"Se o vento soprar eu vou... Deixo o Dom me levar amor!...
Vou em busca de um ideal, do meu Sonho de Carnaval..."
Viradouro 2003

sábado, 29 de março de 2014

Christiane Torloni dança valsa com Mestre Ciça

Uma imagem linda deste carnaval...


Falem o que quiserem falar, Rainha de Bateria tem que ter Glamour! E ela arrasou!



Mais momentos dela na Avenida, exibindo uma delicada fantasia de Borboleta... Fada... brilho e muito bom gosto.







Confira os Sambas de Enredo do Grupo de Acesso do Rio de Janeiro 2014





Confira os Sambas Enredo do Grupo Especial do Rio 2014









Enredo, Logo e Sinopse da Beija Flor 2014



"O Astro Iluminado da Comunicação Brasileira"
Boa noite!
O plantão do G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis informa: está começando agora a apresentação do projeto de carnaval para 2014.
Saindo do caos da evolução da espécie humana, quando o novo ser decide se agrupar, surge a grande necessidade de se comunicar. 
O desafio está lançado, e o gênio Sumério se destaca. A escrita é cuneiforme, para harmonizar a lendária Torre. A fonética, com os Fenícios, traz o som e dá corpo novo à linguagem, começando a grande saga da comunicação: ideogramas e hieróglifos materializam as ideias, que em todos os cantos da Terra se identificam. 
Na Babilônia, sinais no céu; em tribos distantes, sinais de fumaça; mais adiante, aves como correios; na Índia, folhas de bananeira; no Egito, a nobreza do papiro e, finalmente na China, a invenção do papel.
A comunicação em xeque; a importante contribuição de civilizações antigas; a inspiração e a influência dos deuses das artes e da comunicação; o desdobramento da revolução tecnológica, o fomento da tecnologia da informação e a chegada dos chamados Tempos Modernos; a história e a relevância de diferentes meios de comunicação: telefone, imprensa, rádio, cinema, televisão, publicidade, propaganda e internet; a trajetória de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho; sua origem espanhola e suas principais paixões: gastronomia, medicina e carnaval; o mago Boni, expert em multimídia e referência em alto padrão de qualidade.
Que babado é esse na folia?
No carnaval, o barracão é uma fábrica de sonhos, a Passarela do Samba é o picadeiro de um grande circo à céu aberto, e o desfile na Marquês de Sapucaí é uma janela para o mundo inteiro, em tempo real.
Luz, câmera, ação!
Está no ar O Astro Iluminado da Comunicação Brasileira!

Laíla, Fran Sérgio, Ubiratan Silva, Victor Santos, André Cezari e Bianca Behrends



Enredo, Logo e Sinopse do Salgueiro 2014





GAIA - A VIDA EM NOSSAS MÃOS

Para o carnaval de 2014, os Acadêmicos do Salgueiro abraça um tema atual e presente: o nosso envolvimento com o Planeta Terra, que é a nossa casa, o nosso território, onde a vida acontece e até onde o sabemos, de forma única em todo o Universo conhecido. 

Desde os primórdios da Humanidade, diversos povos construíram seus mitos para explicar a Criação do Mundo. Gaia para os gregos significa Terra, o lugar em que habitamos, que cultivamos, onde criamos nossos filhos, onde celebramos a vida com festa, com alegria e, sobretudo, com o carnaval. 

Outros povos também contam, à sua maneira, como o mundo foi formado. Os povos de língua iorubá, por exemplo, acreditam em um deus supremo a quem chamam Olorum, um ser não manifesto enquanto denominam o Ayê, o mundo tangível, real e mundano, como sendo o aqui e agora em que vivemos, separados do plano divino. Citamos a cosmogonia iorubá por estar próxima da nossa realidade cultural e por serem seus mitos bastante difundidos em muitas manifestações artísticas e culturais do Brasil. Nela cada Orixá representa um aspecto da natureza, uma parte do todo que constitui o mundo, assim como Gaia. Desta forma temos a presença de Xangô, dominando o elemento fogo. O saber de Oxóssi e Ossanha sobre as coisas da terra e do mundo vegetal. A força de Iansã regendo o movimento dos ventos, a leveza de Iemanjá e Oxum reinando sobre as águas, enquanto Ogum vislumbra o domínio das armas e a fortaleza do ser humano, eterno guerreiro. Estes domínios constituem a harmonia e o mando do Olorum sobre a Terra. 


