Saltar para o conteúdo

Magnetismo animal

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Mesmerismo)
Magnetismo animal

Magnetismo animal ou mesmerismo[1] (em alemão: lebensmagnetismus) foi o nome dado pelo médico alemão Franz Mesmer, no século XVIII, ao que ele acreditava ser uma força natural invisível possuída por todos os seres vivos/animados (humanos, animais, vegetais, etc.). Ele acreditava que tal força poderia ter efeitos físicos, incluindo propriedades de cura. Ele tentou persistentemente, mas sem nenhum sucesso alcançar reconhecimento científico de suas ideias.[2] Mesmer foi inúmeras vezes acusado de charlatanismo.[3][4][5][6][7]

Em sua origem, Mesmer almejava que o magnetismo animal se tornasse uma ciência coadunante com a filosofia e a religião,[8] buscando a melhor compreensão, não apenas do universo tangível, mas também do que chamava de universo energético e fluídico.[9] Fundamentado como doutrina, o mesmerismo com seu conjunto de aforismos, é relatado como um dos primeiros movimentos em larga escala a tentar aproximar do mundo acadêmico ocidental, os supostos fenômenos paranormais.[10][11]

Esta teoria vitalista atraiu vários seguidores na Europa e Estados Unidos, e foi popular no século XIX. Os praticantes eram conhecidos como magnetizadores, em vez de mesmeristas. Por cerca de 75 anos, desde seu início, em 1779, foi uma importante especialidade médica e continuou a ter alguma influência por cerca de mais 50 anos. Centenas de livros foram escritos sobre o assunto entre 1766 e 1925.[12]

Em 1784, uma Comissão Real, composta por figuras notáveis como Antoine Lavoisier, Benjamin Franklin e Joseph-Ignace Guillotin, investigou o Magnetismo Animal de Mesmer a pedido do rei francês Luis XVI. Os testes cegos conduzidos por eles revelaram que os pacientes só sentiam os efeitos do magnetismo quando acreditavam que ele estava sendo aplicado, levando à conclusão de que as curas observadas eram resultado da "imaginação".[13]

Depois da descoberta do eletromagnetismo por Hans Christian Ørsted, em 1820, Ampère (1827) e a de Faraday (1831), o entendimento da física do magnetismo progrediu rapidamente. Durante o mesmo período, a medicina avança e descobre que os nervos não são controlados por um fluido magnético. Todas estas descobertas vão contra as ideias do magnetismo animal, que incidia na existência do fluido. Finalmente, em 1887 o Experimento de Michelson-Morley demonstrou que a velocidade da luz é independente do seu ambiente e, portanto, nenhum éter físico é o suporte da luz e do eletromagnetismo.[14] Hoje em dia é quase inteiramente esquecida[12] e desde o fim do século XIX, as pessoas que ainda defendem a teoria do magnetismo animal são, essencialmente curandeiros e adeptos de ciências ocultas.[14]

Mesmo que presente em alguns países, suas práticas não são reconhecidas como parte da ciência médica, e são considerados por muitos médicos e pelos cientistas como placebo e autossugestão, através do processo universal conhecido como resposta de esperança.[15][16][17]

O mesmerismo exerceu grande influência no desenvolvimento da doutrina espírita.[18] O método de Mesmer influenciou também a hipnose moderna.[19]

O termo magnetismo animal surgiu como um neologismo, mais precisamente de uma palavra-valise em junção com uma palavra adjetiva (magnétisme + animus).[20]

Tem o magnetismo animal outras heteronomias como o magnetismo humano,[21] magnetismo curativo[22] magnetismo pessoal,[23] magnetismo vital[nota 1], medicina magnética[24] e o biomagnetismo.[25]

História do Magnetismo

[editar | editar código-fonte]

Medicina magnética do século XVII

[editar | editar código-fonte]
Paracelso, retrato pintado por Quentin Metsys (1466-1530)

