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Transportes do Rio Grande do Sul

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Trecho da BR-290 em Osório, próximo de Porto Alegre.
Porto de Rio Grande.
Aeroporto Internacional Salgado Filho em Porto Alegre.

Os transportes do Rio Grande do Sul são um domínio de estudos e conhecimentos sobre as características da malha viária do estado. O estado possui 153 960 km de rodovias, sob jurisdição nacional, estadual ou municipal. A malha nacional estrutura a rede de transporte com rodovias longitudinais, diagonais, transversais e de ligação. As principais rodovias são: BR-101, BR-116, BR-153, BR-158, BR-163, BR-285, BR-287, BR-290, BR-386, BR-392 e BR-471. Após décadas de parcos investimentos de sucessivos Governos Estaduais, o Rio Grande do Sul hoje se encontra com uma malha rodoviária deficitária e uma das piores da metade sul do país: em 2020, ainda havia 54 cidades sem acesso asfáltico (São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul tinham 100% de cidades com acesso asfáltico à mesma época; Paraná e Minas Gerais tinham quase 100%).[1][2][3][4] O Estado também tem poucas rodovias duplicadas, a grosso modo nas cercanias da capital Porto Alegre, sendo a maioria delas do Governo Federal; apesar da grande quantidade de rodovias estaduais, o Governo Estadual pouco realizava neste campo.[5] A situação só começou a mudar em 2019, quando o Estado realizou um plano de reorganização econômica e financeira, e lançou um programa específico visando a recuperar e evoluir a malha viária do estado. Neste ano, 62 municípios ainda não tinham acesso asfáltico: o projeto era chegar em 2023 com 22 cidades sem acesso. Concessões de rodovias em poder do Rio Grande do Sul, como a BR-287 e a BR-386, realizadas à mesma época, objetivam duplicar as partes concedidas destas rodovias até 2035.[6][7][8]

O Rio Grande do Sul apresenta uma importante malha hidroviária, concentrada nas bacias Litorânea e do Guaíba. Nessas bacias estão os principais rios de rota rio Jacuí, rio Taquari e rio dos Sinos, além do Guaíba e da Laguna dos Patos. Atualmente, a navegação no rio Uruguai é de pequena importância, assim como de seu principal afluente, o rio Ibicuí, o único que apresenta condição navegável. A principal rota hidroviária do estado é Porto Alegre-Rio Grande, que apresenta calado de 5,2 metros. As principais cargas no sentido Rio Grande são produtos petroquímicos, derivados de petróleo, óleo de soja e celulose. No sentido Porto Alegre destacam-se os fertilizantes.[carece de fontes?]

Porto de Rio Grande.

O Porto de Rio Grande é de grande importância para o Mercosul, e também o principal ponto de multimodalidade do estado, fazendo com que parte do sistema rodoviário e ferroviário tenham o Porto de Rio Grande como foco. O Porto de Rio Grande, em 2005, chegou a 18 milhões de toneladas, consolidado como o segundo maior porto com movimento de containers do Brasil, e o terceiro em cargas. Os principais portos são: Porto de Rio Grande, Porto de Porto Alegre, Porto de Estrela e Porto de Pelotas.[carece de fontes?]

Aeroporto Internacional Salgado Filho em Porto Alegre.

O Aeroporto Internacional Salgado Filho localiza-se em Porto Alegre e é o mais movimentado aeroporto do estado e o oitavo mais movimentado do Brasil em número de passageiros transportados.[9]O Aeroporto Internacional de Pelotas é operado pelas linhas aéreas NHT e localiza-se no sul do estado com voos até Erechim, Porto Alegre , Rio Grande e até mesmo para Montevidéu, no Uruguai. Existe também o Aeroporto de Caxias do Sul, que é importante para o estado, e conta com três voos diários para São Paulo (exceto aos sábados, quando tem apenas um voo). É um aeroporto operado por uma companhia aérea, a Gol, que opera com Boeing 737.[carece de fontes?]

O Rio Grande do Sul possui uma malha de 3 260 quilômetros de linhas e ramais ferroviários, utilizadas para cargas. A maior parte apresenta bitola métrica, sendo que apenas cinco quilômetros apresentam bitola mista, com objetivo de realizar a integração com as malhas argentinas e uruguaias. Atualmente, alguns trechos das ferrovias não estão em operação regular e os terminais ferroviários que apresentam maior concentração de cargas localizam-se nas proximidades da Grande Porto Alegre, Passo Fundo, Santa Maria, Cruz Alta e Uruguaiana.[carece de fontes?]

