Papers by Cristiane Schnack

Entrelinhas, Nov 5, 2018
A prática do tema de casa se apresenta repleta de crenças (VATTEROTT, 2009). Este artigo tem por ... more A prática do tema de casa se apresenta repleta de crenças (VATTEROTT, 2009). Este artigo tem por objetivo compartilhar as descobertas acerca do tema de casa em uma sala de aula de língua inglesa, nos momentos de prescrição e correção. Com o intuito de compreender quando e como estes momentos ocorrem, e quais as ações decorrentes da feitura ou não do tema de casa, selecionamos uma turma de 6º ano do ensino fundamental da rede municipal de ensino de uma cidade localizada na região serrana do estado do Rio Grande do Sul para a coleta de dados da pesquisa. De cunho etnográfico (EMERSON; FRETZ; SHAW, 1995), a pesquisa foi realizada através de observação de aulas de inglês e de entrevista com os/as participantes da pesquisa. Como parte da observação das aulas, considera-se também a análise dos materiais utilizados pela professora como constituindo a aula em si, de maneira multimodal, ou seja, não apenas as ações verbais, mas também a utilização de certos materiais, como exercícios, planilhas de desempenho, por exemplo. A análise dos dados revelou que, embora o tema de casa faça parte da rotina da sala de aula observada, ele ocupa um espaço desprivilegiado tanto no planejamento pedagógico quanto nos momentos de prescrição e correção. A pesquisa aponta que o tema de casa é uma prática pedagógica naturalizada no ambiente escolar, a qual precisa ser compreendida a partir de diversos aspectos que possibilitem transpor esse caráter de naturalidade conquistado. A problematização da sua presença em sala de aula contribui para a desnaturalização e para reflexões sobre as práticas pedagógicas e para o trabalho docente, além de contribuir também para os estudos sobre planejamento e organização de ensino, bem como para a formação inicial de professores/as. Palavras-chave: Tema de casa. Prescrição. Correção. Avaliação.

Entretextos
Este estudo propõe uma (re)leitura dos entendimentos sobre aprendizagem integrada de língua e (ou... more Este estudo propõe uma (re)leitura dos entendimentos sobre aprendizagem integrada de língua e (outros) conteúdo(s) (content and language integrated learning - CLIL) (COYLE; HOOD; MARSH, 2010) no contexto da educação bilíngue (HORNBERGER, 1990) ao analisar propostas pedagógicas de educação básica de diferentes componentes curriculares. Parte, para isso, de uma revisão sobre educação bilíngue e dos entendimentos construídos sobre CLIL. A partir da análise das propostas pedagógicas, pode-se observar que o conceito de CLIL pode ser mobilizado de forma amplificada. Argumenta-se aqui que, para uma efetiva educação bilíngue, no âmbito da educação básica brasileira, que não considere apenas instrução em duas línguas, mas o desenvolvimento das competências em línguas e de línguas, é necessário ressignificar o entendimento de CLIL enquanto espaço de integração que articule um ou outro componente curricular ao ensino de língua, e analisá-lo, também, sob o prisma da integração curricular.
Proceedings of the 51 Brasilian Congress of Engineering Education
Gragoatá, 2016
Livro resenhado: OSTERMANN, A.C.; OLIVEIRA, M. do C. (Orgs.) Você está entendendo? Contribuições ... more Livro resenhado: OSTERMANN, A.C.; OLIVEIRA, M. do C. (Orgs.) Você está entendendo? Contribuições dos estudos de fala-em-interação para a prática do teleatendimento. Campinas: Mercado de Letras, 2015. 116p.
Gragoatá, 2016
Reviewed book: OSTERMANN, A.C.; OLIVEIRA, M. do C. (Orgs.) Você está entendendo? Contribuições do... more Reviewed book: OSTERMANN, A.C.; OLIVEIRA, M. do C. (Orgs.) Você está entendendo? Contribuições dos estudos de fala-em-interação para a prática do teleatendimento. Campinas: Mercado de Letras, 2015. 116p.

