Papers by Sofia Alves Cândido da Silva
Diplomacia medieval e a recepção aos viajantes nas cortes mongóis, 2022
As relações diplomáticas ao longo da Baixa Idade Média assumiram diversas formas, sendo desempenh... more As relações diplomáticas ao longo da Baixa Idade Média assumiram diversas formas, sendo desempenhada por distintos personagens. Tendo em vista a multiplicidade das relações, este artigo se propôs a analisar a diplomacia medieval, com enfoque na recepção aos representantes ocidentais no Oriente. Em específico, nos centramos nos primeiros contatos da Cristandade com os mongóis, transcorridos no século XIII, e em uma das últimas interações, desempenhada no século XV. Para isso, nos baseamos em escritos de viagens redigidos por embaixadores.
As maravilhas em Embaixada a Tamerlão (1406), 2020
Neste capítulo buscamos discutir o conceito de maravilha no livro Embaixada a Tamerlão, redigido ... more Neste capítulo buscamos discutir o conceito de maravilha no livro Embaixada a Tamerlão, redigido em 1406. Nosso intuito é o de compreender de que forma as maravilhas, comuns nas obras que tratam das viagens e viajantes medievais, são descritas no relato elaborado por Ruy González de Clavijo, autor do livro. Para atingirmos este objetivo, comparamos três edições diferentes, uma produzida em 1582, outra em 1782 e, por fim, uma organizada em 2004.
Novas Possibilidades rumo ao Futuro das Ciências Humanas e suas Tecnologias, Apr 2, 2020
O interesse europeu em fins da Idade Média em relação ao Oriente: o caso de Odorico de Pordenone e Ruy González de Clavijo, 2020
Sofia Alves Cândido da Silva, 2020
Embaixada a Tamerlão (1406) é uma obra castelhana que faz parte do gênero literário denominado Li... more Embaixada a Tamerlão (1406) é uma obra castelhana que faz parte do gênero literário denominado Literatura de Viagem, bastante comum na Idade Média, especialmente a partir do século XIII, com o processo de expansão do Ocidente. Neste texto, discutimos a recepção aos viajantes, os embaixadores de Enrique III, rei de Castela (1390-1406), na corte do Imperador Tamerlão. Observamos as experiências e as diferenças culturais relatadas pelos viajantes, bem como o tratamento recebido na corte do Imperador Mongol.
Sofia Alves Cândido da Silva, 2019
RESUMO A literatura de viagem na Idade Média caracteriza-se por ser uma tipologia de fontes, nas ... more RESUMO A literatura de viagem na Idade Média caracteriza-se por ser uma tipologia de fontes, nas quais muitas obras produzidas no medievo podem ser enquadradas, como o Livro de Viagens de Mandeville, As Viagens de Marco Polo e Embaixada a Tamerlão. Sendo esta última classificada como um relato de viagem real, uma vez que, o trajeto descrito no livro foi realizado fisicamente pelo autor e seus companheiros de viagem. Tais escritos descrevem os caminhos percorridos pelos viajantes e com isso, é possível visualizar o itinerário, elemento fundamental que compõe o gênero literário em questão. Bem como, podemos perceber a presença de riscos e perigos, narrados pelos autores medievais. Além disso, podemos observar quais meios eram necessários para que uma viagem fosse realizada na Idade Média. Sendo assim, nesta comunicação pretende-se apresentar uma breve noção das mazelas sofridas pelos viajantes medievais ao percorrerem seus percursos e quais eram os transportes utilizados por estes homens. O estudo destes dois pontos permite realizar uma análise acerca das transformações presentes na Baixa Idade Média, uma vez que, Embaixada a Tamerlão, enfoque desta comunicação, foi redigido em 1406. Esta obra narra trajetória da embaixada organizada pelo rei espanhol Enrique III (1379-1406), tal empresa partiu de Cádiz e dirigiram-se à Samarcanda. Dentre os autores utilizados como base para a discussão proposta estão: Elisa Ferreira A Idade Média caracteriza-se por ser um período em que grande quantidade de viagens foram realizadas e, a partir delas, houve a redação de diversas obras caracterizadas como literatura de viagens. As razões para estes deslocamentos são inúmeros, dentre eles estão, por exemplo, os motivos religiosos, diplomáticos, busca de aventuras, guerras, bem como, realizar trocas comerciais. Sendo assim, os homens que viajavam na Idade Média podem ser descritos como peregrinos, guerreiros, cavaleiros, clérigos, nobres, mercadores e até mesmo reis. A literatura de viagens apresenta-se como um gênero literário fronteiriço, entretanto possui diversas características próprias. Dessa forma, de acordo com Miguel Ángel Pérez Priego (1984), são características dos livros de viagens a presença de um itinerário, que é o componente estrutural fundamental articulador da narrativa. Uma ordem cronológica, que legitima a verossimilhança da viagem e uma ordem espacial, que se associa ao itinerário, pois há uma descrição do espaço e são presentes também a mirabilia. Soma-se aos elementos supracitados, as propriedades apresentadas por José Antonio Ochoa Anadón (1990), como por exemplo, a divisão entre a literatura real e imaginada. A primeira consiste em uma viagem que foi realizada por uma pessoa ou um grupo delas, onde algum destes personagens escreve o relato de sua viagem, durante ou após realizá-la. Um dos relatos mais conhecidos é Livro das Maravilhas, de Marco Polo. Já a segunda modalidade, constitui-se a partir de um autor que possui um repertório, o que permite a realização de um relato de viagem. Entretanto, o trajeto descrito não foi realizado fisicamente pelo autor, ou seja, após a leitura de uma ampla bibliografia sobre viagens o escritor consegue compor uma viagem imaginária e redigi-la. Esse é o caso, por exemplo, do livro Viagens de Jean de Mandeville. Com isso, ao apontarmos as características, é possível enquadrar o relato de viagem Embaixada a Tamerlão (1406), fonte norteadora do Projeto de Iniciação Científica,
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