Atenas, cidade
cosmopolita e capital do estado grego, fica na Ática, e Ática é a parte da
Grécia que fica a sul de Stereá e banhada pelo golfo Sarónico. O nome advém de “Atena”, deusa do conhecimento e da
sabedoria. Aqui nasceu a democracia. Aqui foi criada a obra-prima da
arquitectura – o Pártenon. Na consciência do todo o mundo civilizado Atenas é
símbolo da liberdade, da arte e da democracia, as suas memórias nunca se apagam
é ver a sua história reviver. No seu centro dominam duas colinas, a Acrópole,
com os monumentos da época de Péricles, e da Lycabeto com a sua pitoresca
igrejinha de S. Jorge.
Atenas é hoje
uma cidade, viva e frenética, moderna e romântica. Com as ruas e praças
repletas de vida mas também com becos remotos, vizinhanças sossegadas e isoladas
como a Plaka e Mets, nos restaurantes e tabernas podemos saborear a riquíssima
gastronomia grega; nas casas de espectáculos nocturnos, nos pubs, clubes e
bares a diversão é total e permanente até ao raiar do dia porque em Atenas a
festa quase nunca acaba. O Pireu é o porto marítimo da Grécia desde a
Antiguidade, hoje no mesmo lugar onde se encontrava a cidade antiga é o grande centro
marítimo e financeiro não só da Grécia mas de todo o Mediterrâneo, diariamente
partem ferrys que ligam a capital a
todos os cantos da Grécia Insular e ao estrangeiro. O Pireu fica a sudoeste de
Atenas, a quase 10 quilómetros do seu centro, a ligação faz-se através de
autocarros e metropolitano, os seus portinhos naturais, Mikrolimano, Pasalimani,
Marina Zea e Freatida são lugares animados e muito turísticos.
Saímos de Lisboa pela meia-noite em voo directo de quatro horas mais a
diferença horária aterrando no aeroporto internacional “Eleftherios Venizelos”,
em Atenas, pelas 6,30 horas da manhã, já no exterior do aeroporto existem duas
opções para se chegar ao centro da cidade; autocarro X95 até à Praça Syntagma
por 6,00€ com a duração da viagem em cerca de uma hora em função do tráfego
rodoviário, ou o autocarro X96 ao porto do Pireu, ou ainda através da rede de
Metro de Atenas, linha 3 (azul), com a ligação à linha 2 (vermelha) em Syntagma
e linha 1 (verde) ao Pireu na estação de Monastiraki, custo do bilhete 9,00€
por pessoa. Para o efeito está disponível no aeroporto folheto informativo
sobre a rede de transporte público do aeroporto ao centro da cidade e áreas
suburbanas.
Apanhámos o metro para o centro da cidade rumo ao Economy Hotel localizado
numa rua traseira à Câmara Municipal de Atenas, onde nos foi permitido deixar
as malas de viagem em segurança até à possibilidade de efectuarmos o “check-in”, deste modo, a ficamos em
condições para fazer a primeira incursão pela cidade, para tal, é
imprescindível precaver-nos de alguns artigos, mapa da cidade, uma garrafa
pequena de água facilmente adquirida em máquinas dispersas um pouco por todo o
lado, roupas simples e frescas, um par de sandálias ou de sapatos confortáveis,
evitando-se qualquer tipo de saltos altos em todos os sítios arqueológicos. Em caso
de calor extremo quando as temperaturas sobem acima dos 39º, prevenindo-se os casos
de insolação e desidratação, por decisão do Ministério Helénico da Cultura e
Desportos, os horários de abertura e fecho dos sítios arqueológicos sofrem
ajustamentos, devemos por isso consultá-los previamente, por fim, o bilhete de
ingresso aos locais arqueológicos só pode ser adquirido nas bilheteiras
oficiais instaladas nos locais, de um modo geral, o preço do bilhete adquirido
