Finco, Daniela & Roveri, Fernanda. BARBIE E FENÔMENO DA PINKIZAÇÃO:: um olhar para os artefatos culturais e o controle social de gênero. Periferia, 16(1), e83032., 2024
Resumo: Este artigo aborda o processo de pinkização e o controle social de gênero presentes no at... more Resumo: Este artigo aborda o processo de pinkização e o controle social de gênero presentes no atual contexto cultural e educativo, um fenômeno social intensificado a partir dos artefatos culturais ligados à Barbie. Explora os discursos midiáticos e suas estratégias de construção do papel da boneca, problematizando um processo que utiliza muitos artifícios para manter a ordem de gênero, uma ordem estritamente binária. Analisa esses artefatos culturais, assim como suas representações de valores e modos de viver, na constituição de feminilidades, assim como masculinidades. Questiona de que forma tais objetos culturais participam da construção das identidades desde a infância, veiculando discursos e intenções, na construção de comportamentos aceitos e desejáveis, representações de beleza, de corpo ideal e de popularidade. Nesta proposta, a interconexão entre Pedagogias Culturais e o Estudos de gênero ajuda a transformar o olhar para os processos contemporâneos de socialização, refletindo sobre as diversas relações, como as sócio-culturais, políticas e econômicas. Um exercício que permite a construção de outros olhares, desvelando pistas e inquietações para refletir como a sociedade vem lidando com as diferenças de gênero na infância, assim como na vida adulta, a partir de uma ordem social do gênero.
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Papers by Daniela Finco
sociais das infâncias, advertindo para a necessidade de aprender com este cenário de crise pandêmica. Por fim, aponta possibilidades para pensar na “teorização da resistência” que auxilie na compreensão e enfrentamento desse cenário, que envolve várias formas de opressão, assim como apresenta possibilidades de resistência contra a colonialidade do poder.
sociais das infâncias, advertindo para a necessidade de aprender com este cenário de crise pandêmica. Por fim, aponta possibilidades para pensar na “teorização da resistência” que auxilie na compreensão e enfrentamento desse cenário, que envolve várias formas de opressão, assim como apresenta possibilidades de resistência contra a colonialidade do poder.
Ao contrário do que pregam o senso comum e as ideologias conservadoras, Gênero e Diversidade precisam ser tratados na escola, como forma de torná-la de fato inclusiva e respeitadora das distintas características de seus atores sociais. Embora tais questões sejam inerentes a toda comunidade escolar, compreende-se o papel do corpo docente de fundamental importância na promoção do debate e de práticas pedagógicas que superem o preconceito.
da igualdade de gênero, sendo a política de creches a mais emblemática delas. Trata da questão da divisão sexual do trabalho e analisa como a incorporação da problemática das creches à agenda política prioritária do PAC-2 assume a indivisibilidade e a interdependência dos sujeitos envolvidos na relação de cuidado, ou seja, considera-se as condições
de todos os titulares de direitos, de forma integrada e intersetorial.
Trata dos desafios para que as práticas sociais tradicionais do cuidado possam ser superadas e novas práticas, mais afinadas com a igualdade de gênero e com o reconhecimento do cuidado como central para a sustentabilidade da vida humana, possam ser forjadas" (Apresentação, Daniela Finco, Márcia Aparecida Gobbi e Ana Lúcia Goulart de Faria, p. 15).
A partir dos anos Setenta, na Itália iniciou-se uma reflexão sobre a importância dos modelos de gênero presentes na literatura para a infância. Ao mesmo tempo, verificou-se uma interessante mudança na produção editorial de textos de narrativa dirigida a meninos/as e jovens, porque muitas casas editoras propuseram histórias e personagens que introduziam estereótipos não tradicionais em relação ao gênero. Um setor particular desta produção é o dos livros escolares. Neste âmbito, houve, nos últimos decênios, alguma reflexão que ressaltou a importância dos modelos de identidade e dos códigos de comportamento transmitidos nos textos escolares. Além do mais, a nível europeu, foi redigido um regulamento que convidava as casas editoras a se tornarem sensíveis ao problema das diferenças de gênero (Projeto POLITE). Apesar disso, a produção parece ter permanecido ligada a imagens e modelos muito estereotipados no sentido tradicional. Esta contribuição tem o fim de reconstruir a história do debate italiano nos últimos decênios e propor os resultados de uma micro pesquisa realizada na Lombardia sobre textos escolares dirigidos à escola primária. Palavras-chave: Literatura para a infância. Estereótipos de gênero. Textos escolares.
de que maneira, na pequena infância, as experiências de gênero se constituem, como são construídas e legitimadas no espaço físico das creches e pré-escolas, evidenciando a ótica das crianças pequenas.