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19 junho 2011

Recomendável

Fui vê-lo sem imaginar que fosse o mais recente filme vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes. Com um elenco integrando actores como: Brad Pitt, Sean Penn e Jessica Chastain, foge ao habitual romancear materialista comum de Holywood na abordagem à espirutalidade humana. Uma visão mais séria e profunda. Assim seria de esperar ao ter vencido o mais distinto prémio europeu de cinema. Talvez de difícil compreensão para mentes pouco abertas e cépticas, mais presas e centradas às questões terrestres. Não será certamente um êxito de bilheteira por estas bandas. Oxalá estivesse enganado.
A película recorda oportunamente a nossa pequenez enquanto seres pertencentes a uma natureza comum à de outro seres, e dos seus mais básicos instintos, formas de agir e controlar, que são de difícil compreensão para o comum dos mortais, sobretudo quando perspectivadas num Universo muito vasto, que nos é impossível compreender ou sequer projectar na sua imensidão e diversidade. Uma mensagem muito oportuna numa era em que a humanidade bem precisa de um abanão. Uma chamada de atenção para as possiveis consequências da inveja, do materialismo, da megalomania, da ganância, e do autoritarismo. E por outro lado, uma demonstração de como a felicidade está presente nas coisas mais simples e nos momentos nos quais se dá e se recebe sem exigências, de coração aberto.

Profundo e inquietante, não dispensou uma fantástica banda sonora, execelentes representações dos actores e efeitos especiais maravilhosamente surrealistas numa visão realísticamente plausível de Deus (muito de encontro à que tenho em fé) ou pelo menos hipotéticamente questionável à luz da ciência moderna.

Quem é Ele?

Da minha parte respondo: Está em todo o lado, em todas as lufadas de ar que respiramos, em toda a água que nos banha, no sol que nos aquece, na terra que nos sustenta, em todos os átomos, moléculas, elementos e reacções físicas e químicas de energia do cosmo que rodeiam a vida e a "não vida", a matéria e a não matéria. Assim mesmo o filme parece dar esta visão integrada do ser humano, e de Deus.

Ele é tudo, e nós somos parte dele. Não o conseguimos perceber na sua totalidade, é impossível. Nem tão pouco percebemos a totalidade do que somos e do que nos rodeia na terra, ou o sentido de existirmos. Quando nascemos somos mais próximos Dele, puros. Aos poucos a vida dada por Ele abre os caminhos que cada um escolhe, que nos aproximam ou afastam, e Ele vai corrigindo as imperfeições da superfície para não perder a sua perfeição, agarrando o que o auxilia tornar-se mais grandioso e resplandescente e corrigindo o que o faz perder energia e beleza. Se a humanidade não for fazendo por isso... bye bye, acontece o mesmo que aos dinossauros, "evoluídos" seres crueis, vaidosos, controladores e dominadores da terra, extintos por um um meteorito. E talvez se a coisa for prática comum por outros mundos e por outras galáxias...BOOM...talvez outro Big Bang para recarregar energias. E não pensem que é castigo ou crueldade Dele... não não é, só nos está a ajudar, talvez com o Seu instinto mais básico de todos e comum ao nosso, o de sobrevivência, e a busca da perfeição de alguma forma, que O leva a deitar abaixo o "castelo que construiu" para começar tudo de novo, erguendo outro mais perfeito ainda. Já alguém dizia que, "Deus criou o homem à Sua imagem e Semelhança."

20 março 2010

Há dias assim

Hoje foi uma noite, um dia... e será outra noite igual a tantas outras, mas com um equilíbrio de luz/escuridão que só tem lugar 2 vezes no ano, incluíndo hoje.

