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sexta-feira, 18 de outubro de 2013

O mistério das teias de aranha

Mistério do ano, que se tornou por momentos num filme de terror, voltando depois ao mistério.

Nesta casa, as janelas da sala são compostas por: portadas interiores, de madeira, compactas (que só fecho quando vou de fim de semana, por segurança); janelas portadas, e portadas exteriores, que só deixam passar alguma luz visto que estão feitas de modo a ninguém conseguir olhar cá para dentro. Ora, no meu quarto, e até ontem, o espaço entre as janelas e as portadas exteriores (coisa de 7 cm) era preenchido por uma complexa estrutura de teias de aranha, que eu até estimava pois servia de barreira para as melgas. Estimava mais ainda uma das aranhas, que era daquelas que faz uma teia compacta com um túnel ao meio, circulando dentro do túnel e pondo o narizinho de fora quando queria pescar uma melguita para o almoço. Note-se que se alguma decidisse pôr uma pata para o lado de cá, levava com uma coisa em cima, mas tínhamos atingido ali um acordo e só tive de matar uma vez uma pequena tarântula porque entrei em pânico. Não sou a favor de as matar, mas por favor respeitem o meu espaço e a minha fobia, senão não respondo por mim.

Pausa para reflectir sobre o quão aborrecida ando que até acompanho a vida no espaço entre janelas e portadas exteriores do quarto...

Ah, o mistério. Há meses que o equilíbrio tinha sido atingido. Ontem, quando cheguei a casa, fui como de costume fechar as janelas para não passar a noite a ouvir as melgas à minha volta. Primeiro uma sensação de "passa-se aqui alguma coisa de estranho mas não estou a conseguir perceber o quê". Depois lá percebi: as teias tinham desaparecido. Num misto de pena e consternação, ainda pensei: queres ver que o dono da casa mandou aqui alguém fazer limpeza (oh meus deus, tenho o quarto desarrumadíssimo!!!). Logo se tornou claro que não foi esse o caso, visto que o resto da casa estava tal e qual a tinha deixado. A entrada com alguma sujidade (não há volta a dar, podia estar sempre a limpar que ficava na mesma passadas duas horas e não estou para isso), teias nas outras janelas, etc etc.
Fiquei intrigadíssima. Lembrei-me de repente que os meus "vizinho" têm a fama de serem amigos do alheio, portanto fui ver se faltava alguma coisa. Não faltava. Até tinha levado o meu computador comigo para o escritório, quando é costume deixá-lo na sala.
Passou-se a hora de jantar, e eu sempre a pensar naquilo. Liguei para a minha mãe antes de me ir deitar e claro que estalou o terror: "ai, eu não me ia deitar sem ver se estava alguém dentro de casa primeiro...".


Pá, obrigadinha. Numa casa grande demais para mim, com pelo menos uma divisão que está sempre fechada (não trancada), 20 recantos onde alguém se pode esconder e um roupeiro onde cabe lá uma pessoa.

Passo seguinte: pegar numa vassoura (hey, nada de gozar) e percorrer todos esses locais, para me assegurar que não estava ninguém escondido.

Depois de uns minutos de taquicardia, e depois de ficar a olhar para a porta da tal divisão que costuma estar fechada com medo de a abrir não me fosse saltar de lá alguém, lá descartei todas as hipóteses.


Ficou a dúvida: que raio terá acontecido às teias?... Pelo sim pelo não, vou começar a pôr sinais que me indiquem se alguém entrou por alguma porta ou janela. E a levar o computador sempre comigo. E a fechar sempre as janelas todas antes de sair de manhã.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Ibuprofeno

Sou pessoa para já ter feito umas queixinhas sobre isto aqui antes, mas não tenho a certeza e tenho preguiça de ir ver.