Valendo-se do arcabouco teorico da analise da fala-em-interacao (SACKS, 1992; SACKS; et al., 1974... more Valendo-se do arcabouco teorico da analise da fala-em-interacao (SACKS, 1992; SACKS; et al., 1974; C.GOODWIN, 1984) e da etnometodologia (GARFINKEL, 1967), este estudo etnografico (O´REILLY, 2009) objetivou compreender como duas familias, nomeadas como familia de Catarina e familia de Mila, e pertencentes a classes sociais distintas, significam suas responsabilidades vinculadas ao dominio escolar dentro de casa ao participar da rotina escolar das crinancas. Responsabilidade origina-se do carater responsivo de nossas acoes (HILL; IRVINE, 1992), que a qualifica, portanto, como intersubjetiva (OCHS; IZQUIERDO, 2009). Os resultados apontam orientacoes distintas em cada familia, as quais nomeio como de responsabilidade compartilhada e de responsabilidade partilhada. Na responsabilidade compartilhada, evidencia-se a centralidade da crianca e de seu universo escolar cotidiano, na conarracao das experiencias escolares da crianca, na coconstrucao do entendimento sobre o mundo escrito, e na o...

Alguns estudos sobre aquisicao da linguagem tem mostrado, ao longo dos anos, que as interacoes ad... more Alguns estudos sobre aquisicao da linguagem tem mostrado, ao longo dos anos, que as interacoes adulto-crianca se configuram distintamente daquelas adulto-adulto, de forma a possibilitar que essas criancas tenham um acesso facilitado a complexa estrutura linguistica (e.g. SNOW e FERGUSON, 1977; Ferguson, 1996). Outros tem se voltado para a compreensao do desenvolvimento pragmatico da linguagem nas criancas nos seus primeiros anos de vida (e.g. ERVIN-TRIPP, 1979; CORSARO, 1979), revelando a (evolutiva) competencia dessas criancas na realizacao de determinados atos de fala (AUSTIN, 1999). A presente pesquisa vale-se desses estudos, ampliando os horizontes de pesquisa ao partir do pressuposto de que aprender uma lingua e parte integral do processo de tornar-se membro a de um grupo (OCHS, 2002). O processo de desenvolvimento (linguistico-pragmatico) de uma crianca esta, pois, atrelado as praticas (interacionais) em que a crianca se engaja, juntamente com outros as membros as do(s) grupo(...
Psicologia Reflexão e Crítica
Desenvolvimento infantil,Análise da fala-em-interação,Análise da conversa,Organização familiar,In... more Desenvolvimento infantil,Análise da fala-em-interação,Análise da conversa,Organização familiar,Infância

Entrelinhas
A prática do tema de casa se apresenta repleta de crenças (VATTEROTT, 2009). Este artigo tem por ... more A prática do tema de casa se apresenta repleta de crenças (VATTEROTT, 2009). Este artigo tem por objetivo compartilhar as descobertas acerca do tema de casa em uma sala de aula de língua inglesa, nos momentos de prescrição e correção. Com o intuito de compreender quando e como estes momentos ocorrem, e quais as ações decorrentes da feitura ou não do tema de casa, selecionamos uma turma de 6º ano do ensino fundamental da rede municipal de ensino de uma cidade localizada na região serrana do estado do Rio Grande do Sul para a coleta de dados da pesquisa. De cunho etnográfico (EMERSON; FRETZ; SHAW, 1995), a pesquisa foi realizada através de observação de aulas de inglês e de entrevista com os/as participantes da pesquisa. Como parte da observação das aulas, considera-se também a análise dos materiais utilizados pela professora como constituindo a aula em si, de maneira multimodal, ou seja, não apenas as ações verbais, mas também a utilização de certos materiais, como exercícios, planilhas de desempenho, por exemplo. A análise dos dados revelou que, embora o tema de casa faça parte da rotina da sala de aula observada, ele ocupa um espaço desprivilegiado tanto no planejamento pedagógico quanto nos momentos de prescrição e correção. A pesquisa aponta que o tema de casa é uma prática pedagógica naturalizada no ambiente escolar, a qual precisa ser compreendida a partir de diversos aspectos que possibilitem transpor esse caráter de naturalidade conquistado. A problematização da sua presença em sala de aula contribui para a desnaturalização e para reflexões sobre as práticas pedagógicas e para o trabalho docente, além de contribuir também para os estudos sobre planejamento e organização de ensino, bem como para a formação inicial de professores/as. Palavras-chave: Tema de casa. Prescrição. Correção. Avaliação.

