Papers by Icaro Bonamigo Gaspodini
Mudanças, Jun 21, 2017
Neste estudo, investigou-se a produção de sentidos subjetivos em relação à identidade de gênero m... more Neste estudo, investigou-se a produção de sentidos subjetivos em relação à identidade de gênero masculina. Quatro homens cisgêneros (26, 31, 32 e 37 anos), residentes e nascidos em cidades do sul do país, foram selecionados a partir de três marcadores sociais da diferença (orientação sexual, cor de pele e deficiência física) para a participação em um grupo focal, com duração de 1h e 30min. Três eixos analíticos foram explorados: 1) representações de masculinidades; 2) invisibilidade e sua relação com o modelo dominante de masculinidade; 3) visibilidade e sua relação com privilégios das masculinidades. A análise construtivo-interpretativa permitiu explorar zonas de sentido sobre a produção de diferenças em torno de um eixo naturalizado, que por sua vez produz opressões contra as quais os sujeitos reagem de diferentes formas. Compreendeu-se que o indivíduo não ocupa um lugar fixo de "opressor" ou "oprimido", mas que essas instâncias se dão de forma contextual, localizada e intercambiável. Palavras-chave: Identidade de gênero; masculinidade; preconceito.
Psico-USF, Dec 1, 2017
Gender stereotypes have largely been discussed in the occurrence of marital violence, mainly in i... more Gender stereotypes have largely been discussed in the occurrence of marital violence, mainly in international literature. The objective was to map and analyze scientific literature, published between 2010 and 2015, using the databases ISI Web of Science, Academic Search Complete, Medline Complete, PsycInfo e Scielo. Strings used were: a) first search strategy-"intimate partner violence" AND "gender symmetry"; b) second search strategy-"intimate partner violence" AND "gender asymmetry". We analyzed 48 journal articles entirely available online. Most publications are from The United States (60.41%) and use quantitative research designs (60.41%). The most frequently used instrument was the Revised Conflict Tactics Scales (CTS2), even though criticized because of its checklist structure. Disagreement remains about gender a/symmetry in conjugal violence, however, an emerging perspective affirms that these cases should not be generalized and each couple's specificities must be assessed. National studies are necessary to contemplate different aspects of this phenomenon.
Research, Society and Development, May 18, 2022
Resumo O objetivo deste estudo foi investigar o que adultos/as sabem sobre feminismo a partir da ... more Resumo O objetivo deste estudo foi investigar o que adultos/as sabem sobre feminismo a partir da pergunta: "Para você, o que é feminismo?". Participaram do estudo 731 adultos/as brasileiros/as de 18 a 79 anos (M = 30,83; DP = 11), sendo a maioria mulheres (78%), solteiros/as (59%) e naturais do Rio Grande do Sul/Brasil (77%). As estatísticas descritivas dos dados sociodemográficos foram realizadas no Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 22.0 e as respostas da pergunta analisadas no IRAMUTEQ (Interface de R pour analyses Multidimensionelles de Textes et de Questionnaires) na versão 0.7. O resultado foi um dendograma formado por dois eixos, dois subeixos e quatro classes. O eixo "Estereótipos e percepções conflituosas" foi formado pela classe "Compreensões divergentes" e o eixo "Movimento social" foi formado pelos subeixos "Objetivos e luta" (contendo duas classes) e "Avanços sociais" (contendo uma classe). No geral, as respostas indicam bom entendimento sobre as pautas feministas e sua importância para uma sociedade menos desigual, o que contrasta com o discurso antifeminista potencializado pela atual onda conservadora no Brasil.
