Papers by Denis Correa
Crises (Staseis) and Changes (Metabolai), 2022
The Athenaion Politeia chapter 41.2 lists eleven changes (metabolai) to the Athenian political sy... more The Athenaion Politeia chapter 41.2 lists eleven changes (metabolai) to the Athenian political system from the heroic age to the democratic restoration of Thrasybulus in 403 BCE; the city allegedly remained unchanged until as late as the writing of the text, probably around the 330s BCE. This text examines some patterns in the metabolai, involving the innovations ascribed to the first three (or four) and the main role played by Solon after the dissension (stasis) in which he acted as an arbitrator and avoided the establishment of a tyranny, which, according to the work, marked the beginning of democracy. After Solon, each subsequent metabole implicated his legacy, except those that involved tyranny. This pattern oversimplifies complex historical events, but the relationship between staseis and metabolai structures the Athenaion Politeia’s original design and constitutional historical approach. While some of these changes (the fourth, fifth, tenth, and eleventh) entailed the violent seizure of power by or against tyrants, others relate to the Solonian ideal of managing staseis without the violence of tyranny, that is, by increasing (or limiting) the power of the people over the constitution.
Our beloved Polites: Studies presented to P.J. Rhodes, 2022
The report from Herodotus 2.143 about both his own and Hecataeus’ conversations with Egyptian pri... more The report from Herodotus 2.143 about both his own and Hecataeus’ conversations with Egyptian priests is a major controversy of Classical historiography. Scholars have approached it as some sort of misrepresentation that intended to undermine Hecataeus’ reputation, or as a point made by Herodotus about the methodological flaws of his predecessor, although it is hard to believe that it happened exactly as Herodotus represented it. Some scholars already acknowledged the role of agonistic intertextuality in this passage as a structuring element of tradition and it changes the perspective about why and how Herodotus criticizes Hecataeus. Fifth-Century prose writing did not have yet an established context of communication, like the one that Greek poetry has in the ceremonial recitation in Pan-Hellenic festivals, or later in the systematic reading and criticism of texts in the schools of rhetoric and philosophy from the Fourth-Century onwards. In the lack of such kind of established setting for textual communication, I propose that Herodotus incorporated within the narrative a dramatization of Hecateaus’ visit to the Egyptian temple as a way of competing against him. My focus is on the rhetorical and agonistic aspects of the passage to understand how Herodotus intended to drain Hecataeus’ reputation and project himself in the same textual tradition.
Histos, 2019
This article examines the kind of historiographical thought that the Aristotelian Athenaion Polit... more This article examines the kind of historiographical thought that the Aristotelian Athenaion Politeia reveals in its use of sources, especially in chapters 2-17, which deal with Solon's political activity. It confronts the scholarly view of the Athenaion Politeia as poor history and argues that its historical reasoning employs the same kind of rhetorical argumentation that would have been acceptable in the intellectual context of fourth-century Greek historiography.
Veredas da História, 2019
O texto aborda o prefácio de Ab Urbe Condita por Tito Lívio, como forma de diálogo e emulação com... more O texto aborda o prefácio de Ab Urbe Condita por Tito Lívio, como forma de diálogo e emulação com a tradição da historiografia grega. O prefácio enquanto peça introdutória da historiografia antiga segue uma estrutura característica que estabelece o escopo e a ênfase da obra de acordo com diferentes critérios históricos. Tito Lívio dialoga com esta tradição ao mesmo tempo em que inova ao oferecer uma dimensão própria da sua obra na sua intertextualidade agonística com a tradição precedente.
Revista Hélade, 2017
O artigo aborda o vocabulário e a estrutura de referências sobre rupturas políticas e institucion... more O artigo aborda o vocabulário e a estrutura de referências sobre rupturas políticas e institucionais na aristotélica Constituição dos Atenienses com o intuito de problematizar a ideia de golpe jurídico-parlamentar contra a presidente brasileira Dilma Roussef em 2016 e os imbróglios éticos e conceituais desde tipo de mudança política. O texto discute o vocabulário antigo especialmente no contexto ateniense com ênfase no pensamento político de Aristóteles.
Revista do Lhiste – (UFRGS), 2016
Breve análise da fortuna crítica da primeira versão da BNCC (2015), especialmente na área de Hist... more Breve análise da fortuna crítica da primeira versão da BNCC (2015), especialmente na área de História, e seus impactos na segunda versão da mesma (2016). O texto divide a repercussão em três tendências e aponta quais foram ouvidas na segunda versão da BNCC, além disso, aponta críticas aos efeitos sociais e institucionais deste tipo de política curricular num contexto de avanço neoconservador.