Para os mestres de Reiki este dia é muito importante, porque o Universo disponibiliza energia muito útil para as alminhas que andam cá pela Terra. E não, não se trata de superstição da minha parte, trata-se daquilo que se sente. Um dia mau às vezes começa quando acordamos, sem razão aparente. Uns dizem que é do tempo, e talvez seja, da pouca energia que certos climas e alguns dias nos disponibilizam. Não conheço ninguém que não goste da Primavera e que não sinta um novo fôlego à medida que ela avança. Esta estação representa o nascimento, a nova vida. É nela que se concentram as energias necessárias para que as plantas floresçam, e para que determinadas espécies acasalem e perpetuem essa mesma vida.

Gosto de luz, de sol, da temperatura amena mas aquecer, de saber que os dias vão crescer e as noites decrescer, de ter menos roupa vestida, da frescura das manhãs com o aroma das flores e das plantas que vão rebentando, da melodia fantástica dos pássaros e outras aves em alvoroço total nos seus rituais de acasalamento...

...e aqui me encontro no final deste dia maravilhoso, onde não tive tempo para limpar portugal (ossos do ofício), mas onde arranjei um tempinho (que tem andado escasso) ao final da tarde para fazer um jogging no parque. Assim limpei o corpo e a mente ao som de um house bacano, óptimo para fazer um refresh e arrancar para mais uma etapa.

23 novembro 2009

Não dá, meu caro, não dá

via [PostSecret]

26 setembro 2009

O Ontem, o Hoje, o Amanhã e o Depois...

Diz-se que é hoje é dia de reflexão. Mas mal estamos se a reflexão se guarda para a véspera. O Hoje não deve ser hoje, deve ser o Ontem e o Depois. Hoje é dia, em consciência livre, de reflectir sobre o país, e sobre os modelos de desenvolvimento apresentados para o Depois, que os partidos apresentaram Ontem. Amanhã, é dia de fazer uma escolha ou escolha nenhuma, de tomar a decisão de Hoje, ou pura e simplesmente ignorar os nossos problemas e ignorar as potencialidades em que acreditamos, para resolver esses problemas, Depois. É dia de escolher os projectos e as propostas que os partidos defenderam e defendem para apresentar a discussão, em Assembleia da República, nos próximos quatro anos, e pelas quais vão lutar para a sua aprovação. Seria óptimo para democracia, e ficaria muito feliz, se a abstenção fosse a maior derrotada destas eleições. Acima de partidos políticos, está na base todo um conjunto de propostas para serem levadas a discussão na próxima legislatura, devendo estas ser debatidas, não apenas em São Bento, mas também no dia-a-dia das pessoas e nas sua relações.

11 julho 2009

A droga, o drogado e o toxicodependente

Hoje à semelhança de alguns dias do ano em que nada apetece fazer, e em que, ao mesmo tempo, surge a melancolia desse mesmo estado de espírito, apeteceu-me escrever sobre a palavra - "droga", sim droga, essa palavra que suscita tantos medos, tantos preconceitos, mas ao mesmo tempo muita curiosidade e discussão. Para a maioria das pessoas, a palavra droga é imediatamente associada a estupefacientes. No entanto, a palavra em si tem um significado mais vasto que aquele que habitualmente lhe atribuímos. Isto porque, consumimos droga mais vezes que aquelas que nos apercebemos, senão vejamos: quando somos submetidos a uma intervenção cirúrgica sob anestesia geral, lá entram umas quantas drogas no nosso organismo (propofol, diazepam, metoclopramida, fentanyl, besilato de atracurium...); quando se toma um ben-u-ron prá cefaleia, lá vai mais uma dose de droga (paracetamol); quando bebemos uma chávena de café ou chá preto, ou ainda quando degostamos uma tablete de chocolate lá vão mais umas graminhas de droga (cafeína), quando andamos com insónias ou deprimidos lá derretemos a caixa das benzodiazepinas ou dos anti-depressivos (mais droga) , quando se bebe uma cervejinha ou um copito de vinho mais umas graminhas de droga (álcool); quando se fuma um cigarro mais umas gramas de nicotina, etc.

