Acabei de completar 40 anos. Lá se vão 4 décadas de muita
coisa acontecida. Sonhos, realidades, realizações, ganhos, perdas, decepções,
alegrias. Nem em ordem alfabética coloquei dessa vez visto que não tem uma importância,
assim como veio à mente eu fui digitando.
Sempre fui um menino quieto. Era tímido. Fazia amizades
sempre em torno do futebol, onde eu me soltava, ali eu era parte do meio, diferente
de qualquer outro lugar. De resto, era difícil eu olhar no olho de alguém.
Cresci e adolescente comecei a descobrir o mundo, as
dores do mundo. Fui vivendo e tentando entender tudo, e o meio começou a se
ampliar, futebol e musica se tornaram meio de conhecer as pessoas e ter
amizades.
Na fase adulta as coisas são obrigadas a mudar. Você tem
que dar a cara a tapa, tem que ir atrás de tudo que deseja, lutar muito por
isso. Não perdi a timidez, aprendi a deixar ela quieta num canto dentro de mim,
mas está sempre do lado de fora.
Percebi que mudei. O menino quieto virou o adulto
brincalhão, aconselhador, amigo. Parei com o futebol. A musica, ah essa sempre
comigo.
Vejo hoje que eu devo ter invertido algumas coisas nessa
vida, pois hoje gosto mais de brincar, de correr, de viver do que quando
criança. Hoje sou hiperativo, digo sempre “dormir pra que?”. Amo estar vivo e
fazendo o que gosto, aprendendo, amando.
Mas o corpo... ah essa velha carcaça começa a pedir para
parar. Enquanto a cabeça pede mais ele tem quase implorado por sossego. “Poxa
corpo, justo pra mim?” é o que me pergunto todo dia, já que idas aos médicos aumentaram.
Fisioterapia, remédio, cuidados a serem tomados e por ai vai.
E assim vou vivendo, como costumo dizer para as pessoas. Querendo
sempre mais, tendo sempre o necessário, aprendendo a lidar com tudo, pois tudo
tem que ser assim mesmo.
(Depois de um longo sumiço virtual cá estou)
Interessante.
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