Papers by Diana Pellegrini
Cadernos de Pesquisa
What social processes determine the choice of the knowledge that circulates in indigenous schools... more What social processes determine the choice of the knowledge that circulates in indigenous schools? This question may shed light on the modalities of power that contribute to forging collective meanings of education in local communities. The article presents research aimed to answer this question. We made direct observation of two schools in Guarani territories in SP and conducted interviews and informal conversations with their teachers and leaders. The results describe the influence of governmental conduct, teaching conceptions, and community preferences on the conformation of school work. The performance of indigenous teachers stands out, who produce circumscribed practices of autonomy that, in the small-scale perspective of the logic of educational innovation, overcome the colonialist norm which historically shaped schools for indigenous people.
Cadernos de Pesquisa
Resumo Como se escolhem os saberes que circulam nas escolas indígenas? Essa pergunta serve a ilum... more Resumo Como se escolhem os saberes que circulam nas escolas indígenas? Essa pergunta serve a iluminar as formas de poder local e extralocal que definem os sentidos coletivos da educação em comunidades locais. A pesquisa apresentada neste artigo enfrenta esse problema. Fizemos observação direta de duas escolas em aldeias guarani de São Paulo e realizamos entrevistas e conversas informais com seus profissionais e lideranças. Os resultados são descrições da influência de condutas governamentais, concepções docentes e preferências comunitárias sobre a conformação do trabalho escolar, em que se destaca a atuação dos professores indígenas: estes pontualmente configuram práticas de autonomia que, na perspectiva de pequena escala da lógica de inovação educacional, superam um molde colonialista.
Cadernos de Pesquisa
Resumo Como se escolhem os saberes que circulam nas escolas indígenas? Essa pergunta serve a ilum... more Resumo Como se escolhem os saberes que circulam nas escolas indígenas? Essa pergunta serve a iluminar as formas de poder local e extralocal que definem os sentidos coletivos da educação em comunidades locais. A pesquisa apresentada neste artigo enfrenta esse problema. Fizemos observação direta de duas escolas em aldeias guarani de São Paulo e realizamos entrevistas e conversas informais com seus profissionais e lideranças. Os resultados são descrições da influência de condutas governamentais, concepções docentes e preferências comunitárias sobre a conformação do trabalho escolar, em que se destaca a atuação dos professores indígenas: estes pontualmente configuram práticas de autonomia que, na perspectiva de pequena escala da lógica de inovação educacional, superam um molde colonialista.
Tellus
Quem escolhe os saberes que as escolas indígenas ensinam? Responder a esta pergunta ajuda a compr... more Quem escolhe os saberes que as escolas indígenas ensinam? Responder a esta pergunta ajuda a compreender formas de exercício de poder que atravessam os processos sociais em que se negociam os sentidos compartilhados que a educação escolar pode adquirir. No caso indígena, esses sentidos podem ser afeitos à autodeterminação dos povos originários ou à manutenção da sua subordinação: assim, as conotações conferidas à escola podem visar ao enfrentamento e à superação da condição de dominação sob a qual indígenas têm participado na sociedade nacional, ou inversamente dar continuidade a relações colonialistas. Nessas premissas, o artigo descreve e analisa atores e condições que incidem sobre a seleção de saberes a ensinar em duas escolas de predomínio das etnias Guarani e Kaiowá, em que se detectaram práticas sociais regidas por uma lógica de inovação educacional. As informações coletadas levaram a concluir que os processos esboçam um multifacetado exercício de autonomia das comunidades, no...
Tellus, 2022
Quem escolhe os saberes que as escolas indígenas ensinam? Responder a esta pergunta ajuda a compr... more Quem escolhe os saberes que as escolas indígenas ensinam? Responder a esta pergunta ajuda a compreender formas de exercício de poder que atravessam os processos sociais em que se negociam os sentidos compartilhados que a educação escolar pode adquirir. No caso indígena, esses sentidos podem ser afeitos à autodeterminação dos povos originários ou à manutenção da sua subordinação: assim, as conotações conferidas à escola podem visar ao enfrentamento e à superação da condição de dominação sob a qual indígenas têm participado na sociedade nacional, ou inversamente dar continuidade a relações colonialistas. Nessas premissas, o artigo descreve e analisa atores e condições que incidem sobre a seleção de saberes a ensinar em duas escolas de predomínio das etnias Guarani e Kaiowá, em que se detectaram práticas sociais regidas por uma lógica de inovação educacional. As informações coletadas levaram a concluir que os processos esboçam um multifacetado exercício de autonomia das comunidades, no...
A Constituição brasileira consagra os direitos dos povos indígenas. Esses direitos foram reafirma... more A Constituição brasileira consagra os direitos dos povos indígenas. Esses direitos foram reafirmados na ratificação da Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação. No entanto, essas regras vêm sendo interpretadas conforme vícios que há muito tempo foram se cristalizando nos órgãos executivos governamentais responsáveis por escolas. Assim sendo, as diretrizes constitucionais não são entendidas segundo a orientação dada pelos legisladores que as elaboraram, ou conforme o conhecimento produzido pelos grandes centros de investigação pedagógica e a realidade prática das escolas indígenas, o que obriga a questionar a persistência daqueles vícios. As prescrições generalizadoras dos órgãos gestores tornam impossível a afirmação de processos próprios e a proteção das culturas frente ao enorme número de povos indígenas do Brasil e às suas múltiplas variações em termos de comunidades e escolas. E, ainda que o artigo 15 da LDB imponha aos sistemas de ensino que assegurem às escolas progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, o que se mostra na observação das linhas de conduta dos órgãos gestores é a intensificação da centralização e do controle minucioso.
