André Coelho
Professor Adjunto da Escola de Ciência Política (ECP) da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), onde leciona no mestrado e no bacharelado em Ciência Política, bem como no mestrado em Direito e Políticas Públicas na mesma instituição. Doutor em Ciência Política pelo Instituto de Estudos Sociais e Políticos da UERJ (Iesp-Uerj), possui graduação em Ciências Sociais (2004) e mestrado em Ciência Política (2007) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Exerceu a função de professor dos cursos de Relações Internacionais e Direito do Centro Universitário La Salle (UNILASALLE/RJ), de professor substituto na graduação em Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), de pesquisador visitante no Kellogg Institute for International Studies da Universidade de Notre Dame (EUA), de pesquisador visitante na Brown University (EUA) no programa "Brown International Advanced Resarch Institute", de professor visitante na Universidade de Brasília (UnB) e Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), além de pesquisador no Observatório Político Sul-Americano (Opsa). Possui experiência na área de Ciência Política e Relações Internacionais, tendo publicado em diversos periódicos no Brasil e no exterior. Atualmente é o editor da revista Direito das Políticas Públicas, periódico do Mestrado em Direito da Unirio. Coordena o Grupo de Relações Internacionais e Sul Global (Grisul-Unirio) e o Grupo Democratización de América Latina en Perspectiva Comparada (DALC), este último ligado à da Asociación Latinoamericana de Ciência Política (Alacip). Participa ainda dos seguintes grupos de pesquisa: Research Network on International Governance, Globalization, and the Transformations of the State (Regimen); Grupo de Investigación de Relaciones Internacionales (Alacip); Democracia e Relações entre Poderes no Brasil (UFRJ) e Rede Interinstitucional de Pesquisa em Política Externa e Regime Político (Ripperp-UFMG). Coordena ainda o Projeto de Extensão "Ciência Política nas Escolas", na Unirio. Atua principalmente nos seguintes temas: Democracia; América Latina; Estabilidade Política e Presidencial; Representação Política, Política Externa Brasileira, Análise de Política Externa, Movimentos Sociais; Política Brasileira, Partidos Políticos, entre outros.
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Papers by André Coelho
In this article, we seek to map the academic work in the field of International Relations in Brazil, according to women’s share focusing on the characteristics of the academic work in relation to gender and thematic divisions in the field. We analyzed all the articles published by two of the most prestigious journals in Brazil: Contexto Internacional e Revista Brasileira de Política Internacional (RBPI). The article has three sections: the first presents the discussion about women in science and brings gender as a critical analytical category. In the following section, we carry out a debate about the literature which deals with the mapping of academic production considering the scientific production. Finally, we present the results placing the female academic production. In the end, our findings show that the gap between the number of articles published by men and women did not change over time maintaining the structure of inequality.
In this article, we seek to map the academic work in the field of International Relations in Brazil, according to women’s share focusing on the characteristics of the academic work in relation to gender and thematic divisions in the field. We analyzed all the articles published by two of the most prestigious journals in Brazil: Contexto Internacional e Revista Brasileira de Política Internacional (RBPI). The article has three sections: the first presents the discussion about women in science and brings gender as a critical analytical category. In the following section, we carry out a debate about the literature which deals with the mapping of academic production considering the scientific production. Finally, we present the results placing the female academic production. In the end, our findings show that the gap between the number of articles published by men and women did not change over time maintaining the structure of inequality.
Homepage: http://al.ro.leg.br/transparencia/diario-oficial/2017/edicao-nr-91-de-05-06-2017.pdf.
Edição nº 91, de 5 de junho de 2017, com transcrição taquigráfica
pela ascensão de uma nova força política que capitalizou o esgotamento
do sistema político que vigorou a partir da segunda metade do século
XX. O programa e a ação da nova elite governante e de suas bases de
apoio são orientados por uma liderança fortemente centrada na figura do
ex-tenente coronel Hugo Rafael Chávez Frías, eleito presidente em
dezembro de 1998. Desde então, seu projeto político, orientado para a
satisfação das necessidades básicas das classes subalternas, busca
concretizar-se em meio à ativa oposição dos setores tradicionalmente mais
poderosos da sociedade venezuelana.