Desde há uns meses para cá, de cada vez que ia à farmácia e pedia ibuprofeno 400 mg ou 600 mg olhavam para mim como se fosse uma toxicodependente (no entanto andam a vender antibióticos sem receita aos amigos, que os tomam sem responsabilidade nenhuma). Não sei se mudou alguma coisa nas regras, mas passaram a dizer que só podiam vender sem receita os de 200 mg. A bem dizer, isto só aconteceu duas vezes, até porque eu não tomo ibuprofeno como quem come rebuçados. Da última vez que fui à farmácia já ia com o pé atrás. Caso me recusassem vender os de 400 mg, pensava eu já a presumir o rumo da coisa, tinha de arranjar maneira de dizer que essa regra de não vender os de 400 mg e 600 mg sem receita só servia para eles ganharem dinheiro, já que por matemática simples se eu comprar uma caixa de comprimidos de 200 mg e tomar 3 de seguida, vai dar ao mesmo que tomar um só comprimido de 600 mg (mais coisa menos coisa, não me meto nisso da 'cinética das substâncias', quem perceber que me explique se é tão linear assim), mas no entanto 3 caixas de comprimidos de 200 mg saem mais caras que uma caixa de comprimidos de 600 mg. Dessa vez lá me venderam uma caixa dos de 400 mg, com dois ou três avisos que era fortíssimo e etc e tal. Ora, não estou para ir ao médico que me receitou os de 600 mg só para lhe pedir isto. Bem que devia ir ao médico, por acaso, mas com a vidinha que levo não há meio. Lá para Maio do ano que vem, talvez.
Resumidamente, tenho um plano mensal de 3 dias: no primeiro tomo 2 comprimidos de 600 mg, no segundo 2 de 400 mg e no terceiro bastam 2 de 200 mg. Isto dava 12 comprimidos de 200 mg por mês, mas eu sou esquisita com os comprimidos, se puder tomar só 6 em vez de doze e sair-me mais barato a longo prazo, maravilha.

Isto tudo só para contar que hoje, como acontece todos os meses, me vi na necessidade de tomar um comprimidinho. O problema é que os deixei sossegados 'em Lisboa' (giro dizer isto quando se mora no Cacém e se está em Benavente). Aproveitei a hora de almoço para dar um salto a Benavente em busca de uma farmácia. Ena, aberta à hora de almoço, que bom. Preparei-me mentalmente para a história das dosagens (é picuinhice, eu sei, mas é daquelas coisas...) e resolvi fazer uma experiência:

Farmacêutica - Boa tarde.
Eu - Boa tarde, queria Ibuprofeno, sff, genérico.
Farmacêutica - Xarope ou comprimidos?
Eu: Comprimidos (com um ligeiro ar de wtf? xarope? hmm... se calhar até era boa ideia...)
(farmacêutica vira costas para lá para dentro sem me perguntar nada, e eu já a ver a história toda - vai-me dar uma caixa de 200 mg)
(farmacêutica volta com uma caixa grande de comprimidos de 600 mg, eu arregalo os olhos discretamente, pago, digo obrigada e vou-me embora)
(só ter a caixa de comprimidos na mão parece que aliviou momentaneamente as dores - o efeito psicológico é do diabo)

(estou a olhar para o texto e só vejo 200, 400 e 600 a dominar um post cujo título é o nome de um medicamento, mas que se lixe, é a minha veia 'chato-hipocondríaca')


Conclusão: estou indecisa se hei-de achar isto um bocado irresponsável se hei-de bater palmas. Compreendo os dois pontos de vista, mas no meu caso e sendo que não abuso, bato palmas.

Conclusão parte 2: se calhar tenho demasiadas conversas comigo mesma.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Flightradar24.com

Coisas de seguir isto pelo FB é ver um aviso destes (link) acabadinho de postar, ir ver o que se passa ao link e o avião desaparecer do radar no meio do mar. Mas afinal o avião não se despenhou, parece que aterrou em segurança. Fica aqui a repetição do trajecto (link). Por estas e por outras é que nunca teria estofo para ser controladora de vôo, não tenho saúde para isto.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Riddle me this

