Metamorphoses
Metamorphoses | |||
---|---|---|---|
Informação geral | |||
Formato | Telenovela | ||
Gênero | |||
Criador(es) | Arlette Siaretta Letícia Dornelles | ||
Elenco |
| ||
País de origem | Brasil | ||
Idioma original | português | ||
Episódios | 122 | ||
Produção | |||
Diretor(es) | Tizuka Yamasaki Pedro Siaretta | ||
Câmera | Multicâmera | ||
Roteirista(s) | Jaqueline Vargas Mireille Gaudin Vivian de Oliveira Yoya Wursch | ||
Tema de abertura | "Olhar de Mulher", Leila Pinheiro | ||
Empresa(s) produtora(s) | Casablanca | ||
Exibição | |||
Emissora original | Record | ||
Distribuição | Casablanca | ||
Formato de exibição | 480p (SDTV) | ||
Transmissão original | 14 de março – 27 de agosto de 2004 |
Metamorphoses é uma telenovela brasileira produzida pela Casablanca e exibida pela Record entre 14 de março e 27 de agosto de 2004 em 122 capítulos.[1] Foi escrita por Arlette Siaretta na primeira fase e Letícia Dornelles na segunda, com colaboração de texto de Jaqueline Vargas, Mireille Gaudin, Vivian de Oliveira e Yoya Wursch, direção de Pedro Siaretta, João Biscalchini, Tânia Lamarca e Vicente Barcellos, sob direção geral de Tizuka Yamasaki na primeira fase e Pedro Siaretta na segunda. A classificação indicativa da novela é de imprópria para menores de 12 anos.[2]
Vanessa Lóes e Luciano Szafir protagonizaram a primeira fase nos papéis de Circe Cipriatis e Lucas Mendonça, enquanto Jackeline Petkovic e Szafir foram os responsáveis pelos papéis principais na segunda fase. Paolla Oliveira, Ricardo Macchi, Luciene Adami, Paulo Betti, Gianfrancesco Guarnieri, Joana Fomm, Zezé Motta, Lúcia Alves, Kissei Kumamoto e Deyve Rose interpretaram os demais personagens principais.
A cantora Leila Pinheiro executou o tema de abertura, "Olhar de mulher", presente em um CD lançado pela Record Produções e Gravações, contendo a trilha sonora da trama. O título Metamorphoses é uma analogia às mudanças físicas que os jovens se submetem em busca de um corpo padronizado e também é o nome de uma clínica cirúrgica, cenário principal da telenovela. Foi recebida negativamente pela mídia e pelo público e considerada "uma cirurgia plástica malsucedida", segundo Daniel Bergamasco, da revista Isto É Gente.[3]
Antecedentes
[editar | editar código-fonte]Após O Espantalho (1977), produzida em parceria com a TV Tupi e TVS, a teledramaturgia da Record sofreu uma pausa durante a década de 1980.[4] Voltou anos depois com o desenvolvimento de Direito de Vencer e Canoa do Bagre em 1997,[5][6] mas parou suas produções e terceirizou as minisséries Uma Janela para o Céu (1997),[7] Velas de Sangue (1997),[8] A Sétima Bala (1997),[9] Do Fundo do Coração (1998)[10] e a novela Estrela de Fogo (1998) pela produtora VTM.[11] Louca Paixão (1999) e Tiro e Queda (1999) foram produzidas pela JPO.[12][13]
Na década de 2000, investiu em Marcas da Paixão (2000),[14] Vidas Cruzadas (2000) e Roda da Vida (2001).[15] Nenhuma dessas produções obteve um lucro e uma audiência satisfatórios. Dessa forma, a Rede Record decidiu exibir a telenovela venezuelana Joana, a virgem e, em seguida, a colombiana Um Amor de Babá.[16][17] Da mesma maneira, os índices foram abaixo do esperado e os produtores de teledramaturgia resolveram iniciar Metamorphoses propondo atores renomados e história objetiva, a fim de conquistar a vice-liderança.[18]
Produção
[editar | editar código-fonte]Após três anos sem exibir nenhuma telenovela brasileira, a Record decidiu estabelecer uma parceria com a empresa Casablanca, a qual já era encarregada pela produção da série Turma do Gueto, para retornar à teledramaturgia com uma trama que tematizasse os padrões de estética e beleza.[19] Para isso, a emissora arcou com 30 milhões de reais para a preparação de cenários, escolha de elenco e publicidade a fim de conquistar a vice-liderança na audiência.[18]
“ | O fato de projetarmos chegar à segunda posição não é uma obsessão. Acreditamos no sucesso de um investimento maciço. A concorrência está ficando mais acirrada [...] Estamos pondo na cesta o que o público e o mercado querem: novelas, esporte, jornalismo, programas infantis, séries. Vai ter de tudo e com boa qualidade. Isso não encontramos nas outras emissoras. | ” |