individualmente é mais dispendioso, contudo, existe uma modalidade bem mais
económica válida para cinco dias por 30,00€ com acesso aos seguintes locais:
Ágora Antiga de Atenas e
Museu
Ágora Romana de Atenas
Biblioteca de Adriano
Sítio Arqueológico de
Kerameikos e Museu
Templo de Zeus Olímpico
Sítio Arqueológico de
Lykeion/Liceu de Aristóteles
Acrópole de Atenas e
Encostas Sul e Norte
1º Dia
O primeiro dia à descoberta de Atenas começou perto do nosso hotel pela rua
Athinas com a visita ao enorme Mercado Central (Varvakeios Agora), ao fundo, o
bairro Monastiraki (significa “pequeno mosteiro”), outrora, neste local
existia uma igreja e um mosteiro, a actual é do século XVII, Igreja de
Pantánassa ou da Dormição da Virgem, valendo bem uma visita mas do seu mosteiro
e dos edifícios circundantes foram destruídos perdurando só o nome de outrora até
aos nossos dias. Monastiraki é uma zona antiga e distinta, de ruas estreitas e
irregulares, de pequenos edifícios característicos dos tempos dos Otomanos, nesta
praça histórica, a zona mais “in” da
cidade, a Mesquita Tzistaraki, a Biblioteca de Adriano e, de particular interesse o edifício neoclássico, a estação
de metro completamente renovado.
Mesquira Tzistaraki (ano 1759)
Igreja Bizantina de Pantánassa (séc. X)
Edifício Neoclássico – estação de Metro
Nas bancas dos vendedores de rua ou nas pequenas
lojas das ruas centrais, da Adrianou,
da Pandrosou, da Ifaistou, da Thiseiou, da
Ayiou Filippou, da Astigos, da Ermou, podemos encontrar qualquer coisa, de sapatos a roupas, de móveis
antigos e novos, de livros a revistas antigas, de lembranças, de jóias, de chapéus,
de discos de vinil a CDs novos e usados, obviamente, instrumentos gregos
tradicionais (bouzoukis, touberleki) é entre as ruas Metropoleos, Athinas a Stadiou, o coração do antigo centro histórico
e comercial, uma área pedonal bastante tranquila com mais de 2500 lojas de
venda de grande variedade de produtos, numerosos cafés, modernos restaurantes e
pequenos bares.
A verdejante Ágora da Antiga Atenas é um bom local para se passear
e ao mesmo tempo imaginarmos a agitação que outrora aqui reinou, está localizada
no sopé da Acrópole, foi fundada no século VI a.C., era o coração da cidade
durante 1200 anos e centro de toda a actividade cívica, política, comercial,
religiosa, artística e filosófica, onde Sócrates se dirigiu ao seu público, a
democracia nasceu e que S. Paulo pregou.
Theseion – Templo de Hephaistos, construído em 460-415 a.C., é o mais bem
preservado templo clássico da Grécia dedicado a Hefesto e Atena, não a Teseu. O
friso retrata os feitos de Teseu e Hércules.
Monumento aos Heróis de Epónimos, datado do século IV a.C., tinha
estátuas de bronze de cada um dos dez heróis tribais da Ática.
Templo de Apollo Patroos e Templo de Zeus
Stoa de Átalos, construção de dois pisos, foi doada pelo rei Átalo II de
Pérgamo (159-138 a.C.) à cidade de Atenas, hoje é um Museu que exibe os achados
da Ágora de Atenas.
Stoa Basileios, construída em 500 a.C., da rua Adrianou têm-se boas vistas para as ruínas.
Odeão de Agripa, construído por Agripa no ano 15 d.C., albergava 1000
espectadores e tinha um pórtico de dois andares. No ano 267 d.C. foi destruído,
mais tarde, em 400 d.C., foi construído um Ginásio no seu local. A norte, das
quatro grandes estátuas recuperadas do Odeão, restam três, um Gigantes e dois Tritões
colocadas em pedestais.
Tholos, edifício circular, cuja tradução é “colmeia”, comité executivo
composto por 50 membros do primeiro Parlamento.
