Thesis Chapters by Kevin D S Leyser
A última metade do século passado foi marcada por uma crítica voraz da “empresa epistemológic... more A última metade do século passado foi marcada por uma crítica voraz da “empresa epistemológica” conduzindo os sistemas filosóficos tradicionais centrados na concepção de epistemologia moderna, antes concebidos como absolutamente fundados, entrarem em crise. Enquanto essa saga de “dissolver” os problemas, abandonar ou superar a epistemologia moderna (cheia de dualismos, fundacionalismos, essencialismos, e propostas de realidades e verdades últimas e eternas) percorria o Velho Mundo Europeu, pensadores Americanos e Latino-Americanos há muito vinham se questionando sobre as possibilidades de uma epistemologia alternativa, que pudesse ser considerada própria. Nas últimas décadas esse anseio encontrou forças em uma retomada do diálogo entre a filosofia Latino-Americana e a tradição pragmatista. Esta pesquisa nasce, com o olhar voltado para esse diálogo e as conexões nele existentes. Procuramos, portanto, compreender conexões filosóficas e epistemológicas entre o Pragmatismo e a filosofia Latino-Americana. Para isso, primeiro exploramos as definições e origens da filosofia Latino-Americana e Pragmatista. Segundo, utilizamos a abordagem de Scott L. Pratt para identificar quatro princípios epistemológicos (assim como ontológicos) centrais e comuns ao pensadores pragmatistas e que encontram sua fonte na filosofia nativo norte-americana. Nesse contexto, ampliamos alguns pontos da análise dos compromissos epistemológicos centrais do Pragmatismo para a filosofia Pré-Colombiana (Andina e Azteca). Terceiro, a partir do background construído exploramos pontos de contato, conexões filosóficas e epistemológicas entre os pensadores pragmatistas clássicos (Peirce, James, Dewey) e pensadores latino-americanos (Ingenieros, Vaz Ferreira, Zulen, Anísio Teixeira, Frondizi), para argumentar, portanto, a concreticidade de diálogo, influências e conlfuências entre o essas duas tradições filosóficas. As conclusões indicam que o diálogo e as conexões entre o Pragmatismo e o pensamento Latino-Americano não somente ocorreu, evidenciado nas obras de autores pertencentes as mesmas, mas que a sua manutenção e ampliação desse diálogo propiciará novos caminhos e altenativas para o desenvolvimento e o uso de um pensamento próprio nas e das Américas. Esta pesquisa é de caráter teórico e metodologicamente sua análise recai sobre os conceitos de filosofia Pragmatista, filosofia Latino-Americana e suas conexões epistemológicas.
Palavras-chave: Pragmatismo. Filosofia Latino-Americana. Filosofia Nativo- Americana. Conexões Filosóficas e Epistemológicas.
Papers by Kevin D S Leyser
El discurso posthumanista esta empezando a hacerse sentir en el contexto educativo y particularme... more El discurso posthumanista esta empezando a hacerse sentir en el contexto educativo y particularmente en el ambito escolar. Una de las primeras cuestiones que esas transformaciones paradigmaticas suscitan en este contexto se insertan en el ambito de la etica, requiriendo mayores reflexiones sobre una posible etica posthumana en la educacion. El objetivo de este articulo, desarrollado por investigacion de caracter bibliografico, fue abordar esta cuestion, delineado la emergencia del Posthumanismo en el contexto educativo y las cuestiones eticas implicadas, y presentando contribuciones del pensamiento latinoamericano para esta reflexion.
Revista HISTEDBR On-line, 2019
Este artigo visa a identificar e descrever o diálogo e as conexões existentes entre o pragmatismo... more Este artigo visa a identificar e descrever o diálogo e as conexões existentes entre o pragmatismo norte americano e a filosofia latino-americana. Deste modo, exploramos especificamente a produção teórica de Carlos Vaz Ferreira, do Uruguai, enfatizando os pontos de contato, de influência e de diálogo com o pragmatismo norte-americano. As intersecções entre o pensamento destes autores apontam para o desenvolvimento de ambas tradições como não sendo isoladas uma da outra. Isto é, é possível constatar, ainda que de maneira limitada, que há pontos de intersecção entre desenvolvimentos lineares na história dessas tradições filosóficas e que estudar estes pontos evidencia que no diálogo entre as tradições de pensamento nas Américas manifesta-se a preocupação, por exemplo, com a experiência vivida prática, o anti-cartesianismo, o falibilismo e o pluralismo. Estas preocupações possibilitam uma contribuição profícua para pensarmos a educação.
RESUMO
Este artigo visa a identificar e descrever o diálogo e as conexões existentes entre o pra... more RESUMO
Este artigo visa a identificar e descrever o diálogo e as conexões existentes entre o pragmatismo norte americano e a filosofia latino-americana. Deste modo, exploramos especificamente a produção teórica de Carlos Vaz Ferreira, do Uruguai, enfatizando os pontos de contato, de influência e de diálogo com o pragmatismo norte-americano. As intersecções entre o pensamento destes autores apontam para o desenvolvimento de ambas tradições como não sendo isoladas uma da outra. Isto é, é possível constatar, ainda que de maneira limitada, que há pontos de intersecção entre desenvolvimentos lineares na história dessas tradições filosóficas e que estudar estes pontos evidencia que no diálogo entre as tradições de pensamento nas Américas manifesta-se a preocupação, por exemplo, com a experiência vivida prática, o anti-cartesianismo, o falibilismo e o pluralismo. Estas preocupações possibilitam uma contribuição profícua para pensarmos a educação. PALAVRAS-CHAVE Carlos Vaz Ferreira. Filosofia latino-americana. Pragmatismo norte-americano. Educação.
Resumen
El discurso posthumanista está empezando a hacerse sentir en el contexto educativo y par... more Resumen
El discurso posthumanista está empezando a hacerse sentir en el contexto educativo y particularmente en el ámbito escolar. Una de las primeras cuestiones que esas transformaciones paradigmáticas suscitan en este contexto se insertan en el ámbito de la ética, requiriendo mayores reflexiones sobre una posible ética posthumana en la educación. El objetivo de este artículo, desarrollado por investigación de carácter bibliográfico, fue abordar esta cuestión, delineado la emergencia del Posthumanismo en el contexto educativo y las cuestiones éticas implicadas, y presentando contribuciones del pensamiento latinoamericano para esta reflexión. Palabras clave: Ética post-humana; Educación; Pensamiento Latinoamericano.
Abstract
The posthumanist discourse is beginning to be felt in the educational context and particularly in the school setting. One of the first questions that these paradigmatic transformations provoke in this context is inserted in the field of ethics, requiring greater reflections on a possible posthuman ethics in education. The objective of this article, developed by bibliographic research, was to address this issue, delineating the emergence of posthumanism in the educational context and the ethical issues involved, and presenting contributions from Latin American thought for this reflection.
O monopólio da sala de aula física está começando a perder espaço como local essencial de ap... more O monopólio da sala de aula física está começando a perder espaço como local essencial de aprendizagem. A aprendizagem on-line passa a ser possível pelo surgimento da internet e o interesse pelos efeitos da aprendizagem on-line, constando o seu aprimoramento e melhoramento nos resultados da aprendizagem, particularmente no ensino superior, que começa a ser central para muitos pesquisadores da educação. O núcleo da questão é a comparação da aprendizagem on-line com o formato tradicional, especificamente entre os efeitos e os fatores responsáveis pela eficácia da aprendizagem. Sintetizando as descobertas sobre tal aprendizagem em quatro categorias, nulas, mistas, negativas e positivas, este estudo analisa as evidências destes fatores responsáveis pela eficácia da aprendizagem neste contexto. Verifica-se que evidências apontam para ao menos uma igualdade de eficácia entre a aprendizagem no formato tradicional e on-line.
RESUMO A história da filosofia pode ser compreendida a partir dos giros epistemológicos paradigmá... more RESUMO A história da filosofia pode ser compreendida a partir dos giros epistemológicos paradigmáticos que circunscreveram " visões de mundo ". Estas por sua vez direta ou indiretamente influenciaram a educação. Neste artigo pretende-se abordar de maneira sucinta as conseqüências destas rupturas para a educação. Começando com o paradigma clássico e posteriormente o moderno, que podem ser caracterizados pelo essencialismo, enfatiza-se a tentativa contemporânea do abandono destes fundamentalismos, tanto na filosofia quanto na educação como conseqüência direta do giro lingüístico-pragmático. Com as formulações do segundo Wittgenstein sobre a linguagem através das noções de " jogos de linguagem " e da alusão desta com uma caixa de ferramentas argumenta-se a possibilidade, e suas conseqüências, da superação da " Perspectiva do Olho de Deus " como postura epistemológica central da Filosofia e da Educação, para uma perspectiva mais naturalizada, mas não-reducionista, apresentada como fruto de uma postura " redescritiva " ou " edificante " pelo polêmico filósofo Richard Rorty.
In the book Richard Rory: prophet and poet of the new pragmatism, David Hall uses, briefly in th... more In the book Richard Rory: prophet and poet of the new pragmatism, David Hall uses, briefly in the in the introductory part, a metaphor comparing the attitude of irony in the rortyan thought with the “Cheshire smile”. The purpose of this article is an attempt to broaden this metaphor and to introduce, through the works of Lewis Carroll, especially his feline character, key concepts of the rortyan thought, like the ones of irony and contingency.
Books by Kevin D S Leyser
O presente livro didático tem como objetivo sistematizar os elementos básicos da disciplina de ... more O presente livro didático tem como objetivo sistematizar os elementos básicos da disciplina de História da Filosofia II, para introduzir de forma contextualizada, crítica e sistemática, as origens gregas do pensamento filosófico e o pensamento latino, sua constituição e principais posturas representativas, além de ocupar-se de seu desenvolvimento e afirmação como saber na cultura ocidental.
Na Unidade 1, Introdução Geral à História da Filosofia, introduzimos a Filosofia Grega Antiga, focando especialmente nos pré-socráticos. Avançamos com a filosofia de Sócrates, de Platão e de Aristóteles, ressaltando aspectos centrais de suas obras, situando-as em seus contextos históricos e biográficos.