Psico
A devolução de resultados para participantes é um dever ético em pesquisa. Objetivou-se identific... more A devolução de resultados para participantes é um dever ético em pesquisa. Objetivou-se identificar as práticas adotadas pelas(os) pesquisadoras(es) brasileiras(os) em psicologia para devolução dos resultados de pesquisa para as(os) respectivas(os) participantes. Realizou-se uma pesquisa online, da qual participaram 68 pesquisadoras(es) brasileiros em psicologia. As(os) participantes tinham entre 32 e 73 anos (M = 49,8; DP = 11,5), 62% eram mulheres, com tempo médio de formação desde o doutorado de 14,3 anos (DP = 9,6). 43% das(os) participantes respondeu que frequentemente realizava alguma prática de devolução, presencial ou coletiva, por meio de cursos de extensão, capacitações e palestras. Praticar a devolução de resultados de pesquisa em psicologia pode motivar a colaboração em pesquisas, além de fazer cumprir um direito dos participantes.
Parenting and Couple Relationships Among LGBTQ+ People in Diverse Contexts
Perspectivas em Psicologia, 2019
Resumo O objetivo deste estudo é apresentar as principais políticas públicas para a população LGB... more Resumo O objetivo deste estudo é apresentar as principais políticas públicas para a população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis e transgêneros) no Brasil e os principais obstáculos para sua efetividade. Por meio de uma revisão sistemática da literatura, mapeou-se a produção científica disponível no Portal de Periódicos da CAPES e na Biblioteca Virtual em Saúde-publicada entre 2008 e 2018-com a seguinte combinação de descritores: "políticas públicas" e "LGBT". De um total bruto de 83 trabalhos, após análise dos critérios de inclusão, 10 foram selecionados para compor a presente revisão. Os resultados apresentam as principais políticas públicas desenvolvidas para o público LGBT, sendo a maioria relacionada à saúde. Os principais obstáculos para a efetividade dos programas se referem ao preconceito e ao despreparo de profissionais para lidar com as especificidades das demandas do referido público.
Pôster apresentado no XII Congresso Latino-Americano de Pesquisa em Psicoterapia - SPR-LA e IV Si... more Pôster apresentado no XII Congresso Latino-Americano de Pesquisa em Psicoterapia - SPR-LA e IV Simpósio de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Psicologia – UNISINOS.
Contextos Clínicos, 2018
Este é um artigo de acesso aberto, licenciado por Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (... more Este é um artigo de acesso aberto, licenciado por Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0), sendo permitidas reprodução, adaptação e distribuição desde que o autor e a fonte originais sejam creditados. Resumo. A violência conjugal é um fenômeno que tem sido significativamente estudado, contudo, poucas publicações abordam as possibilidades de terapia de casal nesse contexto. Neste artigo, propõe-se uma revisão integrativa das publicações sobre o tema, entre os anos de 2011 a 2016, por meio das bases de dados ISI Web of Science, PsycARTICLES, PsycINFO, Lilacs e Medline. As buscas foram realizadas com os descritores "intimate partner violence" AND "couple therapy". Foram analisados 16 artigos na íntegra, em que predominaram publicações nos Estados Unidos, no ano de 2014, e o principal delineamento metodológico foi a revisão teórica. Não foi constatada homogeneidade dos objetivos, visto que avaliaram desde a efetividade de terapia de casal em situações de violência conjugal, as variáveis associadas ao contexto de violência nos relacionamentos e na terapia e até as contribuições da construção teórica sobre a temática. Evidenciou-se que diferentes tipos de demandas estão associados às manifestações da violência na conjugalidade, o que limita o uso de intervenções similares para todos os casos. Ainda, existem divergências acerca do tratamento em conjunto ou separadamente, o que indica a necessidade de aprofundamento teórico como sustentação para a prática.
