O NOSSO TEMPO
tenho aprendido com o tempo,
que a felicidade vibra,
na frequência das coisas mais simples...
como a doçura contente de um cafuné sem pressa...
como os instantes que repousamos os olhos em olhos amados...
como aquele poema que parece
como a doçura contente de um cafuné sem pressa...
como os instantes que repousamos os olhos em olhos amados...
como aquele poema que parece
que fomos nós que escrevemos...
como o toque da areia molhada sob os pés descalços...
como o sono relaxado e tranquilo
como o toque da areia molhada sob os pés descalços...
como o sono relaxado e tranquilo
que põe todos os sentidos pra dormir...
como a presença da intimidade legítima e verdadeira...
como o banho bom que devolve forças ao corpo...
como o cheiro de quem se ama...
como o banho bom que devolve forças ao corpo...
como o cheiro de quem se ama...
como essas coisas...
como outras coisas...
simples assim...
como o nosso amor...
Rô
como outras coisas...
simples assim...
como o nosso amor...
Rô
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Acreditar...
me fizeram acreditar
que cada um de nós
é a metade de uma laranja,
e que a vida só tem sentido quando
encontramos a outra metade,
não me contaram
que já nascemos inteiros,
que crescemos através de nós mesmos,
e se estivermos em boa companhia,
só é mais agradável,
me fizeram acreditar
numa receitinha mágica,
onde duas pessoas que pensam
da mesma maneira,
e agem da mesma maneira,
é que poderiam se relacionar
com sucesso,
me fizeram acreditar que
os bonitos e magros
são mais amados,
que os que fazem pouco sexo
não prestam,
que os que fazem muito sexo
não são de confiança,
e que haverá sempre
um chinelo velho
para um pé torto,
só não me disseram
que existem muito mais
cabeças tortas do que pés tortos,
me fizeram acreditar que
só há uma fórmula de ser feliz,
a mesma para todos,
e os que escapam dela estão condenados
à marginalidade,
só não me contaram que
estas fórmulas dão sempre errado,
frustram as pessoas,
são alienantes,
e que podemos tentar outras alternativas,
ah, também não contaram
que ninguém vai me contar isto,
que eu teria
que descobrir tudo sozinha...
Rô
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Meu desabafo...
resolvi desamarrar
as asas dos meus sonhos,
sem elas,
eles serão bem mais lindos,
apaixonantes e emocionantes,
voando livres por aí,
resolvi viver um dia de cada vez
e com a maior intensidade
que possa existir,
resolvi esperar as coisas em Deus,
porque o meu tempo
é bem diferente
e muito mais apressado,
mas pra que tanta pressa,
pra que viver tudo de uma só vez,
se a vida de fato nos dá tempo
suficiente para sermos felizes,
para realizar todos
os nossos sonhos e desejos
e ainda continuar sonhando,
resolvi então, amar
e optar pelo amor
sempre na minha vida,
independentemente do que os outros
vão pensar de mim,
resolvi parar de dar atenção
a quem não quer a minha ajuda,
resolvi não me apegar demais
as pessoas,
se elas não dão
a miníma importância
para o que eu sinto,
penso ou desejo,
resolvi viver viajando
entre as nuvens,
e respirar o ar
que eu achar que devo respirar,
respirar o ar mais puro que existe,
presente nos meus sonhos,
e nos meus ideais,
resolvi entender
de uma vez por todas,
que tudo na vida tem o seu tempo,
por isso resolvi
não usar mais relógio...
Rô
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Laços...
eu prefiro os laços firmes,
aqueles que são,
mais difíceis
de se fazer
e de se desfazer,
mas que quando feitos
e depois desfeitos,
podem se orgulhar de si próprios,
posso dizer que é bobagem
chorar por laços
que parecem desfeitos,
mas que continuam firmes,
alguns laços são mesmo teimosos,
insistem,
persistem,
não se desfazem,
não desatam,
não se soltam,
como alguns amores...
Rô
domingo, 28 de agosto de 2011
Sotaque caipira...
coisa boa,
coisa gostosa,
rolar na grama,
os pés na terra,
o sol,
as plantas,
as flores,
os animais,
o rústico,
o cheirinho
do fogão a lenha,
do bolo de milho,
as grandes janelas,
a água da bica,
o silêncio,
o sossego,
as árvores frondosas,
o canto dos pássaros,
a porteira aberta,
o vizinho chegando,
as crianças rezando,
a fruta no pé,
o café coando,
o biscoitinho assando,
o sino tocando,
a cadeira de balanço,
o colinho da vovó...
Rô
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