A maior parte dos representantes da medicina magnética do século XVII, que se apresentava como uma corrente de conhecimento médico, sofreram influência dos pais fundadores da magia natural, como Paracelso,[26] Marsilio Ficino, Roger Bacon ou Pietro Pomponazzi.[27] Eles descrevem a saúde como um estado de harmonia entre o microcosmo do indivíduo e o macrocosmo celestial, contendo fluidos, ímãs e influências ocultas de todos os tipos[28] Para Paracelso, o poder interior da alma pode se manifestar no exterior do organismo que anima e agem sobre o corpo, a vontade e as representações dos outros.[29] Para ele, a imaginação é a força mágica por excelência, que representa o poder de agir sobre os outros.[30]

O médico inglês Robert Fludd,[31] influenciado por Paracelsus, pratica a medicina à distância, à qual ele atribui os efeitos à "unção de simpatia". Entre os representantes do movimento, encontra-se o alemão Rudolph Glocenius, que segundo Gockel, acredita que a natureza é governada por uma força motriz, presente em todos os lugares, mas discreta, regida pela lei da atração e repulsão.[32] O médico belga Jan Baptist van Helmont desenvolve ideias semelhantes às de Gockel.[33] Para Gockel e de Van Helmont, o magnetismo, pela sua dimensão, tanto na teoria e na prática, é parte do domínio da magia. Van Helmont escreveu: "toda ciência oculta ou que coloca acima daquela que adquirimos pela observação e o cálculo é magia; toda potência que não pertence a uma ação mecânica é uma potência mágica".  Para ele, qualquer homem é capaz de influenciar seus semelhantes à distância se uma ligação entre o operador e o paciente for criada e se a sensibilidade do paciente for exercida.[34]

O jesuíta alemão Athanasius Kircher, conhecido por seus experimentos com animais, também acreditava que o magnetismo atuasse como um princípio explicativo de todos os fenômenos naturais. Ele explica o "magnetismo do amor" como uma lei fundamental cósmica de atração entre os seres vivos, atração esta que é a origem tanto dos elos eróticos como da a cura das doenças pelo tratamento magnético.[35]

Entre os representantes tardios desta corrente, encontram-se o médico escocês William Maxwell[36] e Fernando Santanelli.[37]

Depois da descoberta do eletromagnetismo por Hans Christian Ørsted, em 1820, Ampère (1827) e a de Faraday (1831), o entendimento da física do magnetismo progrediu rapidamente. Durante o mesmo período, a medicina avança e descobre que os nervos não são controlados por um fluido magnético. Todas estas descobertas vão contra as ideias do magnetismo animal, que incidia na existência do fluido. Finalmente, em 1887 ode Michelson-Morley demonstra, para a surpresa dos cientistas da época que a velocidade da luz é independente do seu ambiente e, portanto, nenhum éter físico é o suporte da luz e do eletromagnetismo. Depois do século XIX, os adeptos da teoria do magnetismo animal são essencialmente os curandeiros e adeptos de ciências ocultas.[14]

Era mesmérica

[editar | editar código-fonte]
Descrição de charlatismo referindo ao magnetismo animal como "Dedo mágico"

Franz Anton Mesmer (1734 - 1815), médico alemão, formado em medicina pela Universidade de Viena,[38] teólogo pela Universidade de Ingolstadt[38] e doutor em filosofia pela Universidade Jesuíta de Dillingen[38] foi quem postulou a existência de um fluido magnético universal o qual poderia fazer uso terapêutico. Introduziu o termo magnetismo animal em 1773 na mesma época que inicia o tratamento da prima de Mozart.

Mesmer queria ter condições de interpretar racionalmente os fenômenos e energia que, conectada ao corpo humano, seria responsável por muitas manifestações, entre elas; transes e curas.[10][39] E, como tal, denotavam-no referir-se ao irracional ou a magia.[40] Enquanto ele queria fundamentar o magnetismo como ciência, trazendo este da condição sobrenatural para um estudo das propriedades de uma condição natural, isso levou por seus detratores a divulgar sobre ele o arquétipo de charlatão[41] e ao magnetismo animal a condição de uma pseudociência.[42] Desde que se tornou público, o magnetismo animal virou objeto de controvérsia, principalmente na França, onde a Faculdade de Medicina condenou a não ser praticado pelos médicos desde o ano de 1784. Isso não impediu que o magnetismo animal continuasse a se espalhar de várias formas, pois alguns magnetizadores continuaram a atribuir os efeitos dos estudos de Mesmer aos fluídos, outros atribuindo-lhes a vontade e outros ainda a imaginação do magnetizador e magnetizado.