Estudos Interdisciplinares em Psicologia, Oct 24, 2019
Universidade do Vale do Rio dos Sinos Resumo Nesta revisão sistemática da literatura, investigou-... more Universidade do Vale do Rio dos Sinos Resumo Nesta revisão sistemática da literatura, investigou-se como pesquisadores/as brasileiros/as em Psicologia abordaram o preconceito contra diversidade sexual e de gênero entre janeiro/2006 e junho/2016. Foram selecionados 23 artigos científicos de 16 bases de dados, por meio de três portais (Portal de Periódicos da CAPES, EBSCOHost e Biblioteca Virtual em Saúde). A maioria dos estudos revisados investiga o preconceito em amostras jovens, compostas por estudantes e/ou universitários e mulheres, população geralmente associada à menor expressão de preconceito. Além disso, priorizam a investigação do preconceito expressado contra a homossexualidade e escolhem o termo "sexo" para designar o gênero de participantes na descrição metodológica. Sugere-se que as pesquisas ampliem o foco para além da homossexualidade e passem a incluir outras orientações sexuais e identidades ou expressões de gênero não cisgêneras. Palavras-chave: preconceito; sexismo; homofobia; discriminação sexual.
Psico-USF, 2017
Gender stereotypes have largely been discussed in the occurrence of marital violence, mainly in i... more Gender stereotypes have largely been discussed in the occurrence of marital violence, mainly in international literature. The objective was to map and analyze scientific literature, published between 2010 and 2015, using the databases ISI Web of Science, Academic Search Complete, Medline Complete, PsycInfo e Scielo. Strings used were: a) first search strategy - “intimate partner violence” AND “gender symmetry”; b) second search strategy - “intimate partner violence” AND “gender asymmetry”. We analyzed 48 journal articles entirely available online. Most publications are from The United States (60.41%) and use quantitative research designs (60.41%). The most frequently used instrument was the Revised Conflict Tactics Scales (CTS2), even though criticized because of its checklist structure. Disagreement remains about gender a/symmetry in conjugal violence, however, an emerging perspective affirms that these cases should not be generalized and each couple’s specificities must be assesse...
Actualidades en Psicología, 2019
Uma perspectiva de avaliação do preconceito frente às mulheres pode ser obtida por meio do Invent... more Uma perspectiva de avaliação do preconceito frente às mulheres pode ser obtida por meio do Inventário de Sexismo Ambivalente (ISA). O sexismo ambivalente é composto por duas formas de manifestação: hostil e benévola. O objetivo principal do presente estudo foi avaliar a estrutura fatorial do sexismo ambivalente em uma amostra de psicólogos/as no Brasil. Além disso, também se avaliou o sexismo ambivalente em relação à idade, ao tempo de atuação e ao quanto o profissional se identificava com uma lista de áreas de atuação. Responderam a um questionário online 497 profissionais, entre 22 e 69 anos (M = 34.52; DP = 9.57), de todas as regiões do país. A análise fatorial confirmatória foi realizada por meio de diversos índices de qualidade de ajuste do modelo aos dados e as associações foram calculadas com correlações de Pearson. Os resultados mostraram indicadores psicométricos confiáveis para a estrutura bifatorial do sexismo ambivalente (hostil e benévolo) na amostra estudada. O sexismo...
Mudanças - Psicologia da Saúde, 2017
Neste estudo, investigou-se a produção de sentidos subjetivos em relação à identidade de gênero m... more Neste estudo, investigou-se a produção de sentidos subjetivos em relação à identidade de gênero masculina. Quatro homens cisgêneros (26, 31, 32 e 37 anos), residentes e nascidos em cidades do sul do país, foram selecionados a partir de três marcadores sociais da diferença (orientação sexual, cor de pele e deficiência física) para a participação em um grupo focal, com duração de 1h e 30min. Três eixos analíticos foram explorados: 1) representações de masculinidades; 2) invisibilidade e sua relação com o modelo dominante de masculinidade; 3) visibilidade e sua relação com privilégios das masculinidades. A análise construtivo-interpretativa permitiu explorar zonas de sentido sobre a produção de diferenças em torno de um eixo naturalizado, que por sua vez produz opressões contra as quais os sujeitos reagem de diferentes formas. Compreendeu-se que o indivíduo não ocupa um lugar fixo de “opressor” ou “oprimido”, mas que essas instâncias se dão de forma contextual, localizada e intercambiá...