Mário Prata foi contratado para ser roteirista, Tizuka Yamasaki para diretora, o espanhol Affonso Beato, que havia trabalhado com Pedro Almodóvar e Édgar Moura para diretores de fotografia.[21] As filmagens, portanto, começaram em fevereiro de 2004 com a previsão de elaboração de 144 capítulos.[22] A princípio, a produção permanecia estável, mas Prata desistiu de escrever a trama afirmando que a produtora Arlette Siaretta, dona da Casablanca, fez modificações drásticas em seu texto e não aceitou a mudança do título da telenovela para Joia Rara.[23][24] Com isso, Siaretta se encarregou de ser a roteirista e decidiu esconder da mídia que tinha assumido o texto para atrair a curiosidade do público, recaindo autoria ao pseudônimo Charlotte Karowski.[25]
A telenovela foi a primeira captada totalmente em alta definição, dando um acabamento semelhante ao de séries dramáticas estadunidenses.[26] Para a produção de cada capítulo, a emissora investiu 120 mil reais na utilização de tecnologias e gravações de externas.[27] A Casablanca ainda procurou 150 histórias relacionadas à cirurgia plástica para garantir a veracidade dos fatos apontados na trama.[28]
Escolha do elenco
[editar | editar código-fonte]A emissora pediu para a produtora Casablanca assinar contrato com pelo menos quatorze atores renomados e conhecidos por trabalhos grandiosos.[18] Gianfrancesco Guarnieri e Zezé Motta foram os primeiros confirmados em Metamorphoses.[29] Luciene Adami foi anunciada para ser a protagonista, porém a produtora preferiu que ela ficasse com o papel antagônico.[30] A atriz Tallyta Cardoso entrou em consenso com a produção da telenovela e decidiram que ela ia fazer uma cirurgia no nariz e implante de silicone para o processo ser transmitido na trama.[31] O mesmo foi realizado com Cristiane Rebello, Miss Brasil Beleza Internacional 1992, que fez uma participação especial mostrando a lipoaspiração.[32] Os demais atores, incluindo os protagonistas, foram anunciados na campanha de lançamento da telenovela.[33]
Em uma tentativa de melhorar a audiência, foi lançada a segunda fase de Metamorphoses, sofrendo mudanças consideráveis tanto no texto quando no elenco. Paulo Betti, Lúcia Alves, Kissei Kumamoto e Francisca Queiroz saíram da história e suas personagens tiveram seus desfechos na primeira fase.[33] Portanto, Jackeline Petkovic foi colocada como protagonista e par-romântico de Luciano Szafir, enquanto Paolla Oliveira e Ricardo Macchi foram anunciados como os antagonistas da nova fase.[34]
Cenário e caracterização
[editar | editar código-fonte]A clínica de cirurgia plástica intitulada Metamorphoses foi o cenário principal da maior parte das tramas da telenovela.[30] As primeiras cenas foram gravadas em Tóquio, onde foram enviados os atores e a equipe técnica para tematizar a Yakuza, membros da organização criminosa transnacional originários do Japão.[35] A exibição de um núcleo japonês foi comentado por Siaretta: "O formato se anuncia inovador. A história terá um misto de reality show e ficção [...] quase inédito, só Os Imigrantes (1981) mostrou uma colônia japonesa".[36]
Uma mansão de 5 mil metros quadrados foi construída em São Paulo para algumas filmagens que não envolvem a clínica de cirurgia plástica ou a temática japonesa.[27] Na avenida República do Líbano, foi alugado um casarão, onde funcionou de locação para a clínica, um spa e um restaurante japonês.[37] Uma cena de atropelamento de carro presente no primeiro capítulo foi extraída do filme Intersection (1994), dirigido por Mark Rydell.[38]
Enredo
[editar | editar código-fonte]A história transcorre da seguinte forma:
Primeira fase
[editar | editar código-fonte]"O detalhe que nem a mídia percebeu é que Metamorphoses é uma novela-seriado. Seus capítulos são enriquecidos com novas tramas e de um novo contexto. A evolução dessa novela marca um novo paradigma da teledramaturgia brasileira".