Na Unidade 2, A Filosofia no Mundo Helenístico e Romano, introduzimos a filosofia helenística e romana, perpassando diversas escolas filosóficas como o Estoicismo, o Epicurismo, o Ceticismo, o Pitagorismo e o Neoplatonismo. Prosseguimos para a filosofia judaica e a filosofia cristã, primeiramente focando na vida, pensamento e obra de Fílon e Santo Ambrósio e, posteriormente, na vida, pensamento e obra de Santo Agostinho e Boécio.
A terceira unidade deste livro didático concentra-se na Filosofia Escolástica. Aqui são introduzidas e contextualizadas as contribuições de pensadores como Anselmo, Abelardo, Avicena, Averróis, Maimônides, Tomás de Aquino, Boaventura, Guilherme de Ockham, Nicolau de Cusa e Eckhart.
Este livro tem como objetivo sistematizar os elementos básicos da disciplina de Psicologia da Ed... more Este livro tem como objetivo sistematizar os elementos básicos da disciplina de Psicologia da Educação dos Surdos.
A primeira unidade fornecerá uma introdução sobre como os alunos, incluindo os surdos, aprendem em contextos formais e informais. As relações entre ensino e aprendizagem também serão destacadas, pois nem sempre são tão óbvias quanto parecem. Nesse contexto, enfatizaremos o tema de que os alunos surdos não são simplesmente alunos que não podem ouvir, mas podem ter necessidades e pontos fortes acadêmicos diferentes de seus pares ouvintes. No nível mais básico, é somente pela compreensão dos fundamentos da aprendizagem e as maneiras pelas quais a educação e a instrução podem promovê-la, que seremos capazes de reconhecer os desafios que os alunos surdos enfrentam nos contextos educacionais e a necessidade de várias acomodações de ensino-aprendizagem. Em última análise, o objetivo desta unidade é fornecer uma compreensão completa de como podemos combinar melhor os métodos e materiais de ensino com os estilos de aprendizagem dos alunos surdos, ao mesmo tempo em que acomodamos as grandes diferenças individuais entre eles.
A segunda unidade se concentrará em três temas centrais. Primeiro, exploraremos o desenvolvimento da linguagem, em sentido amplo, e da língua, em sentido estrito, para o aprendiz surdo. Com isso também introduziremos várias questões de aprendizagem que são influenciadas por esse desenvolvimento. Segundo, discutiremos especificamente as questões de ensino e avaliação da linguagem e da língua para indivíduos surdos. Finalmente, o terceiro tema será uma descrição dos perfis cognitivos de alunos surdos e suas implicações para a educação.
A terceira unidade introduzirá questões mais específicas da educação e aprendizagem para surdos no âmbito da educação formal. Primeiro, discutiremos as questões referentes à realização escolar e às instruções quanto a literacia. No mesmo teor, discutiremos as questões sobre a numeracia, no segundo tópico. Prosseguiremos então para apresentar as novas tecnologias de aprendizagem para aprendizes surdos. Finalizando com uma discussão sobre os contextos de aprendizagem para esse público específico.
O presente Livro Didático tem como objetivo sistematizar os elementos básicos da disciplina de ... more O presente Livro Didático tem como objetivo sistematizar os elementos básicos da disciplina de Sexualidade e Afetividade na Educação Inclusiva, o qual proporcionará um contato com os principais tópicos, autores, obras, normas e regulamentações da área, além dos instrumentos necessários, não apenas para acompanhar a disciplina ofertada, mas também para os estudos autônomos posteriores.
Na Unidade 1 veremos, primeiramente, que a educação afetiva envolve o conhecimento da emoção, incluindo: intensidade emocional, emoções, gatilhos universais e emoções positivas; consciência emocional para incluir conhecimento lexical e identificação verbal de emoções; expressão verbal e não verbal da emoção, incluindo o conhecimento das regras de exibição. Então, vamos explorar vários dos componentes que constituem o que chamamos de regulação emocional e apresentar as várias influências e contextos onde se torna crítico esta habilidade para o aluno e seu desenvolvimento pessoal, social e acadêmico, incluindo a sua saúde mental e física. Finalizando esta primeira Unidade, oferecemos sugestões para o treinamento em três níveis de prevenção/intervenção para desenvolver a alfabetização emocional e a regulação emocional.
Na Unidade 2 estudaremos sobre assuntos referentes a saberes que estruturam o campo conceitual da sexualidade e sua relação com a educação, principalmente a educação inclusiva. Comentaremos brevemente sobre o processo histórico da sexualidade, para entendermos como ocorreu a sua construção no desenvolvimento da sociedade segundo cada tempo e espaço. Ampliaremos a discussão para o campo da educação discutindo alguns documentos e referenciais para o trabalho dessa temática nas instituições edu- cativas. E por fim, discutiremos sobre a educação inclusiva no âmbito das relações afetivas e na expressão da sexualidade.
Na Unidade 3 iremos refletir sobre a inclusão e seus desafios, apresentando dois documentos legais, que se refere a inclusão da pessoa com deficiência; um é a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, e o outro é o Estatuto da Pessoas com Deficiência, que é a Lei Brasileira de Inclusão. Além de discutir e refletir sobre o que apresentam esses documentos analisaremos também os conceitos referentes à identidade e diferença, bem como, sexualidade e afetividade.
A produção do conhecimento no ambiente escolar vem sendo alvo de debates que apontam questionam... more A produção do conhecimento no ambiente escolar vem sendo alvo de debates que apontam questionamentos e mudanças nos diferentes contextos educacionais.
Ao entender o processo de aprendizagem e as práticas escolares, percebemos que ainda há uma grande lacuna que precisa ser ressignificada quando se refere a currículos, mediação e avaliação. Para tanto, é importante compreender qual o papel das escolas como mediadoras do processo de ensino e aprendizagem e construtoras de novos conhecimentos.
No capítulo 1 deste livro, apresentamos reflexões que tratam da centralidade da aprendizagem nas práticas educativas escolares, instigando você pós graduando à análise de práticas escolares na relação com a produção de conhecimento.
Abordaremos o conhecimento e a Era das Relações, questionando quais as novas pautas da educação, conduzindo você a comparar a perspectiva do conhecimento de acordo com os modelos de ciência em cada época, e suas implicações na educação atual, compondo o capítulo 2 deste livro.
No capítulo 3 debateremos a relação professor-aluno apresentando as diferentes teorias e ambientes de aprendizagem apontando dados de pesquisas atuais sobre a relação professor-aluno e seus efeitos no seu desempenho.
Por fim, compondo o capítulo 4 discutiremos os contextos atuais e os desafios sobre o conhecimento na escola, apresentamos algumas das reflexões sobre o conhecimento, as disciplinas, o papel e o conteúdo escolar em todos os níveis, que estão formando um contexto para as práticas atuais.
Ética, 2018
Este livro tem como objetivo sistematizar os elementos básicos da disciplina de Ética, o qual pro... more Este livro tem como objetivo sistematizar os elementos básicos da disciplina de Ética, o qual proporcionará um contato com os principais tópicos, autores e obras, além dos instrumentos necessários, não apenas para acompanhar a presente disciplina, mas também para os estudos autônomos posteriores. Na primeira unidade, intitulada Metaética, introduzimos a natureza da moralidade, definições e delimitações da investigação sobre o comportamento moral. Aqui, apresentamos os conceitos e o vocabulário da ética filosófica. Distinguimos os diferentes campos de investigação do comportamento e raciocínio moral. Assim como delimitamos o campo da abordagem filosófica à moral, à metaética e à ética normativa. Na segunda unidade, o foco recai sobre a Ética Normativa. Primeiro exploramos as teorias consequencialistas da moralidade. Aqui abordamos questões como o egoísmo psicológico e ético, o utilitarismo de ato e de regras, e a teoria da ética do cuidado de Gilligan. Depois, analisamos as teorias não consequencialistas da moralidade, em que apresentamos o não consequencialismo de ato e de regras, a teoria do comando divino, a ética do dever de Kant e os deveres Prima Facie de Ross. Então, prosseguimos para uma introdução da Ética da Virtude, que teve um ressurgimento na contemporaneidade e cujos elementos essenciais se encontram nos antigos gregos e no pensamento oriental. A terceira e última unidade deste Livro de Estudos tem como proposta apresentar o campo da Ética Aplicada. Aqui vamos explorar questões pertinentes à Bioética, à Ética dos Negócios e à Ética Ambiental.
O presente livro de estudos tem como objetivo compreender os princípios básicos do funcionament... more O presente livro de estudos tem como objetivo compreender os princípios básicos do funcionamento cerebral, conhecendo a natureza das bases neurofisiológicas e neuropsicológicas dos comportamentos humanos simples e complexos, assim como conhecer o campo de estudo, questões práticas e aplicações clínicas da neuropsicologia.
Na Unidade 1, Introdução à neuropsicologia, neurofisiologia e neuroanatomia, apresentamos, no primeiro tópico, a disciplina de neurospicologia, com suas ramificações e áreas de investigação e aplicações. A neuropsicologia será contextualizada historicamente, assim como se fará esclarecimentos sobre questões conceituais centrais desta área do conhecimento científico. Entre as principais ramificações, exploraremos a neuropsicologia clínica, a experimental, a comparada e a cognitiva. No segundo tópico, introduziremos a neurofisiologia básica. Nele, explorar-se-á o sistema nervoso, suas principais divisões e as células no sistema nervoso. Em detalhes será analisado o neurônio, o axônio e a mielinização, os tipos de neurônios e as células gliais. Além disso, será também foco do segundo tópico a comunicação entre os neurônios, ou seja, o potencial de ação, a neurotransmissão e os neurotransmissores. O terceiro tópico da primeira unidade focará a neuroanatomia básica. O acadêmico conhecerá mais sobre o desenvolvimento do sistema nervoso central, a medula espinal, o tronco encefálico, o cerebelo, o córtex cerebral, os nervos cranianos, o sistema ventricular e as artérias do cérebro, sistemas sensoriais e motores, assim como as lesões e o funcionamento cerebral.