Anais do Encontro Estadual de História ANPUH-BA, 2014
Resumo: O objetivo deste texto é abordar os procedimentos retóricos e argumentativos utilizados p... more Resumo: O objetivo deste texto é abordar os procedimentos retóricos e argumentativos utilizados pela obra "Constituição dos Atenienses" (séc. IV a. C.) para convencer o leitor do caráter veritativo de alguns elementos do seu relato sobre a história de Atenas. Como é comum na historiografia antiga, o autor da obra raramente faz referência às fontes do seu relato, mas em determinados trechos, quando parecem existir versões conflitantes sobre os eventos, ele lança mão de instrumentos retóricos para defender determinada versão dos acontecimentos. Embora a autoria da obra seja polêmica entre os especialistas contemporâneos, é consenso que se trata de um texto escrito na escola peripatética de Atenas sob a direção de Aristóteles, na segunda metade do séc. IV. Tal informação torna possível localizar o contexto histórico e intelectual específico para obra, e diante disso o presente trabalho busca situar os procedimentos históricos e retóricos disponíveis na época, e assim melhor compreender o impacto do pensamento histórico em sociedades de memória. A " Constituição dos Atenienses " , por se tratar de um relato retrospectivo de uma cidade cuja história é paradigmática para a modernidade, e também por estar inserida no contexto intelectual da escola peripatética, torna-se objetivo privilegiado para compreender os instrumentos conceituais da historiografia antiga. Para tanto, se realizará a análise dos usos na obra de termos destacados na Retórica de Aristóteles (1355b-58a e 1402b-03a) como instrumentos de convencimento, divididos em provas não-retóricas (pístis átekhnoi), como testemunhos (mártures) e documentos (sungraphaí), e provas retóricas (éntekhnoi) como sinal necessário (tekmḗrion), sinal (sēmeîon) e probabilidade (eikós).
Anais do Encontro Nacional Vivarium, 2014
Anais do XXVI Simpósio Nacional de História, Jan 1, 2011
Em 19 de Janeiro de 1891 o jornal britânico The Times anunciou uma grande descoberta para os estu... more Em 19 de Janeiro de 1891 o jornal britânico The Times anunciou uma grande descoberta para os estudos clássicos: O Museu Britânico adquiriu não há muito tempo uma coleção de rolos de papiro de uma fonte no Egito que, por razões óbvias, não é conveniente especificar particularmente. Nada era conhecido do conteúdo destes rolos quando eles foram adquiridos, até que eles vieram a ser examinados de perto pelos especialistas do Museu, e foi descoberto que três deles continham o texto, até agora conhecido apenas em fragmentos avulsos, do tratado sobre a Constituição dos Atenienses, atribuído a Aristóteles pelo testemunho unânime da antiguidade.
Encontro Estadual de História ANPUH RS, 2010
Resumo: Na tradição historiográfica ecoaram repetidamente as argüições de Aristóteles na Poética,... more Resumo: Na tradição historiográfica ecoaram repetidamente as argüições de Aristóteles na Poética, onde a história, colocada ao lado da poesia, é reduzida ao seu caráter particular, enquanto que a poesia trata do universal, sendo, portanto, mais filosófica e virtuosa (Poética, 1451b). Este trecho polêmico agitou inúmeras discussões sobre o caráter do conhecimento histórico, e frequentemente é associado a uma deliberada expulsão da história do campo das ciências, operada por Aristóteles (LE GOFF, 1988, p. 34, 75; e HARTOG, 2001, p. 138). O presente trabalho realiza uma leitura da passagem e, com apoio de uma bibliografia complementar , J. Redfield, 1975, P. Ricoeur, 1983, F. Hartog, 2001 procura compreender: qual o significado, para Aristóteles, da distinção entre poesia e história? O que define o "particular" e o "universal" nessa distinção? Palavras-chave: História, Aristóteles, Poética. 1. No verbete História da Enciclopédia Einaudi, depois publicado no livro História e Memória (1988, p. 34 e 74), Jacques Le Goff afirma: A contradição mais flagrante da história é sem dúvida o fato do seu objeto ser singular, um acontecimento, uma série de acontecimentos, de personagens que só existem uma vez, enquanto o seu objetivo, como o de todas as ciências, é atingir o universal, o geral, o regular. Já Aristóteles tinha afastado a história do mundo das ciências, precisamente porque ela se ocupa do particular, que não é um objeto da ciência -cada fato histórico só aconteceu e só acontecerá uma vez. As palavras de Le Goff são referência a um famoso trecho do capítulo IX da Poética de Aristóteles: Pois não diferem o historiador e o poeta por fazer uso, ou não, da metrificação (seria o caso de metrificar os relatos de Heródoto; nem por isso deixariam de ser, com ou sem metros, algum tipo de história), mas diferem por isto: por dizer, um, o que aconteceu, outro, o que poderia acontecer. Por
Seminário Nacional de História da Historiogra fia, 2010
Revista Angelus Novus, 2011
Resumo: O artigo aborda o livro "Pegma cum narrationibus philosophicis" (1555), de Pierre Coustau... more Resumo: O artigo aborda o livro "Pegma cum narrationibus philosophicis" (1555), de Pierre Coustau, e analisa seus aspectos textuais e iconográficos -especificamente o 39º emblema, intitulado "Dorica Musa". O emblema em questão realiza uma forte crítica ao procedimento jurídico do seu tempo, e para tanto recorre às imagens e palavras da literatura grega clássica. O rastreamento do tema levou-nos a Hesíodo, poeta grego do século VIII a. C., configurando assim determinada memória cultural do mundo antigo, que Pierre Coustau atualiza para possibilitar a instrumentalização retórica deste conhecimento disponível, utilizado no contexto contemporâneo do autor.
