Sidney Miller
Sidney Miller | |
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Informações gerais | |
Nome completo | Sidney Álvaro Miller Filho |
Nascimento | 18 de abril de 1945 |
Morte | 16 de julho de 1980 (35 anos) |
Local de morte | Rio de Janeiro, (RJ) |
Nacionalidade | brasileiro |
Gênero(s) | Bossa nova, MPB, Samba, Rock |
Instrumento(s) | Voz, Violão. |
Período em atividade | 1964 - 1980 |
Gravadora(s) | Elenco, Som Livre |
Afiliação(ões) | Paulinho da Viola, Gal Costa, Nara Leão, MPB-4, Gracinha Leporace |
Sidney Álvaro Miller Filho (Rio de Janeiro, 18 de abril de 1945 — Rio de Janeiro, 16 de julho de 1980) foi um compositor brasileiro.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Início da carreira (anos 1960)
[editar | editar código-fonte]Carioca de Santa Teresa, Sidney Miller despontou como compositor no cenário musical brasileiro durante a década de 1960, e assim como outros artistas que também estavam começando, participou com algum destaque em diversos festivais de música, bastante populares nesse período.
Cursou sociologia e economia, porém sem concluir nenhum dos cursos. No início da carreira chegou a ser comparado com o também estreante Chico Buarque, uma vez que tinham em comum, além da timidez, a temática urbana e um especial cuidado na construção das letras. Além disso, a cantora Nara Leão, famosa por revelar novos compositores, teve grande importância na estreia dos dois: em 1967, no disco Vento de Maio, dividiam quase todo o repertório: Chico Buarque assinou quatro canções, enquanto Sidney Miller era o autor de outras cinco.
O primeiro registro importante como compositor foi em 1965 no I Festival de Música Popular Brasileira da TV Excelsior (SP), obtendo o quarto lugar com a música Queixa, composta em parceria com Paulo Thiago e Zé Keti, interpretada por Cyro Monteiro.[1] Em 1967, pelo selo Elenco de Aloísio de Oliveira, lançou o primeiro disco, intitulado Sidney Miller, na qual se destacou por trabalhar temas populares e cantigas de roda como O Circo, Passa Passa Gavião, Marré-de-Cy e Menina da Agulha.
Sidney Miller compôs, juntamente com Théo de Barros, Caetano Veloso e Gilberto Gil, a trilha sonora para a peça Arena conta Tiradentes,[2] dos dramaturgos Augusto Boal e Gianfrancesco Guarnieri. Nesse mesmo ano, ao lado de Nara Leão, interpretou a música A Estrada e o Violeiro no III Festival de Música Popular Brasileira da TV Record (SP), conquistando o prêmio de melhor letra.[3]
Em 1968, também pelo selo Elenco lançou o LP Brasil, do Guarani ao Guaraná, que contou com as participações especiais de diversos artistas como Paulinho da Viola, Gal Costa, Nara Leão, MPB-4, Gracinha Leporace e Jards Macalé, entre outros. O maior destaque do disco ficou por conta da toada Pois É, Pra Quê. A partir de então Sidney Miller intensificou a carreira na área de produção. Juntamente com Paulo Afonso Grisolli organizou no Teatro Casa Grande (RJ) o espetáculo Yes, Nós Temos Braguinha,[2] com o compositor João de Barro.[3] Também com Grisolli, relançou a cantora Marlene, no show Carnavália,[3] que fez bastante sucesso.
Em 1969 produziu e criou os arranjos do LP de Nara Leão Coisas do Mundo. Ainda em 1969, ao lado de Paulo Afonso Grisolli, Tite de Lemos, Luiz Carlos Maciel, Sueli Costa, Marcos Flaksmann e Marlene, organizou o espetáculo Alice no País do Divino Maravilhoso, além de compor a trilha sonora do filme Os Senhores da Terra, do cineasta Paulo Thiago.
Anos 1970 e últimos anos
[editar | editar código-fonte]Na década seguinte seguiu realizando trilhas sonoras para cinema. Sidney Miller foi o autor da trilha dos filmes Vida de Artista (1971) e Ovelha Negra (1974), ambos dirigidos por Haroldo Marinho Barbosa. Sidney Miller foi autor da trilha sonora das peças Por mares nunca dantes navegados (1972),[2] de Orlando Miranda, na qual musicou alguns sonetos de Camões, e do espetáculo a A torre em concurso (1974),[2] de Joaquim Manuel de Macedo. Em 1974 lançou pela Som Livre o último disco de carreira, o LP Línguas de Fogo.
Nos últimos anos de vida, Sidney Miller estava afastado do circuito comercial. Tinha planos de voltar a gravar, de forma independente, um LP que se chamaria Longo Circuito. Trabalhava na Funarte,[3] quando veio a falecer, vítima de um infarto.. A sala em que trabalhava passou a se chamar Sala Funarte Sidney Miller[3] e foi transformada num teatro.
Discografia
[editar | editar código-fonte]- Sidney Miller (1967)[1][4]
- Brasil, do Guarani ao Guaraná (1968)[1][4]
- Línguas de Fogo (1974)[1][4]
- Sidney Miller - Projeto Almirante (álbum tributo, póstumo) (1982)
Participações em festivais
[editar | editar código-fonte]- 1965 - I Festival de Música Popular Brasileira da TV Excelsior (SP) - Queixa (Sidney Miller/Paulo Thiago/Zé Keti) - intérprete: Cyro Monteiro - 4.º Lugar
- 1967 - III Festival de Música Popular Brasileira da TV Record (SP) - A Estrada e o Violeiro (Sidney Miller) - intérpretes: Sidney Miller e Nara Leão - prêmio de melhor letra
- 1968 - I Festival de Juiz de Fora (MG) - Sem Assunto (Sidney Miller) - intérpretes: Cynara e Cybele - 1.º lugar
- 1968 - I Bienal do Samba da TV Record (SP) - Quem Dera (Sidney Miller) - intérpretes: MPB-4
Referências
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- CliqueMusic
- MBNet
- Sidney Miller no sítio Immub.