François Deleuze afirmava ser a vontade a matriz e motriz responsável pela atuação dos fluídos, e que se fosse pela imaginação não haveria como os vidente sonâmbulos perceberem sua atuação em objetos inanimados mesmo sendo imantados sem que as cobaias estivessem próximas.[20] Os que defendiam a ideia das imaginações serviram de fonte para as teorias da hipnose desenvolvidas por médicos como James Braid[43] ou Ambroise-Auguste Liébault. E outros ainda denotam o processo magnético em estreito contato com espíritos.[44] Franz Anton Mesmer publicou em 1766, em Viena, De l'influence des planètes sur le corps humain (A influência dos planetas sobre o corpo humano). Foi fortemente influenciado por Newton, Galileu, Kepler, Copérnico e pelos Aforismos de Hipócrates, além de seu mestre professor Universitário.[45] Mesmer é descrito como plagiador de alguns autores como o caso de Richard Head.[46] Depois viria uma injúria do padre jesuíta Maximilian Höll (Hell) sobre a descoberta do uso terapêutico de placas magnéticas as quais Mesmer as achavam sem utilização, onde as mesmas só seriam úteis após serem transformadas em magnetos mesméricos, o que não ocorreria se não fossem mesmerizados.[46]

Após sua retificação, e subtraído o magnetismo mineral de sua doutrina, é determinado que seu tratamento viria de seu potencial magnetizador, nascendo então o nome Magnetismo Animal. No ano de 1775, os exorcismos do Padre Johann Joseph Gassner começaram a ser investigados por uma comissão nomeada por Maximilian Joseph III da Baviera após este eleito. Esta mesma comissão intima Mesmer ir a Munique e em 27 de Maio 1775 ele prova sua capacidade de fazer surgir e desaparecer nos pacientes vários sintomas sem o uso de exorcismo.[48] No dia seguinte, na presença do Tribunal e da academia, ele diz:

As primeiras fundamentações escritas sobre o Mesmerismo

[editar | editar código-fonte]

Em fevereiro de 1778, Mesmer chegou a Paris onde tentou, sem sucesso, obter reconhecimento da Académie des Sciences, da Société Royale de Médecine e da Faculté de médecine de Paris. Retirando-se para a aldeia de Créteil[50] publicou seu artigo: Memória sobre a descoberta do magnetismo animal em 1779[51] com o apoio do seu primeiro grande convertido, o médico Charles Deslon.

A tina de Mesmer

[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Tina de Mesmer
Descrição da tina

Mesmer admitindo cada vez mais pacientes, em 1780 introduziu um novo método de atendimento coletivo com a chamada Tina de Mesmer, através da qual ele poderia tratar mais de trinta pessoas ao mesmo tempo. Eram dispostas as pessoas em torno desta celha, a qual, na parte superior dispunha de hastes de metal, que era tocada pelos clientes.[52]

Le baquet de Mesmer, paródia da banheira de Mesmer pelo pioneiro diretor de cinema Georges Méliès, 1905.

No período destes tratamentos coletivos, em torno da tina de Mesmer, ocorreram eventos denominados "crises magnéticas", durante o qual as mulheres ricas da sociedade perdiam completamente o controle, caindo em histeria, sofrendo desmaios e convulsões.

Mesmer afirmava que estes eventos tinham valor terapêutico.[53] Em casos de convulsões violentas, os pacientes eram levados para uma sala acolchoada chamada sala de crise, onde ali ficariam até que as mesmas cessassem.[20][54]

Avaliação científica do conselho real de 1781

[editar | editar código-fonte]