Na Unidade 2, Neuropsicologia e neurofisiologia do desenvolvimento, o objetivo central é conduzir o leitor e estudante desta disciplina ao conhecimento neuropsicológico e neurofisiológico aplicado ao desenvolvimento humano de 0 a 18 anos de idade. Para isso, a unidade será dividida em três tópicos. O primeiro vai explorar a pesquisas atuais da área aplicada ao desenvolvimento neuropsicológico e neurofisiológico de recém-nascidos e da primeira infância (0 a 3 anos de idade). O mesmo será feito nos próximos tópicos, sendo o segundo focado na segunda infância e na terceira infância, 3 anos a 5 anos de idade e 6 anos a 11 anos de idade, respectivamente. O terceiro tópico, portanto, focará no desenvolvimento de adolescentes, de 12 a 18 anos de idade.
A Unidade 3, Questões práticas na neuropsicologia escolar, tem como objetivo delimitar a investigação neuropsicológica e neurofisiológica em uma área específica, o estudo e, especificamente, a prática da psicologia escolar. No primeiro tópico serão esclarecidos os princípios neuropsicológicos da prática da psicologia escolar, introduzindo assim as principais teorias que embasam esta prática atual. No segundo tópico, o foco se voltará para a avaliação e a intervenção neuropsicológica escolar. Faremos um resgate evolutivo e histórico dos instrumentos avaliativos e de seus referenciais teóricos, analisando seus pontos fortes e fracos. Finalmente, no terceiro tópico, exploraremos a colaboração em neuropsicologia escolar com o lar, a escola e outros profissionais. O intuito é apresentar a complexidade real da prática da neuropsicologia escolar, que para ser efetiva precisa colaborar com todos os atores da comunidade escolar.
Este livro tem como objetivo sistematizar os elementos básicos da Educação Comparada e Educaç... more Este livro tem como objetivo sistematizar os elementos básicos da Educação Comparada e Educação Integral.
Apesar da sua história ter mais de um século, as questões sobre a identidade e a natureza da educação comparada foram e continuam a ser criadas na literatura, particularmente tendo em vista uma expansão na gama de atividades que foram rotuladas de "educação comparada". Paradoxalmente, o campo foi instituído em cursos universitários e sociedades profissionais em várias partes do mundo, e tem suas próprias publicações especializadas em livros e periódicos. Que o campo é institucionalizado como uma área separada de inquérito em muitos países - alguns mais fortes do que outros - não implica, necessariamente, muito menos justifica, a sua legitimidade intelectual como campo independente.
Os praticantes no campo debatem a questão de saber se a educação comparada é uma disciplina, uma quase-disciplina, um campo multidisciplinar, um método ou simplesmente uma perspectiva diferente na educação. O debate sobre essas grandes questões diminui quando os membros do campo se tornam convencidos de que não há, nem tem de haver, respostas universais finais. Todavia, o debate continua, e se resume em uma única questão: o que é educação comparada?
Este livro, especificamente os três primeiros capítulos, gira essencialmente em torno de dois temas centrais: as infraestruturas institucionais da educação comparada e seus contornos e substâncias intelectuais. Neste livro, procuramos elucidar o que a educação comparada é - intelectualmente e institucionalmente -, como essas duas facetas se relacionam entre si e, acima de tudo, por que suas trajetórias divergem.
Abordamos, assim, as questões sobre o que é a educação comparada e como ela foi construída como um campo. Utilizando análise sociológica e argumentação filosófica, buscamos elucidar a formação institucional e intelectual da educação comparada por fatores associados à epistemologia, estrutura, agência e discurso.
Afirmamos que a educação comparada existe e se perpetua institucionalmente como um campo distinto, apesar dos debates contínuos sobre sua legitimidade intelectual, porque é um corpo de conhecimento construído não puramente fora de uma lógica interna baseada em critérios cognitivos, mas também como resultado de uma sociedade envolvente de discursos (Foucault) e a interação das relações de poder localizadas tanto nas estruturas sociais como na agência humana (Bourdieu). Na construção de suas infraestruturas institucionais e de suas definições intelectuais, as relações de poder incorporadas em discursos, estruturas sociais e agência humana intervêm em conjunto com os princípios cognitivos.
No primeiro capítulo, traçamos as raízes intelectuais - formas de conhecimento aceitas - subjacente ao trabalho dos educadores comparativos. Isso serve de base para a compreensão das definições e redefinições do campo por educadores comparativos nos próximos capítulos.
Assim, no capítulo 2 e 3, tentamos responder à pergunta - o que é educação comparada? - com base nas definições intelectuais oferecidas pelos comparativistas, analisando-os de uma perspectiva realista e de construção. Não só procuramos esclarecer o debate sobre se a educação comparada é uma disciplina ou um campo ou método, mas também procuramos estabelecer o que diferencia a educação comparada de estudos educacionais e áreas afins. Ao examinar o discurso que distingue a educação comparada dos campos relacionados, elucidamos algumas relações entre essas definições intelectuais (por exemplo, entre educação internacional e educação comparada) e as histórias institucionais e as homologias encobertas com o mundo do poder.
O objetivo nesta parte do livro é entender como os fatores associados à epistemologia, estrutura-agência e discurso constroem o campo da educação comparada. Procuramos oferecer alguns pontos de vista críticos sobre as noções assumidas ao conceder a educação comparada como um campo. Uma suposição particular que procuramos criticar é a noção de que o conhecimento incorporado na forma de disciplinas ou campos acadêmicos - neste caso, o campo da educação comparada - está isolado das in uências do poder.
No capítulo 4, saímos do terreno delimitado da Educação Comparada e adentramos o território da Globalização na Educação. Aqui, apresentamos aos leitores as teorias sobre a globalização da educação e os modelos mundiais de educação. Fazemos isso diferenciando a educação global da educação comparada, introduzindo teorias dos fluxos e redes globais, da cultura educacional mundial, do sistema mundial e teorias pós-coloniais e críticas, das perspectivas culturalistas, do modelo mundial de capital humano, entre outras teorias e suas influências na educação.
Finalmente, no capítulo 5 introduzimos o tema da educação integral. Neste capítulo percorremos várias cosmovisões que influenciam e influenciaram a educação (tradicional, moderna, pós-moderna), para culminar na cosmovisão integral. O intuito é que a partir desta compreensão mais abrangente, os conceitos operacionais e as propostas educacionais inerentes à educação integral ganhem mais sentido.
Este livro tem como objetivo sistematizar os elementos básicos da disciplina de Epistemologia da ... more Este livro tem como objetivo sistematizar os elementos básicos da disciplina de Epistemologia da Teologia, o qual proporcionará um contato com os principais tópicos, autores e obras da área, além dos instrumentos necessários, não apenas para acompanhar a disciplina ofertada, mas também para os estudos autônomos posteriores.
A epistemologia, em uma perspectiva ampla, pode ser caracterizada como o estudo do conhecimento. Dentro da disciplina da filosofia, a epistemologia é o estudo da natureza do conhecimento e da justificação. Em particular, é o estudo do conhecimento e da justificação em três aspectos: seus componentes definidores, suas condições ou fontes substantivas, e os seus limites.
Tem sido comum na epistemologia dar atenção cuidadosa não apenas à epistemologia como empreendimento genérico, mas também explorar detalhadamente a epistemologia de disciplinas acadêmicas específicas. A epistemologia da ciência, por exemplo, recebeu a maior parte do interesse. Mas também se deu atenção à matemática, à história, à estética e à ética. O mandado crucial para esses desenvolvimentos posteriores remonta a Aristóteles quando ele insistiu no que poderíamos chamar de princípio de ajuste epistêmico. Devemos ajustar nossas avaliações epistêmicas de forma apropriada ao assunto sob investigação. Como resultado, não esperamos que as afirmações históricas sejam avaliadas pelo tipo de argumentos que se aplicariam à matemática e às ciências naturais. Surpreendentemente - dada a atenção dirigida a reivindicações teológicas - esta visão não tem sido sistematicamente explorada no caso da teologia. Apesar da riqueza do material disponível tanto na filosofia como na teologia ao longo dos séculos, não tem havido nenhum esforço concertado para articular e examinar o que conta como avaliação epistemológica apropriada em teologia.
Por epistemologia da teologia, entendemos uma investigação crítica da desiderata epistêmica apropriada aplicada à teologia. Acreditamos que o tempo está maduro na filosofia e na teologia para tal empreendimento. E estamos convencidos de que há uma grande necessidade para o desenvolvimento desta nova conversa que terá seu lugar natural na interseção da teologia e da filosofia. Este livro se propõe a introduzir esta conversa.
No primeiro capítulo introduzimos o objeto de estudo da epistemologia e seus métodos de investigação, identificando os principais problemas e questões que neste campo são comumente levantadas.
No segundo capítulo nosso foco foi o de apresentar a epistemologia da teologia ou da religião propriamente dita, descrevendo a relação entre estas áreas de conhecimento. Exploramos aqui questões atuais de debates entre posições distintas como o fideísmo, o evidencialismo e a epistemologia reformada.
No terceiro capítulo aprofundamos as implicações epistemológicas do conhecimento religioso, percorrendo questões sobre a razoabilidade da crença religiosa e da própria possibilidade de um conhecimento religioso. O foco aqui foi particularmente na questão da justificação e da racionalidade de tal conhecimento.
No quarto, quinto e sexto capítulos, tratamos dos argumentos teístas e antiteístas para a existência divina. Foram abordados os argumentos cosmológicos, teleológicos e ontológicos respectivamente. A proposta foi expor de maneira mais objetiva possível a lógica das argumentações em suas várias formas, iniciais e atuais, e de suas contra-argumentações.