Revista de Psicologia da IMED, 2016
Mediation is widely considered an effective means of conflict resolution. Although some studies m... more Mediation is widely considered an effective means of conflict resolution. Although some studies mention social environments where this practice takes place, they do so in an introductory or general manner. The objective of this study is to categorize social environments where conflict mediation is used and provide examples of conflicts that are tackled through mediation. A systematic literature review was designed to examine 207 articles published in scientific journals, for a 20-year period (1994-2014). Results showed five social environments (family, educational/academic, work/professional, community/national, and international contexts) and 45 subcategories of themes related to each context. The wide use of conflict mediation and its importance were discussed in the light of the Ecological Systems Theory.
Paidéia, 2018
VERSÃO TRADUZIDA PARA ESTUDOS ACADÊMICOS do artigo publicado em inglês
=== Gaspodini, I. B., ... more VERSÃO TRADUZIDA PARA ESTUDOS ACADÊMICOS do artigo publicado em inglês
=== Gaspodini, I. B., & Falcke, D. (2018). Sexual and gender diversity in clinical practice in psychology. Paidéia, 28, e2827. doi:10.1590/1982-4327e2827 ===
Resumo: Psicólogos/as clínicos/as devem oportunizar promoção de saúde para pessoas atingidas por preconceito e discriminação. Este estudo teve por objetivo investigar como questões de diversidade sexual e de gênero aparecem e são vivenciadas por profissionais da prática clínica em Psicologia. Participaram deste estudo qualitativo e exploratório 14 psicólogas (24 a 60 anos) residentes em cinco cidades do Rio Grande do Sul. Três grupos focais foram realizados e os diálogos transcritos foram submetidos à análise temática. Observou-se que práticas clínicas despatologizantes são motivadas por: crença em uma natureza psicossocial sobre a diversidade, preocupação com estereótipos e linguagem inadequada, formação clínica via conhecimentos despatologizantes e contato interpessoal com pessoas LGBT. Por outro lado, práticas patologizantes são motivadas por: crença em uma natureza biológica, psicológica, religiosa ou ético-moral sobre a diversidade, inobservância da reprodução de estereótipos e linguagem inadequada, formação clínica via conhecimentos patologizantes (explícitos e implícitos), silenciamentos e nenhum ou pouco contato interpessoal com pessoas LGBT.
Paidéia, 2018
Clinical psychologists should foster the health promotion for people affected by prejudice and di... more Clinical psychologists should foster the health promotion for people affected by prejudice and discrimination. This study aimed
to investigate how issues of sexual and gender diversity appear and are experienced by professionals of clinical practice in Psychology.
Participants in this qualitative and exploratory study were 14 female psychologists (aged between 24 and 60 years old) living in five cities of
the state of Rio Grande do Sul, in Brazil. Three focus groups were performed and the dialogues were submitted to thematic analysis. It was
noted that clinical practices of depathologization were motivated by: belief in a psychosocial nature about diversity, concern with stereotypes
and inadequate language, clinical training via knowledge based on depathologization and interpersonal contact with LGBT people. On the
other hand, pathological practices are motivated by: belief in a biological, psychological, religious or ethical-moral nature about diversity,
non-observance of stereotypes and inappropriate language reproduction, clinical training via pathological knowledge (explicit and implicit),
silencing, and none or little interpersonal contact with LGBT people.
Revista Universo Psi, 2020
O objetivo deste artigo foi apresentar uma organização de conceitos por meio da qual seria possív... more O objetivo deste artigo foi apresentar uma organização de conceitos por meio da qual seria possível identificar diferentes partes do processo de violência contra diversidade sexual e de gênero, no intuito de contribuir para que psicólogas/os examinem suas próprias crenças e atitudes, bem como repensem suas práticas psicológicas frente a esse público. Trata-se de um texto introdutório e didático, baseado em três marcadores sociais da diferença: orientação sexual, sexo e gênero. Entende-se que crenças de superioridade sobre orientação sexual (heterocentrismo) e sobre sexo e gênero (ciscentrismo) fundamentam práticas cotidianas de invisibilização e estigmação de pessoas transgênero (cisgenerismo) e pessoas intersexo (cissexismo), as quais se transformam em violência explícita quando culturalmente dessensibilizadas. Acredita-se que o conhecimento e a consideração de novos conceitos sobre diversidade sexual e de gênero fazem parte da preparação e atualização da/o psicóloga/o para combater o preconceito em suas diversas formas de atuação. Portanto, com este artigo, espera-se contribuir com a produção acadêmico-científica vigente no tema e disseminar conhecimentos fundamentais dessa área de estudos.