Se eu disser que sonhei que estava num balneário a tomar banho, saio do banho e visto um roupão de banho, daqueles típicos, todo branco (coisa que nunca uso). Seguidamente, encaminho-me para o estádio (sim, para o estádio, o balneário era de um estádio), já todo ele ao rubro, lotação esgotada, luzes, cores, e um jogo a decorrer. Eu desato a correr e entro pela lateral da equipa adversária, à laia de substituição (árbitros para quê, que disparate?). Entretanto reparo que é uma equipa mista. Assim que eu entro em campo (sim, ainda de roupão de banho) recebo um passe longo, enquanto isso olho para a zona da baliza a ver quem lá está, e tinha dois jogadores mesmo a jeito para marcar, o C'stiano (esse, o Ronaldo) e uma rapariga. Faço uma assistência fenomenal (fiz-lhes a papinha toda, era só empurrar para dentro da baliza), o C'stiano não chega lá, vai a rapariga e.......



Falhou. Por quase 3 kms! A indignação! Só me faltava deitar fumo pelos ouvidos! '#$%/-se então eu faço um passe destes e tu desperdiças-me esta m#$5a?'. Não sei se o jogo acabou ali ou não, mas eu recuei ao longo da lateral, lixada da vida, e só aí me preocupei com 'deixa cá ver se o roupão não se abre', porque só estava atado com a fita na cintura... e parou por aí, não me lembro de mais.




Isto tudo a cores, bem vívido. Alguém que me interprete isto, sff.

domingo, 29 de julho de 2012

Pensamentos antes de dormir

Pois é, estes pensamentos podem ser os melhores e/ou os piores. Ou então podem ser só esquisitos.

Estava agora quase a adormecer, depois de alimentar e acomodar o Leo para dormir ao fundo da minha cama. O pensamento deve ter começado por causa disso, apesar de ser pequenino e estar comigo há pouco tempo nota-se que também tem afecto por mim.
Muitos dirão que não é afecto, que é interesse, mas isso agora não interessa nada, já me estou a desviar do assunto e não é disso que quero falar.
Ter visto o Hitch há bocado só ajudou a ter pensamentos idiotas (pior um pouco se adicionarmos TPM à equação).
Quando me deitei comecei a pensar que há-de existir por aí alguém (entenda-se alguém do género masculino) que goste de mim pelo que sou, que seja capaz de ter afecto por mim (isto sem ter somente como objectivo a parte física). Oh, que fofinho, dream on. E estava a fazer uma analogia com isto dos gatos que referi antes. Como eles são capazes de gostar de alguém, de demonstrar carinho. Veio-me à memória um episódio passado no veterinário hoje à tarde, em que estava lá uma senhora que falava muito alto e exalava um odor estranho, que tinha ido buscar a gata que tinha sido operada (estava a gata meia zonza por causa da anestesia e ela quase aos berros a abaná-la e a chamá-la de querida). E a minha vizinha, que não bate bem da cabeça (mais por estupidez que por maldade) mas tem um gato que aparentemente a adora (é um prodígio, atende telefones, aquele gato faz tudo, segundo ela). E depois a velha frase de "quanto mais me bates mais eu gosto de ti"...
Depois comecei a pensar mais a fundo sobre a questão... bom... eles não têm grande escolha, eu apanhei-o, trato-o bem, alimento-o, dou-lhe cama, brinco com ele, dou-lhe carinho... mas é basicamente meu prisioneiro, certo? se não fosse eu e fosse outra pessoa que fizesse o mesmo... era igual, não era? ia gostar dessa pessoa também... nos humanos não é assim tão linear... não seria qualquer um que me apanhasse, que me obrigasse e viver na casa dele, me alimentasse, etc etc, e lá por isso tornar-se amor, pois não?

Ao que o pensamento termina com a seguinte conclusão: os animais (e nós??), em maior ou menor grau, sofrem de Síndrome de Estocolmo.

Uma linda história de amor ou.... Síndrome de Estocolmo?...

ps - tive de vir escrever isto senão amanhã já não me lembrava, amanhã provavelmente vou-me arrepender :)

sábado, 14 de julho de 2012

Prenúncios

Ontem, quando cheguei a casa à tarde, ouvi o rasgar dos céus de um F-16. Pelo menos julgo eu que era um F-16, porque não o cheguei a ver. Se fosse um dos nossos, era o único que faria um som daqueles. Bom, adiante. Gostava de o ter visto.

