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Tablet

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para o dispositivo periférico para desenhar no computador, veja Mesa digitalizadora.
Comparação de diferentes tablets: Amazon Fire (esquerda), iPad mini (centro), e Nexus 7 (direita)

Um tablet[1] ou táblete[2] é um dispositivo pessoal em formato de prancheta que pode ser usado para acesso à Internet, organização pessoal, visualização de fotos, vídeos, leitura de livros, jornais e revistas, para entretenimento com jogos e interação com pessoas distantes usando o Skype e o Hangouts. Apresenta um ecrã tátil, que é o dispositivo de entrada principal. A ponta dos dedos ou uma caneta aciona suas funcionalidades. É um novo conceito: não deve ser igualado a um computador completo ou um smartphone, embora possua funcionalidades de ambos.

Além da tela, um tablet pode ter como dispositivos de entrada câmeras fotográficas digitais, seja na parte frontal, traseira ou ambas, flash, microfone, GPS, giroscópio, acelerômetro, entre outros. A grande maioria dos tablets utiliza uma placa de rede Wi-Fi para comunicação com a internet, sendo o acesso à rede de telefonia celular um opcional.

Designação em português

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Nexus 7, tablet da Google e Asus

A adaptação de termos estrangeiros é um enorme desafio para todas as línguas, não sendo a portuguesa exceção. Um conceito pode ser enquadrado nas estruturas fonológicas e morfológicas de uma língua de vários modos: por mera adaptação gráfica, que em geral preserva a fonologia (no nosso caso, o chamado aportuguesamento), ou pelo estabelecimento de correspondência, quando possível, do termo estrangeiro com um termo semelhante ou equivalente da língua em questão, que, quando em uso, adquire um novo sentido, ou, quando em desuso, é de novo trazido para a atualidade, também com sentido diferente do original.

No caso de tablet, aportuguesando, surge a forma táblete,[3][4][5][6] totalmente fiel à fonologia. No entanto, muitos defendem que a segunda via de adaptação é preferível, não havendo necessidade de "inventar" palavras, quando já existem termos prontos a reutilizar, a adquirir novo sentido polissémico. Uma sugestão é a utilização do termo tablete, bem similar, que adquiriria assim novo sentido. No entanto, há quem veja esta hipótese como uma não-solução, já que "tablete" é uma mera adaptação do francês "tablette" (diminutivo de "table", «mesa; placa de qualquer matéria cuja forma é plana»). Ou seja, estar-se-ia a evitar uma palavra inglesa, utilizando uma outra diretamente proveniente do francês... Assim, surgem sugestões bem portuguesas como prancheta, vocábulo já usado como sinónimo de mesa digitalizadora («dispositivo periférico de computador que permite a alguém desenhar imagens diretamente no computador» - afinal, o que para os leigos parece um antepassado dos novos tablets), ou até mesmo lousa, que é o equivalente do termo inglês "slate", recentemente em voga para denominar produtos de características iguais ou próximas do equipamento em causa.[7]

EO Communicator de 1993

Os primeiros dispositivos deste tipo que chegaram ao mercado foram chamados "tablet PCs". Estes dispositivos eram operados com o toque de uma caneta especial e utilizavam os mesmos sistemas operacionais presentes nos PCs convencionais, às vezes levemente adaptados para o uso com telas sensíveis ao toque.

O primeiro grande lançamento desses dispositivos foi feito pela Microsoft que em um grande evento realizado em 2002, apresentou o Tablet PC com Windows XP, Bill Gates empolgou muitas empresas, e vendeu milhares de unidades logo de inicio, o sucesso era que o aparelho trazia tudo o que um computador portátil tinha a oferecer e era tátil.

Compaq Tablet PC, da HP, lançado em 2001, rodando Windows XP

A popularização deste tipo de computador começou a dar-se com o lançamento do iPad[8] pela Apple Inc. - que já havia sido responsável pela difusão dos MP3 players e smartphones com o iPod e o iPhone - em janeiro de 2010, que, inspirado no sucesso dos smartphones, utilizava uma ecrã sensível ao toque dos dedos, dispensando canetas especiais, e um sistema operacional diferente do utilizado nos computadores comuns operados por rato/mouse e teclado.

Após o enorme sucesso do iPad, outras fabricantes passaram a desenvolver tablets com recursos semelhantes utilizando principalmente o sistema operacional Android da Google, embora, na época, o sistema ainda não oferecesse renderização otimizada para tablets, já que havia sido desenvolvido para funcionar apenas em smartphones. O Samsung (Galaxy Tab)[9] foi um dos primeiros competidores a apresentar recursos semelhantes utilizando o sistema Android ainda não otimizado para tablets. Uma nova versão do sistema operacional da Google foi lançada em 2011 para suprir a necessidade de otimização para tablets; apelidada de Honeycomb, a versão 3.0 do Android foi feita especialmente para tablets, e, com ela, surgiu uma nova leva de produtos competidores, agora com maior capacidade de enfrentar o iPad.

