Norte - A Regionalização e os caminhos para a conquistar

Há várias batalhas que o Norte pode vencer, mas há uma questão de fundo e que a revisão constitucional em curso deve resolver: a Regionalização.

“Há uma crise do Estado, que atingiu uma tal hipertrofia que já não consegue funcionar e tem que adoptar posturas de natureza quase absoluta. E só há uma alternativa para isso: é reorganizar o Estado na base das regiões e dos municípios e diminuir o poder políticoadministrativo da capital, sem enfraquecê-la”, defende Carlos Lage, a “a favor de uma Lisboa como uma grande cidade mundial, mas não como uma cidade que absorve o que é criado noutras regiões, através do poder atractivo da capitalidade”.

É, portanto, necessária uma “discussão séria e urgente”, que permita avançar, em definitivo, para a criação das regiões, como recentemente fez a Grécia.

“Nós não temos que estar a pedinchar ao País a Regionalização, mas temos que convencê-lo de que ela é uma solução que não foi ainda experimentada e que não tem quaisquer inconvenientes para o poder central, mas que vai dar oportunidade para algumas regiões de melhorarem os seus desempenhos, capacidade e vitalidade e, assim, beneficiar todo o País”, explica o homem que lidera a CCDR-N desde há cinco anos.

Mas à falta da Regionalização, tomem-se outros caminhos.

Voltando à história do Porto de Leixões e do aeroporto, Rui Moreira aponta o modelo nova-iorquino como exemplo, onde os aeroportos, portos e túneis, “que têm modelos de concessão muito semelhantes aos portugueses”, caem sobre a administração do Estado de Nova Iorque. “Se estas sinergias não vão ser por critérios regionais, que sejam por critérios horizontais e funcionais”, defende o líder da ACP.

|Grande Porto|
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