Sencientismo
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Sencientismo, ou senciocêntrismo, denomina uma posição filosófica que adota como critério de considerabilidade moral, ou de valor intrínsico, da vida humana e animal, a consciência ou senciência — concebida como capacidade de sofrimento ou prazer consciente.[1] Definido de outra forma, a senciência seria a percepção das próprias interações e a capacidade de se distinguir dos outros do mesmo gênero e do meio ambiente.[2]
É um termo chave para a filosofia da ética ambiental e da ética animal, presente na obra de filósofos utilitaristas como Peter Singer, entre outros. É, para os utilitaristas da ética ambiental, "(...) o parâmetro da igualdade moral que define a constituição dos seres dignos de respeito.[3] Para esses pensadores a senciência implica um auto-cuidado, de se nutrir e se proteger de ameaças, que resulta num valor inerente da vida para os próprios indivíduos, humanos e não-humanos. O aprendizado para esse auto-cuidado configura a mente específica do indivíduo, e o torna sujeitos-de-suas-vidas.[4]
Referências
- ↑ Linquist, Varner & Newman 2017, p. 1.
- ↑ Felipe 2009, p. 5.
- ↑ Felipe 2009, p. 12.
- ↑ Felipe 2009, p. 13.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Linquist, Stefan; Varner, Gary; Newman, Jonathan A. (2017). «Extensionism in Environmental Ethics». Environmental Science and Ethics: pp. 233 - 273. doi:10.1017/9781139024105.011. Consultado em 15 de Julho de 2022
- Kai, Chan (2011). «Ethical extensionism under uncertainty of sentience: duties to non-human organisms without drawing a line». Environmental Values. 20 (3): p.323-346. Consultado em 15 de Julho de 2022
- Felipe, Sônia T. (2009). «Antropocentrismo, sencientismo e biocentrismo: Perspectivas éticas abolicionistas, bem-estaristas e conservadoras e o estatuto de animais não-humanos». Páginas de Filosofia. 1 (1): p.2-30. Consultado em 15 de Julho de 2022