Nymphaion, ruínas de um fontanário do século II d.C., são ainda visíveis,
apesar da construção de uma igreja bizantina sobre ele no século XI
Relógio de água
Via Panatenaica
Igreja dos Santos Apóstolos
Altar a Zeus
Conduta de água
Muralha Romana e Porta à Ágora Romana
Estruturas Romanas entre a Ágora Antiga e à Ágora Romana
2º Dia
Para rentabilizar bem o segundo dia aproveitando o fresco da manhã, bem
cedo deixamos o hotel rumo à sumptuosa Biblioteca de Adriano, assemelhando-se
a um luxuoso fórum, construído por
Adriano no ano 132 d.C., no espaço existiam anfiteatros, salas de música e um
teatro.
Tetraconch Church
Propyleu
Igreja de Saint Asomatos “Sta Skalia”
Biblioteca de Adriano (Auditoria)
Não muito distante a Ágora Romana, um complexo arquitectónico
construído entre o ano 19-11 a.C., consistia num campo largo rectangular com
colunatas “stoas”, onde várias lojas estavam localizadas no interior e uma das
entradas orientais para o mercado, o Propileu Oriental. Uma Torre Octogonal
denominada por Torre dos Ventos, construção do séc. I a.C., pelo astrónomo
sírio Andronikos Kyrrhestas, era um
relógio hidráulico. Em cada face do relógio podem ser vistos baixos-relevos dos
oito ventos no exterior, e no interior uma clepsidra
movida pela corrente de água da Acrópole. Uma latrina pública com 68
lugares, denominada Vespasianae, construção
do séc. I d.C., era edifício rectangular, com um pátio no meio, com bancos com
buracos alinhados nos quatro lados e um canal de esgoto. A monumental entrada
ocidental para o fórum com quatro
colunas, a Porta de Archegetis e a
Inscrição de Júlio César e Augusto, foi construída no ano 11 a.C. por estes
imperadores e dedicada pelo povo de Atenas à deusa Athena. A inscrição está tão esbatida que só pode ser vista ao meio-dia, devemo-nos colocar no exterior
do fórum e olhar para o topo da
entrada. A Mesquita Fethiye, na ocupação otomana, em 1456, os turcos
construíram esta mesquita sobre as ruínas de uma igreja paleocristã.
Torre dos Ventos (séc. I a.C.)
Porta de Athena Archegetis (ano 11 a.C.)
Agoranomeion (ano 50 a.C.)
Vespasianae – Latrina (séc. I d.C.)
Stoa do Forum
Basílica Paleocristã
Mesquita Fethiye (séc. XV)
Depois dum merecido e repousante almoço em Monastiraki num dos muitos
restaurantes, descemos a rua Adrianou
em direcção a outro local fascinante a não perder Kerameikos, localizado
a noroeste Atenas, bairro dos antigos oleiros, o nome vem de Keramos, deus
patrono da cerâmica, segundo escritores antigos evoca um antiquíssimo grupo de
olarias nas margens do rio Iridanos que atravessa este local.