Em 1781 o Rei Luis XVI, sua esposa e membros de sua corte, solicitaram à Academia Francesa de Ciências que investigasse Mesmer e suas supostas curas. A academia nomeou uma comissão composta por: Benjamin Franklin, Antoine Lavoisier, o então prefeito de Paris Jean Sylvain Bailly e Joseph-Ignace Guillotin. Esta comissão foi encarregada de investigar Mesmer e suas afirmações de cura. Um dos testes se constituiu na magnetização de uma árvore por um preposto de Mesmer, e a posterior identificação desta por um jovem com os olhos vendados. Ele deveria identificar a árvore que apresentasse maior força magnética. O rapaz reportou várias sensações e afirmava que a força magnética estava aumentando mesmo quando se distanciava da árvore. O experimento terminou com o rapaz desmaiando.[55]

O conselho refutou o mesmerismo, mas confirmou os trabalho realizado por Mesmer, alegando ser estes realizados pela sugestão.[56]

As principais correntes de magnetismo

[editar | editar código-fonte]

Quando Mesmer deixou Paris em 1785, a prática do magnetismo animal estava prosperando, apesar das proibições da faculdade, o mesmerismo foi representado por três correntes principais[57] e apenas surgindo uma nova corrente após a Restauração Francesa:

  • Os mesmeristas explicavam as mudanças fisiológicas e psicológicas provocadas pelo magnetização com foco em fluxo de fluido. Sua concepção dominante resolutamente materialista e fisicalista, está próximo aos dos médicos, como Désiré Pététin, preferem falar de eletricidade vital.
  • Os psicofluidistas[58] veem a vontade como o verdadeiro agente da ação magnética, mas mantêm a premissa de um fluido como um veículo curativo. Os teóricos dessa corrente reivindicam a razão, acreditando que o sonambulismo revela os potenciais e premissas latentes da alma.
  • Os Espiritualistas foi uma corrente vinculada a um ramo místico de Maçonaria[59] os quais como os Espíritas[60][61] (que só surgiram após a Restauração Francesa) pensam que seus pacientes reagem diretamente sobre a reação da vontade e da oração. Podendo relatar ainda que, durante os transes, tais magnetizados, entram em contato com anjos ou espíritos.
  • Os imaginacionistas surgiram após a Restauração, para os quais, nem a vontade do magnetizador, ou qualquer fluido intervenientes eram reconhecidos como pautáveis em suas teorias. Para eles, o magnetismo é apenas competências internas, colocando-os acima dos magnetizados em relação aos poderes da imaginação, o que poderia alterar drasticamente a totalidade psico-orgânico do mesmo.

Os psicofluidistas e o sonabulismo

[editar | editar código-fonte]
Amand Marie Jacques de Chastenet de Puységur

Admitindo-se a hipótese de um fluido universal, os psicofluidistas, conduziam suas teorias, mas insistentemente, defendendo o potencial que é a vontade do magnetizador e sua convicção com o magnetismo,[62] para realização do tratamento de seu paciente. Além disso, para eles, a vontade do operador, em vez de impor a vontade ao paciente, seria somada com a do mesmo, sendo assim, o sucesso é a soma das vontades e adminículo dos dois.

O Marquês de Puységur, oficial da artilharia, Armand Marie Jacques de Chastenet, foi seu maior divulgador. Sendo ele, um dos primeiros persuadido por seus dois irmãos mais jovens, a entrar na Companhia de Harmonia Universal, para seguir os ensinamentos de Mesmer.

A inclusão prática do Marquês ao magnetismo se deu da seguinte forma: "como parte de seu regimento em Estrasburgo estavam completamente ferido, veio seu interesse em tratar os jovens soldados doentes".

O Iluminista, Marquês encontrava-se igualmente preocupado com a saúde de seus vassalos e com disposição para trabalhar em sua terra, para o advento do progresso.[63] Em 4 de maio de 1784, em repouso em sua área de Buzancy arredores de Soissons, enquanto ele aliviava pelo magnetismo um jovem camponês, Victor. Então com 24 anos, Puységur observa que em vez das convulsões da "crise mesmérica", Victor cair em um sono tranquilo e profundo. Para sua surpresa, Victor, o camponês, embora aparentemente adormecido, manifestava-se uma intensa atividade mental, o qual, era expressado sem o seu arcaico dialeto e com temas que ultrapassavam suas condições cotidianas.[20]