Contudo, a palavra drogado, é normalmente associada àqueles que consomem e dependem de drogas classificadas e conhecidas técnicamente por estupefacientes, como por exemplo: a canábis, cocaína, a heroína, LSD, o ecstasy, etc

Dá-me vontade de dizer que somos todos uns drogados, embora nem todos toxicodependentes. E agora vou-me drogar com um cafézinho que me vai cair que nem ginjas, depois do jantar.

Premonições (III)

Muito recentemente devem ter recebido em vossas casas as listas telefónicas para 2009/2010, com o seu usual apêndice - Páginas Amarelas.
Com o actual crescimento da internet e das páginas on-line, suspeito que este apêndice se encontre em vias de extinção.

30 abril 2009

Premonições

Tenho o pressentimento de que a próxima década será preenchida por uma grande instabilidade de valores sociais, políticos e religiosos. Uma instabilidade forte, que não se resumirá a greves, e motins de rua..., algo mais profundo e fracturante está ainda para chegar. A verdadeira crise ainda não se instalou.

25 abril 2009

O Ontem de 1974, e o Hoje 2009

Em Portugal há poucos cravos. Há muito mato, muitas silvas, ervas daninhas e arbustos que picam, que cheiram mal, e que entulham as plantas bonitas e cheirosas que querem crescer e germinar.

13 abril 2009

Evidência

19 fevereiro 2009

Falar em nome de todos: "So say we all" *

«Braga responde com o amor para substituir a eutanásia» in [Diário do Minho]

Será que falarão por Braga? Ou o conceito Braga (cidade, concelho distrito), como meio geográfico e populacional, tomou (qual misticismo) a forma humana e incitou a substituição da eutanásia por amor ao próximo? Como nos ensina a velha máxima terrena: Em nome do amor, pratica-se o desamor (Domingos Oliveira).

*tirada do Battlestar Galactica, a qual ando a seguir religiosamente

14 fevereiro 2009

Reciclagem/rentabilização do meio (X)

Finalizando estes devaneios em jeito de 10 mandamentos e que já se alongaram em demasia, que haja um sentimento optimista em todos. Em analogia à história da humanidade, que por vezes necessitou de olhar o passado para entender e se preparar para os desafios do futuro, o sentido e o contexto dos post´s ficaram invertidos, pelo que a leitura e interpretação, farão sentido se lidos de baixo para cima. Os tempos são difíceis, e será importante usar todos os meios para partilhar conhecimentos, ideias e sugestões, como forma de encontrar soluções para actual situação de crise. Neste sentido, jornais, TV, blogues e outros, são motores fundamentais nessa partilha, pelo que aguardo comentários de quem tiver algo a acrescentar, algo de diferente ou algo de novo a dizer.

Reciclagem/rentabilização do meio (IX)