Durante a Revolução Russa de 1917, a valiosa joia de Braque desapareceu misteriosamente.[35] Em 2004, a Yakuza, uma organização criminosa transnacional procurou Circe Cipriates para descobrirem sobre o roubo da joia e obrigá-la a fazer um transplante facial em Takashi Mifune, líder da máfia japonesa. Após saber dos fatos, ela foge para o Brasil e em seguida sofre um acidente gravíssimo com sua irmã Lia. A irmã pede ao cirurgião Lucas para realizar um transplante em Circe, a fim de que ela não seja perseguida.[27][35]
Após acordar, Lucas percebe que Circe está com amnésia e resolve chamá-la de Lia para assegurar a proteção.[39] A máfia japonesa viaja para o Brasil, acreditando mais ainda que Circe é a responsável pela posse do adorno. Portanto, os membros dessa organização sequestram Paulinho,[40] filho de um delegado renomado, e pedem ajuda a Valentina, Aoki e Aniki para chegar até Circe. O sequestro e a ajuda não contribuíram, uma vez que Valentina foi descoberta por estar com a joia. Após um longo tempo de confusão sobre este assunto, Valentina assassina o chefe da Yakuza e Circe descobre sua verdadeira identidade, é inocentada quanto ao roubo e decide se distanciar de Lucas.[41]
Segunda fase
[editar | editar código-fonte]Na clínica de cirurgia plástica, Lucas conhece Suellen, uma jovem romântica que vive em uma mansão. Kelly, sua irmã, tem muita inveja e planeja várias situações para separá-los.[42] Stella e Ângelo mantém relações pouco conjugais e também decidem conquistar Lucas e Suellen, para que eles se distanciem a partir de ameaças, chantagens e seduções. Teodora, tia de Suellen, sente muita raiva da cunhada Val e determina roubar uma joia muito valiosa para deixá-la nervosa.[43][44]
Kelly inventa várias mentiras e inicia diversas brigas sem motivos com a irmã. Em uma consulta na clínica, ela encontra Lucas e Suellen juntos, as duas começam uma discussão interminável. Frederico, o pai das irmãs, descobre sobre o plano de Kelly em irritar Lucas e Suellen e castiga a filha com violência.[45]
Fase final
[editar | editar código-fonte]Lucas revela a Diana, sua ex-namorada, que não se sente tão atraído por Suellen como se sentia por Circe.[45] Stella e Ângelo, após capturarem a joia de Braque e venderem para Tallyta, fogem. Tallyta entrega a joia para Lucas, que por sua vez a devolve para a Organização Internacional de Polícia Criminal. Suellen continua vivendo com seus pais em sua mansão. Teodora conta sobre sua tristeza pelo que sofreu na infância e faz as pazes com a cunhada. Circe volta ao Brasil, recebe dez milhões de dólares como recompensa da máfia japonesa, investe parte do capital na clínica e se casa com Lucas.[45]
Exibição
[editar | editar código-fonte]O primeiro capítulo de Metamorphoses foi exibido no dia 14 de março de 2004, substituindo Um Amor de Babá, na faixa das 20h.[46] Apesar da estreia ocorrer num domingo, a telenovela foi exibida de segunda a sexta (com exceção do capítulo 7, que também foi ao ar num domingo), com classificação indicativa de não recomendado para menores de doze anos.[2] O último capítulo da trama foi ao ar em 27 de agosto de 2004, 20 episódios a menos que o previsto,[47] e sendo substituída por A Escrava Isaura (que estreou apenas em outubro).[48]
A distribuição internacional de Metamorphoses é feita pela produtora americana VIP 2000 TV, numa versão editada com 88 capítulos. A aquisição dos direitos foi realizada em 2008, fruto de uma parceria com a Casablanca, e a trama recebeu os títulos Metamorfosis e New Face.[49] Em julho de 2010, a novela estreou na Venezuela através do canal Televen.[50] Entre junho e setembro de 2012, a versão internacional da novela esteve disponibilizada na plataforma de streaming Netflix, com remasterização internacional de imagem (estilo Friends).