O sítio arqueológico para além da Muralha
primitiva que rodeava toda a cidade de Atenas, erigida em 478 a.C., por Temístocles, contém vestígios de dois
dos mais conhecidos arcos da antiga Atenas. O Dipylon
e a Porta Sagrada, maior porta da entrada principal de Atenas e da Grécia
Antiga, aqui convergiam as estradas de Tebas, de Corinto e do Peloponeso, a Via-Sacra, reservada a peregrinos e
sacerdotisas durante a procissão passavam por esta bem preservada porta até Elêusis, tendo sido durante 1400 anos um dos lugares mais sagrado da Grécia onde
milhares de peregrinos participavam nos Mistérios de Elêusis, ritos dedicados a
Démeter, deusa da Natureza, e à sua
filha Perséfone, e o Pompeion local na preparação de
procissões festivas e religiosas, em particular a procissão Panatenaica Anual. Na vizinhança dos
arcos o mais antigo e o maior cemitério da Ática, os Túmulos dos Guerreiros, altas
e redondas elevações tumulares ao longo da Via-Sacra
do século VII a.C., homenageavam heróis guerreiros, saliento, o Touro de
Mármore do túmulo de Dionísio de Kollytos,
o túmulo de Dexileos de marfim, de um
jovem cavaleiro que morreu em 394 a.C., a Estela Funerária de Hegeso, onde a falecida está sentada a
tirar uma bugiganga de uma caixa, o original está no Museu, e o Santuário dos
Tritopatores, não se sabe quem eram, mas poderiam ser representações das almas
dos mortos e adorados. Antes de sairmos do local convém não perder a visita ao pequeno
Museu Oberlander, situado à entrada, que está repleto de achados
interessantes, dos originais das sepulturas e de fragmentos de olaria com cenas
eróticas de um bordel.
Muralha exterior de Atenas (ano 478 a. C.)
Porta Sagrada e Via Sacra, Pompeion e Dipylon (fundo)
Grande Canal (rio Iridanos)
Pequeno Santuário
Pompeion
Dipylon
Túmulos dos Guerreiros (séc. VIII a.C.)
Túmulo de Dionísio de Kollytos
Túmulo de Dexileos em marfim
Estela Funerária de Hegeso (séc. V a.C.)
Museu Oberlander
3º Dia
Seguindo a cronologia da vinheta apensa ao bilhete de ingresso o terceiro
dia em Atenas estava destinado ao Templo de Zeus Olímpico e ao sítio
arqueológico de Lykeion.
No trajecto passámos pelo Museu Histórico de Atenas, edifício neoclássico
que serviu de antigo Parlamento Grego, o edifício é conhecido por Palaia Vouli,
atalhando caminho, bem no meio da rua comercial de Ermou, a Agia Kapnikarea, capela
dedicada à Virgem Maria, foi construída no século X sobre as ruínas de um
templo antigo a uma deusa, não muito distante, a enorme Mitropoli Catedral de
Atenas e a pequena Panagia Gorgoepikoos, construída no século XII sobre um
templo antigo com as paredes de relíquias romanas e bizantinas em mármore,
isto, no bairro mais antigo abaixo da Acrópole nas sinuosas vielas medievais da
Plaka.
Museu Nacional de História (Antigo Parlamento Grego)
Kapnikarea (capela do séc. X, no meio de rua comercial de Ermou)
Mitropoli Catedral de Atenas
Panagia Gorgoepikoos (séc. XII)
Outro local a não perder é uma
pequena praça repleta de restaurantes e esplanadas a ladear o Monumento Lysikrates,
construído no ano 335-334 a.C., na antiga estrada de Tripods que ligava a
Antiga Ágora ao Santuário e ao Teatro de Dionísios, é um monumento circular com
seis colunas Coríntias e decorado com frisos em mármore de cenas da vida de
Dionísios. Ao fundo da rua Lysikratous, o Arco de Adriano, o Templo
de Zeus Olímpico e o Vale Ilissos, a entrada para o sítio arqueológico é pela
Avenida Vasilissis Olga.
Monumento Lysikrates (ano 335-334 a.C.)
Templo de Zeus Olímpico (ano 124 – 132 a.C.)
Arco de Adriano (ano 131 – 132 a.C.)
Termas Romanas (ano 124 -131 a.C.)
Ruínas de habitações (séc. V a.C. – séc. II d.C.)
Basílica de Olympieion (ano 450 d.C.)
Porta da Muralha de Temístocles (ano 479 – 478 a.C.)
No Vale de Ilissos, na altura da minha passagem era uma área não
acessível ao público
Muralha Valeriana (ano 256 – 260 d.C.)
Templo de Apollo Delphinios e de Ártemis Delphinia (ano 450 a.C.)
Tribunal no Delphinion (ano 500 a.C.)
Templo de Kronos e Rhea (ano 150 d.C.)