Psicologia Reflexao E Critica, 2010
O presente estudo apresenta a Análise da Conversa e discute como essa abordagem teórico-metodológ... more O presente estudo apresenta a Análise da Conversa e discute como essa abordagem teórico-metodológica pode contribuir para o objetivo central do estudo, qual seja, o de compreender de que maneira a significação de infância está vinculada ao processo de socialização da linguagem e, por conseguinte, de desenvolvimento infantil. Investigam-se dados naturalísticos do cotidiano de duas famílias brasileiras. Constata-se que os significados culturais de infância nas famílias estudadas acabam também por definir espaços distintos de desenvolvimento infantil. Enquanto que em uma família a infância é vista como fase de transição e crescimento, em que os adultos esperam a criança crescer para que ela possa participar plenamente das atividades organizadas por eles, na outra família a infância é concebida como espaço de franca atividade, sendo as atividades dos adultos organizadas em função da criança. Palavras-chave: Desenvolvimento infantil; Análise da fala-em-interação; Análise da conversa; Organização familiar; Infância.
The current study presents the Conversation Analysis theoretical and methodological qualitative a... more The current study presents the Conversation Analysis theoretical and methodological qualitative approach and discusses the ways through which it can contribute to the core goal of this study, which is, to understand how the signification of childhood is related to the process of language socialization and, thus, to child development. Naturally occurring data from two Brazilian families' daily routines are investigated. The cultural meanings related to childhood observed in the investigated families seem to define distinct spaces for child development. In one of the families, childhood is seen as a transitory stage in order to become a grown-up and, then, to be able to fully participate in the activities organized by adults. In the other family, childhood is understood as a stage in full development, in which adults' activities are organized regarding the child.

Psicologia: Reflexão e Crítica, 2010
O presente estudo apresenta a Análise da Conversa e discute como essa abordagem teórico-metodológ... more O presente estudo apresenta a Análise da Conversa e discute como essa abordagem teórico-metodológica pode contribuir para o objetivo central do estudo, qual seja, o de compreender de que maneira a significação de infância está vinculada ao processo de socialização da linguagem e, por conseguinte, de desenvolvimento infantil. Investigam-se dados naturalísticos do cotidiano de duas famílias brasileiras. Constata-se que os significados culturais de infância nas famílias estudadas acabam também por definir espaços distintos de desenvolvimento infantil. Enquanto que em uma família a infância é vista como fase de transição e crescimento, em que os adultos esperam a criança crescer para que ela possa participar plenamente das atividades organizadas por eles, na outra família a infância é concebida como espaço de franca atividade, sendo as atividades dos adultos organizadas em função da criança. Palavras-chave: Desenvolvimento infantil; Análise da fala-em-interação; Análise da conversa; Organização familiar; Infância.
de Carvalho. Linguagem e gênero: no trabalho, na mídia e em outros contextos. Florianópolis: Edit... more de Carvalho. Linguagem e gênero: no trabalho, na mídia e em outros contextos. Florianópolis: Editora da UFSC, 2006. Resenhado por Cristiane Maria SCHNACK (Mestre em Lingüística Aplicada -UNISINOS/RS)

Baby talk: adult talk direct to the child. Which child? Which adult? RESUMO -Interessada em compr... more Baby talk: adult talk direct to the child. Which child? Which adult? RESUMO -Interessada em compreender o processo de socialização da criança na comunidade de que faz parte, busco nos estudos sobre socialização da linguagem um aporte teórico-analítico que possibilite esse empreendimento. A partir desse lugar, discuto uma prática que está amplamente vinculada, academicamente, ao processo de aquisição da linguagembaby talk. Baby talk foi definido por ) como um registro especial utilizado por adultos em interações com crianças. Esse registro, conforme o autor, facilita o acesso das crianças ao código lingüístico que caracteriza determinada comunidade de fala. Os estudos que se seguem dão conta de revelar, nas falas dos adultos, o quão simplificado -sintática, semântica e lexicalmenteesse código se mostra. Contudo, o que se percebe é que as correlações entre competência lingüística das crianças e uso de baby talk se mostram essencialistas na medida em que atribuem às crianças uma limitação cognitiva de compreensão de um código lingüístico "adulto", tido como "normal". O que o presente estudo propõe, então, é reposicionar o uso de baby talk à luz de estudos sobre socialização da linguagem a fim de compreender esse código em termos de práticas locais (Wenger, 1998) e significações culturais contexto doméstico-familiar de duas famílias brasileiras é investigado de forma a mapear-se o uso local da prática de baby talk. Pode-se, a partir de então, pensar sobre as construções locais acerca da competência (lingüística) das crianças e dos direitos e deveres dos adultos-em-interação-com-crianças. O que o estudo revela é que, embora ocorra baby talk nas duas famílias estudadas, os significados locais que circundam a prática -e que a colocam em uso -divergem consideravelmente.
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