Papers by FERNANDO TORRES

ANAIS DO II FÓRUM DE ETNOMUSICOLOGIA DA UFPB/ABET, 2019
Resumo: Fruto das pesquisas de doutorado dos dois autores, esse artigo apresenta os questionament... more Resumo: Fruto das pesquisas de doutorado dos dois autores, esse artigo apresenta os questionamentos e algumas possíveis causas para um sombreamento do artista Walter Wanderley (organista, pianista, arranjador, regente e compositor) e do Jequibau (expressão musical brasileira criada em 1965, na cidade de São Paulo, gravada em diversos países por vários artistas) na historiografia musical brasileira. Os questionamentos surgem pela farta produção discográfica do artista no Brasil e nos EUA (passando dos quarenta discos em carreira solo) e também pela ampla divulgação do Jequibau no país e fora dele, em contraposição a um total desconhecimento de ambos pela mídia, Etno/Musicologia e historiografia (jornalística e/ou acadêmica). A pesquisa dos autores e esse artigo tentam compreender, através de autores ligados à Música e à História, porque alguns artistas e expressões são preteridos e muitas vezes alijados da historiografia, enquanto outros são eleitos como representantes imortais e insubstituíveis no processo de divulgação e construção de memória da Música Brasileira. Através das informações nas capas e contracapas de discos, reportagens em jornais (nacionais e internacionais), entrevistas, trechos de livros e documentários, é possível estabelecer uma comparação com outros artistas mais "lembrados" e esses personagens obscurecidos pela mídia. Abstact: As a result of the doctoral researches of both authors, this article presents the questionings and some possible causes for a shading of the artist Walter Wanderley (organist, pianist, arranger, regent and composer) and Jequibau (Brazilian musical expression created in 1965 in the city of São Paulo and recorded in many countries by several artists) in Brazilian musical historiography. The questionings comes from the artist's extensive record production in Brazil and the USA, as well as the Jequibau's widespread promotion in the country and abroad, in contrast to a total lack of knowledge of all media, ethnomusicology, musicology and historiography (journalistic and/or academic). The authors' research and this article try to understand, through authors related to Music and History, why some artists and expressions are deprecated and often discarded from historiography, while others are elected as immortal and irreplaceable representatives in the process of dissemination and construction of memory of Brazilian Music. Through the information on the disc inserts, newspaper reports (national and international), interviews, excerpts of books and documentaries, it is possible to establish a comparison with other more remembered artists and these characters obscured by the media.
Bossa Nova abriu veios nunca antes descobertos na música brasileira e
trouxe consequências para q... more Bossa Nova abriu veios nunca antes descobertos na música brasileira e
trouxe consequências para quase todas as futuras gerações musicais no país.
Como gênero tipicamente brasileiro, surgido nos anos 1960 e construído
através da mistura com a música norte-americana, o Jequibau não poderia ficar
isento dessa influência. Neste trabalho, chamamos a atenção para o diálogo
estabelecido entre estas duas expressões artísticas, diálogo esse que ocorre
tanto em âmbito musical como cultural através dos sujeitos nele envolvidos.
Uma relação que suscita questões extramusicais, como territorialidade
e identidade; e intramusicais, que ocorrem sob a forma de “fricção de
musicalidades” (PIEDADE, 2005). Propomos, então, analisar alguns pontos
dessa relação, descortinando aspectos que a permeiam e que a caracterizam
ora como de aproximação, ora como de negação.
Anais SIMPEMUS 6, Mar 26, 2014
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Papers by FERNANDO TORRES
trouxe consequências para quase todas as futuras gerações musicais no país.
Como gênero tipicamente brasileiro, surgido nos anos 1960 e construído
através da mistura com a música norte-americana, o Jequibau não poderia ficar
isento dessa influência. Neste trabalho, chamamos a atenção para o diálogo
estabelecido entre estas duas expressões artísticas, diálogo esse que ocorre
tanto em âmbito musical como cultural através dos sujeitos nele envolvidos.
Uma relação que suscita questões extramusicais, como territorialidade
e identidade; e intramusicais, que ocorrem sob a forma de “fricção de
musicalidades” (PIEDADE, 2005). Propomos, então, analisar alguns pontos
dessa relação, descortinando aspectos que a permeiam e que a caracterizam
ora como de aproximação, ora como de negação.
trouxe consequências para quase todas as futuras gerações musicais no país.
Como gênero tipicamente brasileiro, surgido nos anos 1960 e construído
através da mistura com a música norte-americana, o Jequibau não poderia ficar
isento dessa influência. Neste trabalho, chamamos a atenção para o diálogo
estabelecido entre estas duas expressões artísticas, diálogo esse que ocorre
tanto em âmbito musical como cultural através dos sujeitos nele envolvidos.
Uma relação que suscita questões extramusicais, como territorialidade
e identidade; e intramusicais, que ocorrem sob a forma de “fricção de
musicalidades” (PIEDADE, 2005). Propomos, então, analisar alguns pontos
dessa relação, descortinando aspectos que a permeiam e que a caracterizam
ora como de aproximação, ora como de negação.