Finalmente, no sétimo capítulo, apresentaremos vários argumentos antiteístas, assim como as respostas aos mesmos, ao problema do mal. A proposta aqui, tal como nos três capítulos anteriores mencionados, é de explicitar a maneira como a justificação e a racionalidade de argumentos filosóficos e teológicos podem ser articuladas e permitirem uma análise mais apurada da própria crença religiosa.
Este é um dos principais objetivos da epistemologia da teologia ou da religião, nos auxiliar a perceber a justificabilidade e a racionalidade do conhecimento religioso. Aplicar, portanto, a epistemologia à teologia e ao conhecimento religioso é um empreendimento certamente repleto de desafios, mas pleno de possibilidades para um crescimento acadêmico e pessoal.
O presente Livro de Estudos tem como objetivo sistematizar os elementos básicos da disciplina de... more O presente Livro de Estudos tem como objetivo sistematizar os elementos básicos da disciplina de Ética e Profissão, o qual proporcionará um contato com os principais tópicos, autores, obras, normas e regulamentações da área, além dos instrumentos necessários, não apenas para acompanhar a disciplina ofertada, mas também para os estudos autônomos posteriores.
Na primeira unidade, Introdução à Ética, introduzimos a natureza da moralidade, definições e delimitações da investigação sobre o comportamento moral. Aqui, apresentamos os conceitos e o vocabulário da Ética Filosófica. Distinguimos os diferentes campos de investigação do comportamento e raciocínio moral. Assim como delimitamos o campo da abordagem filosófica à moral, a ética normativa e a metaética.
A partir destes pressupostos prosseguimos apresentando as principais teorias filosóficas da ética normativa. Primeiro exploramos as teorias consequencialistas da moralidade. Aqui abordamos questões como o egoísmo psicológico e ético, o utilitarismo de ato e de regras, e a teoria da ética do cuidado de Gilligan. Depois, analisamos as teorias não consequencialistas da moralidade. Nesse tópico apresentaremos o não consequencialismo de ato e de regras, a teoria do comando divino, a ética do dever de Kant e os deveres Prima Facie de Ross.
Finalizando a primeira unidade deste Livro de Estudos você também terá uma leitura complementar, que introduz o campo da Bioética e sua relevância atual para os profissionais na área da saúde.
Na segunda unidade, Raciocínio Ético e a Psicologia, introduzimos mais uma teoria ética, a Ética da Virtude, que teve seu ressurgimento na contemporaneidade e cujos elementos essenciais se encontram nos antigos gregos e no pensamento oriental. Após este primeiro tópico, focamos nos modelos de raciocínio ético para resolução de conflitos éticos e tomada de decisão ética. Nos últimos três tópicos dessa unidade utilizamos vários exemplos práticos, casos e situações, nos quais exploramos as possibilidades do uso das teorias éticas anteriormente analisadas para a aplicação do raciocínio, resolução e tomada de decisão ética. A proposta é que, antes mesmo de adentrarmos nos quesitos das normas éticas específicas da profissão, enquadradas no código de ética profissional ou nas diversas resoluções, o profissional de saúde, de modo amplo; e de psicologia, de modo estrito, possam compreender a centralidade das teorias éticas e a essencial importância de raciocinar eticamente na prática profissional.
A terceira e última unidade deste Livro de Estudos tem como proposta apresentar o Código de Ética Profissional do Psicólogo e as principais Resoluções que normatizam sua atuação. Para isso, inicialmente é feito um breve resgate histórico da consolidação da psicologia como profissão no Brasil até sua regulamentação em 1962, a posterior criação dos Conselhos Regionais e do Conselho Federal de Psicologia em 1971 e o atual funcionamento do Sistema Conselhos de Psicologia.
Tendo como referência os Princípios Fundamentais do Código de Ética, seus 25 artigos são analisados, bem como as principais resoluções vigentes que são apresentadas divididas por temáticas que vão desde o registro profissional até questões específicas da avaliação psicológica. Por último, o Manual de Elaboração de Documentos Escritos produzido pelo psicólogo decorrente de avaliação psicológica é detalhado quanto à finalidade e estrutura dos mesmos.
Leyser, Kevin Daniel dos Santos. Filoso a geral e da religião. Indaial : UNIASSELVI, 2015. 406 p... more Leyser, Kevin Daniel dos Santos. Filoso a geral e da religião. Indaial : UNIASSELVI, 2015. 406 p. : il. ISBN 978-85-7830-918-3.
LEYSER, Kevin Daniel dos Santos. Psicologia geral e da religião. Indaial : UNIASSELVI, 2015. 277... more LEYSER, Kevin Daniel dos Santos. Psicologia geral e da religião. Indaial : UNIASSELVI, 2015. 277 p. : il. ISBN 978-85-7830-940-4.
LEYSER, Kevin Daniel dos Santos; ANACLETO, Gesiel. Filosofia política. Indaial : UNIASSELVI, 201... more LEYSER, Kevin Daniel dos Santos; ANACLETO, Gesiel. Filosofia política. Indaial : UNIASSELVI, 2015. 340 p. : il.
ISBN 978-85-7830-881-0
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Thesis Chapters by Kevin D S Leyser
Palavras-chave: Pragmatismo. Filosofia Latino-Americana. Filosofia Nativo- Americana. Conexões Filosóficas e Epistemológicas.
Papers by Kevin D S Leyser
Este artigo visa a identificar e descrever o diálogo e as conexões existentes entre o pragmatismo norte americano e a filosofia latino-americana. Deste modo, exploramos especificamente a produção teórica de Carlos Vaz Ferreira, do Uruguai, enfatizando os pontos de contato, de influência e de diálogo com o pragmatismo norte-americano. As intersecções entre o pensamento destes autores apontam para o desenvolvimento de ambas tradições como não sendo isoladas uma da outra. Isto é, é possível constatar, ainda que de maneira limitada, que há pontos de intersecção entre desenvolvimentos lineares na história dessas tradições filosóficas e que estudar estes pontos evidencia que no diálogo entre as tradições de pensamento nas Américas manifesta-se a preocupação, por exemplo, com a experiência vivida prática, o anti-cartesianismo, o falibilismo e o pluralismo. Estas preocupações possibilitam uma contribuição profícua para pensarmos a educação. PALAVRAS-CHAVE Carlos Vaz Ferreira. Filosofia latino-americana. Pragmatismo norte-americano. Educação.
El discurso posthumanista está empezando a hacerse sentir en el contexto educativo y particularmente en el ámbito escolar. Una de las primeras cuestiones que esas transformaciones paradigmáticas suscitan en este contexto se insertan en el ámbito de la ética, requiriendo mayores reflexiones sobre una posible ética posthumana en la educación. El objetivo de este artículo, desarrollado por investigación de carácter bibliográfico, fue abordar esta cuestión, delineado la emergencia del Posthumanismo en el contexto educativo y las cuestiones éticas implicadas, y presentando contribuciones del pensamiento latinoamericano para esta reflexión. Palabras clave: Ética post-humana; Educación; Pensamiento Latinoamericano.
Abstract
The posthumanist discourse is beginning to be felt in the educational context and particularly in the school setting. One of the first questions that these paradigmatic transformations provoke in this context is inserted in the field of ethics, requiring greater reflections on a possible posthuman ethics in education. The objective of this article, developed by bibliographic research, was to address this issue, delineating the emergence of posthumanism in the educational context and the ethical issues involved, and presenting contributions from Latin American thought for this reflection.
Books by Kevin D S Leyser
Na Unidade 1, Introdução Geral à História da Filosofia, introduzimos a Filosofia Grega Antiga, focando especialmente nos pré-socráticos. Avançamos com a filosofia de Sócrates, de Platão e de Aristóteles, ressaltando aspectos centrais de suas obras, situando-as em seus contextos históricos e biográficos.
Na Unidade 2, A Filosofia no Mundo Helenístico e Romano, introduzimos a filosofia helenística e romana, perpassando diversas escolas filosóficas como o Estoicismo, o Epicurismo, o Ceticismo, o Pitagorismo e o Neoplatonismo. Prosseguimos para a filosofia judaica e a filosofia cristã, primeiramente focando na vida, pensamento e obra de Fílon e Santo Ambrósio e, posteriormente, na vida, pensamento e obra de Santo Agostinho e Boécio.
A terceira unidade deste livro didático concentra-se na Filosofia Escolástica. Aqui são introduzidas e contextualizadas as contribuições de pensadores como Anselmo, Abelardo, Avicena, Averróis, Maimônides, Tomás de Aquino, Boaventura, Guilherme de Ockham, Nicolau de Cusa e Eckhart.
A primeira unidade fornecerá uma introdução sobre como os alunos, incluindo os surdos, aprendem em contextos formais e informais. As relações entre ensino e aprendizagem também serão destacadas, pois nem sempre são tão óbvias quanto parecem. Nesse contexto, enfatizaremos o tema de que os alunos surdos não são simplesmente alunos que não podem ouvir, mas podem ter necessidades e pontos fortes acadêmicos diferentes de seus pares ouvintes. No nível mais básico, é somente pela compreensão dos fundamentos da aprendizagem e as maneiras pelas quais a educação e a instrução podem promovê-la, que seremos capazes de reconhecer os desafios que os alunos surdos enfrentam nos contextos educacionais e a necessidade de várias acomodações de ensino-aprendizagem. Em última análise, o objetivo desta unidade é fornecer uma compreensão completa de como podemos combinar melhor os métodos e materiais de ensino com os estilos de aprendizagem dos alunos surdos, ao mesmo tempo em que acomodamos as grandes diferenças individuais entre eles.
A segunda unidade se concentrará em três temas centrais. Primeiro, exploraremos o desenvolvimento da linguagem, em sentido amplo, e da língua, em sentido estrito, para o aprendiz surdo. Com isso também introduziremos várias questões de aprendizagem que são influenciadas por esse desenvolvimento. Segundo, discutiremos especificamente as questões de ensino e avaliação da linguagem e da língua para indivíduos surdos. Finalmente, o terceiro tema será uma descrição dos perfis cognitivos de alunos surdos e suas implicações para a educação.