Hoje à noite (ontem à noite?) sonhei que estava no meu portão, tarde da noite, a ver o céu. De repente vejo umas silhuetas de aeronaves com um brilho muito desmaiado. Primeiro claramente nossas (terráqueas), mas depois começo a ver milhares de pontinhos mais pequenos, uma chuva de meteoros, pensei eu ao princípio. Não, não podia ser, moviam-se de forma deliberada, e pior, começavam a atacar as nossas aeronaves... Começo a aperceber-me da terrível realidade (pronto, estamos a ser invadidos) enquanto olho para um terreno baldio em frente da minha casa e o vejo transformado num braseiro por causa de algumas aeronaves que se tinham lá despenhado. A partir daí foi o terror. Comecei a ver alienígenas a descer à Terra, alguns a começarem a vir para os nossos lados. Solução: pegar em nós, enfiarmo-nos na cave e disfarçarmo-nos com cobertores/mantas.
Pormenor: convinha alguém desligar a luz porque senão eles apercebem-se que está ali alguém...

Acordei, enquanto ouvia o restolhar alienígena fora da porta.

Porra, tanta coisa e esquecem-se de apagar a luz... voltei a sonhar um pouco com isso, não chegámos a ser apanhados mas ouve ali mais umas cenas de terror e com silhuetas alienígenas à nossa perna. Enfim, começou tudo tão bem...

Hoje de manhã deparo-me com notícias de uma erupção solar, sobre a qual há pouca informação, uns dizem que o impacto vai ser fraco a moderado, outros que vai ser moderado a forte, tudo muito silenciado, ponho-me logo a pensar que há uma conspiração para não haver pânico geral, pois está claro.

Era giro ver uma aurora boreal nestas latitudes, era era, desde que fosse só isso. Suportamente a erupção está aí a chegar agora. Beware   ツ



quarta-feira, 11 de julho de 2012

Memórias supérfluas

às vezes sinto que não me lembro de nada do que dei nas aulas. Fico com a sensação de que saí dali sem capacidades nenhumas. Em parte, não estou muito longe da verdade, aprende-se muito mais com as mãos na merda massa. Depois há momentos como um de há pouco, em que recebo uma mensagem a perguntarem-me se para determinado exame tínhamos de saber as fases de desenvolvimento do milho. Ora pois claro que sim, talvez não todas, mas a 'mais importante' ficou-me na memória. O milho para silagem é colhido quando o grão se encontra na fase cerosa, com 30-33% de matéria seca, vê-se com a unha.

E então? Para que é que isso me serve? E todos os pormenores de maneio numa exploração agro-pecuária? Ah pois, isso já é um tema muito nebuloso... Economia e gestão então, tá quieto...

Não acabes a tese, não...

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Vontades

Se eu arranjasse trabalho e alojamento nos Açores acho que ia nessa, sobretudo se fosse ao pé da base. Hoje sonhei com vacas e festivais aéreos, ainda estou sensível desde o último sábado.

Foi há tantos anos mas hoje sonhei com ele. Ele, o B1.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Cassano

O futebol já fez mais parte da minha vida do que nos dias que correm. Prova disso é eu estar a ouvir o jogo enquanto tento adormecer (que já não falta muito) e cada vez que ouço o nome do Cassano só me lembro disto (link).


Uma das filhas do Cassano (o touro)

terça-feira, 19 de junho de 2012

Picuinhices (geeky post)

Quando saí da vacaria, deixei um ficheiro (no computador e em papel) com o nome "Como Inserir Os Dados Dos Contrastes Leiteiros No Dairyplan A Partir De Ficheiros De Excel". Tudo ao pormenor, passinho a passinho. Eis um exemplo:

Nota: O contraste leiteiro consiste na avaliação da quantidade e qualidade do leite produzido por cada uma das fêmeas de uma exploração no decurso das sucessivas lactações. Na prática, resulta num ficheiro com umas quantas colunas e tantas linhas quantas as fêmeas lactantes no dia da amostragem, amostragem essa feita mensalmente.