Templo de Zeus Pan-Helénico (ano 131 – 132 d.C.)
Portas da Muralha de Temístocles
Terminada a visita nada melhor que um repousante descanso no fresco do Jardim
Nacional & Zappeio bastando para tal atravessar a avenida, conhecido como
Jardim Real da rainha D. Amália com muitas plantas exóticas e domésticas
pontuado por muitas estátuas, tem um lago, um pequeno zoo e um parque infantil.
Não muito distante o Estádio Kallimarmaro mas nome oficial deste
estádio é Panatenaico com capacidade de 70.000 lugares, foi construído em 330
a.C., para os Jogos Panatenaicos, para a visita é necessário adquirir bilhete
de ingresso pois não está incluído no pacote.
Em frente ao estádio, ao subirmos a Irodou Attikou, pela rua lateral ao
jardim, passaremos pelas residências oficiais do primeiro-ministro e do
Presidente da Grécia que entroncará com a Avenida Vasilissis Sofias onde se
situam o Museu de Arte Cicládica, o Museu Benaki, o Museu Bizantino e o Museu
da Guerra. É, precisamente, inserido no Museu Benaki, um espaço recentemente
adquirido e requalificado a nossa próxima visita, o Lykeion, o Liceu de
Aristóteles ou Ginásio que contrapunha com o de Platão.
Museu Bizantino
Cisterna
Túmulo (séc. VII a.C./VI a.C. a séc. III d.C./VI d.C.)
No regresso ao hotel passámos pelo centro da Atenas moderna, o edifício
do Parlamento e a Praça Syntagma, sendo inevitável visitar a estação de Metro
de Syntagma tem tanto de museu como de eixo de transportes, mas a principal
atracção é a parede de vidro exibindo o espólio de valiosas peças aqui
encontradas aquando das escavações para alargamento da rede do metro, o qual
inclui dois cemitérios. Mais à frente, na Avenida Vasilissis Amalias, as Termas
de Adriano, terminando desta forma a nossa jornada.
4º Dia
O quarto dia foi destinado para atacarmos a Colina Areopagus e a Acrópole,
finalizando a vinheta nos locais previstos e cuja validade era de cinco dias. Deixo
aqui uma observação de que a Acrópole como é espectável atrai muitos visitantes
e muitos autocarros e face à grande afluência principalmente de manhã perde-se
muito tempo no acesso à Acrópole, por isso, a melhor altura é fazê-lo à tarde.
Propyleu (ano 437 – 432 a.C.)
Pedestal - Monumento a Marco Agripa (ano 27 a.C.)
Templo de Atena Nike (ano 420 a.C.)
Caminho Panatenaico
Pártenon – templo do século VI a.C. mas foi construído e decorado (ano
447 – 432 a.C.)
Erectéion (ano 420 – 406 a.C.) e Pandroseion
Teatro de Dionísio (ano 161 d.C.) com capacidade de 17.000 espectadores
Era o nosso quarto dia em Atenas e domingo, ou seja, dia de se presenciar
ao render da Guarda na Praça Syntagma, em frente ao Parlamento Grego no
Monumento ao Soldado Desconhecido, de sentinela e no exterior estão os
“evnozes”, soldados que marcham de um lado para o outro em trajes tradicionais,
saias curtas e sapatos com pompons, às horas certas do dia é realizada mudança
dos guardas ao monumento do Soldado Desconhecido mas o desfile com toda pompa e
circunstância só se realiza aos domingos pelas 11h,00 tendo uma duração de
cerca de uma hora mas é conveniente estarmos no local a partir das 10h,30
devido à grande afluência de público.
À tarde, facilmente chegamos ao Porto do Pireu de metro,
abandonado após um glorioso nascimento antigo, só voltando a desenvolver-se em
1834, tornou-se no principal centro industrial, o Pireu é a porta de Atenas
para as ilhas e é hoje o terceiro maior porto do Mediterrâneo.