O remoinho do mundo 

Gaia é a vitória da ordem sobre a desordem do Caos, quando a matéria do mundo se encontrava misturada, sem forma e sem sentido. Gaia é o preenchimento do vazio, o chão que pisamos; o mar, as montanhas, o ciclo dos dias e das noites, o meio ambiente em que nós nos adaptamos ao longo do tempo. 

Na plenitude de Gaia, na harmonia de suas formas, na sua composição, podemos ver e sentir a dança dos quatro elementos: Terra, Água, Fogo e Ar. E tudo que eles representam como matéria e como espiritualidade. 

Quando abraçamos a Terra, sólida e compacta, sentimos sua força sutil de onde tiramos o sustento, tanto para a carne, como para o espírito. Nela nos abrigamos, por ela caminhamos rumo ao trabalho ou a passeio. Nela firmamos os pés e sonhamos com reinos de abundância, terras da utopia, amores e conquistas. A Terra é um ser sensível. Onde o homem for generoso com ela, ela o será com ele. 

Quando contemplamos a Água vemos que ela está em nós, é a fonte da vida, purificadora evocada em quase todas as religiões, em todos os continentes, seja nas cerimônias de batismo, nos banhos sagrados ou na água benta. Ela está em toda parte e cobre quase todo o Globo. A grandeza das águas justifica o Planeta ser azul e ser um ambiente ímpar em todo o espaço sideral. 

Por sua vez, o Fogo nos remete aos tempos imemoriais. Ele foi nossa arma para dominar o mundo, para cozinhar, conservar os alimentos e aquecer o abrigo contra as mudanças do tempo e a ameaça dos animais. Apesar da sua força, por vezes indomável, ele nos inspira calor e proteção. Ele é a transformação, o pai da alquimia, queimando o que foi e fazendo o que será, em outra substância, em outra dimensão. O que há de renascer das cinzas? 

Fechando o ciclo temos o Ar, talvez o mais delicado entre os elementos por ser o menos visível, porém o mais presente. Respiramos desde que nascemos e a atmosfera é uma massa de ar que nos liga, seres humanos, uns aos outros, onde quer que estejamos. Os ventos desconhecem as fronteiras e a brisa pode antecipar os furacões... 

Gaia é uma caixa de ressonância, som do arado sobre a terra, da mão sobre o tambor, da folha que cai no chão, é olho da mina d'água, a chama da vela acesa, uma linha de fumaça, ecoa encantos e belezas, é o ser em contemplação. 

Mas será que não sabemos o que estamos fazendo com o Planeta Terra? Será que nossa visão é tão pequena e estreita que não conseguiremos deter este cenário de destruição que nos afeta a todos? O que representaria uma existência plena, ecológica? 

Vivemos num tempo acelerado, a comunicação reduziu as distâncias, os sistemas de informação colocam o mundo em tempo real em todos os lugares. Tudo parece fácil e acessível e por vezes estabelecemos metas inatingíveis. Somos tomados pela ansiedade e pelos buracos negros da depressão e tem horas que não vemos luz no fim do túnel. 

Corações e mentes por todo o Planeta Terra colocam suas forças em busca de soluções e saídas. Desejam inverter o quadro onde se aponta uma volta ao caos inicial, agora causado pela mão do homem, com sua ganância, e seu poder de destruição. 

Há outras fontes de energia sustentáveis, outras propostas de organização das cidades, há outros modos de se obter qualidade de vida. 

O amor à Gaia é uma maneira de sairmos do impasse. Gaia tem a força da mudança, é uma forma de oração, a quem nos voltamos com carinho, é nossa Mãe, nossa luz, brilhando no espaço, pontinho azul acenando para a imensidão do Cosmos silencioso, é a nossa promessa de vida e de felicidade. 