Tenho escrito muito sobre o meio que nos rodeia e o ser-se social. Contudo, não posso omitir um factor fundamental para ultrapassar a crise - a saúde geral, e a de cada um. Sendo eu da área, seria negligente da minha parte não abordar esta temática. As crises podem trazer graves problemas à saúde global. Poderão surgir movimentos populacionais migratórios que traduzem dificuldades de integração/socialização/aculturação, susceptibilidade à transmissão de doenças até então "isoladas" geográficamente, bem como os conflitos referidos no post anterior. Os escassos recursos económicos e falta de expectativas/esperanças poderão ser responsáveis por perturbações mentais, como depressões e comportamento delirantes/psicóticos. Por outro lado a desnutrição (pela escassez de bens alimentares), pobreza extrema, défice de condições sanitárias, epidemias/pandemias, e dificuldades de acessibilidade aos serviços de saúde, são uma ameaça a ter em conta.
Se a crise é grave, mais grave é os protagonistas de uma possível inversão da mesma, adoecerem. Sem saúde não se consegue nada. É bom que cada um reflicta sobre a sua condição de saúde e, não apenas lembrar-se dela quando a doença já se instalou. Contra a natureza iremos ter uma luta permanente, porque não conseguimos eliminar os vírus, as bactérias, nem os outros agentes patogénicos presentes no ecossistema. Podemos até irradicar uns, mas depressa surgem outros. Depois há as doenças inevitáveis, umas surgem pelo envelhecimento natural e pela genética de cada um, e outras alheias a faixas etárias, surgem de forma silenciosa, e por vezes sem razão aparente. Como podemos constatar a doença é inevitável ao longo do ciclo de vida. No entanto, a adopção de estilos de vida saudáveis, contribui em larga escala para reforçar o sistema imunitário de cada um, diminuindo desta forma a susceptibilidade à doença, bem como, a melhor convivência e convalescença com a mesma. Maus hábitos alimentares, sedentarismo, consumo de drogas (e aqui incluo no mesmo pacote álcool e tabaco), stress, falta de descanço, isolamento... entre outros, são responsáveis pela morbilidade em todo o mundo.
Esqueçam as dietas milagrosas dos sítios e das revistas mágicas. Ainda que haja boa literatura sobre dietas, o que mais se lê por aí são barbaridades que podem pôr gravemente em risco a saúde de quem as segue. Se desejam emagrecer ou saber comer, procurem ajuda profissional (nutricionistas e médicos não faltam), lembrem-se de comer bem (qualidade versus quantidade) todo o ano, em vez de o fazer apenas quando o calor bate à porta e as roupas de cortes justos mostram o "pneuzinho" e a celulite. Levantem os rabinhos do sofá e façam exercício físico. É o melhor aliado da saúde e a melhor forma de ligar o corpo à mente. Não desanimem à primeira, há tantos desportos que o importante é variar até se encontrar aquele que melhor se adapta à anátomo-fisiologia e condição de cada um (ex: andar a pé é simples, pouco cansativo e ao mesmo tempo excelente para a saúde). Se não forem experientes e quiserem optar por desportos mais exigentes, o melhor é procurar ajuda de profissionais ligados à área desportiva, passando préviamente por uma avaliação médica. E atenção, não criem expectativas elevadas, o exercício físico requer treino e adaptação do organismo graduais. Não pensem que estando em baixo de forma podem correr meia maratona tipo toiros. Isso apenas trará malefícios à vossa saúde.
Evitem o consumo de drogas. Estas representam substâncias tóxicas para o organismo que degradam as células e diminuem a sua capacidade de regeneração, para não falar do risco de dependência de consumo. As consequências não são novidade, envelhecimento precoce e as mais variadíssimas doenças associadas, bem como, a morte. Não quero dizer que não se possa fumar e beber esporadicamente, mas há que ser-se equilibrado.
Procurem relaxar, não vivam obcecados pelo trabalho e por fazer tudo o que está à vossa volta. O corpo e a mente precisam de momentos de calma que não se resumem apenas às horas de sono. Também é importante descansar acordado, fugir dos ambientes barulhentos e agitados, refugiando-se em locais calmos como as aldeias, as montanhas, à beira-mar, ou mesmo em casa a ouvir música, a ver um filme ou a ler um livro. É bom e ajuda à reflexão e auto-reflexão.
Não negligenciem a cama, durmam entre 7-8 horas por dia. Dormir a mais também não é saudável. O sono é fundamental para regenerar as células de todo o organismo.
Não se isolem, convivam em sociedade, saiam com os amigos, conversem com as pessoas, namorem, tenham uma vida sexual satisfatória, façam actividades em grupo... O reforço das relações inter-pessoais é nuclear para o equilíbrio mental e para a saúde em geral. O ser humano é um ser social.
Por fim não esperem pela doença. Procurem acompanhamento médico ao longo de todo o ciclo de vida. Muitos problemas de saúde futuros podem ser atenuados, controlados, e até evitados, se procurarem consultas de rastreio/promoção de saúde/prevenção da doença.