Com este primeiro livro coletivo de acesso livre, pretendemos visibilizar a riqueza, heterogeneidade e valor da produção acadêmica discente do GRISUL em três áreas de debate: América Latina, movimentos sociais e migrações. Nossa proposta é fortalecer e tornar visível a tradição que, a partir do Sul, luta por construir o seu próprio conhecimento do mundo.
Cientes da diversidade de estratégias, histórias, estilos, padrões de comportamento e de propostas de ação que marcam a atuação dos países e das populações do Sul e defensores da adoção de uma pluralidade de perspectivas teóricas e analíticas neste esforço coletivo de investigação, o conhecimento aqui apresentado visa gerar reflexões que nos façam avançar no entendimento da realidade de que somos objetos e sujeitos, que definimos aqui como sulatinidades.
O que nos move são indagações que nos façam caminhar e, neste caminho, parafraseando o artista uruguaio Torres Garcia, o nosso norte é o Sul.
Este capítulo, portanto, apresentará a “tese das duas esquerdas”, muito influente na literatura sobre política latino-americana e, além de mostrar suas inconsistências, buscará sintetizar o conceito de “populismo”
que ela, sem muito rigor, utiliza, de modo a aplicá-lo à política equatoriana. Em seguida, narraremos a emergência de Rafael Correa na disputa presidencial, o significado de sua vitória e permanência no poder, e algumas de suas consequências mais relevantes. Por fim, trataremos de unir os dois pontos, discutindo aspectos comumente associados ao populismo em referência a características do governo Correa, levando em conta tanto suas virtudes como seus defeitos.
[First page, not an abstract]
Com este primeiro livro coletivo de acesso livre, pretendemos visibilizar a riqueza, heterogeneidade e valor da produção acadêmica discente do GRISUL em três áreas de debate: América Latina, movimentos sociais e migrações. Nossa proposta é fortalecer e tornar visível a tradição que, a partir do Sul, luta por construir o seu próprio conhecimento do mundo.
Cientes da diversidade de estratégias, histórias, estilos, padrões de comportamento e de propostas de ação que marcam a atuação dos países e das populações do Sul e defensores da adoção de uma pluralidade de perspectivas teóricas e analíticas neste esforço coletivo de investigação, o conhecimento aqui apresentado visa gerar reflexões que nos façam avançar no entendimento da realidade de que somos objetos e sujeitos, que definimos aqui como sulatinidades. O que nos move são indagações que nos façam caminhar e, neste caminho, parafraseando o artista uruguaio Torres Garcia, o nosso norte é o Sul.
Resumo: a eleição de Maurício Macri em 2015 e a chegada Michel Temer à presidência em 2016 – após o impeachment de Dilma Rousseff – se inserem em um contexto de transformações políticas e econômicas na América do Sul. A ascensão de governos de direita e centro-direita na região, da qual Macri e Temer fazem parte, é frequentemente associada ao esgotamento da Onda Rosa - expressão cunhada por Panizza (2006) que corresponde ao ciclo de governos de esquerda e centro-esquerda na América Latina ao longo dos 2000. Sabe-se que as políticas de integração regional na última década foram aprofundadas através do “regionalismo pós-liberal”, tendo como pontos fortes a UNASUL e o Mercosul. O objetivo deste trabalho é analisar o papel do Mercosul nos projetos de integração regional dos governos de Michel Temer, no Brasil, e Maurício Macri, na Argentina, no período entre 2016 e 2018. Com esta análise, buscamos identificar possíveis mudanças na atenção dedicada ao bloco, partindo dos seguintes questionamentos: como os governos de Argentina e Brasil responderam ao esvaziamento da Onda Rosa? Qual a importância do Mercosul para Macri e Temer? Como a postura dos presidentes influenciou os rumos do bloco e, consequentemente, a proposta de integração regional sul-americana? Sugerimos que o esvaziamento da Onda Rosa ressignificou o papel do Mercosul para Argentina e Brasil; e, ainda, que os presidentes assumiram uma postura negligente em relação ao bloco resumida a pouca participação e intervenção. Com isso, as atividades mercosulinas se restringiram ao cumprimento de agendas preestabelecidas, que se mantiveram independentes e inerciais, contrariando sua origem e a expansão. O trabalho, de caráter exploratório, usa como método a análise de fontes secundárias e dos discursos dos presidentes Macri e Temer entre 2016 e 2018.