Educação e Realidade, 2021
Abordamos a reivindicação indígena por educação superior no Brasil, um direito ambicionado mas de... more Abordamos a reivindicação indígena por educação superior no Brasil, um direito ambicionado mas de reconhecimento ausente na lei e na opinião pública. Interpretando essa demanda à luz do direito humano à educação ao longo da vida e na perspectiva da descolonização orientada pelo protagonismo intelectual indígena contemporâneo, traçamos um panorama exploratório das oportunidades de educação superior em São Gabriel da Cachoeira (noroeste amazônico), detendo-nos sobre duas licenciaturas que ensaiam modelos alternativos. Apontamos como o acesso de indígenas gradualmente tensiona a universidade hegemônica, ainda que a oferta, confirmando nossa hipótese, não esteja à altura da significância demográfica e política da demanda dos povos originários. Palavras-chave: Educação Superior. Direito à Educação. Educação Escolar Indígena. Decolonialidade. Interculturalidade.
// UMBEUSAWA MIRIM – Brasil Urespetari Upitasuka sá Maku Tayara Tayunbueramã Turusu? Tapurandusa, mayewasa tawa supe. Yambeusara kua maku tapurandu sa takuasa rese turusuwa Brasil upé, tarikuwa direito mã tiwa yamã lei upé. Kua yaputaisa yande direito mira ita yakuasawa maye aiku maye yamanduari yande makuita kuiri wara ita, yamukamem maita uiku akuasa turusuwa ike tawa upé (noroeste amazônico), mukui licenciatura resewara aikue ike. Yamukamem maita maku ita tawike merupi universidade takiti amu rupi waitate tiwa tamunhã maye yande maku ita yaputaiwa yawe. Yupinimã sá: Turusuwa Ukuasa. Yapuderisá Yayunbué. Educação Escolar Indígena. Amúrupisa. Interculturalidade.
Fornece subsídios para a construção de consensos na criação da Escola Estadual Indígena Baniwa e ... more Fornece subsídios para a construção de consensos na criação da Escola Estadual Indígena Baniwa e Koripako Pamáali, cujas condições legais e administrativas estão em discussão entre o Conselho Estadual de Educação Escolar Indígena do Amazonas (CEEI-AM) e as lideranças e representantes indígenas. Reconhecendo que faltam modelos e experiências prévias que balizem a gestão pública da inovação em unidades escolares indígenas, e admitindo o consequente imperativo de valorizar e apoiar equipes técnicas em sua busca por soluções administrativas alinhadas aos direitos que o texto constitucional brasileiro garante aos povos indígenas quanto à sua educação, contém amparos legais e científicos de modo a informar, fundamentar e respaldar o trabalho do órgão normativo e dos órgãos técnicos responsáveis pela aprovação, regulamentação e supervisão de escolas, em seus propósitos de bem atender às demandas educacionais das comunidades indígenas para as quais governam.
Books by Diana Pellegrini
Versão facsimiliar de trabalhos de pesquisa de 2016 de estudantes da Escola Muncipal Indígena Tir... more Versão facsimiliar de trabalhos de pesquisa de 2016 de estudantes da Escola Muncipal Indígena Tiradentes Eeno Hiepole, da comunidade de Canadá no rio Ayari, bacia do Içana, São Gabriel da Cachoeira-AM. ISBN: 978-65-5013-005-3 (E-book).
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Papers by Diana Pellegrini
// UMBEUSAWA MIRIM – Brasil Urespetari Upitasuka sá Maku Tayara Tayunbueramã Turusu? Tapurandusa, mayewasa tawa supe. Yambeusara kua maku tapurandu sa takuasa rese turusuwa Brasil upé, tarikuwa direito mã tiwa yamã lei upé. Kua yaputaisa yande direito mira ita yakuasawa maye aiku maye yamanduari yande makuita kuiri wara ita, yamukamem maita uiku akuasa turusuwa ike tawa upé (noroeste amazônico), mukui licenciatura resewara aikue ike. Yamukamem maita maku ita tawike merupi universidade takiti amu rupi waitate tiwa tamunhã maye yande maku ita yaputaiwa yawe. Yupinimã sá: Turusuwa Ukuasa. Yapuderisá Yayunbué. Educação Escolar Indígena. Amúrupisa. Interculturalidade.
Books by Diana Pellegrini
// UMBEUSAWA MIRIM – Brasil Urespetari Upitasuka sá Maku Tayara Tayunbueramã Turusu? Tapurandusa, mayewasa tawa supe. Yambeusara kua maku tapurandu sa takuasa rese turusuwa Brasil upé, tarikuwa direito mã tiwa yamã lei upé. Kua yaputaisa yande direito mira ita yakuasawa maye aiku maye yamanduari yande makuita kuiri wara ita, yamukamem maita uiku akuasa turusuwa ike tawa upé (noroeste amazônico), mukui licenciatura resewara aikue ike. Yamukamem maita maku ita tawike merupi universidade takiti amu rupi waitate tiwa tamunhã maye yande maku ita yaputaiwa yawe. Yupinimã sá: Turusuwa Ukuasa. Yapuderisá Yayunbué. Educação Escolar Indígena. Amúrupisa. Interculturalidade.