Isto porquê? Eu é que me dei ao trabalho de passar os contrastes todos (mensais) desde mil nove e trinta (vá, desde 2001-2002) para o programa de gestão da exploração, porque até dá jeito para estatísticas e sempre é mais um instrumento útil para algum planeamento no que toca às vacas. Depois do trabalho que tive, que bastante jeito me deu, também, achei por bem deixar o meu legado para que a obra fosse continuando. Verdade seja dita, também foi para a tal rapariga não arranjar nenhuma desculpa para não fazer aquilo. Caramba, é uma vez por mês, faz-se em menos de 5 minutos...

Está bem... Soube há pouco tempo que desde que de lá saí os ficheiros em excel estão lá à minha espera. Parece que só eu é que tenho paciência para estas coisas. Bom, ao menos já tenho com que me entreter quando lá for (como se de outra forma não tivesse...). É para ver que às vezes uma pessoa dá demasiada importância aos pormenores...

domingo, 17 de junho de 2012

Bacalhau?

O bom de ter muitas flores no jardim é que atraem muita fauna:



Já se vêem poucas destas por aqui. Tão grandes (comparando a uma de tamanho normal, claro) que lhes consigo ouvir o bater das asas. E deixou-me aproximar até bem perto, devia estar com fominha. As asas pareciam uma pintura (e são, no fundo são uma pintura da Natureza).


Pois, o que é que o título tem a ver com borboletas? Não sei se é pela forma como voa, se pela forma das asas, sempre que penso nisto cada vez menos faz sentido, mas eu sempre chamei a estas borboletas... bacalhaus (eu sei... eu sei...) :D

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Pensar duas vezes

Pior, pensar duas vezes (que nunca são só duas) sobre a atitude recorrente de pensar duas vezes (que nunca são só duas) sobre tudo. Confuso?


Depois tomar uma decisão sem querer pensar demasiado, porque se tem noção de que o que foi escrito acima é um pouco esquizofrénico, e não se quer ir por esse caminho. E depois chegar à conclusão que, na maior parte das vezes, acontece o que tiver que acontecer e é tudo um jogo de probabilidades: as de correr bem, as de correr mal e as de correr nem bem nem mal nem antes pelo contrário. Normalmente pende sempre para um dos lados. Amanhã quando acordar, e nos próximos tempos, espero que fique ali algures no meio, em equilíbrio, sem voltar para me assombrar.


Pensa, mas não exageres. Vai por mim, pensar demasiado faz mossa.

"Olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço"



Pois... fazer algo sem pensar porque se pensa demasiado. Que lindo (e tão pouco insano...)

terça-feira, 12 de junho de 2012

Se...

os "ses" perseguem-me. Cansam-me. Toldam-me o juízo. E eu sei disso. Mas às vezes é demasiado tentador :)

Por enquanto deixo-me sonhar acordada. E depois castigo-me. E depois volto a fazer o mesmo. Até ficar satisfeita, ou até desistir.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Despertares

Agora que acabei de escrever o título não consigo deixar de me lembrar do filme, mas este post não vem a propósito disso.

Quanto a acordar de manhã, especialmente se temos horários a cumprir, cada um com a sua "mania". Quanto a mim, normalmente acordo por volta da mesma hora (perto das 7-8, depende da luz), com ou sem despertador. Se puder dormir mais, sigo dormindo. Pelo sim pelo não, como tenho por vezes o sono bastante pesado ou não descanso como devia, recorro ao despertador sempre que necessário.
A minha relação com despertadores, ao longo dos anos, tem sido complicada. Não pode ser muito violento, senão acordo irritada, desligo o despertador como puder e volto a dormir como se nada fosse. Se for rádio, ou música calminha, bem pode tocar que eu continuo a dormir. Cheguei a ter um daqueles mais clássicos, de campainha, mas por pouco tempo, que aquilo é de levar um santo à loucura:

Aconselhável apenas a quem não precisar de despertador e a quem não se importe com o tic-tic-tic constante