Em 2011, a Microsoft anunciou o desenvolvimento de uma nova versão do seu sistema operacional; o chamado Windows 8 teve, entre seus principais alvos, os tablets.[10]

Em 2012, a Companhia Brasileira de Tecnologia Digital lança o primeiro tablet voltado para crianças do mercado brasileiro: o Tablet OZ Meu Primeiro Gradiente, com conteúdos exclusivos e controles de conteúdo. O produto marca a volta da marca Gradiente ao mercado brasileiro.[11]

Número de unidades vendidas

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  • 2011 - 72 milhões
  • 2012 - 128,3 milhões (45,8% Android)[12]
  • 2013 - 195 milhões (61,9% Android).[13] Em Portugal, 700 mil.[14]
  • 2014 - 233,6 milhões (69,7% Android).[13] Em Portugal, 825 mil.[14]

Número de unidades vendidas no Brasil[15]

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Ano Milhões Un.
2011 1,1
2012 3,1
2013 8,4
2014 9,5
2015 5,8
2016 4,0

Queda e recuperação das vendas

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As fabricantes de tablets tiveram alguns anos de intenso crescimento nas vendas a partir de 2011, mas a falta de aplicativos exclusivos, o aumento da tela de smartphones e um ciclo de troca muito maior que dos celulares fizeram com que houvesse uma reviravolta nesse quadro, fazendo com que as vendas entrassem em declínio. Depois de 2014, melhor ano para as fabricantes de tablets, as vendas vêm caindo ano após ano e não é esperada nenhuma reviravolta já que esse movimento de queda não é apenas nacional, está acontecendo no mundo todo e, por isso, a Apple, uma das principais fabricantes de tablets, fechou sua fábrica no Brasil, depois de três quedas de 2 dígitos nas vendas.[16]

A partir de 2020, com a pandemia de COVID-19, o aumento de pessoas em casa e também a procura de mídia, fizeram com que os tablets voltassem a ter venda significativas, empresas como Amazon, Motorola e Nokia voltaram a produzir tablets devido a esse aumento da procura[17][18][19]

Utilização pedagógica

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Do ponto de vista pedagógico, os tablets podem ser utilizados em diferentes aspectos do processo de aprendizagem, desde a ativação do conhecimento prévio e melhoria do ensino, permitindo o processamento do conhecimento didático através de tarefas de aprendizagem complexas, bem como permitindo a prática de tarefas parciais para avaliar o conhecimento e as habilidades do aluno. Por isso, várias escolas integraram os tablets em práticas de ensino para conseguir uma educação mais ativa e personalizada e fortalecer as habilidades individuais de seus alunos. O levantamento anual em matéria de tablets e conectividade, realizado em maio de 2014 pela British Educational Suppliers Association, revelou que 76% das escolas secundárias adotaram o uso de tablets em suas aulas.[20]

Leitores de livros eletrônicos (e-book readers)

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Referências

  1. Três coisas que você deve saber sobre os tablets. Portal MSN Tecnologia, 10/01/2012 9:13. (acesso em 11/01/2012)
  2. «táblete». Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Priberam Informática. Consultado em 30 de setembro de 2019 
  3. «Desmaterializando a Ciência». www.1ficina.com.br. Consultado em 5 de janeiro de 2016 
  4. «PM realiza "Pente Fino" na Penitenciária Padrão Regional de Cajazeiras...». www.sertaoinformado.com.br. Consultado em 5 de janeiro de 2016 
  5. «Zé Filho inaugura obras no Sul e Sudeste do Piauí - Portal do Governo do Estado do Piauí». www.piaui.pi.gov.br. Consultado em 5 de janeiro de 2016 
  6. «Ipatinga (MG) - Coluna» (PDF) 
  7. Ciberdúvidas/ISCTE-IUL. «Tabletes, pranchetas ou lousas? - O nosso idioma - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa». ciberduvidas.iscte-iul.pt. Consultado em 1 de dezembro de 2017 
  8. "Apple iPad." Portal da Apple. (em inglês) (acesso em 30/04/2011)
  9. "Samsung Galaxy Tab". Portal da Samsung. (em inglês) (acesso em 30/04/2011)
  10. Paulo, iG São (14 de setembro de 2011). «Versão de testes do Windows 8 está disponível para download - Home - iG». Tecnologia 
  11. "Tablet OZ Meu Primeiro Gradiente" Página da Gradiente (acesso em 1º/07/2012)
  12. «Vendas mundiais de tablets crescem 78% em 2012» 
  13. a b «"Tablets" com sistema Android ultrapassam IPad» 
  14. a b «Tablets: mais de 700 mil unidades vendidas em Portugal» 
  15. «A ascensão e queda dos tablets no Brasil - Tecnoblog». Tecnoblog (em inglês). 10 de março de 2017 
  16. Apple encerra produção do iPad no Brasil
  17. «Mercado de tablets cresce 53% durante a pandemia; Apple é a líder». www.tecmundo.com.br. Consultado em 11 de outubro de 2021 
  18. «Mercado de tablets cresce em 2020 com destaque para Apple, Samsung e Lenovo». Canaltech. 9 de fevereiro de 2021. Consultado em 11 de outubro de 2021 
  19. «Nokia T20 é retorno da marca ao mercado de tablets com chip Unisoc e tela 2K». Canaltech. 6 de outubro de 2021. Consultado em 11 de outubro de 2021 
  20. Van-Hove, Stephanie; Vanderhoven, Ellen; Cornillie, Frederik (2017). «The tablet for Second Language Vocabulary Learning: Keyboard, Stylus or Multiple Choice». Comunicar (em espanhol). 25 (50): 53–63. ISSN 1134-3478. doi:10.3916/c50-2017-05 
  21. "Kindle Wireless Reading Device". Portal "Amazon.com". (acesso em 30/04/2011)
  22. Barnes & Noble "Nook". Portal "bn.com". (em inglês) (acesso em 30/04/2011)
  23. «Samsung Papyrus: Touchscreen ebook reader» (em inglês). sammyhub.com. 24 de março de 2009. Consultado em 23 de dezembro de 2011 
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