Papers by Gustavo Plácido dos Santos
Angola's involvement in the African Peace and Security Architecture (APSA) is an example of a ris... more Angola's involvement in the African Peace and Security Architecture (APSA) is an example of a rising regional power searching for strategic affirmation. Through a participatory, influential and engaging foreign policy, Angola is committed to a strategic balance in which the Armed Forces (FAA) are an instrument of both military cooperation and conflict resolution within Angola's area of interest. This article seeks to demystify this paradigm and to reflect upon Angola's potential interests behind its participation in the APSA's framework. While being strategic to the development and affirmation of Angola's military capabilities, the APSA also enables the FAA to function as a mechanism for the assertion of the country's foreign policy at the regional and continental level. These dynamics are all the more relevant in a context where Luanda holds a non-permanent seat in the United Nations Security Council.
O Presidente angolano deslocou-se, no dia 16 de Abril, à República do Congo (Congo-Brazzaville), ... more O Presidente angolano deslocou-se, no dia 16 de Abril, à República do Congo (Congo-Brazzaville), para marcar presença na tomada de posse do Presidente Denis Sassou-Nguesso, reeleito pela terceira vez para o cargo a 20 de Março de 2016. José Eduardo dos Santos fez-se acompanhar por uma comitiva que incluiu o ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti.
No dia 11 de Dezembro de 2015, o Presidente da Gâmbia, Yahya Jammeh, proclamou o país como "uma R... more No dia 11 de Dezembro de 2015, o Presidente da Gâmbia, Yahya Jammeh, proclamou o país como "uma República Islâmica", medida "[e]m linha com a identidade religiosa e valores", visto que "os muçulmanos são a maioria", representando 90% a 95% da população. 1 De maneira a reflectir o novo estatuto e oficializar a República Islâmica, um projecto-lei será submetido ao Parlamento e a bandeira será alterada. Não obstante os eventuais obstáculos legais e políticos a essa mudança 2 importa analisar as motivações por detrás do anúncio de Jammeh. A concretizar-se, a Gâmbia deixará de ser um Estado secular para se juntar ao pequeno, mas relevante, clube das Repúblicas Islâmicas, constituído pelo Afeganistão, Bangladesh, Irão, Paquistão e Mauritânia.
Briefing on the democratic development of São Tomé e Príncipe ahead of elections in 2016
O colapso da União Soviética representou um corte quase total nos laços entre Moscovo e o contine... more O colapso da União Soviética representou um corte quase total nos laços entre Moscovo e o continente africano. A Rússia de Vladimir Putin tem, no entanto, procurado restabelecer essas relações, tendo em vista reverter o impacto económico-financeiro das sanções e dos baixos preços do petróleo, bem como contrariar o crescente isolamento internacional e projectar a sua influência para outras regiões do globo. África, em particular a região subsaariana, tem um enorme potencial. Por um lado, destaca-se a abundância de recursos naturais, de um mercado de consumo em crescimento e de oportunidades de investimento. Por outro, o continente africano perfaz quase um terço dos Estados-membros das Nações Unidas, dessa forma possibilitando maior apoio às iniciativas e protecção dos interesses de Moscovo em fora internacionais. A isto acresce a intenção de Moscovo em contrabalançar a influência do Ocidente em África e garantir uma maior presença no Atlântico, parte integrante da nova doutrina naval russa. 1
Nigéria e São Tomé e Príncipe: uma relação centrada no petróleo e na geoestratégia Gustavo Plácid... more Nigéria e São Tomé e Príncipe: uma relação centrada no petróleo e na geoestratégia Gustavo Plácido dos santos instituto Português de Relações internacionais e segurança (iPRis)
Em Junho de 2015, o Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, realizou uma curta digressão po... more Em Junho de 2015, o Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, realizou uma curta digressão por Pequim e Abu Dhabi. As visitas surgem numa altura complicada para Angola: os baixos preços do petróleo afectaram gravemente as finanças nacionais, colocando em risco o desenvolvimento socio-económico e a própria estabilidade política. Tendo em conta a proximidade entre Luanda e Pequim, a visita à China não surpreende. A deslocação visou garantir a continuidade das encomendas chinesas de petróleo, alargar as relações económicas a sectores não petrolíferos, garantir melhores condições para os empréstimos de Pequim e, igualmente importante, angariar parte dos 10 mil milhões de dólares que Luanda necessita para assegurar a construção de infra-estruturas. 1 Por seu turno, a escala em Abu Dhabi é também vital para os interesses angolanos. Os Emirados Árabes Unidos (EAU) têm investido activamente no continente africano, nomeadamente em infra-estruturas e têm-se assumido como um país central na nova rota da seda, i.e. nas "rotas comerciais que ligam a Ásia com o Médio Oriente, África e América Latina", e que se preparam "para revolucionar a economia global". 2
A Etiópia realizou eleições parlamentares a 24 de Maio de 2015, naquele que foi o primeiro acto e... more A Etiópia realizou eleições parlamentares a 24 de Maio de 2015, naquele que foi o primeiro acto eleitoral desde a morte, em 2012, de Meles Zenawi. De acordo com os resultados preliminares, e tal como esperado, o sucessor de Zenawi, Hailemariam Desalegn, e o partido no poder -a Frente Democrática Revolucionária do Povo Etíope (FDRPE) -, serão os grandes vencedores, garantindo mais uma larga maioria. 1 A FDRPE goza de vasto apoio popular. Em 2010, garantiu 99,6% dos assentos parlamentares e conta com cerca de 7 milhões de militantes. Esse apoio é o produto do elevado crescimento económico -relativamente inclusivo -e de uma estratégia que dá prioridade ao desenvolvimento nas zonas rurais, onde habitam 85% da população. Para além disso, a FDRPE reprime a oposição política e controla a comunicação social para assegurar o monopólio na difusão da sua mensagem junto da população. Ora, é a questão da repressão e controlo que geralmente sobressai quando se refere a Etiópia: um regime autoritário que viola os direitos humanos, intimida grupos da oposição, censura a comunicação social e reprime a sociedade civil. Tal tem originado fortes críticas por organizações de direitos humanos e pró-democracia. 2 Situações como a detenção de bloggers crí-
Uploads
Papers by Gustavo Plácido dos Santos