O que repousa agora na minha mesa de cabeceira está desligado. É aquela questão do rádio (que já nem apanha bem porque uma das gatas roeu o fio da antena) vs buzzer. Isso e cada vez que falta a luz a preguiça que me dá para o acertar, era coisa de ficar uns dias a piscar, o que se torna um pouco desagradável quando acordo durante a noite. É um destes:


Hoje em dia, à falta de um melhor acordar (consigo imaginar umas quantas maneiras de acordar muito mais agradáveis), tenho o meu fiel companheiro, que para pouco mais serve do que para me dar música:


Mesmo assim, consigo dar um toque de insanidade à coisa. O alarme está com esta música (link), com a particularidade de ter a repetição de 2 em 2 minutos. Mais que isso e é o fim da picada. Menos que isso e era melhor ir direita ao Júlio de Matos. De dois em dois minutos consigo ficar com a sensação que carrego no botão para adiar muitas vezes e se a coisa for bem feita levo cerca de 15-20 minutos no máximo para me levantar. Apanhei esta mania quando estava numa casa que não era a minha, sozinha, numa exploração agro-pecuária, quando tinha de estar na vacaria às 7 da manhã, fato de macaco vestido, galochas calçadas. Não deixava era tocar mais que duas-três vezes, que aí tinha o sono bem mais pesado...

Bom dia e boa semana!

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Proibido foguear

Note to self: quando te vierem com a conversa que fazer a fogueira para um churrasco é coisa para os homens fazerem, não te rias e não digas que é um disparate. Não é que não o saibas fazer. Não é que não o consigas fazer. Até já tens as douradas ao lume e os pimentos assados. Mas se houver algum homem disponível para o fazer, aceita de bom grado, sorri e agradece. Se não houver, deixa-te estar quieta e faz algo que não envolva pegar fogo a lenha. Já uma vez na vacaria, quando estavas a arrancar arbustos para queimar segundo as ordens do chefinho, conseguiste queimar um bocado das pestanas, sobrancelhas e até uma madeixa de cabelo. Desta vez safaste-te, não estava vento, mas o cheiro a fumo vai-te perseguir, pelo menos, até ao fim de semana, tomes os banhos que tomares, mudes de roupa as vezes que quiseres. Tu e fogo não combinam, definitivamente. Deixa isso para quem percebe da coisa. Deixa.


segunda-feira, 21 de maio de 2012

Unhas compridas

Para uma pessoa que roeu as unhas durante anos, até não tenho as unhas feias. De há uns anos para cá, perdi esse mau hábito de forma natural, com algumas recaídas pelo meio.

Cortar as unhas é, portanto, algo a que não estou muito habituada, seja por falta de jeito, de feminilidade, o que seja. Sempre que chega esta altura em que as minhas unhas começam a atingir um comprimento considerável (atenção, para mim já considero considerável a parte branca ter 3-4 mm), começo a temer pela minha vida. Sou um ser de tamanha sensibilidade que já me devo ter cortado umas 3 ou 4 vezes num curto intervalo de tempo. Uma noite destas ainda cometo suicídio inadvertidamente enquanto coço o pescoço durante o sono...

Outra questão que me assalta o pensamento nestas alturas é o facto de o comprimento das unhas me começar a limitar as acções manuais no dia a dia. E volto a frisar que não tenho as unhas compridas por aí além, há por aí muita menina com as unhas bem mais compridas. Pergunto-me como é que essas meninas limpam, cozinham, tratam dos filhos (ok, não tenho filhos, mas estou a criar um pinto), e já nem falo de jardinagem e outras tarefas mais 'sujas'... a mim pelo menos não me dá jeito nenhum...

Sinto-me um bocado como esta senhora (link)...

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Biopost #3 - Abacate (Persea americana)

Andava há já algum tempo com uma ideia na cabeça, até que resolvi investigar mais a sério a viabilidade da mesma.


Facto: Adoro abacate.

Coisas da vida: É-me difícil arranjar abacates de boa qualidade, amadurecidos correctamente ou passíveis de serem amadurecidos correctamente em casa.