O Rio Grande do Sul apresenta uma importante malha hidroviária, concentrada nas bacias Litorânea e do Guaíba. Nessas bacias estão os principais rios de rota rio Jacuí, rio Taquari e rio dos Sinos, além do Guaíba e da Lagoa dos Patos. Atualmente, a navegação no rio Uruguai é de pequena importância, assim como de seu principal afluente, o rio Ibicuí, o único que apresenta condição navegável.

A principal rota hidroviária do estado é Porto Alegre-Rio Grande, que apresenta calado de 5,2 metros.

As principais cargas no sentido Rio Grande são produtos petroquímicos, derivados de petróleo, óleo de soja e celulose. No sentido Porto Alegre destacam-se os fertilizantes.

O Porto de Rio Grande é de grande importância para o Mercosul, e também o principal ponto de multimodalidade do estado, fazendo com que parte do sistema rodoviário e ferroviário tenham o Porto de Rio Grande como foco. O Porto de Rio Grande, em 2005, chegou a 18 milhões de toneladas, consolidado como o segundo maior porto com movimento de containers do Brasil, e o terceiro em cargas.

Os principais portos são:

O Aeroporto Salgado Filho localiza-se em Porto Alegre e é o mais importante do estado, tendo uma movimentação de 8,3 milhões de passageiros ao ano, envolvendo o movimento de 88 mil aeronaves por ano.

Em setembro de 2001 foi concluído um novo terminal, que tem capacidade para atender uma demanda de até quatro milhões de passageiros/ano, podendo receber até 28 aeronaves de grande porte.

Tem também o Aeroporto de Caxias do Sul, que é importante para o estado, e conta com três voos diários para São Paulo (exceto aos sábados, quando há apenas um voo). É um aeroporto operado por companhias aéreas como Gol e TAM, que operam com Boeing 737, Airbus A320 e Fokker 100.

A era de implantação de ferrovias no Rio Grande do Sul iniciou-se já no século XIX, com a implantação da estrada férrea entre Porto Alegre e São Leopoldo, em 1874. O projeto da malha ferroviária foi idealizado pelo engenheiro Ewbank da Câmara. Seu plano era desenvolver quatro linhas férreas principais, que seriam ramificadas posteriormente. As quatro linhas planejadas ligavam Porto Alegre a Uruguaiana, Rio Grande a Bagé, Santa Maria a Marcelino Ramos e Barra do Quaraí a Itaqui. Como a administração pública gaúcha não tinha recursos para realizar estas empreitadas, cedeu à iniciativa de empresas estrangeiras a liberdade de construir e administrar as linhas férreas.[10]

A malha ferroviária gaúcha hoje possui 3.259 quilômetros de extensão e liga o estado à Argentina, Uruguai e Santa Catarina. A maior parte dela foi construída no século XIX, sendo quase que na totalidade de bitola métrica, incompatível com aquele que é o padrão internacional hoje (bitola de 1,435 m). Na verdade, dos 3,3 mil km de extensão das ferrovias, 1,2 mil estão desativados, vítimas da falta de manutenção. O percurso operante é quase exclusivamente destinado a transporte de cargas, sendo que algumas rotas só acontecem em períodos de safra. Há, em algumas poucas regiões, como na Serra Gaúcha e no Vale do Taquari, circulação de trens turísticos; e isto é tudo que há de transporte de passageiros nas ferrovias do estado.[10][11]

Infelizmente, a situação geral das ferrovias gaúchas é de quase abandono. Desde 1950, o governo federal e a iniciativa privada vêm trazendo mais incentivos e investimentos para a modalidade rodoviária e acabou-se esquecendo das ferrovias. Projetadas há cerca de 150 anos, hoje são consideradas ultrapassadas em todos os sentidos. Suas bitolas não são padrão universal, o que as impede de ser integrada às ferrovias novas e faz necessária a reconstrução ou adaptação das estradas existentes; foram projetadas pensando-se no baixo valor de execução das obras, o que é evidenciado pela recorrência de curvas acentuadas e aclives, que poderiam ter sido evitados via escavação de túneis e terraplanagem; em muitas cidades, assentaram-se comunidades de baixa renda a distâncias muito perigosas dos trilhos; as linhas férreas apresentam problemas de ligação com os portos, entre outros problemas.[10]

Este quadro representa uma notícia triste, pois o transporte ferroviário é comprovadamente mais eficiente do que o rodoviário ao se tratar de rotas fixas continente adentro. Além de ser mais econômico, é mais seguro e suporta mais muito mais carregamentos para cada frete. Dentre os empecilhos para a expansão do transporte ferroviário gaúcho estão a necessidade de revitalizar ou até reconstruir as estradas férreas já existentes, visto que estas estão depreciadas; o alto valor do investimento para as obras; e a alta competitividade em relação ao sistema rodoviário.