Duas baías a não perder, a Pasalimani,
a grande baía circular rodeada por imponentes edifícios modernos, foi a
principal base naval grega no século V a.C., o antigo porto Zea podia acomodar
196 trirremes, hoje ancoram majestosos iates e veleiros e, a Mikrolimano,
conhecida pelos excelentes restaurantes de peixe, os antigos que guardavam aqui
os seus barcos acreditavam que estavam protegidos pela deusa Ártemis tendo
recebido no início o seu nome.
5º Dia
A particularidade do quinto
dia foi aguardar no átrio do hotel o autocarro de turismo que nos levaria Delfos, distando apenas a duas
horas de Atenas, Delfos é um destino turístico favorito por excelência,
declarado Património Mundial pela UNESCO.
E, como ir de Atenas a Delfos? Por autocarro através da KTEL, a viagem
tem a duração de cerca 2horas 50 minutos e tem o custo de 25,00€ por pessoa, o
bilhete de entrada no sítio arqueológico e museu é 12,00€ por pessoa, em
alternativa, a mais recomendada é através de autocarro por agência com guia no
idioma preferido, solicitando-se nas recepções dos hotéis pois estes têm um
intercâmbio entre eles, o preço inclui a viagem, entrada no sítio arqueológico
e museu, sendo de 90,00€ por pessoa sem almoço e de 105,00€ por pessoa com
almoço, a recolha e a largada dos passageiros é feita nos diferentes hotéis, a
saída está prevista pelas 8 horas.
Aqui, o lendário Oráculo expressava as suas profecias, contando a Édipo,
entre outros, o seu terrível destino. Os arredores de Delfos estão cheios de
beleza e oportunidades para nadar, caminhar e esquiar, onde a Mitologia e
História se encontram numa paisagem deslumbrante que deixa qualquer visitante
sem fôlego, uma grande rede hoteleira, restaurantes e lojas modernas,
localizada entre a montanha e mar, constitui a base ideal para a descoberta do
verdadeiro coração da Grécia.
Na Antiguidade, Delfos foi o mais importante oráculo Pan-Helénico e um
dos locais mais sagrados do mundo, aqui, reis, políticos e generais reuniam-se
para um oráculo favorável do deus Apollo. O seu primeiro assentamento remonta
ao período Micênico (séc. XIV-XII a.C.) mas o Santuário atingiu o seu auge por
volta do século IV a.C./séc. IV d.C. com os Jogos Pythianos constituindo seu
ponto de referência. Os monumentos mais importantes do sítio arqueológico são
os seguintes:
Via Sacra esta estrada reconstitui a rota que Apollo seguiu até Delfos e
termina no templo a ele dedicado, desde a entrada do recinto até ao Templo de
Apollo
Templo de Apollo (séc. IV a.C.), dentro do qual foi o santuário, sede do
Oráculo de Delphi
Tesouro dos Atenienses (finais do séc. VI a. C., início séc. V a.C.),
abrigava as ofertas para Apollo
Bouleuterion (ano 600 - 500 a.C.), ao lado do Tesouro dos Atenienses
Tesouro dos Sífinios, estrutura de mármore semelhante a um templo, as
estátuas estão no Museu
Anfiteatro (séc. IV a.C.) com capacidade para 5.000 lugares
A Cúpula, edifício circular (ano 380 a.C.)
Estádio (séc. V a.C.),renovado por Herodes Atticus (séc. II d.C.)