O Marquês de Puységur enquanto reproduzia estas experiências, nos dias seguintes outra coisa surpreende. Em seus acessos chamado de "sonambulismo induzido" ou "sono magnético”,[64] Victor parece capturar os pensamentos e desejos do marquês, sem que fosse necessário formulá-los. Assim, como uma ordem, Puységur formulava um desejo silencioso e Victor expunha-o, como se ele tivesse acesso direto ao que estava acontecendo na mente de seu magnetizador. Além disso, enquanto em transe, Victor ajudava Puységur a diagnosticar os males de seus outros pacientes e explicava como se comportar em relação a eles. Falamos de "lucidez magnética" para descrever a visão no sonambulismo, a qual, discorre sua própria doença e de outros outro, indicando os remédios que melhor os tratariam.[65]

Puységur também descobriu que:

Ao acordar, Puységur observou que sonâmbulos esqueciam tudo o que acontecera com eles enquanto estavam magnetizados.[67] Os fenômenos de "lucidez magnética" desafiavam a racionalidade do Iluminismo, em que eles pareciam descrever que:

Perante os fatos, descobrem que parecem apoiar a ideia de uma interligação virtual das consciências,[63] Puységur abandonaria a partir de então o axioma da consciência fechada. Para ele, esses fenômenos lúcido deveriam ser estudados como são todas as outras faculdades humanas.

Ulmeiro do Marquês de Puységur

Em seguida, os pacientes se reúnem em Buzancy para tratarem com o marquês Puységur, que organiza os tratamento coletivos em torno de um grande Ulmeiro.[68] E em 17 de maio do mesmo ano, o Marquês de Puységur escreveu a seu irmão:

Uma testemunha descreveu a cena da seguinte forma:

Conforme descreve alguns autores, as experiências de Puysegur, permitiu às crenças populares dos camponeses, relacionadas a curas, videntes e plantas medicinais. O que também contribuiu para Puységur reestruturar essas crenças foi a influência de sua leitura das obras de Jean-Jacques Rousseau.[70][71]

Alguns sonâmbulos após realizar o diagnóstico de um paciente, descrevem o local da floresta onde se encontrará a provável planta que irá curá-lo, fato não diferente dos textos em que o filósofo perto do estado de êxtase encontra-se herborizado, como no livro devaneios de um caminhante solitário.[72]

Em 1785, Victor leva o marquês de Puységur à Paris, para demonstrar suas descobertas, que se sucederam a algumas relatadas por Mesmer. No mesmo ano, ele assumiu o comando de seu regimento de artilharia em Estrasburgo e criou nesta cidade a Société harmonique des amis réunis onde treinara mais de 150 magnetizadores[73] e abriu muitos centros de tratamento. A Société continuou a existir até 1789 a qual publicou numerosos artigos sobre os vários casos tratados pelo magnetismo.

Homem do Iluminismo, Puységur começa a seguir as novas ideias da corrente revolucionária e fica encantado com o rumo dos acontecimentos. Nomeado general de artilharia em 1791, cargo que renunciou em maio de 1792. Enquanto seus dois irmãos se refugiaram no exterior, ele recusou-se a segui-los. Sob o terror da mesma "Revolução" que o encantara anteriormente.[72]

Joseph Philippe François Deleuze

Puységur passou dois anos na prisão com sua esposa e filhos, mas foi evitado o pior, não sendo privado de suas propriedade.

Ao sair da prisão, sob o domínio do Primeiro Império Francês, de 1800 a 1805, ele foi prefeito de Soissons.[73]

Entre 1807 e 1813, Puységur publicou várias obras em favor do magnetismo e realizou diversas demonstrações em conjunto com jovem camponês Hébert para muitas autoridades médicas, incluindo o médico Franz Joseph Gall. E em 1815, revitalizou a Société de l'harmonie em nome de Mesmer e do magnetismo.[74]