Reciclagem/rentabilização do meio (VIII)

Outra inquietação presente meu pensamento, é a guerra (e aqui incluo também o terrorismo). Seja ela política, religiosa, étnica...,ou o que quer que a origine, esta não pode ser justificável com moralismos doentios e empobrecidos. É verdade que as guerras nos ensinaram muitas coisas, e talvez sem elas, não teria havido aproximação e cruzamento de culturas. Porém, arrastaram consigo biliões de mortos e oprimidos, dando origem às mais variadíssimas formas de extremismo político e social. Passado é passado. No presente as formas de comunicação permitem, de forma pacífica, a aproximação e a negociação entre povos através do diálogo. Hoje conhecem-se variadíssimas culturas, crenças e religiões, falam-se várias línguas e dialectos. As Nações têm de saber respeitar-se umas às outras, e o respeito deve vir de dentro. Por muito que não concordemos com certas culturas, não podemos expulsá-las como se de cães se tratassem. O que podemos fazer é mostrar e explicar a nossa cultura aos outros e tentar entender a deles. Dentro dos limites das liberdades e direitos humanos, não podemos forçar ninguém a mudar os seus hábitos apenas porque nos dá na real gana, da mesma forma que não devemos deixar que tentem fazê-lo connosco. Devemos partilhar e não impor, educar e ser educados. Cada País tem de pôr de lado o preconceito pelas raças, religiões, étnias, costumes e orientações. A ONU e a NATO têm de repensar a sua forma de actuação. Os recentes conflitos entre a Rússia e a Geórgia, assim como o último na faxa de gaza, entre Israelitas e Palestinianos, espelham na perfeição a falta de diálogo e a transgressão das liberdades e direitos humanos.
Actualmente vivemos tempos difíceis do ponto de vista financeiro-económico, as religiões não encontram plataforma de entendimento, as populações vivem em clima de desconfiança por tudo e por todos. As Nações não encontram soluções de equilíbrio na distribuição dos recursos, e a globalização abriu o livro das desigualdades, da exploração e da injustiça espalhadas por todo o mundo. Talvez a queda do Muro-de-Berlim não tenha anunciado verdadeiramente o fim da Guerra Fria. Vivemos ainda numa época de grande desconfiança pelo vizinho do lado, repleta de tensões que se assemelham e muito, ao clima que antecedeu as grandes guerras. Com as actuais tecnologias bélicas em permanente desenvolvimento ("escondido" e/ou ignorado), em territórios como a china, o Irão, Coreia do Norte, etc, a ameaça é real. Actualmente, sejam elas: atómica, química ou biológica... se aliadas à crueldade humana, uma guerra de proporções mundiais, pode resultar no fim da humanidade.
Não podemos esquecer que o planeta não é de ninguém, é de todos que o habitam. As fronteiras são meros traços e riscos de divisões político-administrativas.

Reciclagem/rentabilização do meio (VII)