Renato Lage e Márcia Lage


Abertura
Criação do Mundo

Quadro 2
Terra

Quadro 3
Água

Quadro 4
Fogo

Quadro 5
Ar

Quadro 6
Sustentabilidade

Quadro 7
Caos

Enredo, Logo e Sinopse da Mangueira 2014




Salve o povo brasileiro, que dá duro o ano inteiro pra poder comemorar. Até na prece não esquece de mostrar sua alegria. Faz da vida fantasia, espanta a dor com maestria, não se vexa nem se aperta, liga a chave de alerta e cai no samba noite e dia. O mundo fica admirado e com o olho arregalado sempre diz: não existe outro lugar, nem carece procurar, com um povo tão feliz.
O Brasil é uma festa sem hora pra acabar - o negócio é festejar. Festa grande, multidão. Festa ao vivo na televisão. Abram alas pra Mangueira, pra festança começar.
Como diz Pero Caminha em sua carta inaugural, relatando o desembarque da esquadra de Cabral, o que se viu foi uma festa - a primeira, neste solo tropical. Ao som de um tamboril, precursor da bateria, um pouco de Brasil despertou naquele dia. O festejo noite a dentro de chegados e locais teve baile e cantoria num embalo musical. Foi a pedra fundamental do país do Carnaval.
Ninguém diz com precisão, mas na imaginação dá pra ver a patuscada. No auge da noitada, Cabral põe seu dobrão de lado, dança como Delegado e comanda a batucada.
A dança ritual do habitante local faz a fila, um a um, sem contato pessoal. Mas Diogo e seu gaiteiro botam fim na solidão. Quebram o gelo da distância, chamam o índio para a dança e seguram sua mão. Esse gesto tão singelo num zás criou o elo que selou o bem-querer. E a festa rola animada na mata enluarada até o dia amanhecer. Bendito este lugar, a Terra de Vera Cruz. Que nasce a dançar, e cantar, afagado pela lua e banhado por sua luz.

A festança brasileira cabe inteira no samba da Estação Primeira

Mas logo o branco impõe seu jeito, importado e contrafeito. Canto triste e oração era tudo que podia, nem pensar em alegria, ao andar da procissão. Na treva medieval imperava o reino da sisudez: cavaleiro de libré, e o asno com seu jaez. Durou pouco, felizmente, para o bem da nossa gente, essa quadra da História. O negro escravo com seu canto traz de novo todo o encanto que estava na memória. A cultura africana, de forte raiz tribal, faz então o contraponto da linhagem imperial.
Chico Rei é coroado, em Vila Rica aclamado, como no Congo seria. Nasce então o Congado, até hoje celebrado com teatro e cantoria. O povo se contagia, mão no terço outra na guia, a vida vai melhorar. Bota fé no sincretismo, e sem perder o misticismo junta santo e orixá. 

O sincretismo é parceiro desse jeito brasileiro de acender as suas velas - de todas as fés, e todas tão belas! No ponto e na oração, como manda a tradição, dois de fevereiro tem regata em procissão. Logo cedo de manhã, nesse dia, na Bahia, a rainha é Janaina. O povo reza pra santa mas lança oferendas ao mar, em louvor a Iemanjá. Está no seu DNA. 

De norte a sul, de lado a lado, festa do boi e Congado, festa de santo e xaxado, o povo leva o seu refrão. Faça sol ou caia chuva tem no sul Festa da Uva - e dá-lhe feriadão! 

O São João do Nordeste arrasta multidões. O céu fica pintado de estrelas e balões. A moça dança quadrilha com o seu cara-metade, depois clama a Santo Antonio por um noivo de verdade. Campina Grande, Caruaru, Mossoró, Aracaju, sem falar da velha Assu de antiga tradição. Tapioca e arroz doce ao lado da fogueira e a caneca de quentão pra durar a noite inteira.

A Mangueira está em festa como nunca vi assim. Vem pra Mangueira, vem, vem pra Mangueira, sim, mas tem que respeitar meu tamborim.

É matraca, é zabumba, é boi pra todo lado. De Pernambuco ao Maranhão o boi é venerado. Catirina come a língua e provoca confusão, mas o boi se reanima e pede comemoração.

