas
referentes à conduta social e religiosa dos confrades que porventura colocassem em risco a boa-ordem nas irmandades e, conseqüentemente, sua reputação perante as autoridades coloniais. Efetivamente, observou-se que o controle das dissidências internas tinha implicações mais vastas, contribuindo a seu modo para a manutenção da ordem social da colônia.