A vinheta de abertura, também dirigida pelos diretores de fotografia, mostra inicialmente um deserto com uma joia muito brilhante. Essa joia se quebra, dando lugar a diversas borboletas, as quais passam por cenas importantes da história, que representam a clínica de cirurgia plástica que dá nome a telenovela; a modelo que aparece na sequência era Lu Schievano, modelo e ex- apresentadora do programa Ver Ciência da TV Cultura.[51] Leila Pinheiro foi a encarregada pelo tema de abertura, interpretando "Olhar de mulher".[52] Cristina Padiglione, de O Estado de S. Paulo não gostou da abertura e comentou que "a música é um anti-clímax inimaginável para quem está relançando um produto [muito] caro".[53]
Elenco
[editar | editar código-fonte]Luciano Szafir interpretou Lucas Mendonça,[54] um cirurgião plástico apaixonado por Circe (Vanessa Lóes/Lígia Cortez),[39] que sofre um acidente de carro gravíssimo onde perde a memória. Neste período, Lia (interpretada inicialmente por Lóes) pede ao cirurgião para que sua irmã Circe sofra um transplante facial, de modo que ela se pareça com Lia e possa despistar a máfia japonesa, que pensa ser Circe a encarregada por um roubo de uma joia preciosa. Takashi Mifune (Kissei Kumamoto) é o líder desta máfia e o responsável por chantagens e ameaças.[27]
Dentro do núcleo brasileiro, relacionam-se as personagens Marcos Ventura (Paulo Betti),[55] Eugênio Alencastro (Gianfrancesco Guarnieri),[56] Margot Dubois (Joana Fomm),[23] Isabela Franco (Lúcia Alves), Aspásia (Myrian Muniz), Lourdes (Suely Franco), Prazeres (Zezé Motta),[55] Diana (Luciene Adami), Fábio Fraga (Rodrigo Lombardi) e Carlos Rabelo (Zé Carlos Machado).[30] Por outro lado, no núcleo japonês, estão envolvidas as personagens Ana Valentina (Francisca Queiroz), Joseane (Ilana Kaplan), Ivan (Fernando Pavão), Aoki (Ken Kaneko), Toru (Fábio Yoshihara), Daniela (Lívia Rossi) e Xarope (Sidney Santiago).[54]
A partir da segunda fase, a protagonização de Vanessa Lóes foi substituída por Jackeline Petkovic, a qual interpretou Suellen Madeira, que conhece Lucas Mendonça em uma mansão de Pindamonhangaba.[57] Nesta mansão, Kelly Madeira (Ellen Roche) é irmã invejosa de Suellen. Assim como o roteiro sofreu mudanças significativas, o elenco também sofreu: o núcleo japonês foi extinto[58] e a história ficou focalizada no romance de Lucas e Suellen.[59] Paolla Oliveira e Ricardo Macchi foram os responsáveis pela atuação de Stela Fontes Taylor e Ângelo Souza, os antagonistas dessa fase.[48]
Música
[editar | editar código-fonte]Metamorphoses | |
---|---|
Trilha sonora de vários artistas | |
Lançamento | 2004 |
Gravação | 2004 |
Gênero(s) | Bossa Nova, MPB, rock |
Idioma(s) | Português |
Gravadora(s) | Record Produções e Gravações |
O tema de abertura da novela, "Olhar de mulher", é interpretado pela cantora brasileira Leila Pinheiro. A trilha sonora, com produção e lançamento da Record Produções e Gravações conta ainda com cantores como Gal Costa, por "As Time Goes By" e Zizi Possi em "Caminhos cruzados".[60]
N.º | Título | Música | Duração | |
---|---|---|---|---|
1. | "Olhar de Mulher" | Leila Pinheiro | ||
2. | "As Time Goes By" | Gal Costa | ||
3. | "Você só pensa em grana" | Zeca Baleiro | ||