Psicologia: Ciência e Profissão, 2018
Examinar as crenças de psicólogos/as sobre indivíduos e grupos atingidos pelo preconceito contrib... more Examinar as crenças de psicólogos/as sobre indivíduos e grupos atingidos pelo preconceito contribui para a preparação do/a profissional no atendimento a esse público. Neste estudo, investigou-se a relação entre preconceito e crenças sobre diversidade sexual e de gênero em psicólogos/as brasileiros/as. Um questionário online foi respondido por 497 profissionais, entre 22 e 69 anos (M = 34,52; DP = 9,57), ligados/as a 22 dos 23 Conselhos Regionais de Psicologia. Utilizou-se a Escala de Preconceito contra Diversidade Sexual e de Gênero Revisada para mensurar o preconceito e a Escala de Crenças sobre a Natureza da Homossexualidade para investigar crenças sobre homossexualidade, a qual foi replicada para também investigar crenças sobre bissexualidade e transexualidade. Observaram-se índices baixos de preconceito e a predominância de crenças psicossociais para compreender a diversidade sexual e de gênero. O tipo de crença que melhor explicou a ocorrência de preconceito foi de base psicológica, representado pelas atribuições causais de perversão, má resolução de conflitos com figuras parentais e abusos sexuais sofridos na infância. Além disso, embora com tamanhos de efeito pequenos, foram encontradas correlações positivas de preconceito com a perspectiva teórica da psicanálise e orientação psicanalítica, com a modalidade de avaliação psicológica e/ou psicodiagnóstico e com a área de atuação em neurociência do comportamento. Tendo em vista a população estudada, ainda que os índices tenham sido baixos, considera-se preocupante a manifestação de preconceito e, em especial, o fato de crenças psicológicas terem sido as que melhor explicaram os índices mais elevados de preconceito.
Estudos Interdisciplinares em Psicologia, 2019
Nesta revisão sistemática da literatura, investigou-se como pesquisadores/as brasileiros/as em Ps... more Nesta revisão sistemática da literatura, investigou-se como pesquisadores/as brasileiros/as em Psicologia abordaram o preconceito contra diversidade sexual e de gênero entre janeiro/2006 e junho/2016. Foram selecionados 23 artigos científicos de 16 bases de dados, por meio de três portais (Portal de Periódicos da CAPES, EBSCOHost e Biblioteca Virtual em Saúde). A maioria dos estudos revisados investiga o preconceito em amostras jovens, compostas por estudantes e/ou universitários e mulheres, população geralmente associada à menor expressão de preconceito. Além disso, priorizam a investigação do preconceito expressado contra a homossexualidade e escolhem o termo "sexo" para designar o gênero de participantes na descrição metodológica. Sugere-se que as pesquisas ampliem o foco para além da homossexualidade e passem a incluir outras orientações sexuais e identidades ou expressões de gênero não cisgêneras.