A terceira unidade introduzirá questões mais específicas da educação e aprendizagem para surdos no âmbito da educação formal. Primeiro, discutiremos as questões referentes à realização escolar e às instruções quanto a literacia. No mesmo teor, discutiremos as questões sobre a numeracia, no segundo tópico. Prosseguiremos então para apresentar as novas tecnologias de aprendizagem para aprendizes surdos. Finalizando com uma discussão sobre os contextos de aprendizagem para esse público específico.
Na Unidade 1 veremos, primeiramente, que a educação afetiva envolve o conhecimento da emoção, incluindo: intensidade emocional, emoções, gatilhos universais e emoções positivas; consciência emocional para incluir conhecimento lexical e identificação verbal de emoções; expressão verbal e não verbal da emoção, incluindo o conhecimento das regras de exibição. Então, vamos explorar vários dos componentes que constituem o que chamamos de regulação emocional e apresentar as várias influências e contextos onde se torna crítico esta habilidade para o aluno e seu desenvolvimento pessoal, social e acadêmico, incluindo a sua saúde mental e física. Finalizando esta primeira Unidade, oferecemos sugestões para o treinamento em três níveis de prevenção/intervenção para desenvolver a alfabetização emocional e a regulação emocional.
Na Unidade 2 estudaremos sobre assuntos referentes a saberes que estruturam o campo conceitual da sexualidade e sua relação com a educação, principalmente a educação inclusiva. Comentaremos brevemente sobre o processo histórico da sexualidade, para entendermos como ocorreu a sua construção no desenvolvimento da sociedade segundo cada tempo e espaço. Ampliaremos a discussão para o campo da educação discutindo alguns documentos e referenciais para o trabalho dessa temática nas instituições edu- cativas. E por fim, discutiremos sobre a educação inclusiva no âmbito das relações afetivas e na expressão da sexualidade.
Na Unidade 3 iremos refletir sobre a inclusão e seus desafios, apresentando dois documentos legais, que se refere a inclusão da pessoa com deficiência; um é a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, e o outro é o Estatuto da Pessoas com Deficiência, que é a Lei Brasileira de Inclusão. Além de discutir e refletir sobre o que apresentam esses documentos analisaremos também os conceitos referentes à identidade e diferença, bem como, sexualidade e afetividade.
Ao entender o processo de aprendizagem e as práticas escolares, percebemos que ainda há uma grande lacuna que precisa ser ressignificada quando se refere a currículos, mediação e avaliação. Para tanto, é importante compreender qual o papel das escolas como mediadoras do processo de ensino e aprendizagem e construtoras de novos conhecimentos.
No capítulo 1 deste livro, apresentamos reflexões que tratam da centralidade da aprendizagem nas práticas educativas escolares, instigando você pós graduando à análise de práticas escolares na relação com a produção de conhecimento.
Abordaremos o conhecimento e a Era das Relações, questionando quais as novas pautas da educação, conduzindo você a comparar a perspectiva do conhecimento de acordo com os modelos de ciência em cada época, e suas implicações na educação atual, compondo o capítulo 2 deste livro.
No capítulo 3 debateremos a relação professor-aluno apresentando as diferentes teorias e ambientes de aprendizagem apontando dados de pesquisas atuais sobre a relação professor-aluno e seus efeitos no seu desempenho.
Por fim, compondo o capítulo 4 discutiremos os contextos atuais e os desafios sobre o conhecimento na escola, apresentamos algumas das reflexões sobre o conhecimento, as disciplinas, o papel e o conteúdo escolar em todos os níveis, que estão formando um contexto para as práticas atuais.
Na Unidade 1, Introdução à neuropsicologia, neurofisiologia e neuroanatomia, apresentamos, no primeiro tópico, a disciplina de neurospicologia, com suas ramificações e áreas de investigação e aplicações. A neuropsicologia será contextualizada historicamente, assim como se fará esclarecimentos sobre questões conceituais centrais desta área do conhecimento científico. Entre as principais ramificações, exploraremos a neuropsicologia clínica, a experimental, a comparada e a cognitiva. No segundo tópico, introduziremos a neurofisiologia básica. Nele, explorar-se-á o sistema nervoso, suas principais divisões e as células no sistema nervoso. Em detalhes será analisado o neurônio, o axônio e a mielinização, os tipos de neurônios e as células gliais. Além disso, será também foco do segundo tópico a comunicação entre os neurônios, ou seja, o potencial de ação, a neurotransmissão e os neurotransmissores. O terceiro tópico da primeira unidade focará a neuroanatomia básica. O acadêmico conhecerá mais sobre o desenvolvimento do sistema nervoso central, a medula espinal, o tronco encefálico, o cerebelo, o córtex cerebral, os nervos cranianos, o sistema ventricular e as artérias do cérebro, sistemas sensoriais e motores, assim como as lesões e o funcionamento cerebral.
Na Unidade 2, Neuropsicologia e neurofisiologia do desenvolvimento, o objetivo central é conduzir o leitor e estudante desta disciplina ao conhecimento neuropsicológico e neurofisiológico aplicado ao desenvolvimento humano de 0 a 18 anos de idade. Para isso, a unidade será dividida em três tópicos. O primeiro vai explorar a pesquisas atuais da área aplicada ao desenvolvimento neuropsicológico e neurofisiológico de recém-nascidos e da primeira infância (0 a 3 anos de idade). O mesmo será feito nos próximos tópicos, sendo o segundo focado na segunda infância e na terceira infância, 3 anos a 5 anos de idade e 6 anos a 11 anos de idade, respectivamente. O terceiro tópico, portanto, focará no desenvolvimento de adolescentes, de 12 a 18 anos de idade.
A Unidade 3, Questões práticas na neuropsicologia escolar, tem como objetivo delimitar a investigação neuropsicológica e neurofisiológica em uma área específica, o estudo e, especificamente, a prática da psicologia escolar. No primeiro tópico serão esclarecidos os princípios neuropsicológicos da prática da psicologia escolar, introduzindo assim as principais teorias que embasam esta prática atual. No segundo tópico, o foco se voltará para a avaliação e a intervenção neuropsicológica escolar. Faremos um resgate evolutivo e histórico dos instrumentos avaliativos e de seus referenciais teóricos, analisando seus pontos fortes e fracos. Finalmente, no terceiro tópico, exploraremos a colaboração em neuropsicologia escolar com o lar, a escola e outros profissionais. O intuito é apresentar a complexidade real da prática da neuropsicologia escolar, que para ser efetiva precisa colaborar com todos os atores da comunidade escolar.
Apesar da sua história ter mais de um século, as questões sobre a identidade e a natureza da educação comparada foram e continuam a ser criadas na literatura, particularmente tendo em vista uma expansão na gama de atividades que foram rotuladas de "educação comparada". Paradoxalmente, o campo foi instituído em cursos universitários e sociedades profissionais em várias partes do mundo, e tem suas próprias publicações especializadas em livros e periódicos. Que o campo é institucionalizado como uma área separada de inquérito em muitos países - alguns mais fortes do que outros - não implica, necessariamente, muito menos justifica, a sua legitimidade intelectual como campo independente.
Os praticantes no campo debatem a questão de saber se a educação comparada é uma disciplina, uma quase-disciplina, um campo multidisciplinar, um método ou simplesmente uma perspectiva diferente na educação. O debate sobre essas grandes questões diminui quando os membros do campo se tornam convencidos de que não há, nem tem de haver, respostas universais finais. Todavia, o debate continua, e se resume em uma única questão: o que é educação comparada?
Este livro, especificamente os três primeiros capítulos, gira essencialmente em torno de dois temas centrais: as infraestruturas institucionais da educação comparada e seus contornos e substâncias intelectuais. Neste livro, procuramos elucidar o que a educação comparada é - intelectualmente e institucionalmente -, como essas duas facetas se relacionam entre si e, acima de tudo, por que suas trajetórias divergem.
Abordamos, assim, as questões sobre o que é a educação comparada e como ela foi construída como um campo. Utilizando análise sociológica e argumentação filosófica, buscamos elucidar a formação institucional e intelectual da educação comparada por fatores associados à epistemologia, estrutura, agência e discurso.
Afirmamos que a educação comparada existe e se perpetua institucionalmente como um campo distinto, apesar dos debates contínuos sobre sua legitimidade intelectual, porque é um corpo de conhecimento construído não puramente fora de uma lógica interna baseada em critérios cognitivos, mas também como resultado de uma sociedade envolvente de discursos (Foucault) e a interação das relações de poder localizadas tanto nas estruturas sociais como na agência humana (Bourdieu). Na construção de suas infraestruturas institucionais e de suas definições intelectuais, as relações de poder incorporadas em discursos, estruturas sociais e agência humana intervêm em conjunto com os princípios cognitivos.
No primeiro capítulo, traçamos as raízes intelectuais - formas de conhecimento aceitas - subjacente ao trabalho dos educadores comparativos. Isso serve de base para a compreensão das definições e redefinições do campo por educadores comparativos nos próximos capítulos.
Assim, no capítulo 2 e 3, tentamos responder à pergunta - o que é educação comparada? - com base nas definições intelectuais oferecidas pelos comparativistas, analisando-os de uma perspectiva realista e de construção. Não só procuramos esclarecer o debate sobre se a educação comparada é uma disciplina ou um campo ou método, mas também procuramos estabelecer o que diferencia a educação comparada de estudos educacionais e áreas afins. Ao examinar o discurso que distingue a educação comparada dos campos relacionados, elucidamos algumas relações entre essas definições intelectuais (por exemplo, entre educação internacional e educação comparada) e as histórias institucionais e as homologias encobertas com o mundo do poder.
O objetivo nesta parte do livro é entender como os fatores associados à epistemologia, estrutura-agência e discurso constroem o campo da educação comparada. Procuramos oferecer alguns pontos de vista críticos sobre as noções assumidas ao conceder a educação comparada como um campo. Uma suposição particular que procuramos criticar é a noção de que o conhecimento incorporado na forma de disciplinas ou campos acadêmicos - neste caso, o campo da educação comparada - está isolado das in uências do poder.