Resultados possíveis da junção dos dois elementos acima:
  • A vontade de comer abacate atinge tal nível que acabo por cair na asneira de comprar abacates verdes (e não tenho jeito nem paciência para os amadurecer em casa);
  • Fico a olhar durante 5 minutos, a duvidar se a boa aparência dos abacates que repousam na prateleira, a chamar por mim, se deve de facto à sua boa qualidade ou se é a vozinha cá dentro que me está a embelezar o cenário.
  • Mais frequentemente do que considero razoável, sou induzida em erro e em casa reparo que o que aparentava ser um bom abacate está quase todo castanho, seja por ter sido mal amadurecido seja pela quantidade de pessoas mal educadas, egoístas e... bom, já chega de insultos, que vêem com as mãos. São as mesmas pessoas que apalpam todo o legume e fruta que se lhes aparece à frente, nada gentilmente, e que normalmente acabam por não levar nenhum. Devem ter pouca noção da força que têm, os estupores... era andar com uma cana na mão e acertar-lhes nos nós dos dedos, a ver se aprendiam...
  • Acontece também algumas vezes o abacate ter todos os sinais de perfeição, e quando chega a hora H sabe a verde. Estes ainda consigo aproveitar, têm boa textura, mas não dão o mesmo gosto. Disfarço com mais sal, limão e cominhos.
  • Em alguns momentos épicos, em que parece que se abrem as nuvens e através delas passa uma luz divina, acompanhada de uma música celestial.... A coisa corre bem. Quando corre bem acontece levar quantos abacates posso com o pouco dinheiro que possuo na carteira, depois de um breve cálculo de quantos abacates posso eu comer antes que se estraguem.
Instruções aqui

 Bom, passando a parte em que não bato bem da cabeça à frente, passemos à minha ideia: criar os meus próprios abacates. Como vi tanta vez, pega-se num caroço, espetam-se uns palitos, mergulha-se num copo, põe-se ao sol, depois eventualmente passa-se para um vaso. Mesmo sendo uma árvore de grande dimensão, podando aquilo deve ficar com uma altura razoável para ter aqui no quintal. E mesmo que tivesse de esperar 3 ou 4 anos para que a árvore desse fruto, depois podia ter TODOS os abacates que quisesse, quando quisesse, e da maneira que quisesse!

 O êxtase durou pouco tempo.

Parece que afinal criar um abacateiro é até uma tarefa relativamente fácil, o pior é mesmo a parte do dar fruto. Primeiro, porque a semente que criarmos tem baixa probabilidade de vir a dar uma árvore com as mesmas características da "mãe". Com cruzamentos e enxertos pelo meio, era de esperar, eu é que estava cega com o sonho de poder vir a nadar em abacates. Depois, para assegurar a polinização e posterior formação de fruto, convém ter pelo menos 3 ou 4 árvores, de modo a haver polinização cruzada. A auto-polinização é complicada, porque os órgãos masculinos e femininos da planta desenvolvem-se dessincronizadamente. Aqui há diferenças entre cultivares: cultivares tipo A e tipo B, com sincronização diferente entre os órgãos masculinos e femininos. Tenho espaço, mas não para 3 ou 4 árvores, por muito que as pode...
 Outro pormenor que desconhecia é que os frutos chegam apenas a um determinado estado de maturação enquanto na árvore, para amadurecer mesmo têm de se tirar, tal como acontece com as bananas. Poderia ser vantajoso para que eu não tivesse de comer abacate de enfiada, que aquilo ainda é bastante calórico. Por tentativa e erro conseguia aprender a amadurecê-los como deve ser, penso eu.