Ver artigo principal: Rodovias do RS

O sistema rodoviário é responsável pela maior parte da carga transportada e pela quase totalidade do transporte de passageiros no Rio Grande do Sul. O estado possui 153.960 km de rodovias, sob jurisdição nacional, estadual ou municipal.

A malha nacional estrutura a rede de transporte com rodovias longitudinais, diagonais, transversais e de ligação. As principais rodovias são: BR-101, BR-116, BR-153, BR-158, BR-163, BR-285, BR-287, BR-290, BR-386, BR-392 e BR-471. Após décadas de parcos investimentos de sucessivos Governos Estaduais, o Rio Grande do Sul hoje se encontra com uma malha rodoviária deficitária e uma das piores da metade sul do país: em 2020, ainda havia 54 cidades sem acesso asfáltico (São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul tinham 100% de cidades com acesso asfáltico à mesma época; Paraná e Minas Gerais tinham quase 100%).[12][13][14][15] O Estado também tem poucas rodovias duplicadas, a grosso modo nas cercanias da capital Porto Alegre, sendo a maioria delas do Governo Federal; apesar da grande quantidade de rodovias estaduais, o Governo Estadual pouco realiza neste campo. [16]

Hoje, praticamente todo o transporte de passageiros entre as cidades gaúchas é feito pelo modal rodoviário. O sistema de ônibus intermunicipal é gerenciado pela DAER, sendo que as princiais empresas gaúchas de transporte de passageiros são a Planalto, a Unesul, a Ouro e Prata, a Expresso Caxiense, Real, Bento, Helios, Santa Cruz e São João. Já as linhas metropolitanas são gerenciadas pela Metroplan e possuem características distintas do restante do sistema estadual de transporte por ônibus.

Referências

  1. RBS. «No RS, 54 municípios ainda não têm acesso asfáltico e criança com poeira, buracos e dificuldades necessário». Consultado em 30 de dezembro de 2021 
  2. G1 Globo. «Quatro cidades do Paraná não têm acessos por rodovias estaduais asfaltadas; enfrentam lama e transtornos». Consultado em 30 de dezembro de 2021 
  3. Estado de Minas. «Moradores de cidades sem ligação asfáltica vivencia por lama e poeira». Consultado em 30 de dezembro de 2021 
  4. Governo de Santa Catarina. «Santa Catarina tem, agora, acesso asfaltado a todas as 295 cidades». Consultado em 30 de dezembro de 2021 
  5. DAER RS. «Mapa rodoviário do Rio Grande do Sul em 2021». Consultado em 3 de janeiro de 2022 
  6. DAER RS. «Governo libera R$ 37 milhões para acessos asfálticos em oito municípios». Consultado em 13 de janeiro de 2022 
  7. ZH. «Como está a BR-386 nove meses depois da concessão para a iniciativa privada». Consultado em 13 de janeiro de 2022 
  8. ZH. «Governador assina contrato de concessão que garantirá duplicação e investimentos de R$ 2,7 bilhões na RSC-287». Consultado em 13 de janeiro de 2022 
  9. «Estatísticas - Dezembro de 2017». Infraero. Consultado em 23 de julho de 2017. Cópia arquivada em 19 de abril de 2017 
  10. a b c Arruda, Christiano da Luz (2016). Gargalos na Infraestrutura logística da malha ferroviária do Rio Grande do Sul (RS) (Tese de graduação). Santana do Livramento: Universidade Federal do Pampa. Consultado em 31 de dezembro de 2021 
  11. Piazza, Janaina (2020). Regeneração ferroviária: proposta de reativação da linha férrea no Estado do Rio Grande do Sul (Tese de graduação). Universidade de Passo Fundo. Consultado em 31 de dezembro de 2021 
  12. RBS. «No RS, 54 municípios ainda não têm acesso asfáltico e criança com poeira, buracos e dificuldades necessário». Consultado em 30 de dezembro de 2021 
  13. G1 Globo. «Quatro cidades do Paraná não têm acessos por rodovias estaduais asfaltadas; enfrentam lama e transtornos». Consultado em 30 de dezembro de 2021 
  14. Estado de Minas. «Moradores de cidades sem ligação asfáltica vivencia por lama e poeira». Consultado em 30 de dezembro de 2021 
  15. Governo de Santa Catarina. «Santa Catarina tem, agora, acesso asfaltado a todas as 295 cidades». Consultado em 30 de dezembro de 2021 
  16. DAER RS. «Mapa rodoviário do Rio Grande do Sul em 2021». Consultado em 3 de janeiro de 2022 

Ligações externas

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