4. | "Hoje Mesmo" | Nando Reis | ||
5. | "Porta Aberta" | Luka | ||
6. | "Nukegara" | Kazufumi Miyazawa | ||
7. | "Quem sabe isso quer dizer amor" | Milton Nascimento | ||
8. | "Caminhos Cruzados" | Zizi Possi | ||
9. | "O Lobo" | Pitty | ||
10. | "Ó Nega" | Martinho da Vila | ||
11. | "Canción de la Isla" | Kazufumi Miyazawa | ||
12. | "Dublê de Corpo" | Renata Arruda | ||
13. | "Com Palavras" | Lu Schievano | ||
14. | "Joia Rara" | Beth Lamas |
Lançamento e repercussão
[editar | editar código-fonte]Para promover o lançamento, a Record ocupou 1000 dos 6300 outdoors da Grande São Paulo com a campanha de Metamorphoses, sendo a maior campanha em outdoor realizada no país.[61] O programa investigativo Repórter Record exibiu uma reportagem sobre a máfia oriental, organizações criminosas, tráfico de drogas e extorsão um dia após a estreia da telenovela, sendo estes temas alguns dos tratados pela obra.[62]
Audiência
[editar | editar código-fonte]A Record impôs, antes da estreia, uma meta de 20 pontos de média.[63] O primeiro capítulo registrou, consoante o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística, 11 pontos de audiência e 17 de pico na Grande São Paulo, índice aceitável visto que estreou em um domingo de grande concorrência no horário nobre.[64] Apesar deste número, a emissora permaneceu em terceiro lugar, atrás de Fantástico, com 33 pontos, e Programa Silvio Santos, com 16 pontos.[65] O segundo episódio registrou apenas 6 pontos, enquanto Jornal Nacional teve 41 pontos e Canavial de Paixões, 11 pontos.[66] Depois de duas semanas de transmissão, a telenovela começou a oscilar entre 4 e 6 pontos, mantendo a posição não esperada pelos produtores.[67]
Em abril, Metamorphoses registrou seus piores números e posições: no dia 20, ficou em quarto lugar, chegando a perder para o TV Fama, da RedeTV!,[68] e no dia 29 teve sua menor audiência, de 0,7 pontos.[69] Com o início da segunda fase, a audiência permaneceu a mesma, variando entre 3 e 5 pontos.[34] Com média de 4 pontos, terminou com 20 capítulos a menos que o planejado, principalmente por causa da audiência insatisfatória.[3]
Avaliação em retrospecto
[editar | editar código-fonte]Antes mesmo de estrear, a telenovela recebeu críticas por sua produção. Em um editorial, periodistas de O Estado de S. Paulo comentaram sobre a coletiva de lançamento de Metamorphoses: "Foi engraçada [...] a nova novela não tem autor! Na ficha técnica, não há nenhuma indicação do autor da trama. Prata fez parte deste time, mas não concordou com mudanças (bem radicais!)".[70] Daniel Castro, da Folha de S. Paulo, disse que "[a telenovela] é conturbada [e] há muita rotatividade em sua autoria".[71] No dia da estreia, a jornalista Laura Mattos deu sua opinião: "Tudo tem jeito de completa piração da TV comandada pela Igreja Universal do Reino de Deus e seu bispo Edir Macedo, a Record [está] a fim de tentar atrair os holofotes e roubar um pedaço da audiência da Globo".[72]