Efeitos do Mesmerismo

Em 1814, com interesse nos escritos de outro adeptos do magnetismo animal, o naturalista Joseph Philippe François Deleuze, colaborador de Antoine Laurent de Jussieu, no Museu Nacional de História Natural, em Paris, desenvolveria a publicação de jornal, os Anais de magnetisme, em que expõe os experimentos conduzidos por magnetizadores em toda a Europa. Estas edições tornar-se-ia a Biblioteca do Magnetismo Animal de 1818.[75] Deleuze defende o magnetismo contra os positivistas da academia, mas também contra a ala direita da Igreja Católica, representada em particular pelo Padre Fustier,[76] Padre Wurtz e o abade Fiard que viam no magnetismo nada mais que uma conspiração maçônica para minar as bases do Cristianismo, uma condição ameaçadora para a igreja tendo em seus bastidores o próprio Satanás.[77] Outros Magnetizadores psicofluidistas foram Charles de Villers, Auguste Leroux, AA Tardy de Montravel, Louis Joseph Charpignon, Casimir Chardel, Charles Lafontaine e o médico Alphonse Teste. Os membros desta corrente publicaram a maior parte da sua doutrina no Revue du magnétisme (Jornal do magnetismo).[78]

Cartaz de uma sessão pública de magnetismo animal em 1857.

Espiritualista

[editar | editar código-fonte]

Os Espiritualistas são a parte de uma corrente cristã desde o Iluminismo, atribuído a um ramo místico da Maçonaria.[79] Seu líder foi o teósofo Louis Claude de Saint-Martin, e o iniciador desta corrente de pensamento foi Martinez de Pasqually o qual foi fortemente influenciado pelas obras de Emanuel Swedenborg. Saint-Martin tornou-se o vigésimo sétimo membro da "Société de l'Harmonie" (Sociedade da Harmonia), em 4 de Fevereiro de 1784, mas gradualmente longe de Mesmer, ele insistiam na inexistência materialista da a ação do fluido.[80] Alguns espiritualistas afirmam agir diretamente sobre o paciente, sem a influência de um fluido, pela vontade e oração. Outros consideravam o contato do magnetizado com entidades supra-humana.[81] Estes teosofistas magnetizadores Lyon trabalhavam com mulheres sonâmbulas com quem supunha-se ter uma relação especial com as condições extra humanas.[82] Dentre essas mulheres pode-se incluir: Jeanne Rochette e Marie Louise de Vallière Montspey. Além das polêmicas com os psicofluidistas, sabemos que Puységur frequentava a estes ambientes, especialmente através da Loja Maçônica "A franqueza de Estrasburgo", à qual pertencia com seus irmãosErro de citação: Parâmetro inválido na etiqueta <ref> e Henry Delaage.[83] A outra parte dos espiritualista conta partir de agosto de 1813, na pessoa de José Custódio da Faria o qual dá em Paris um curso sobre sonambulismo provocado, o qual ele prefere chamar o sono lúcido. Uma testemunha contemporânea, o médico Alexandre Bertrand, descreve seu método:

Abade Faria, tanto contesta: a teoria do fluido de Mesmer quanto a teoria do Marquês de Puységur no papel decisivo da vontade do terapeuta na introdução do transe magnético.[85] Ele também negava a personalidade do magnetizador qualquer poder efetivo sobre o paciente dizendo ser teorias populares sobre os poderes sobrenaturais.[86] Para ele, o sono lúcido só era liberado pelos poderes ocultos da alma, expressando a forma velada e fragmentária dos sonhos. DescreveFaria que o magnetizador só ajuda o paciente a acessar seus recursos internos. Faria foi ridicularizado na imprensa, especialmente em uma série de cruéis artigos de Victor-Joseph Étienne de Jouy e, em seguida, a partir de 1816, em um pedaço de Vaudeville por Jules Vernet por título La magnétismomanie.[87] Refutado pelos psicofluidistas, que não perdoam-lhe a sua rejeição do fluido, e criticado por seus colegas eclesiásticos, que o acusam de se aliar com as forças demoníacas, tendo assim que fechar a sua sala de conferências e retirar-se para um internato para meninas como capelão.[88]

Os imaginacionistas

[editar | editar código-fonte]