No capítulo 4, saímos do terreno delimitado da Educação Comparada e adentramos o território da Globalização na Educação. Aqui, apresentamos aos leitores as teorias sobre a globalização da educação e os modelos mundiais de educação. Fazemos isso diferenciando a educação global da educação comparada, introduzindo teorias dos fluxos e redes globais, da cultura educacional mundial, do sistema mundial e teorias pós-coloniais e críticas, das perspectivas culturalistas, do modelo mundial de capital humano, entre outras teorias e suas influências na educação.
Finalmente, no capítulo 5 introduzimos o tema da educação integral. Neste capítulo percorremos várias cosmovisões que influenciam e influenciaram a educação (tradicional, moderna, pós-moderna), para culminar na cosmovisão integral. O intuito é que a partir desta compreensão mais abrangente, os conceitos operacionais e as propostas educacionais inerentes à educação integral ganhem mais sentido.
A epistemologia, em uma perspectiva ampla, pode ser caracterizada como o estudo do conhecimento. Dentro da disciplina da filosofia, a epistemologia é o estudo da natureza do conhecimento e da justificação. Em particular, é o estudo do conhecimento e da justificação em três aspectos: seus componentes definidores, suas condições ou fontes substantivas, e os seus limites.
Tem sido comum na epistemologia dar atenção cuidadosa não apenas à epistemologia como empreendimento genérico, mas também explorar detalhadamente a epistemologia de disciplinas acadêmicas específicas. A epistemologia da ciência, por exemplo, recebeu a maior parte do interesse. Mas também se deu atenção à matemática, à história, à estética e à ética. O mandado crucial para esses desenvolvimentos posteriores remonta a Aristóteles quando ele insistiu no que poderíamos chamar de princípio de ajuste epistêmico. Devemos ajustar nossas avaliações epistêmicas de forma apropriada ao assunto sob investigação. Como resultado, não esperamos que as afirmações históricas sejam avaliadas pelo tipo de argumentos que se aplicariam à matemática e às ciências naturais. Surpreendentemente - dada a atenção dirigida a reivindicações teológicas - esta visão não tem sido sistematicamente explorada no caso da teologia. Apesar da riqueza do material disponível tanto na filosofia como na teologia ao longo dos séculos, não tem havido nenhum esforço concertado para articular e examinar o que conta como avaliação epistemológica apropriada em teologia.
Por epistemologia da teologia, entendemos uma investigação crítica da desiderata epistêmica apropriada aplicada à teologia. Acreditamos que o tempo está maduro na filosofia e na teologia para tal empreendimento. E estamos convencidos de que há uma grande necessidade para o desenvolvimento desta nova conversa que terá seu lugar natural na interseção da teologia e da filosofia. Este livro se propõe a introduzir esta conversa.
No primeiro capítulo introduzimos o objeto de estudo da epistemologia e seus métodos de investigação, identificando os principais problemas e questões que neste campo são comumente levantadas.
No segundo capítulo nosso foco foi o de apresentar a epistemologia da teologia ou da religião propriamente dita, descrevendo a relação entre estas áreas de conhecimento. Exploramos aqui questões atuais de debates entre posições distintas como o fideísmo, o evidencialismo e a epistemologia reformada.
No terceiro capítulo aprofundamos as implicações epistemológicas do conhecimento religioso, percorrendo questões sobre a razoabilidade da crença religiosa e da própria possibilidade de um conhecimento religioso. O foco aqui foi particularmente na questão da justificação e da racionalidade de tal conhecimento.
No quarto, quinto e sexto capítulos, tratamos dos argumentos teístas e antiteístas para a existência divina. Foram abordados os argumentos cosmológicos, teleológicos e ontológicos respectivamente. A proposta foi expor de maneira mais objetiva possível a lógica das argumentações em suas várias formas, iniciais e atuais, e de suas contra-argumentações.
Finalmente, no sétimo capítulo, apresentaremos vários argumentos antiteístas, assim como as respostas aos mesmos, ao problema do mal. A proposta aqui, tal como nos três capítulos anteriores mencionados, é de explicitar a maneira como a justificação e a racionalidade de argumentos filosóficos e teológicos podem ser articuladas e permitirem uma análise mais apurada da própria crença religiosa.
Este é um dos principais objetivos da epistemologia da teologia ou da religião, nos auxiliar a perceber a justificabilidade e a racionalidade do conhecimento religioso. Aplicar, portanto, a epistemologia à teologia e ao conhecimento religioso é um empreendimento certamente repleto de desafios, mas pleno de possibilidades para um crescimento acadêmico e pessoal.
Na primeira unidade, Introdução à Ética, introduzimos a natureza da moralidade, definições e delimitações da investigação sobre o comportamento moral. Aqui, apresentamos os conceitos e o vocabulário da Ética Filosófica. Distinguimos os diferentes campos de investigação do comportamento e raciocínio moral. Assim como delimitamos o campo da abordagem filosófica à moral, a ética normativa e a metaética.
A partir destes pressupostos prosseguimos apresentando as principais teorias filosóficas da ética normativa. Primeiro exploramos as teorias consequencialistas da moralidade. Aqui abordamos questões como o egoísmo psicológico e ético, o utilitarismo de ato e de regras, e a teoria da ética do cuidado de Gilligan. Depois, analisamos as teorias não consequencialistas da moralidade. Nesse tópico apresentaremos o não consequencialismo de ato e de regras, a teoria do comando divino, a ética do dever de Kant e os deveres Prima Facie de Ross.
Finalizando a primeira unidade deste Livro de Estudos você também terá uma leitura complementar, que introduz o campo da Bioética e sua relevância atual para os profissionais na área da saúde.
Na segunda unidade, Raciocínio Ético e a Psicologia, introduzimos mais uma teoria ética, a Ética da Virtude, que teve seu ressurgimento na contemporaneidade e cujos elementos essenciais se encontram nos antigos gregos e no pensamento oriental. Após este primeiro tópico, focamos nos modelos de raciocínio ético para resolução de conflitos éticos e tomada de decisão ética. Nos últimos três tópicos dessa unidade utilizamos vários exemplos práticos, casos e situações, nos quais exploramos as possibilidades do uso das teorias éticas anteriormente analisadas para a aplicação do raciocínio, resolução e tomada de decisão ética. A proposta é que, antes mesmo de adentrarmos nos quesitos das normas éticas específicas da profissão, enquadradas no código de ética profissional ou nas diversas resoluções, o profissional de saúde, de modo amplo; e de psicologia, de modo estrito, possam compreender a centralidade das teorias éticas e a essencial importância de raciocinar eticamente na prática profissional.
A terceira e última unidade deste Livro de Estudos tem como proposta apresentar o Código de Ética Profissional do Psicólogo e as principais Resoluções que normatizam sua atuação. Para isso, inicialmente é feito um breve resgate histórico da consolidação da psicologia como profissão no Brasil até sua regulamentação em 1962, a posterior criação dos Conselhos Regionais e do Conselho Federal de Psicologia em 1971 e o atual funcionamento do Sistema Conselhos de Psicologia.
Tendo como referência os Princípios Fundamentais do Código de Ética, seus 25 artigos são analisados, bem como as principais resoluções vigentes que são apresentadas divididas por temáticas que vão desde o registro profissional até questões específicas da avaliação psicológica. Por último, o Manual de Elaboração de Documentos Escritos produzido pelo psicólogo decorrente de avaliação psicológica é detalhado quanto à finalidade e estrutura dos mesmos.
ISBN 978-85-7830-881-0
Palavras-chave: Pragmatismo. Filosofia Latino-Americana. Filosofia Nativo- Americana. Conexões Filosóficas e Epistemológicas.
Este artigo visa a identificar e descrever o diálogo e as conexões existentes entre o pragmatismo norte americano e a filosofia latino-americana. Deste modo, exploramos especificamente a produção teórica de Carlos Vaz Ferreira, do Uruguai, enfatizando os pontos de contato, de influência e de diálogo com o pragmatismo norte-americano. As intersecções entre o pensamento destes autores apontam para o desenvolvimento de ambas tradições como não sendo isoladas uma da outra. Isto é, é possível constatar, ainda que de maneira limitada, que há pontos de intersecção entre desenvolvimentos lineares na história dessas tradições filosóficas e que estudar estes pontos evidencia que no diálogo entre as tradições de pensamento nas Américas manifesta-se a preocupação, por exemplo, com a experiência vivida prática, o anti-cartesianismo, o falibilismo e o pluralismo. Estas preocupações possibilitam uma contribuição profícua para pensarmos a educação. PALAVRAS-CHAVE Carlos Vaz Ferreira. Filosofia latino-americana. Pragmatismo norte-americano. Educação.
El discurso posthumanista está empezando a hacerse sentir en el contexto educativo y particularmente en el ámbito escolar. Una de las primeras cuestiones que esas transformaciones paradigmáticas suscitan en este contexto se insertan en el ámbito de la ética, requiriendo mayores reflexiones sobre una posible ética posthumana en la educación. El objetivo de este artículo, desarrollado por investigación de carácter bibliográfico, fue abordar esta cuestión, delineado la emergencia del Posthumanismo en el contexto educativo y las cuestiones éticas implicadas, y presentando contribuciones del pensamiento latinoamericano para esta reflexión. Palabras clave: Ética post-humana; Educación; Pensamiento Latinoamericano.
Abstract
The posthumanist discourse is beginning to be felt in the educational context and particularly in the school setting. One of the first questions that these paradigmatic transformations provoke in this context is inserted in the field of ethics, requiring greater reflections on a possible posthuman ethics in education. The objective of this article, developed by bibliographic research, was to address this issue, delineating the emergence of posthumanism in the educational context and the ethical issues involved, and presenting contributions from Latin American thought for this reflection.
Na Unidade 1, Introdução Geral à História da Filosofia, introduzimos a Filosofia Grega Antiga, focando especialmente nos pré-socráticos. Avançamos com a filosofia de Sócrates, de Platão e de Aristóteles, ressaltando aspectos centrais de suas obras, situando-as em seus contextos históricos e biográficos.