Castro voltou a comentar após a estreia: "Metamorphoses chama a atenção pela qualidade de suas imagens em alta definição. Mas é só. Seu texto e roteiro são anêmicos. Alguns atores ainda não encontraram suas personagens".[73] O escritor e jornalista Xico Sá avaliou positivamente os recursos cinematográficos: "Nos primeiros minutos, imagens de impressionar, alta definição, coisa de cinema [...] mas, ao abrirem a boca, as personagens não tinham o que falar. Quase uma novela muda".[74] Laila Reis reafirmou a ausência de diálogos coesos e coerentes, examinando que "os equipamentos de alta definição fazem realmente diferença e deixam a novela com cara de filme ou série importada. A deserção pode ser creditada ao texto, sem a menor dúvida".[75]
Prêmios e indicações
[editar | editar código-fonte]Ano | Prêmio | Categoria | Indicação | Resultado | Ref. |
---|---|---|---|---|---|
Pior Novela
|
|||||
Venceu | [76][77] |
Referências
- ↑ «Metamorphoses». Teledramaturgia. Consultado em 19 de novembro de 2015
- ↑ a b Reis, Laila (7 de abril de 2004). «Celebridade não cresce em cima da gente». O Estado de S. Paulo. Consultado em 25 de janeiro de 2015
- ↑ a b Bergamasco, Daniel (19 de agosto de 2004). «Final infeliz». ISTOÉ Gente. Consultado em 25 de janeiro de 2015
- ↑ «O Espantalho». Teledramaturgia. Consultado em 27 de janeiro de 2014
- ↑ «Direito de Vencer». Teledramaturgia. Consultado em 20 de agosto de 2011
- ↑ «Canoa do Bagre». Teledramaturgia. Consultado em 20 de agosto de 2011
- ↑ «Janela para o Céu». Teledramaturgia. Consultado em 20 de agosto de 2011
- ↑ «Velas de Sangue». Teledramaturgia. Consultado em 20 de agosto de 2011
- ↑ «A Sétima Bala». Teledramaturgia. Consultado em 20 de agosto de 2011
- ↑ «Do Fundo do Coração». Teledramaturgia. Consultado em 20 de agosto de 2011
- ↑ «Estrela de Fogo». Teledramaturgia. Consultado em 20 de agosto de 2011
- ↑ «Louca Paixão». Teledramaturgia. Consultado em 20 de agosto de 2011
- ↑ «Tiro e Queda». Teledramaturgia. Consultado em 20 de agosto de 2011
- ↑ «A seguir, um dramalhão repleto de estrelas». O Globo. 30 de janeiro de 2000. Consultado em 27 de janeiro de 2014
- ↑ Mousse, Simone (22 de outubro de 2000). «Vinganças, paixões e interação com o público na nova novela da Record». O Globo. Consultado em 23 de janeiro de 2015
- ↑ Antunes, Elizabeth (3 de novembro de 2002). «Record tem nova novela para ano que vem». O Globo. Consultado em 23 de janeiro de 2015
- ↑ Rainho, Rodrigo (9 de março de 2003). «Babá sexy seduzirá o patrão». Folha de S. Paulo. Consultado em 23 de janeiro de 2015
- ↑ a b c Mousse, Simone (14 de janeiro de 2003). «Novela brasileira e programa dominical». O Globo. Consultado em 6 de janeiro de 2015
- ↑ Jimenez, Keila (12 de dezembro de 2003). «Record quer Sônia Braga em sua próxima novela». O Estado de S. Paulo. Consultado em 6 de janeiro de 2015
- ↑ Mousse, Simone (21 de dezembro de 2003). «'Ibope de novela é como plantação'». O Globo. Consultado em 6 de janeiro de 2015
- ↑ Croitor, Cláudia (28 de dezembro de 2003). «Mário Prata será o autor de nova novela da Record». Folha de S. Paulo. Consultado em 6 de janeiro de 2015
- ↑ «Primeiro escalão». O Estado de S. Paulo. 9 de janeiro de 2004. Consultado em 6 de janeiro de 2015
- ↑ a b «Caneta». Folha de S. Paulo. 17 de janeiro de 2004. Consultado em 6 de janeiro de 2015
- ↑ Del Ré, Adriana (21 de janeiro de 2004). «Escritor desiste de novela em meio a polêmica». O Estado de S. Paulo. Consultado em 6 de janeiro de 2015