Os imaginacionistas rejeitavam a ideia de fluidos independentemente de sua origem e não aceitavam também a potencialidade da vontade. Eles deferiam a ideia de que tudo era impulsionado pela imaginação. De 23 de agosto de 1819 a janeiro de 1820, o médico Alexandre Bertrand, politécnico e futuro colunista científica no jornal Le Globe, da cursos públicos sobre o Mesmerismo. Primeiro, defensor das ideias psicofluidistas, após um período refaz suas teses mudando para a linha de pensamento imaginacionistas.[89] Bertrand entre os demais ouvintes, há um número de médicos que exercem magnetismo no hospital. Aos poucos, inicia-se em relação aos fluidos os vários médicos céticos de renome, Henri-Marie Husson, Léon Rostan, François Broussais, Pierre Fouquier ou Étienne-Jean Georget,[90] assistir às experiências que se alinham-se à causa do magnetismo. Também encontrado entre eles Barão Étienne Félix d'Henin de Cuvillers, editor da revista Archives du magnétisme animal de 1819, o filósofo Maine de Biran, General François-Joseph Noizet.[91]

Controvérsias científicas

[editar | editar código-fonte]

O historiador Robert Darnton mostrou como a ciência durante os anos subsequentes de 1780 inspirava tal entusiasmo que quase apagou o limite, nunca muito distinto antes do século XIX, que separa a verdadeira ciência da pseudociência.[92] Numa altura em que a capacidade do cientista para explorar as forças da natureza inspira uma admiração quase religiosa, onde:

Se atualmente podemos considerar que o magnetismo animal fez a transição entre a fé do Iluminismo na capacidade da razão para decodificar as leis da natureza e do fascínio do romantismo para o sobrenatural,[94] que Deve ser enfatizado que o conflito entre os magnetistas à instituição médica não coloca cara a cara à luz da razão e da escuridão do oculto, mas diferentes concepções de razão. Aos olhos dos magnetizadores tal Puységur, Deleuze ou Bertrand, a razão não tem o direito de excluir feita em nome de uma ideia pré-determinada do possível e o impossível. Para seus adversários, no entanto, os fenômenos magnéticos contradizem a ordem da natureza e, portanto, perde seu tempo estudando-o.[95]

A comissão de Louis XVI

[editar | editar código-fonte]
Jean Sylvain Bailly
Antoine-Laurent de Jussieu

Em 1784, diante de rumores e alguns casos de cura em lugares altos, Louis XVI nomeou duas comissões para estudar a prática do magnetismo animal[96]:

Os comissários basearam suas observações no trabalho de um dos discípulos de Mesmer, o médico Charles Deslon, que, ao contrário de seu mestre, concordou em compartilhar sua experiência com eles. Em seus experimentos, os comissários observaram que um paciente teve uma crise na crença equivocada de que estava sendo mesmerizado. Outro paciente foi levado diante de cinco árvores no jardim de Franklin, das quais apenas uma havia sido magnetizada por Deslon, mas ele desmaiou ao pé de uma das outras quatro. Na casa de Lavoisier, um copo de água comum provocou convulsões em um paciente que, sem saber, havia bebido o conteúdo de um copo de água normal, acreditando que estava magnetizada.[97] Em seu relatório oficial,[98] Lavoisier disse que

.[99] O relatório oficial da outra placa faz conclusões muito semelhantes aos de Bailly[100] e Jean Sylvain Bailly também afirma, em um relatório secreto para o rei que:

Ele ressalta que:

Antoine-Laurent de Jussieu, por sua vez, se recusa a assinar o mesmo documento, ele e seus colegas publicaram um contra-relatório que afirma que "a influência física do homem sobre o homem" com ou sem tocar deve ser aceita.[102] Deslon publica também uma retórica ao relatório no qual ele criticou os métodos e conclusões dos comissários. Argumentando que

Além disso, os defensores do magnetismo animal defenderam que o conceito “IMAGINAÇÃO” permite aos comissários desqualificar o magnetismo sem ter que correr o risco de definir, investigar mais profundamente ou invocam esta condição, portanto, sem ter que produzir testemunha confiável para a “Definição”.[103] Na sequência da publicação em 24.000 exemplares dos dois relatórios oficiais, a “Faculté de médecine de Paris” (Faculdade de Medicina de Paris) impõe aos seus membros magnetizadores a assinar um ato de renúncia em que se comprometem a garantir que:

.