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Papers by Icaro Bonamigo Gaspodini
=== Gaspodini, I. B., & Falcke, D. (2018). Sexual and gender diversity in clinical practice in psychology. Paidéia, 28, e2827. doi:10.1590/1982-4327e2827 ===
Resumo: Psicólogos/as clínicos/as devem oportunizar promoção de saúde para pessoas atingidas por preconceito e discriminação. Este estudo teve por objetivo investigar como questões de diversidade sexual e de gênero aparecem e são vivenciadas por profissionais da prática clínica em Psicologia. Participaram deste estudo qualitativo e exploratório 14 psicólogas (24 a 60 anos) residentes em cinco cidades do Rio Grande do Sul. Três grupos focais foram realizados e os diálogos transcritos foram submetidos à análise temática. Observou-se que práticas clínicas despatologizantes são motivadas por: crença em uma natureza psicossocial sobre a diversidade, preocupação com estereótipos e linguagem inadequada, formação clínica via conhecimentos despatologizantes e contato interpessoal com pessoas LGBT. Por outro lado, práticas patologizantes são motivadas por: crença em uma natureza biológica, psicológica, religiosa ou ético-moral sobre a diversidade, inobservância da reprodução de estereótipos e linguagem inadequada, formação clínica via conhecimentos patologizantes (explícitos e implícitos), silenciamentos e nenhum ou pouco contato interpessoal com pessoas LGBT.
to investigate how issues of sexual and gender diversity appear and are experienced by professionals of clinical practice in Psychology.
Participants in this qualitative and exploratory study were 14 female psychologists (aged between 24 and 60 years old) living in five cities of
the state of Rio Grande do Sul, in Brazil. Three focus groups were performed and the dialogues were submitted to thematic analysis. It was
noted that clinical practices of depathologization were motivated by: belief in a psychosocial nature about diversity, concern with stereotypes
and inadequate language, clinical training via knowledge based on depathologization and interpersonal contact with LGBT people. On the
other hand, pathological practices are motivated by: belief in a biological, psychological, religious or ethical-moral nature about diversity,
non-observance of stereotypes and inappropriate language reproduction, clinical training via pathological knowledge (explicit and implicit),
silencing, and none or little interpersonal contact with LGBT people.
=== Gaspodini, I. B., & Falcke, D. (2018). Sexual and gender diversity in clinical practice in psychology. Paidéia, 28, e2827. doi:10.1590/1982-4327e2827 ===
Resumo: Psicólogos/as clínicos/as devem oportunizar promoção de saúde para pessoas atingidas por preconceito e discriminação. Este estudo teve por objetivo investigar como questões de diversidade sexual e de gênero aparecem e são vivenciadas por profissionais da prática clínica em Psicologia. Participaram deste estudo qualitativo e exploratório 14 psicólogas (24 a 60 anos) residentes em cinco cidades do Rio Grande do Sul. Três grupos focais foram realizados e os diálogos transcritos foram submetidos à análise temática. Observou-se que práticas clínicas despatologizantes são motivadas por: crença em uma natureza psicossocial sobre a diversidade, preocupação com estereótipos e linguagem inadequada, formação clínica via conhecimentos despatologizantes e contato interpessoal com pessoas LGBT. Por outro lado, práticas patologizantes são motivadas por: crença em uma natureza biológica, psicológica, religiosa ou ético-moral sobre a diversidade, inobservância da reprodução de estereótipos e linguagem inadequada, formação clínica via conhecimentos patologizantes (explícitos e implícitos), silenciamentos e nenhum ou pouco contato interpessoal com pessoas LGBT.
to investigate how issues of sexual and gender diversity appear and are experienced by professionals of clinical practice in Psychology.
Participants in this qualitative and exploratory study were 14 female psychologists (aged between 24 and 60 years old) living in five cities of
the state of Rio Grande do Sul, in Brazil. Three focus groups were performed and the dialogues were submitted to thematic analysis. It was
noted that clinical practices of depathologization were motivated by: belief in a psychosocial nature about diversity, concern with stereotypes
and inadequate language, clinical training via knowledge based on depathologization and interpersonal contact with LGBT people. On the
other hand, pathological practices are motivated by: belief in a biological, psychological, religious or ethical-moral nature about diversity,
non-observance of stereotypes and inappropriate language reproduction, clinical training via pathological knowledge (explicit and implicit),
silencing, and none or little interpersonal contact with LGBT people.