Fonte Castaliana
Museu
Arqueológico de Delfos
6º Dia
Os dias previstos para a nossa estada em Atenas praticamente estão se
esgotando faltando imprescindivelmente o Cabo Sounio mas como ir de
Atenas para Cabo Sounio na opção mais económica? Essa será como é óbvio de
autocarro público da empresa KTEL Fokidas com a paragem terminal na Avenida Alexandras
em Areos Park, a viagem é cerca de 90 minutos percorrendo a Costa da Ática com
as melhores praias da região, de Glyfada a Vouliagmeni coroando na península no
Cabo Sounio, no Templo de Posídon. O bilhete adquire-se no interior do autocarro
e o preço é de 6,90€, o cuidado a ter é ao horário do último autocarro para
regresso a Atenas, para o efeito deve-se consultar o horário disponibilizado e
fornecido pela empresa que se encontra afixado na paragem:
Atenas-Sounio - 7h, 8h,10h, 11h, 13h, 14h, 15,30h e 17h
Sounio-Atenas – 8h, 10h, 11h, 13h, 14h, 16h, 17h, 19h, e 20h
Fazendo a pé o percurso ao local da saída do nosso autocarro nos levará
ao Cabo Sounio, outros edifícios merecem a referência como, Academia das Artes
e a estátua de Apolo no topo de coluna Iónica, a Biblioteca Nacional e o Museu
Arqueológico Nacional de Atenas, terminando em Areos Parque com registo para a estátua
de Atena e a estátua equestre do rei Constantino.
A viagem termina muito perto do sítio arqueológico e o ingresso é de
8,00€. O local dispõe ainda de esplanada-restaurante para que o visitante possa
retemperar energias e apreciar o nostálgico local para mais tarde o regresso a
Atenas ou continuar viagem a Lavrion.
A península de Sounio era habitada desde a Pré-história, e parece haver
alguma forma de culto desde o período Micénico, já que Homero é o primeiro a
descrever Sounio como “sagrado”, relata que na viagem de volta de Tróia,
Menelaus aqui enterrou seu timoneiro Phrontis.
A construção do Templo de Posídon e do Propileu são do início do século V
a.C., destruído durante a invasão persa, antes que pudesse ser concluído.
Entretanto, outro templo dórico em mármore com 6x13 colunas foi erigido no
mesmo local. As figuras que compunham o friso acima da “cella” e partes deste, presentemente, estão no Museu de Lavrion.
Em 412 a.C., na guerra do Peloponeso, os Atenienses reforçaram a
fortaleza que ocupava uma posição estratégica, de onde a cidade-estado de
Atenas controlava passagem do Mediterrâneo para o mar Egeu e Pireu, seu porto
central, bem como a península de Lavrion, e as ricas minas de prata. Por diversas
vezes perdido para os Macedónios foi finalmente reconquistado pelos Atenienses,
no ano 229 a.C..
O santuário de Atena localiza-se numa colina a 400 metros ao norte do
promontório. Dois templos a Atena são preservados dentro do recinto poligonal,
um menor e mais antigo, do ano 600-550 a.C., consiste de uma cela rectangular
com duas colunas Dóricas na frontaria, nas traseiras da “cella”, a base da estátua de culto de Atena, e um pequeno altar na
frente do templo. Mais tarde, foi destruído pelos persas, e um templo novo e
maior foi construído, semelhante ao anterior, mas com duas colunatas Iônicas
adicionadas a leste e sul. Um recinto circular irregular perto dos templos está
identificado com sendo o santuário de Phrontis, mencionado em Homero.
7º Dia
O último dia foi para a incursão à Colina de Filopappos, por um
caminho de labirintos em encosta coberta de pinheiros, passando por monumentos
que assinalam séculos de história, e à compra de recordações do artesanato
regional.
Monumento a Filopappos
A Pnice (Stoa Este e Oeste)
Dypilon (século IV a.C.)
Kallirroe (fonte século VI d.C.)
Santuário de Zeus
Santuário de Pan
Ágora do distrito de Koile e Antiga estrada da Acrópole ao Pireu
Diateichisma (muralha do século IV a. C.)
Meton´s (Relógio Solar)
Antigo Observatório Nacional
Agios Dimitrios
Loumbardiaris
Ficha Técnica
Época
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GREGO E INGLÊS
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Hotel
ECONOMY HOTEL
Meios de
transportes utilizados
METRO e AUTOCARRO
Aeroporto
Aeroporto
Internacional “Eleftherios Venizelos”
Duração
recomendada
8 dias