- ↑ Giannetti, Cecília (8 de fevereiro de 2004). «O projeto 'Charlotte K.'». Jornal do Brasil. Consultado em 6 de janeiro de 2015
- ↑ Castro, Daniel (2 de fevereiro de 2004). «Tecnologia». Folha de S. Paulo. Consultado em 7 de janeiro de 2015
- ↑ a b c d Mousse, Simone (8 de fevereiro de 2004). «A meta é fazer algo diferente». O Globo. Consultado em 7 de janeiro de 2015
- ↑ Cardoso, Rodrigo (4 de março de 2004). «A dona da novela». ISTOÉ Gente. Consultado em 7 de janeiro de 2015
- ↑ Mattos, Laura (7 de janeiro de 2004). «Cadeiras». Folha de S. Paulo. Consultado em 6 de janeiro de 2015
- ↑ a b c Mousse, Simone (11 de janeiro de 2004). «Estrelas e enredo bem brasileiro». O Globo. Consultado em 6 de janeiro de 2015
- ↑ Castro, Daniel (23 de janeiro de 2004). «Atriz fará cirurgia plástica real em novela». Folha de S. Paulo. Consultado em 7 de janeiro de 2015
- ↑ «Mais uma cirurgia». O Estado de S. Paulo. 6 de março de 2004. Consultado em 7 de janeiro de 2015
- ↑ a b Mousse, Simone (6 de junho de 2004). «O cigano Igor se muda para a Record». Folha de S. Paulo. Consultado em 7 de janeiro de 2015
- ↑ a b Mousse, Simone (20 de junho de 2004). «Duas versões para uma atriz só». O Globo. Consultado em 7 de janeiro de 2015
- ↑ a b c Castro, Daniel (16 de janeiro de 2004). «Novela da Record terá máfia japonesa». Folha de S. Paulo. Consultado em 6 de janeiro de 2015
- ↑ «Mistério e tecnologia em novela da Record». Zero Hora. 8 de fevereiro de 2004. Consultado em 7 de janeiro de 2015
- ↑ Knoploch, Carol (17 de janeiro de 2004). «Novela da Record tem pretensões de cinema». Folha de S. Paulo. Consultado em 7 de janeiro de 2015
- ↑ Castro, Daniel (27 de março de 2004). «Gato por lebre». Folha de S. Paulo. Consultado em 7 de janeiro de 2015
- ↑ a b Campanha, Diógenes (11 de março de 2014). «Record estreia nova novela no domingo». ISTOÉ Gente. Consultado em 23 de janeiro de 2015
- ↑ Mousse, Simone (11 de março de 2004). «Próximos capítulos». O Globo. Consultado em 23 de janeiro de 2015
- ↑ «Próximos capítulos». Jornal do Brasil. 30 de maio de 2004. Consultado em 23 de janeiro de 2015
- ↑ «Próximos capítulos». Folha de S. Paulo. 27 de junho de 2004. Consultado em 23 de janeiro de 2015
- ↑ «Próximos capítulos». O Globo. 25 de julho de 2004. Consultado em 23 de janeiro de 2015
- ↑ «Próximos capítulos». O Globo. 15 de agosto de 2004. Consultado em 23 de janeiro de 2015
- ↑ a b c «Próximos capítulos». O Globo. 22 de agosto de 2004. Consultado em 23 de janeiro de 2015
- ↑ Castro, Daniel (27 de fevereiro de 2004). «Inovação». Folha de S. Paulo. Consultado em 25 de janeiro de 2015
- ↑ Mattos, Laura (6 de agosto de 2004). «Titanic». Folha de S. Paulo. Consultado em 25 de janeiro de 2015
- ↑ a b Mousse, Simone (6 de junho de 2004). «O cigano Igor se muda para a Record». O Globo. Consultado em 23 de janeiro de 2015
- ↑ «VIP 2000 con nuevas ofertas para MIPCOM». TV Latina. 9 de setembro de 2008. Consultado em 5 de maio de 2021
- ↑ «Telenovela Metamorfosis distribuida por VIP 2000 TV se estrena en Televen». PRODU. 2 de julho de 2010. Consultado em 5 de maio de 2021
- ↑ Mattos, Laura (25 de dezembro de 2004). «A borboleta que virou o King Kong». O Globo. Consultado em 25 de janeiro de 2015
