Papers by Narciso P . de Freitas
AS FILHAS DE EVA: COMPARATIVO DA PROSTITUIÇÃO NO CENTRO DE MANAUS (1900-2023)., 2023
O momento crescente da economia em Manaus devido à extração da borracha, durante o final do sécul... more O momento crescente da economia em Manaus devido à extração da borracha, durante o final do século XIX e o início do XX, acabou provocando não só mudanças dentro do cenário econômico, mas também na arte das edificações, além de influenciarem e organizarem o convívio nos espaços de sociabilidade dentro da cidade. Nesse cenário, chegam à cidade as prostitutas nacionais e estrangeiras, sendo as mulheres francesas e polacas as preferidas para os lugares do alto meretrício. Porém, também vemos as mulheres que são traficadas para o sexo, geralmente estrangeiras, que acabavam por dividir as ruas com as prostitutas locais, configurando, assim, o baixo meretrício. A chegada dessas mulheres fez com que surgissem diferenças nos ambientes de trabalho dentro da cidade, principalmente no que se refere ao lócus do trabalho do sexo nos cabarés e cassinos, comparando-se com a exploração sexual das ruas e das pensões.
AS VOZES SILENCIADAS DO MERETRICIO NA BELLE EPOQUE MANAUARA., 2021
A atividade da prostituição se faz como ‘a prática mais antiga do mundo’, tendo relatos da sua ex... more A atividade da prostituição se faz como ‘a prática mais antiga do mundo’, tendo relatos da sua existência na Grécia e em Roma” , locais onde vigoraram o controle do estado na prostituição, para que assim se pudesse ser cobrado os impostos das meretrizes. Além disso, para as prostitutas era obrigatória uma vestimenta diferente das outras mulheres com o propósito de serem sempre identificadas. Vale ressaltar que a prostituição foi e é moralmente rejeitada por quase toda a sociedade, já que exacerba aqueles que a praticam, mas também já foi concebida como um “mal necessário”. Por outro lado, o silencio sobre o meretrício surge com o ideal de não sujar a história da sociedade.
Outro ponto relevante é que, ao longo da história acabou por se afirmar o domínio masculino sobre as mulheres do meretrício, mostrando não apenas uma estigmatização das prostitutas, como também a disposição do consumo de seus corpos, situação que se torna mais evidente no fim do século XIX e início do XX.
XVIII SEMINÁRIO INTERDISCIPLINAR DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO (SEINPE), 2019
Este estudo, de base bibliográfica, tem como centralidade as leis Nº 10.639/03 E
11.645/08, evi... more Este estudo, de base bibliográfica, tem como centralidade as leis Nº 10.639/03 E
11.645/08, evidenciando-se alguns dos problemas envolvidos na implementação do
ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena no âmbito educacional, bem como
os desafios enfrentados pelos profissionais da Educação em se abordar temáticas que
englobem o preconceito e a valorização da cultura de matriz afro-brasileira e indígena. O
objetivo central é descrever e analisar os conflitos pertinentes ao dia a dia em sala de aula, quanto à inserção desta temática a partir das legislações, usando o método qualitativo, que levará à compreensão da trajetória do problema investigado, para assim apontarmos o que está faltando para a execução das leis. Compreende-se que os avanços e conquistas ainda são lentos, porém, necessários para a formação de uma sociedade composta pela diversidade cultural.
Anais do 6º EMFLOR – Encontro Nacional de Estudos sobre Mulheres da Floresta, Programa de Pós-Graduação Sociedade e Cultura na Amazônia e Programa de Pós-Graduação em Serviço Social e Sustentabilidade na Amazônia da Universidade Federal do Amazonas, 2019
Embora o modelo de prostituição na Belle Époque continue sendo idealizado como Meretrício “locais... more Embora o modelo de prostituição na Belle Époque continue sendo idealizado como Meretrício “locais de comércio do sexo” vinculados ao Glamour e a prosperidade, o Meretrício da prostituição se faz necessário apresenta-lo, pois, existem poucos trabalhos relacionados sobre a zona do baixo meretrício nos anos de 1900. Preenchendo essa lacuna, foi realizado um estudo sobre as políticas públicas aplicadas ao baixo meretrício no século XX em Manaós. O propósito deste estudo foi de analisar as práticas e as influências que as políticas públicas perante o baixo meretrício traziam para as profissionais da zona do sexo e também mostrar como se dava essas relações entre o baixo meretrício e o poder público dentro da cidade.
