Regra do salto do rei
Salto do rei, na história do xadrez, foi uma regra que permitia que o rei, em seu primeiro movimento, pudesse saltar para qualquer casa não ocupada, distante até duas casas da sua casa original, ou seja, de e1 para c1, c2, c3, d3, e3, f3, g3, g2 ou g1, desde que não estivesse em xeque.[1]
Esta regra estava descrita por Cessoles em seu tratado sobre xadrez, escrito em latim no século XIII. A ideia desta regra é que o rei, independente da sua marcha normal, pode exercer as atribuições das peças que estão subordinadas a ele, porém apenas em foro íntimo.[1]
Esta regra antecedeu à regra do roque, que surgiu no começo do século XVI, na Itália, e as duas regras coexistiram por um tempo, até o fim do século XVII.[2]
Salvio (1723) dá um exemplo de abertura onde se emprega o salto do rei:[3]
- 1.e4 e5
- 2.f4 exf4
- 3.d4 Dh4+
- 4.g3 fxg3
- 5.Rg2
Na continuação desta linha:[4]
- 5.... gxh2
- 6.Txh2 Dxe4+
- 7.Cf3
as brancas tem um forte ataque.[4]
Referências
- ↑ a b Règles du jeu des échecs, adoptées par la Société des amateurs d'échecs de St. Pétersbourg, comme base d'un code universal de ce jeu: suivies de notes explicatives contenant l'histoire et la critique de chaque règle (1854), p.62 [google books]
- ↑ Règles du jeu des échecs, adoptées par la Société des amateurs d'échecs de St. Pétersbourg, comme base d'un code universal de ce jeu: suivies de notes explicatives contenant l'histoire et la critique de chaque règle (1854), p.63
- ↑ Règles du jeu des échecs, adoptées par la Société des amateurs d'échecs de St. Pétersbourg, comme base d'un code universal de ce jeu: suivies de notes explicatives contenant l'histoire et la critique de chaque règle (1854), p.70
- ↑ a b Carl Jaenisch, Le Sphinx: journal des échecs (1865), ed. Paul Journoud, Vol 1-2, Des gambits du roi irréguliers, p.130 [google books]