Até na selva brilha a luz da cultura popular. Parintins é um milagre que me custa acreditar. O artesanato da floresta faz da festa um boi de criatividade que divide a cidade. É Garantido, é Caprichoso, a maior rivalidade.
Com a alma repleta de amor - e bom humor - lá vem ela com seu charme natural, pintando o Arco-Iris no meu Carnaval. Não podia faltar, eu sei, e é por isso que eu convidei o pique da moçada da Parada Gay.
Para acelerar meu coração, hoje eu me acabo na paixão, quero transpirar felicidade - e viva a diversidade!
Altiva, garbosa, vem chegando a Verde e Rosa, cada dia mais bonita. Desfilando, toda prosa, sua alegria infinita.
E quando o ano termina a galera de branco se anima num clarão monumental. O réveillon anuncia que mais dia menos dia chega outro Carnaval.
Nada se compara, no mundo inteiro, ao Carnaval do Rio de Janeiro.
A multidão invade a rua, que é sua, revivendo velhos carnavais. Com saudade das Grandes Sociedades, e do corso que não tem mais.
Salve o Carnaval de rua e o Cordão da Bola Preta! Salve o bloco e o folião que desdenha a aflição e segura a chupeta.
Glória a todas as Escolas e seus sambistas imortais. Seu reinado nesta sagrada pista não acaba, não se encerra. Dura enquanto houver aqui, na Sapucaí, o maior show da Terra. 
Só que a festa continua, para toda a eternidade. O que não falta é alegria e amor nesta cidade! Osvaldo Martins

Glossário:

Diogo Dias é o almoxarife da esquadra de Cabral que ensinou os índios a dançar de mãos dadas.
Libré, uma vestimenta europeia solene.
Jaez, um enfeite para a cabeça do asno (burro, jegue).
Catirina, escrava, grávida, tem o desejo de comer a língua do boi sagrado, que ressuscita - e começa ai a Festa do Boi

Enredo, Logotipo e Sinopse da São Clemente 2014: Favelas




Favelas


Introdução
 
Somos a São Clemente, a Escola da irreverência. Quando o couro estremece com a pancada da fiel bateria, o Clementiano já sabe que é hora de brincar o carnaval na essência do que é esta festa: a alegria!
Mas não foi sempre assim, ou tão assim... No fim da década de 80 já éramos a Agremiação da espontaneidade, mas, junto com ela, vinha o grito: "olha a crítica"!!!! E foi dessa forma que alertamos o Brasil para o drama do menor abandonado, da violência e o perigo do samba sambar.
 
No carnaval de 2014, rimar São Clemente com irreverente vai continuar fazendo sentido. Subiremos a favela para mostrar toda a sua riqueza, malemolência e criatividade. Desvendaremos sua arquitetura, das origens à atualidade, dos costumes aos personagens. Em seus becos, vielas e barracos, encontraremos emoções, contradições e, claro, muita espontaneidade.
 
Hoje, Clementianos, favelados ou não, se misturam a esse corpo tão único e ao mesmo tempo tão heterogêneo, tão real e abstrato, tão sofrido e feliz... Portanto, seja bem vindo à favela da São Clemente, e conheça toda a dimensão da audácia humana!
 
 
 
 
Chegava gente de todo lugar e em cada olhar havia uma chama, uma religião, uma fé...
 
Quem somos nós?
Herança do olhar de esperança dos negros enfim livres
A fé dos pobres soldados que foram a Canudos vencer o próprio espelho
dos sem cortiço, excluídos da cidade que limpava-se...
Quem somos nós?
Bisnetos dos imigrantes que fugiram da guerra
Netos da seca do sertão
Filhos da miscigenação
Somos a pluralidade na origem, a uniformidade na carência
 
Como fizemos?
Da necessidade!
Erguendo formas estranhas, audaciosas
Tão perigosas quanto geniais
Como fizemos?
Desafiando a lógica e a gravidade
Arquitetos e engenheiros
Mas sem régua, sem esquadro
Sem segurança, nem dinheiro
Como fizemos?
Desejo em forma tijolo!!!
Coragem em prego e concreto!!!  
Como malabaristas do dia-a-dia, nos equilibramos na necessidade
Como fizemos?
Caixote vira madeira, esteira é colchão
Vela na prateleira garante iluminação
 