Visto que durante os processos metodológicos que se respalda a pesquisa bibliográfica com artigos, relatórios e jornais da época em que se faziam presentes, onde são citadas as metidas públicas para o controle do baixo meretrício. Desta Forma, compreende-se o cenário político e social que o baixo meretrício possuía e que também venha mostrar como era a vida dessas mulheres a partir desse recorte social obtido dentro do poder público, para que assim possa ser configurado como decadência, mulheres que sofreram as amarguras da exploração sexual, moravam nos bairros da “luz vermelha” e, muitas vezes, eram humilhadas pelas suas culturas
já que eram da sociedade diante da visão da população local.
NARCISO ACHA FEIO O QUE NÃO É ESPELHO: O MORALISMO SOCIAL E AS VERTENTES DOS MERETRÍCIOS NA BELLE ÉPOQUE MANAUARA, 2020
O artigo perspectiva a situação dos meretrícios conforme as regras de moralismo social que foram ... more O artigo perspectiva a situação dos meretrícios conforme as regras de moralismo social que foram criados durante a Belle Époque Manauara, causando uma segregação social entre as meretrizes. Visa analisar essa prostituição que recebe olhares discriminatórios pela sociedade, que pregava uma ordem a moralidade, situação que fez as vozes dos meretrícios e das meretrizes da Belle Époque Manauara ficassem silenciadas e muitas delas, apesar de existir a imaginária do que seriam as mulheres estrangeiras da prostituição de luxo, são vistas no baixo meretrício. Dessa forma, identificar e analisar as faces dos meretrícios e a vida das meretrizes juntamente com as regras que ditavam o modelo de vida social, já que a sociedade tentava formar uma moralidade entre os indivíduos criando regras e códigos de conduta que oprimiam as mulheres e, ferreamente, as meretrizes, surgindo uma forte criminalização e opressão contra elas; comparar a situação de vida, estrutura e economia dos ambientes chamados de meretrícios; definir quem eram as meretrizes e como se configuravam no mercado do sexo; relatar as diferenças entre meretrizes nacionais e estrangeiras e fazer comparar as mulheres segundo o imaginário masculino da sociedade manauara. Assim a intenção e de desconstruí a ideia de prostituição única, gloriosa e luxuosa que surgiu no cenário de riqueza, organização, moralidade e estrutural mostrando-se em um falso "fausto" do período, fazendo com que se ocultassem o outro lado da sociedade e trazendo as histórias silenciadas dessas mulheres, para que assim possamos reconstruir a história da cidade de Manaus mostrando a vida da sociedade que passou a ser esquecida, principalmente levantando a discursão da verdadeira realidade dos meretrícios e das meretrizes que configuravam a Belle Époque Manauara. Dessa forma, utiliza-se das fontes: Código Municipal de Manaus (1893; 1904; 1910), Mensagens do Governador e da Assembleia, Relatório da Chefatura de Polícia notícias dos jornais da época, do livro de profilaxia de doenças venéreas do meretrício e dos dados pessoais citados no livro de sepulturas do cemitério São João Batista. Para tal, alicerçamos as reflexões nos pressupostos teóricos de autores, desde teóricos como Walter Benjamin que utiliza a teoria de "escovar a história a contrapelo", mostrando a história a partir dos vencidos, assim até expoentes da historiografia nacional, como Margareth Rago, e local, como Maria Luiza Ugarte Pinheiro e Bárbara Lira, entre outros.
Anais do 4º Encontro de Estudo sobre Mulheres da Floresta: Tráfico, Feminismos e Fronteira. Manaus: Edua, 2014. , 2014
Este estudo tem como centralidade o período áureo da borracha. Uma época ofuscada pela riqueza e ... more Este estudo tem como centralidade o período áureo da borracha. Uma época ofuscada pela riqueza e glamour da Belle Époque que seguia os modos franceses. Nossa investigação consistiu descortinar as mulheres traficadas para trabalharem na “geografia do prazer” nas ruas da cidade no fim do século XIX e inicio do século XX. Traz para o debate mulheres que sofreram com a exploração sexual, mudavam de identidade, residiam nos bairros da “luz vermelha” e muitas vezes eram perseguidas pelas suas culturas, ante a própria vida à espera da morte sem história. Para a sociedade, jamais, elas deveriam existir porque iam ao encontro da desodorização do espaço urbano. Naquela época era necessária uma “higienização” nas ruas da cidade que vivia sua boêmia e riquezas, explicitando que assim como nas antigas tragédias gregas, erotismo e extravagância estavam intimamente associados.