Energia e dependência energética têm sido apontados como uma das fragilidades maiores do nosso país.
Tive a oprtunidade de assistir ontem à conferência organizada pela Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto, relativamente ao empreendimento da Barragem do Fridão. É de louvar estas iniciativas municipais, que contribuem para a aproximação da população à política e da política à população, enriquecendo o debate e a democracia. Algumas dúvidas ficaram esclarecidas embora outras se mantenham. Confesso que não tenho dados, não estudei nem pesquisei acerca desta temática para ter uma opinião devidamente fundamentada. Contudo, penso que todas as condicionantes devem ser colocadas na balança, para que a decisão final seja a mais vantajosa para os cidadãos dos municípios envolvidos e para todo o país.
Ao longo dos últimos anos e muito recentemente, temos vindo a pagar bem caro a nossa dependência do petróleo (combustível fóssil, portanto, esgotável e altamente poluente). O mercado liberalizado centrou a regulação dos preços das matérias-primas na premissa oferta-procura. Esta lógica de mercado globalizado, após o 11 de Setembro, teve como consequência as osciliações tendenciosamente inflaccionista da cotação do preço do crude e, o consequente aproveitamento especulativo pelas entidades de produção e distribuição. Todo o sistema económico a nível mundial ficou em alvoroço. Como era de esperar, as economias mais frágeis e dependentes desta fonte de energia ficaram estranguladas (Ex: Portugal)
Embora a cotação do petróleo tenha vindo a cair vertiginosamente face à crise financeira mundial e em consequência da diminuição da procura, uma inversão rápida desta tendência, traduzida numa nova subida vertiginosa, é possível, real, e de recear. Poderemos entrar em colapso energético, e isso será a crise a bater à porta até dos ricos e milonários. Sem energia não há nada! Com um cenário destes correríamos o risco de nem pão nem leite termos à mesa para comer. Por estes e outros motivos, Portugal e a UE (altamente dependentes do ouro negro), deverão continuar no reforço ao desenvolvimento e implementação de energias renováveis, cujas matérias-primas são inesgotáveis e ao mesmo tempo, traduzem energia menos poluente e amiga da natureza. A altura de avançar é agora, não podemos esperar mais e sustentar os caprichos do mercado capitalista.
Falou-se não há muito tempo, na possível construção de um central de energia nuclear em Portugal. Não conheço a viabilidade do empreendimento, mas matéria-prima temos no nosso país. Talvez faltem técnicos e tecnologia adequada para a construção/funcionnameno/manutenção. Para isso o Estado tem de incentivar as Universidades ao desenvolvimento destas tecnologias. Não "engulo" os ambientalistas em protesto contra a energia nuclear, porque esta é limpa, e embora o "fantasma" de Chernobyl paire na cabeça da maioria das pessoas, é bom lembrar que o desastre nuclear se deveu a erro humano, idiota e grosseiro. Desde então não me recordo de mais nenhum acidente nuclear em todo o mundo. Pela lógica ambientalista teríamos de obrigar Espanha a desactivar as suas centrais nucleares implantadas nas proximidades do nosso território. Outras formas de energia têm vindo a ser faladas, como a fotovoltaica, a geotérmica, a das marés, etc. Ontem na conferência sobre a Barragem do Fridão falou-se na incapacidade de massificação da energia fotovoltaica, por ser ainda demasiado cara e pouco rentável. Não contesto porque não sou especialista na área, mas não entendo como é que o governo central se prepara para incentivar a independência energética dos lares, através da instalação de paineis de células fotovoltaicas!? Suponhamos que todos os fogos habitacionais instalam os ditos paineis solares ficando autosuficientes do ponto de vista energético, isto não será uma massificação desta forma de energia?!
O importante será mesmo pensar numa alternativa ao petróleo. A energia tem de ser limpa e inesgotável, seja ela solar, eólica, das marés, geotérmica, hidrogénio ou outra qualquer. Os Governos e as Universidades terão de unir forças para desenvolverem novas tecnologias de produção e aproveitamento energético.
Um último factor de grande relevo passa pelo uso e rentabilização da energia. Os portugueses não sabem poupar energia nem rentabilizá-la. Novas medidas têm sido anunciadas pelo governo no sentido da poupança energética, quer pelo isolamento térmico dos lares, utilização de electrodomésticos classe A, lâmpadas económicas, até ao lembrar de apagar a luz quando não está a fazer falta. São medidas que eu aplaudo. Contudo, falta o mais importante, que é fazer chegar a mensagem às pessoas o mais rapidamente possivel. À semelhança dos ecopontos ecológicos espalhados por todo o país e que são um enorme sucesso, a meu ver, as escolas deveriam ter um papel fundamental neste sentido, que não se traduzisse apenas em campanhas, mas também, no ensino em salas de aula e actividades curriculares. As crianças adoram estas actividades e certamente seriam as primeiras a aderir e a passar a mensagem. A televisão é talvez o meio-de-comunicação mais eficaz para informar as populações. Mensagens curtas transmitidas diariamente em horário nobre, encurtanto os enfadonhos anúncios publicitários, certamente teriam grande sucesso neste sentido. Se os ecopontos foram um sucesso, a poupança e rentabilização energética também será. Eu acredito.