Fiquei também a saber alguns pormenores com mais ou menos relevância ou piada, que aqui partilho:
aqui
  • É uma árvore da família das Lauráceas, assim como o louro, a canela e a cânfora;
  • É originária do México;
  • A variedade nativa, não-domesticada, chama-se criollo, é pequena e com uma maior proporção do fruto ocupada pela semente;
  • O nome vem do espanhol aguacate, que por sua vez vem da linguagem indígena ahuácatl, que significava testículo;
  • Há uma série de cultivares diferentes: Choquette, Hass (a minha favorita), Gwen, Lula, Pinkerton, Reed, Bacon, Brogden, Ettinger, Fuerte, Monroe, Sharwil, Zutano, Spinks, Sir Prize, Walter Hole (a bold as mais comuns cá em Portugal);
  • Partes da planta são bastante tóxicas para alguns animais: gatos, cães, vacas, cabras, coelhos, ratazanas, aves, peixes e cavalos.
  • Há uma Comissão Californiana do Abacate: http://www.avocado.org/
  • O abacate é um fruto rico em gorduras monoinsaturadas, como o azeite, daí o seu alto valor calórico.
  • É também um fruto bastante nutritivo, com valores significativos de vitamina E, ácido fólico, potássio, vitaminas do complexo B e fibra.
Como gosto bastante de comida mexicana, o abacate é uma peça chave. Dependendo do tempo, paciência e qualidade do fruto, costumo prepará-lo de várias maneiras: cortado aos cubos, regado com sumo de limão e sal; esmagado com um garfo, com limão, sal e cominhos; esmagado com um garfo ou passado com a varinha mágica, juntando-lhe depois sal, lima ou limão, cominhos, cebola e tomate bem picados, coentros picados e eventualmente um pouquinho de alho em pó, pimentos picados ou jalapeños. Com nachos, sem nachos, sozinho, acompanhado, é bom de qualquer maneira. Há quem o coma como doce, com açúcar ou mel, eu pessoalmente não aprecio.


Deu para notar que me está a apetecer bastante agora, não deu? :)


sábado, 14 de abril de 2012

Filmes

Gosto de ficção científica. O meu problema é quando se mistura com terror. O zapping comigo resulta mal, acabei a ver o Doom. Ainda não tinha visto, afinal é uma espécie de Alien mas com o The Rock, médio.

(o Doom? Terror?) Sou medricas, pronto.

Apesar de já ter gritado 3 ou 4 vezes, já que cheguei até aqui... vejo até ao fim...


Hoje é noite de pesadelos, está visto.






E a Taça da Liga sempre veio para Lisboa, menos mal. Parabéns :)

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Matemática simples

Ora é 6ª feira dia 13, supostamente dia de azar. Ah, também é o Dia Internacional do Beijo? Bom, há-de ser dia de mais qualquer coisa mas estes dois agora chegam, afinal vou tratar de matemática simples.

Não sofro de triscaidecafobia (arranjam com cada nome - e com cada fobia), o que faz com que desafie a energia negativa supostamente contida neste dia de consciência tranquila (afinal já estamos quase no fim do dia e não me aconteceu
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Brincadeirinha, está tudo bem. Onde é que eu ia? ah, voltando ao azar e aos beijos:

Representemos o conceito SORTE pela variável X.

Azar passa, então, a -X.

A um beijo, daqueles bem dados, chamo-lhe eu uma sorte. Beijo passa, então, a X.

Hoje supostamente era de haver muuuuuuuuuuito azar e muuuuuuuuuuitos beijos, o que resulta em:



-X + X = 0




Confirmo, mas aqui deste lado a realidade foi mais X = 0  (logo  -X = 0), e até à meia-noite não conto com alterações. No fim do dia o resultado é o mesmo, é como neste exemplo, só muda a viagem:

Uns estarão na linha vermelha, outros na preta (eu), outros algures entre as duas




Disto tudo se conclui que só digo disparates (até porque isto merecia brincar com duas variáveis mas depois já era matemática menos simples). Mas sabe bem :)


Espero que tenham tido um dia cheio de (boa) sorte, e com beijos à mistura. 



Edit: se calhar foquei-me demasiado na lei dos opostos que se anulam, para a próxima vou ver dos opostos que se atraem.

domingo, 8 de abril de 2012

Sunday Moods #4

Não consigo explicar porquê, mas isto mexe comigo. Quem me conhece bem sabe, quem me quiser desconcentrar brutalmente já sabe como o conseguir. É irracional, é bom.



Deixei de a ouvir voluntariamente, porque a sensação que me provoca é tão boa que não quero enjoar. Melhor ainda, não a associo a nenhuma situação específica, a nenhuma pessoa em especial.

Gosto de uma boa surpresa, esta até agora não me falhou.