- ↑ «Tema principal da novela Metamorphoses». Music Me. Consultado em 25 de janeiro de 2015
- ↑ Padiglione, Cristina (16 de março de 2004). «Falta liga em Metamorphoses, a novela da Record». O Estado de S. Paulo. Consultado em 25 de janeiro de 2015
- ↑ a b Padiglione, Cristina (16 de março de 2004). «Falta liga em Metamorphoses, a novela da Record». O Estado de S. Paulo. Consultado em 23 de janeiro de 2015
- ↑ a b Jimenez, Keila (27 de fevereiro de 2004). «Record arrisca ao lançar sua novela em um domingo». O Estado de S. Paulo. Consultado em 23 de janeiro de 2015
- ↑ Cardoso, Rodrigo (11 de março de 2004). «Minha vida gira em torno da hemodiálise». ISTOÉ Gente. Consultado em 23 de janeiro de 2015
- ↑ Mousse, Simone (20 de junho de 2004). «Duas versões para uma atriz só». O Estado de S. Paulo. Consultado em 23 de janeiro de 2015
- ↑ «Metamorphoses 2: a missão». ISTOÉ Gente. 3 de junho de 2004. Consultado em 23 de janeiro de 2015
- ↑ Abramo, Bia (18 de abril de 2004). «Cheiro de armação domina Metamorphoses». Folha de S. Paulo. Consultado em 23 de janeiro de 2015
- ↑ «Trilha sonora de Metamorphoses». Teledramaturgia. Consultado em 25 de janeiro de 2015
- ↑ Castro, Daniel (28 de fevereiro de 2004). «Invasão». Folha de S. Paulo. Consultado em 7 de janeiro de 2015
- ↑ «Destaque». Jornal do Brasil. 11 de março de 2004. Consultado em 7 de janeiro de 2015
- ↑ Castro, Daniel (3 de fevereiro de 2004). «Promessa». Folha de S. Paulo. Consultado em 25 de janeiro de 2015
- ↑ Castro, Daniel (16 de março de 2004). «Prótese». Folha de S. Paulo. Consultado em 25 de janeiro de 2015
- ↑ «Metamorphoses estreia em terceiro lugar no IBOPE». Zero Hora. 17 de março de 2004. Consultado em 25 de janeiro de 2015
- ↑ Jacintho, Etienne (17 de março de 2004). «Record aumenta audiência com Metamorphoses». Folha de S. Paulo. Consultado em 25 de janeiro de 2015
- ↑ Castro, Daniel (31 de março de 2004). «TV na mesma». Folha de S. Paulo. Consultado em 25 de janeiro de 2015
- ↑ Castro, Daniel (21 de abril de 2004). «Moribunda». Folha de S. Paulo. Consultado em 25 de janeiro de 2015
- ↑ Castro, Daniel (31 de março de 2004). «Penúria». Folha de S. Paulo. Consultado em 25 de janeiro de 2015
- ↑ «Novela sem autor». O Estado de S. Paulo. 4 de fevereiro de 2004. Consultado em 25 de janeiro de 2015
- ↑ Castro, Daniel (22 de janeiro de 2004). «Feiura». Folha de S. Paulo. Consultado em 25 de janeiro de 2015
- ↑ Mattos, Laura (14 de março de 2004). «Record declara guerra contra Globo com o apoio da máfia japonesa». Folha de S. Paulo. Consultado em 25 de janeiro de 2015
- ↑ Castro, Daniel (16 de março de 2004). «Artificial». Folha de S. Paulo. Consultado em 25 de janeiro de 2015
- ↑ Sá, Xico (16 de março de 2004). «"Metamorphoses" é drama em busca de autor». Folha de S. Paulo. Consultado em 25 de janeiro de 2015
- ↑ Reis, Laila (21 de março de 2004). «Metamorphoses é o paraíso do nonsense». O Estado de S. Paulo. Consultado em 25 de janeiro de 2015
- ↑ Portal Terra (24 de abril de 2004). «O fiasco da novela "Metamorphoses"»
- ↑ Folha de S.Paulo (15 de agosto de 2004). «Santa Clara: "Metamorphoses" é eleita pior novela». UOL
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Metamorphoses. no IMDb.