Na Unidade 2, A Filosofia no Mundo Helenístico e Romano, introduzimos a filosofia helenística e romana, perpassando diversas escolas filosóficas como o Estoicismo, o Epicurismo, o Ceticismo, o Pitagorismo e o Neoplatonismo. Prosseguimos para a filosofia judaica e a filosofia cristã, primeiramente focando na vida, pensamento e obra de Fílon e Santo Ambrósio e, posteriormente, na vida, pensamento e obra de Santo Agostinho e Boécio.
A terceira unidade deste livro didático concentra-se na Filosofia Escolástica. Aqui são introduzidas e contextualizadas as contribuições de pensadores como Anselmo, Abelardo, Avicena, Averróis, Maimônides, Tomás de Aquino, Boaventura, Guilherme de Ockham, Nicolau de Cusa e Eckhart.
A primeira unidade fornecerá uma introdução sobre como os alunos, incluindo os surdos, aprendem em contextos formais e informais. As relações entre ensino e aprendizagem também serão destacadas, pois nem sempre são tão óbvias quanto parecem. Nesse contexto, enfatizaremos o tema de que os alunos surdos não são simplesmente alunos que não podem ouvir, mas podem ter necessidades e pontos fortes acadêmicos diferentes de seus pares ouvintes. No nível mais básico, é somente pela compreensão dos fundamentos da aprendizagem e as maneiras pelas quais a educação e a instrução podem promovê-la, que seremos capazes de reconhecer os desafios que os alunos surdos enfrentam nos contextos educacionais e a necessidade de várias acomodações de ensino-aprendizagem. Em última análise, o objetivo desta unidade é fornecer uma compreensão completa de como podemos combinar melhor os métodos e materiais de ensino com os estilos de aprendizagem dos alunos surdos, ao mesmo tempo em que acomodamos as grandes diferenças individuais entre eles.
A segunda unidade se concentrará em três temas centrais. Primeiro, exploraremos o desenvolvimento da linguagem, em sentido amplo, e da língua, em sentido estrito, para o aprendiz surdo. Com isso também introduziremos várias questões de aprendizagem que são influenciadas por esse desenvolvimento. Segundo, discutiremos especificamente as questões de ensino e avaliação da linguagem e da língua para indivíduos surdos. Finalmente, o terceiro tema será uma descrição dos perfis cognitivos de alunos surdos e suas implicações para a educação.
A terceira unidade introduzirá questões mais específicas da educação e aprendizagem para surdos no âmbito da educação formal. Primeiro, discutiremos as questões referentes à realização escolar e às instruções quanto a literacia. No mesmo teor, discutiremos as questões sobre a numeracia, no segundo tópico. Prosseguiremos então para apresentar as novas tecnologias de aprendizagem para aprendizes surdos. Finalizando com uma discussão sobre os contextos de aprendizagem para esse público específico.
Na Unidade 1 veremos, primeiramente, que a educação afetiva envolve o conhecimento da emoção, incluindo: intensidade emocional, emoções, gatilhos universais e emoções positivas; consciência emocional para incluir conhecimento lexical e identificação verbal de emoções; expressão verbal e não verbal da emoção, incluindo o conhecimento das regras de exibição. Então, vamos explorar vários dos componentes que constituem o que chamamos de regulação emocional e apresentar as várias influências e contextos onde se torna crítico esta habilidade para o aluno e seu desenvolvimento pessoal, social e acadêmico, incluindo a sua saúde mental e física. Finalizando esta primeira Unidade, oferecemos sugestões para o treinamento em três níveis de prevenção/intervenção para desenvolver a alfabetização emocional e a regulação emocional.
Na Unidade 2 estudaremos sobre assuntos referentes a saberes que estruturam o campo conceitual da sexualidade e sua relação com a educação, principalmente a educação inclusiva. Comentaremos brevemente sobre o processo histórico da sexualidade, para entendermos como ocorreu a sua construção no desenvolvimento da sociedade segundo cada tempo e espaço. Ampliaremos a discussão para o campo da educação discutindo alguns documentos e referenciais para o trabalho dessa temática nas instituições edu- cativas. E por fim, discutiremos sobre a educação inclusiva no âmbito das relações afetivas e na expressão da sexualidade.
Na Unidade 3 iremos refletir sobre a inclusão e seus desafios, apresentando dois documentos legais, que se refere a inclusão da pessoa com deficiência; um é a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, e o outro é o Estatuto da Pessoas com Deficiência, que é a Lei Brasileira de Inclusão. Além de discutir e refletir sobre o que apresentam esses documentos analisaremos também os conceitos referentes à identidade e diferença, bem como, sexualidade e afetividade.
Ao entender o processo de aprendizagem e as práticas escolares, percebemos que ainda há uma grande lacuna que precisa ser ressignificada quando se refere a currículos, mediação e avaliação. Para tanto, é importante compreender qual o papel das escolas como mediadoras do processo de ensino e aprendizagem e construtoras de novos conhecimentos.
No capítulo 1 deste livro, apresentamos reflexões que tratam da centralidade da aprendizagem nas práticas educativas escolares, instigando você pós graduando à análise de práticas escolares na relação com a produção de conhecimento.
Abordaremos o conhecimento e a Era das Relações, questionando quais as novas pautas da educação, conduzindo você a comparar a perspectiva do conhecimento de acordo com os modelos de ciência em cada época, e suas implicações na educação atual, compondo o capítulo 2 deste livro.
No capítulo 3 debateremos a relação professor-aluno apresentando as diferentes teorias e ambientes de aprendizagem apontando dados de pesquisas atuais sobre a relação professor-aluno e seus efeitos no seu desempenho.
Por fim, compondo o capítulo 4 discutiremos os contextos atuais e os desafios sobre o conhecimento na escola, apresentamos algumas das reflexões sobre o conhecimento, as disciplinas, o papel e o conteúdo escolar em todos os níveis, que estão formando um contexto para as práticas atuais.
Na Unidade 1, Introdução à neuropsicologia, neurofisiologia e neuroanatomia, apresentamos, no primeiro tópico, a disciplina de neurospicologia, com suas ramificações e áreas de investigação e aplicações. A neuropsicologia será contextualizada historicamente, assim como se fará esclarecimentos sobre questões conceituais centrais desta área do conhecimento científico. Entre as principais ramificações, exploraremos a neuropsicologia clínica, a experimental, a comparada e a cognitiva. No segundo tópico, introduziremos a neurofisiologia básica. Nele, explorar-se-á o sistema nervoso, suas principais divisões e as células no sistema nervoso. Em detalhes será analisado o neurônio, o axônio e a mielinização, os tipos de neurônios e as células gliais. Além disso, será também foco do segundo tópico a comunicação entre os neurônios, ou seja, o potencial de ação, a neurotransmissão e os neurotransmissores. O terceiro tópico da primeira unidade focará a neuroanatomia básica. O acadêmico conhecerá mais sobre o desenvolvimento do sistema nervoso central, a medula espinal, o tronco encefálico, o cerebelo, o córtex cerebral, os nervos cranianos, o sistema ventricular e as artérias do cérebro, sistemas sensoriais e motores, assim como as lesões e o funcionamento cerebral.
Na Unidade 2, Neuropsicologia e neurofisiologia do desenvolvimento, o objetivo central é conduzir o leitor e estudante desta disciplina ao conhecimento neuropsicológico e neurofisiológico aplicado ao desenvolvimento humano de 0 a 18 anos de idade. Para isso, a unidade será dividida em três tópicos. O primeiro vai explorar a pesquisas atuais da área aplicada ao desenvolvimento neuropsicológico e neurofisiológico de recém-nascidos e da primeira infância (0 a 3 anos de idade). O mesmo será feito nos próximos tópicos, sendo o segundo focado na segunda infância e na terceira infância, 3 anos a 5 anos de idade e 6 anos a 11 anos de idade, respectivamente. O terceiro tópico, portanto, focará no desenvolvimento de adolescentes, de 12 a 18 anos de idade.
A Unidade 3, Questões práticas na neuropsicologia escolar, tem como objetivo delimitar a investigação neuropsicológica e neurofisiológica em uma área específica, o estudo e, especificamente, a prática da psicologia escolar. No primeiro tópico serão esclarecidos os princípios neuropsicológicos da prática da psicologia escolar, introduzindo assim as principais teorias que embasam esta prática atual. No segundo tópico, o foco se voltará para a avaliação e a intervenção neuropsicológica escolar. Faremos um resgate evolutivo e histórico dos instrumentos avaliativos e de seus referenciais teóricos, analisando seus pontos fortes e fracos. Finalmente, no terceiro tópico, exploraremos a colaboração em neuropsicologia escolar com o lar, a escola e outros profissionais. O intuito é apresentar a complexidade real da prática da neuropsicologia escolar, que para ser efetiva precisa colaborar com todos os atores da comunidade escolar.
Apesar da sua história ter mais de um século, as questões sobre a identidade e a natureza da educação comparada foram e continuam a ser criadas na literatura, particularmente tendo em vista uma expansão na gama de atividades que foram rotuladas de "educação comparada". Paradoxalmente, o campo foi instituído em cursos universitários e sociedades profissionais em várias partes do mundo, e tem suas próprias publicações especializadas em livros e periódicos. Que o campo é institucionalizado como uma área separada de inquérito em muitos países - alguns mais fortes do que outros - não implica, necessariamente, muito menos justifica, a sua legitimidade intelectual como campo independente.
Os praticantes no campo debatem a questão de saber se a educação comparada é uma disciplina, uma quase-disciplina, um campo multidisciplinar, um método ou simplesmente uma perspectiva diferente na educação. O debate sobre essas grandes questões diminui quando os membros do campo se tornam convencidos de que não há, nem tem de haver, respostas universais finais. Todavia, o debate continua, e se resume em uma única questão: o que é educação comparada?