Alétheia - Revista de estudos sobre Antigüidade e Medievo, Jan 1, 2009
Resumo: o artigo analisa as concepções de Justiça (díkēδίκη) no poema "Os Trabalhos e os Dias" de... more Resumo: o artigo analisa as concepções de Justiça (díkēδίκη) no poema "Os Trabalhos e os Dias" de Hesíodo, século VIII antes da nossa era. No contexto de quebra de soberania e crise social da Grécia Arcaica, o poeta realiza a crítica do processo jurídico, que era então privilégio nobiliárquico dos reis-juízes (Basileúsβασιλεύς). Abordando o campo semântico do conceito de Justiça no poema, procura-se realizar uma revisão bibliográfica do tema, bem como uma nova experiência de leitura da Justiça Arcaica.
Thesis/Dissertation by Denis Correa
Tese de doutoramento - CECH (Coimbra/Portugal), 2021
O texto examina as controvérsias na historiografia grega do séc. V AEC – nomeadamente nas obras d... more O texto examina as controvérsias na historiografia grega do séc. V AEC – nomeadamente nas obras de Hecateu de Mileto, Heródoto de Halicarnasso, Helânico de Lesbos e Tucídides de Atenas – com o intuito de elucidar o papel da competição autoral na estruturação das convenções, critérios de verdade e cânones da tradição historiográfica clássica. Por controvérsia define-se uma passagem em tom polêmico contra escritores rivais específicos ou contra suas reivindicações de verdade. Tais rivais precisam ser mais ou menos identificáveis na tradição, seja por serem claramente nomeados pelo polemista em questão, ou devido a fragmentos de obras perdidas preservados em autores tardios que transmitem informações sobre as controvérsias. O recorte de evidências concentra-se nas obras de Heródoto e Tucídides, mas incorpora as coleções de fragmentos de seus principais rivais Hecateu e Helânico, além de outros historiadores antigos, com o intuito de oferecer um retrato sinóptico do tema. Apesar de o contexto agonístico da historiografia grega ser frequentemente reconhecido em estudos sobre o tema, ele normalmente foi associado a um particular egotismo ou influência da oralidade na cultura escrita grega, bem como são elencadas especulações, sem base nas evidências antigas, em torno de motivações pessoais e emocionais para as polêmicas. Em sentido contrário, o objetivo aqui é revelar o papel da controvérsia enquanto convenção da tradição que estrutura critérios de verdade e lhe concede continuidade cultural transgeracional de longo prazo. Para alcançar este objetivo adotam-se os conceitos de discurso hipoléptico e de intertextualidade agonística como arcabouço teórico para compreender como controvérsias conectam autores no fluxo de tradição de seus leitores, e permite a escritores drenar a reputação de rivais através de controvérsias contra eles. Nosso argumento é que competição na tradição é uma convenção para articular dúvida, construir autoridade e propor inovações na busca da verdade e na representação da memória social do passado. Além disso, investigamos as evidências para perceber a consolidação de critérios de verdade nas argumentações agonísticas e nas táticas retóricas adotadas, bem como na consolidação de tópicos comuns compartilhados, a partir dos quais foram formados os cânones, no sentido de textos exemplares, no fluxo da tradição clássica.
Dissertação de Mestrado - PPG História UFRGS, 2012
O objetivo desta pesquisa é estudar a memória cultural de Sólon de Atenas no texto “A Constituiçã... more O objetivo desta pesquisa é estudar a memória cultural de Sólon de Atenas no texto “A Constituição dos Atenienses”, atribuído a Aristóteles. Esta obra realiza uma interpretação da poesia de Sólon e do seu contexto histórico através de uma investigação historiográfica da memória política de Atenas. A formação da memória cultural de Sólon nesta obra é um objeto privilegiado para abordar a memória da democracia, a concepção de regime democrático no contexto do séc. IV ateniense, e o estatuto do conhecimento histórico no contexto intelectual da escola aristotélica.
Conference presentations by Denis Correa
Syllabi (teaching courses) by Denis Correa
Curso de História Antiga que integra o currículo da Licenciatura em História do CAHL-UFRB (Centro... more Curso de História Antiga que integra o currículo da Licenciatura em História do CAHL-UFRB (Centro de Artes, Humanidades e Letras - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia). Semestre 2021.2.
- Toda a bibliografia é centrada na produção brasileira (exceto documentários).
- Compreende também a produção de podcasts brasileiros sobre o tema.
Uploads
Papers by Denis Correa
Thesis/Dissertation by Denis Correa
Conference presentations by Denis Correa
Syllabi (teaching courses) by Denis Correa
- Toda a bibliografia é centrada na produção brasileira (exceto documentários).
- Compreende também a produção de podcasts brasileiros sobre o tema.
- Toda a bibliografia é centrada na produção brasileira (exceto documentários).
- Compreende também a produção de podcasts brasileiros sobre o tema.