Reciclagem/rentabilização do meio (VI)

Nos últimos anos o planeta inteiro viu o seu desenvolvimento económico centrar-se no mercado do crédito. O dinheiro foi o principal produto mercantilizado pelas sociedades globalizadas. E aqui residiu o erro. Entristece-me ver países económicamente fortes que agora estão na banca rota financeira, como é o caso da Islândia. Um pouco por toda a Europa o cenário é semelhante. Portugal desde os anos 90 até aos dias de hoje viu o seu crescimento económico basear-se no crédito ao consumo. A fácil acessibilidade a empréstimos, as reduzidas taxas de juro e a "febre" do consumismo, levaram milhares de cidadãos a contraírem dívidas. Um dos problemas que poucos sabíam é que muito do dinheiro que nos estavam a emprestar era dinheiro estrangeiro, e dinheiro virtual, isto é, dinheiro que ainda nem sequer existia (especulação). Dinheiro virtual atrás de dinheiro virtual, obrigou os bancos centrais a subirem as taxas de juro, sugando o orçamento das famílias portuguesas que inocentemente foram contraíndo dívidas à banca, pensando que tinham orçamento para as liquidar. Mais tarde ou mais cedo a crise teria de bater à porta. O panorama agora é um pouco diferente, as taxas de juro desceram mas muitos cidadãos não têm dinheiro para saldar as dívidas. Uns porque contraíram créditos em demasia e outros porque estão desempregados e não têm fontes de rendimento.
Por sua vez, as ajudas do Estado à banca foi outra temática fortemente badalada na comunicação social. A generalidade dos economistas afirmou que as injecções de capital nos bancos por parte do Estado, eram essenciais para salvar o sistema financeiro. Contudo, o caso BPN e outros, alteraram profundamente a visão que tínhamos da banca e, lançou o rastilho para que os avales do Estado fossem fortemente criticados. Como referi no post anterior, não sou economista nem especialista em finanças, apenas espero, como a generalidade dos portugueses esperam, que as ajudas do Estado à banca se traduzam em ajudas para as empresas e para toda a população em geral.
Penso que a sociedade tem de procurar poupar dinheiro e também recursos. Não faz sentido vivermos uma vida inteira usufruindo de bens materiais à custa de créditos. Se não temos dinheiro para suportar luxos, então não tenhamos luxos. Se quisermos luxos, devemos poupar para os ter, e não contrair dívida. A acessibilidade aos créditos deverá ser apertada e rigorosa. E os mesmos deverão ser reservados a bens essenciais ao nosso quotidiano e ao investimento sustentável.

Reciclagem/rentabilização do meio (V)

A baixa de impostos tem sido muito apregoada pela oposição política e recusada pelo governo vigentes. Confesso que não percebo muito de economia e nem sequer vou arriscar opinar muito sobre o assunto. Porque quando não se sabe mais vale estar calado. O que me parece é que temos impostos a mais traduzidos em taxas disto e daquilo, que somados e de forma subtil, ao fim do ano, representam meses de salário pró galheiro. IVA, IRS e IRC são apenas alguns tentáculos do polvinho que se cola e suga o rendimento dos contribuíntes. Há impostos a mais mascarados em taxas, que talvez merecessem uma redução. A medida recentemente anunciada pelo Governo em subir a carga fiscal àqueles que têm mais rendimento é de louvar, mas peca por tardia. Um governo socialista deveria ter essa medida na sua agenda desde o início da legislatura, e não agora. Exige-se que a avaliação dos rendimentos seja clara e totalmente abrangente, não ficando alguns privilegiados a contribuir o mesmo que a classe média. O combate à fraude e evasão fiscal também deveria ser mais apertado. A ASAE pode ter um papel fundamental em auditorias e fiscalizações financeiras às empresas.