Este livro, especificamente os três primeiros capítulos, gira essencialmente em torno de dois temas centrais: as infraestruturas institucionais da educação comparada e seus contornos e substâncias intelectuais. Neste livro, procuramos elucidar o que a educação comparada é - intelectualmente e institucionalmente -, como essas duas facetas se relacionam entre si e, acima de tudo, por que suas trajetórias divergem.
Abordamos, assim, as questões sobre o que é a educação comparada e como ela foi construída como um campo. Utilizando análise sociológica e argumentação filosófica, buscamos elucidar a formação institucional e intelectual da educação comparada por fatores associados à epistemologia, estrutura, agência e discurso.
Afirmamos que a educação comparada existe e se perpetua institucionalmente como um campo distinto, apesar dos debates contínuos sobre sua legitimidade intelectual, porque é um corpo de conhecimento construído não puramente fora de uma lógica interna baseada em critérios cognitivos, mas também como resultado de uma sociedade envolvente de discursos (Foucault) e a interação das relações de poder localizadas tanto nas estruturas sociais como na agência humana (Bourdieu). Na construção de suas infraestruturas institucionais e de suas definições intelectuais, as relações de poder incorporadas em discursos, estruturas sociais e agência humana intervêm em conjunto com os princípios cognitivos.
No primeiro capítulo, traçamos as raízes intelectuais - formas de conhecimento aceitas - subjacente ao trabalho dos educadores comparativos. Isso serve de base para a compreensão das definições e redefinições do campo por educadores comparativos nos próximos capítulos.
Assim, no capítulo 2 e 3, tentamos responder à pergunta - o que é educação comparada? - com base nas definições intelectuais oferecidas pelos comparativistas, analisando-os de uma perspectiva realista e de construção. Não só procuramos esclarecer o debate sobre se a educação comparada é uma disciplina ou um campo ou método, mas também procuramos estabelecer o que diferencia a educação comparada de estudos educacionais e áreas afins. Ao examinar o discurso que distingue a educação comparada dos campos relacionados, elucidamos algumas relações entre essas definições intelectuais (por exemplo, entre educação internacional e educação comparada) e as histórias institucionais e as homologias encobertas com o mundo do poder.
O objetivo nesta parte do livro é entender como os fatores associados à epistemologia, estrutura-agência e discurso constroem o campo da educação comparada. Procuramos oferecer alguns pontos de vista críticos sobre as noções assumidas ao conceder a educação comparada como um campo. Uma suposição particular que procuramos criticar é a noção de que o conhecimento incorporado na forma de disciplinas ou campos acadêmicos - neste caso, o campo da educação comparada - está isolado das in uências do poder.
No capítulo 4, saímos do terreno delimitado da Educação Comparada e adentramos o território da Globalização na Educação. Aqui, apresentamos aos leitores as teorias sobre a globalização da educação e os modelos mundiais de educação. Fazemos isso diferenciando a educação global da educação comparada, introduzindo teorias dos fluxos e redes globais, da cultura educacional mundial, do sistema mundial e teorias pós-coloniais e críticas, das perspectivas culturalistas, do modelo mundial de capital humano, entre outras teorias e suas influências na educação.
Finalmente, no capítulo 5 introduzimos o tema da educação integral. Neste capítulo percorremos várias cosmovisões que influenciam e influenciaram a educação (tradicional, moderna, pós-moderna), para culminar na cosmovisão integral. O intuito é que a partir desta compreensão mais abrangente, os conceitos operacionais e as propostas educacionais inerentes à educação integral ganhem mais sentido.
A epistemologia, em uma perspectiva ampla, pode ser caracterizada como o estudo do conhecimento. Dentro da disciplina da filosofia, a epistemologia é o estudo da natureza do conhecimento e da justificação. Em particular, é o estudo do conhecimento e da justificação em três aspectos: seus componentes definidores, suas condições ou fontes substantivas, e os seus limites.
Tem sido comum na epistemologia dar atenção cuidadosa não apenas à epistemologia como empreendimento genérico, mas também explorar detalhadamente a epistemologia de disciplinas acadêmicas específicas. A epistemologia da ciência, por exemplo, recebeu a maior parte do interesse. Mas também se deu atenção à matemática, à história, à estética e à ética. O mandado crucial para esses desenvolvimentos posteriores remonta a Aristóteles quando ele insistiu no que poderíamos chamar de princípio de ajuste epistêmico. Devemos ajustar nossas avaliações epistêmicas de forma apropriada ao assunto sob investigação. Como resultado, não esperamos que as afirmações históricas sejam avaliadas pelo tipo de argumentos que se aplicariam à matemática e às ciências naturais. Surpreendentemente - dada a atenção dirigida a reivindicações teológicas - esta visão não tem sido sistematicamente explorada no caso da teologia. Apesar da riqueza do material disponível tanto na filosofia como na teologia ao longo dos séculos, não tem havido nenhum esforço concertado para articular e examinar o que conta como avaliação epistemológica apropriada em teologia.
Por epistemologia da teologia, entendemos uma investigação crítica da desiderata epistêmica apropriada aplicada à teologia. Acreditamos que o tempo está maduro na filosofia e na teologia para tal empreendimento. E estamos convencidos de que há uma grande necessidade para o desenvolvimento desta nova conversa que terá seu lugar natural na interseção da teologia e da filosofia. Este livro se propõe a introduzir esta conversa.
No primeiro capítulo introduzimos o objeto de estudo da epistemologia e seus métodos de investigação, identificando os principais problemas e questões que neste campo são comumente levantadas.
No segundo capítulo nosso foco foi o de apresentar a epistemologia da teologia ou da religião propriamente dita, descrevendo a relação entre estas áreas de conhecimento. Exploramos aqui questões atuais de debates entre posições distintas como o fideísmo, o evidencialismo e a epistemologia reformada.
No terceiro capítulo aprofundamos as implicações epistemológicas do conhecimento religioso, percorrendo questões sobre a razoabilidade da crença religiosa e da própria possibilidade de um conhecimento religioso. O foco aqui foi particularmente na questão da justificação e da racionalidade de tal conhecimento.
No quarto, quinto e sexto capítulos, tratamos dos argumentos teístas e antiteístas para a existência divina. Foram abordados os argumentos cosmológicos, teleológicos e ontológicos respectivamente. A proposta foi expor de maneira mais objetiva possível a lógica das argumentações em suas várias formas, iniciais e atuais, e de suas contra-argumentações.
Finalmente, no sétimo capítulo, apresentaremos vários argumentos antiteístas, assim como as respostas aos mesmos, ao problema do mal. A proposta aqui, tal como nos três capítulos anteriores mencionados, é de explicitar a maneira como a justificação e a racionalidade de argumentos filosóficos e teológicos podem ser articuladas e permitirem uma análise mais apurada da própria crença religiosa.
Este é um dos principais objetivos da epistemologia da teologia ou da religião, nos auxiliar a perceber a justificabilidade e a racionalidade do conhecimento religioso. Aplicar, portanto, a epistemologia à teologia e ao conhecimento religioso é um empreendimento certamente repleto de desafios, mas pleno de possibilidades para um crescimento acadêmico e pessoal.
Na primeira unidade, Introdução à Ética, introduzimos a natureza da moralidade, definições e delimitações da investigação sobre o comportamento moral. Aqui, apresentamos os conceitos e o vocabulário da Ética Filosófica. Distinguimos os diferentes campos de investigação do comportamento e raciocínio moral. Assim como delimitamos o campo da abordagem filosófica à moral, a ética normativa e a metaética.
A partir destes pressupostos prosseguimos apresentando as principais teorias filosóficas da ética normativa. Primeiro exploramos as teorias consequencialistas da moralidade. Aqui abordamos questões como o egoísmo psicológico e ético, o utilitarismo de ato e de regras, e a teoria da ética do cuidado de Gilligan. Depois, analisamos as teorias não consequencialistas da moralidade. Nesse tópico apresentaremos o não consequencialismo de ato e de regras, a teoria do comando divino, a ética do dever de Kant e os deveres Prima Facie de Ross.
Finalizando a primeira unidade deste Livro de Estudos você também terá uma leitura complementar, que introduz o campo da Bioética e sua relevância atual para os profissionais na área da saúde.
Na segunda unidade, Raciocínio Ético e a Psicologia, introduzimos mais uma teoria ética, a Ética da Virtude, que teve seu ressurgimento na contemporaneidade e cujos elementos essenciais se encontram nos antigos gregos e no pensamento oriental. Após este primeiro tópico, focamos nos modelos de raciocínio ético para resolução de conflitos éticos e tomada de decisão ética. Nos últimos três tópicos dessa unidade utilizamos vários exemplos práticos, casos e situações, nos quais exploramos as possibilidades do uso das teorias éticas anteriormente analisadas para a aplicação do raciocínio, resolução e tomada de decisão ética. A proposta é que, antes mesmo de adentrarmos nos quesitos das normas éticas específicas da profissão, enquadradas no código de ética profissional ou nas diversas resoluções, o profissional de saúde, de modo amplo; e de psicologia, de modo estrito, possam compreender a centralidade das teorias éticas e a essencial importância de raciocinar eticamente na prática profissional.
A terceira e última unidade deste Livro de Estudos tem como proposta apresentar o Código de Ética Profissional do Psicólogo e as principais Resoluções que normatizam sua atuação. Para isso, inicialmente é feito um breve resgate histórico da consolidação da psicologia como profissão no Brasil até sua regulamentação em 1962, a posterior criação dos Conselhos Regionais e do Conselho Federal de Psicologia em 1971 e o atual funcionamento do Sistema Conselhos de Psicologia.
Tendo como referência os Princípios Fundamentais do Código de Ética, seus 25 artigos são analisados, bem como as principais resoluções vigentes que são apresentadas divididas por temáticas que vão desde o registro profissional até questões específicas da avaliação psicológica. Por último, o Manual de Elaboração de Documentos Escritos produzido pelo psicólogo decorrente de avaliação psicológica é detalhado quanto à finalidade e estrutura dos mesmos.
ISBN 978-85-7830-881-0