 
Somos sinistros!!!
Porque quebramos o muro invisível da cidade partida sob marteladas de ritmo
Crescendo como família
“gente simples e tão pobre, que só tem o sol que a todos cobre”
Mas que faz arte de viver como nenhum outro
Somos sinistros!!!
Porque levamos pra cidade nossas manias e as trazemos de volta ainda mais ricas
No improviso, na invenção cotidiana, na parceria, no sofrimento, na festa, na religiosidade
A alegria de transformar dor em poesia.
Somos sinistros!!!
Porque vão falando como nós, dançando como nós, grafitando como nós
 
Nem adianta
A diferença incomoda
Fomos reprimidos, removidos, demolidos de novo
Somos o povo criativo e genial, mas barulhento
Que a sociedade gosta de ver... de longe...
Nem adianta
Nosso povo tem a força e a potência transformadora de um átomo
É cimento e sentimento
É concreto e abstrato
Nem adianta
Maltratar, proibir
Derrubam um barraco aqui, surgem cem ali
 
Parece pesadelo...
Viver na gangorra da vida
Entre a polícia e o bandido
Nosso guri abatido
Alvo de bala perdida
Parece pesadelo...
A dor cobre o pôr-do-sol
A esperança adoece
O descaso alimenta a fome
E a dignidade padece
 
Fala favela!
Sai dos labirintos, dança um afroreggae
Pinta a arte de nossos poetas
Dança, canta e ensina
Samba, pagode, funk e muito mais
Criação desenfreada
“Som de preto, de favelado, mas quando toca ninguém fica parado”
Exige mudança, refaz a esperança
E protagoniza teu próprio destino
Fala favela!
O teu filho um dia humilhado
Hoje é estrela que brilha em todos os palcos
E tem muito orgulho de ser cria daqui
Fala favela!
Em uma central única, desata os nós
Se antena no mundo
Erguei nossa voz
 
Tudo misturado, junto, conectado!
Pobres, gays, loucos ou burguês
Sem fronteiras, sem países
Toda cor, toda religião!
Quem diria?, o futuro vindo da contramão
Tudo misturado
Sem distancia, diferença, preconceito ou separação
Na mistura das cidades, nossa língua é a união
Tudo misturado
Porque a cidade está em festa
A gelada está no bar e Dona Marta já fez o feijão
São Clemente hoje é nossa família, nosso povo, nossa paixão.
 
 
Enredo:
Núcleo Criativo GRES São Clemente
 
Sinopse:
Andre Diniz e Wladimir Corrêa
 
Presidente:
Renato de Almeida Gomes
 
Carnavalesco:
Núcleo Criativo GRES São Clemente

Enredo, Logotipo e Sinopse da Grande Rio 2014:




´´Verdes olhos sobre o mar, no caminho: Maricá"
A estação que inspira é o verão...
Nas primeiras horas de uma manhã de sol, ela desperta depois do que havia programado. O corpo ainda se sente envolvido pelo ócio da noite anterior.
Apressadamente, aproxima-se da janela e vislumbra as primeiras nuances luminosas do despertar de um novo dia. O brilho invade o ambiente outrora escuro pela noite e a claridade reflete na retina de seus olhos verdes. É a vida dando ao destino nova chance de refazer o fim da história. Quem sabe, nova fase, cantada em outro tom.
O sol aquece seu corpo na varanda da casa. Ela se dirige ao piano e algumas notas ecoam. No bloco de folha branca inicia o seguinte rascunho:
"Verdes olhos sobre o mar, a brisa a me levar nas asas do tempo!
Doce é este lugar, onde o chão guarda suas memórias
E a fé multiplica-se nas águas!
No firmamento a benção de teu "amparo"
Nos livros, páginas passadas que falam de sua história..."
O vento soprou mais forte e fez com que os cabelos se tornassem empecilho para os olhos. O som do piano cessou, o pensamento foi longe, e ela reacendeu a inspiração dos versos:
"Confesso que nem tudo vi!
Quando sua beleza fascinou o inglês pela manhã, tudo era verde e eu não estava lá!
Do seio de fertilidade da mata, do zum-zum-zum dos seres que lhe encantaram
Da visão noturna do que há pouco era dia, herdei as noites "negras" 
Tornei-me dona das estrelas que emolduravam o céu que foi dele..."
Ainda é manhã e sobre o mar o "barquinho" risca o horizonte. Ela cessa novamente o som do piano e instaura um demorado silêncio. Seus olhos verdes, são mais verdes quando fitam o mar. O canto do sabiá rompe a ausência do som. Ela retoma os versos:
"Ai quem me dera ver tudo
Lançar-me no passado
Correr em tuas plantações verdes, provar de tua laranja mais doce
Faze-la outra vez cidade que já foi terra de muitos
Que Darwin passou, que o trem prosperou
Hoje meu verso é em tua homenagem, é canção para um samba que em mim é sempre carnaval..."
O vento continuou soprando em seus ouvidos a inspiração para compor:
"A praia o terno convite:
O sol, as ondas, o banho de mar e o surfista solitário que corta as ondas como quem borda no Espraiado
No Barquinho corro o mundo, volto e olho: não consigo me acostumar 
Não ando só na imensidão
Daqui ou de qualquer lugar, só fui feliz em Maricá."
As linhas estavam no papel encontrado entre a casa e o mar. Como assinatura lia-se um "M" maiúsculo, seguido de um "A" emendado em um "Y" um "S" e encerrado com um "A". No fim da folha encontrada, lia-se: MAYSA.

Leandro Vieira e Roberto Vilaronga
Carnavalesco: Fábio Ricardo

Enredo Logotipo e Sinopse da Império da Tijuca 2014: Batuk




´´Batuk

Tocar, bater, vibrar; Batuk.
Que faz lembrar África dos nossos ancestrais
E a pureza dos cânticos à vida, onde tudo é ritmo.
N'aldeia, em volta da fogueira,
Alegria e dança; celebração!
A etnia é guerreira, tem o dom da comunicação.
Assim quiseram os deuses,
Pois minh'alma é força, é parte natureza.
Transforma o corpo em orquestra, instrumento,
Cura. Fala de Saudade. Alerta.
Baila no rito do mascarado a iniciação,
Enfeita as cabeças, espalha felicidade.
Faz kizomba, enaltece os valores da amizade.
Gira no ritual que espalha axé,
Mistura negro, branco e índio.
Canta forte, pois tem fé,
Bate palma, pois tem fé,
Reza, é sagrado, é sinal de fé.
Eleva o canto aos céus e pede,
Clama o fim das injustiças, quer ser livre.
Coroa a liberdade em forma de prece,
Ao bondoso Deus e ao divino espírito santo.
Faz-se essência da cultura popular.
Dos reis, crioulas, marujeiros e brincantes,
Rodopia, irradia alegria, espanta a tristeza.
Desce a ladeira no passo que "freve", ferve!
Segue o cortejo da casa real, cortejo da coroa imperial.
Profano, Embala o corpo, põe pra dançar.
O ritmo desce a ladeira, inclui,
Dita moda, conscientiza, refaz as cabeças.
Mistura, faz crítica, fala da realidade,
Faz onda que recria uma nação.
Alegria de todo um povo,
Condenado, proibido, imoral.
Mesmo assim resistiu, pôs-se a jongar,
Voltou pros salões, virou fino trato.
Enfeitou-se de flores, levantou o estandarte,
Lançou perfume e apaixonou a sociedade.
Saiu por aí, deu samba, fez escola.
Subiu o morro,
Lá do alto fez seu reinado e estendeu o manto,
Verde de esperança e branco da paz.
Coroou uma gente guerreira,suburbana, feliz,
Que hoje faz sua batucada especial.
Afinal, da África ao Brasil,
Em todo mundo,
É tempo de Batuk.´´


Júnior Pernambucano



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