Revista Eletrônica Discente do Curso de História – UFAM, volume 4, número 2, ano 4, 2020., 2020
O presente artigo discorre sobre o processo de inclusão de alunos deficientes auditivos no 1º ano... more O presente artigo discorre sobre o processo de inclusão de alunos deficientes auditivos no 1º ano do Ensino Fundamental em uma escola pública do Município de Manaus no ano de 2009. Em sua trajetória o estudo ressalta a necessidade da formação continuada do corpo docente da escola em estar preparado para receber alunos com esse tipo de deficiência, visto que hoje a Inclusão é um tema em discussão devido ao desafio que o representa. Para sistematização desta pesquisa, lançamos mão por meio de um levantamento bibliográfico apoiado numa abordagem de natureza qualitativa, a qual deu ênfase à descrição dos fenômenos estudados. Os sujeitos de nossa pesquisa envolveram 01 (uma) pedagoga e 01 (uma) professora, agregando-se para a coleta de dados a aplicação da técnica da entrevista semiestruturada, a fim de elucidar as dúvidas recorrentes ao nosso problema de pesquisa. O estudo apontou que nem a Secretaria Municipal de Educação, no ano de 2009, tem políticas públicas permanentes voltadas para o trabalho com alunos com deficiência auditiva, assim como os professores nela lotados, não possuem conhecimento e nem tão pouco habilidade para trabalharem LIBRAS no contexto de suas aulas, urgindo a necessidade de se trabalhar a educação de surdos na perspectiva da Educação Inclusiva.
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Outro ponto relevante é que, ao longo da história acabou por se afirmar o domínio masculino sobre as mulheres do meretrício, mostrando não apenas uma estigmatização das prostitutas, como também a disposição do consumo de seus corpos, situação que se torna mais evidente no fim do século XIX e início do XX.
11.645/08, evidenciando-se alguns dos problemas envolvidos na implementação do
ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena no âmbito educacional, bem como
os desafios enfrentados pelos profissionais da Educação em se abordar temáticas que
englobem o preconceito e a valorização da cultura de matriz afro-brasileira e indígena. O
objetivo central é descrever e analisar os conflitos pertinentes ao dia a dia em sala de aula, quanto à inserção desta temática a partir das legislações, usando o método qualitativo, que levará à compreensão da trajetória do problema investigado, para assim apontarmos o que está faltando para a execução das leis. Compreende-se que os avanços e conquistas ainda são lentos, porém, necessários para a formação de uma sociedade composta pela diversidade cultural.
Visto que durante os processos metodológicos que se respalda a pesquisa bibliográfica com artigos, relatórios e jornais da época em que se faziam presentes, onde são citadas as metidas públicas para o controle do baixo meretrício. Desta Forma, compreende-se o cenário político e social que o baixo meretrício possuía e que também venha mostrar como era a vida dessas mulheres a partir desse recorte social obtido dentro do poder público, para que assim possa ser configurado como decadência, mulheres que sofreram as amarguras da exploração sexual, moravam nos bairros da “luz vermelha” e, muitas vezes, eram humilhadas pelas suas culturas
já que eram da sociedade diante da visão da população local.
Outro ponto relevante é que, ao longo da história acabou por se afirmar o domínio masculino sobre as mulheres do meretrício, mostrando não apenas uma estigmatização das prostitutas, como também a disposição do consumo de seus corpos, situação que se torna mais evidente no fim do século XIX e início do XX.
11.645/08, evidenciando-se alguns dos problemas envolvidos na implementação do
ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena no âmbito educacional, bem como
os desafios enfrentados pelos profissionais da Educação em se abordar temáticas que
englobem o preconceito e a valorização da cultura de matriz afro-brasileira e indígena. O
objetivo central é descrever e analisar os conflitos pertinentes ao dia a dia em sala de aula, quanto à inserção desta temática a partir das legislações, usando o método qualitativo, que levará à compreensão da trajetória do problema investigado, para assim apontarmos o que está faltando para a execução das leis. Compreende-se que os avanços e conquistas ainda são lentos, porém, necessários para a formação de uma sociedade composta pela diversidade cultural.
Visto que durante os processos metodológicos que se respalda a pesquisa bibliográfica com artigos, relatórios e jornais da época em que se faziam presentes, onde são citadas as metidas públicas para o controle do baixo meretrício. Desta Forma, compreende-se o cenário político e social que o baixo meretrício possuía e que também venha mostrar como era a vida dessas mulheres a partir desse recorte social obtido dentro do poder público, para que assim possa ser configurado como decadência, mulheres que sofreram as amarguras da exploração sexual, moravam nos bairros da “luz vermelha” e, muitas vezes, eram humilhadas pelas suas culturas
já que eram da sociedade diante da visão da população local.