O relatório de Husson

[editar | editar código-fonte]
Drº MD Henri-Marie Husson

No início do século XIX, a opinião da academia permanece largamente desfavorável ao magnetismo animal, como evidenciado no panfleto privado publicado em 1812 por Antoine-François Montegre de Jenin, o secretário da Academia de Medicina, no qual ele acusa o magnetismo

E o artigo de Julien-Joseph Virey, publicado no Dicionário de Ciências Médicas em 1818.[106] Não foi desenvolvido até 1825 quando o médico, Dr. Pierre Foissac, direciona para a Academia de Medicina a defesa, uma revisão da "memória do magnetismo”.[107]

M. Julien-Joseph Virey

Onde ele afirmava que o sonambulismo magnético é susceptível de abrir novos caminhos para a fisiologia e psicologia. A reunião pública realizada em 20 de janeiro de 1826 para julgar a adequação desta avaliação. Enquanto alguns membros da academia consideravam ainda as conclusões dos oficiais de Louis XVI como válidas. O professor Henri-Marie Husson, médico-chefe do Hospital Hotel Dieu, observou que as teorias adotadas, os meios utilizados e os efeitos obtidos em tratamentos magnéticos mudaram desde os dias de Mesmer.[108] Em 1826, Husson cria uma comissão oficial para se pronunciar sobre o magnetismo animal. A comissão iniciou seus trabalhos em janeiro de 1827 e apresentaram as suas conclusões para a Academia de Ciências, em 21 e 28 de Junho de 1831, reconhecendo que a maioria dos fenômenos magnetismo eram reais. Em particular, o relatório cita a remoção de um tumor feita em 1829 pelo cirurgião Jules Cloquet em sono magnético, durante o qual o paciente não mostra nenhum sinal de dor.[109] O relatório também descreve como Foissac curou através do mesmerismo o paralítico Paul Villagrand considerado incurável tanto pelo doutor François Broussais como por outros médicos.[110] Neste relatório, o que causou um escândalo e não foi publicado pela academia,[111] foi a citação a Comissão onde afirma que:

Dubois e sua rejeição dos protocolos experimentais

[editar | editar código-fonte]

Em 1833, o médico Frédéric Dubois (d'Amiens) publica um panfleto atacando os magnetizadores e o relatório de Henri-Marie Husson[113] que já havia sido publicado por Foissac. Neste texto, Dubois assimila todos os magnetizadores como charlatães e diz

Em 1837, uma comissão chefiada pelo Dubois foi nomeada para estudar os fenômenos magnéticos apresentados pelo médico Dr. Didier Berna. Berna oferece protocolos experimentais que não é aceita pela comissão que relata de forma contrária mesmo sem fundamentação. Além disso, Berna havia exposto aos comissários que se comprometia com a assinatura dos protocolos experimentais em cada reunião, o que foi recusado.[115] O Comitê de Dubois fez meia dúzia de experimentos em dois sonâmbulos[116] e tiraram suas conclusões absolutamente opostas às de Husson. De acordo com o seu relatório, que é lido na Academia de Medicina, em 12 e 17 de agosto de 1837, nenhum dos supostos fenômenos realizados pelos magnetizadores podem ser observados. Apesar dos protestos de Husson e Berna, em 15 de junho de 1842, a Academia de Medicina decide não tomar interesse no magnetismo animal.

Christoph Wilhelm Hufeland.

Enquanto na França as autoridades científicas quase sempre rejeitaram o magnetismo, a situação foi diferente na Prússia. Em 1812, o governo prussiano nomeou uma comissão de inquérito que publicou em 1816 um relatório favorável ao magnetismo. Posteriormente, as Universidades de Berlim e Bonn criaram as cátedras mesméricas. Entre os mesmeristas alemães incluem os médicos David Ferdinand Koreff, Christoph Wilhelm Hufeland,[117] Karl Alexander Ferdinand Kluge,[118] Karl Christian Wolfart, Karl Schelling, Arthur Lutze, Carl August von Eschenmayer e Justinus Kerner.[119]

Em 1815, o czar Alexander I nomeou uma comissão que concluiu que o magnetismo é um verdadeiro agente, mas só deve ser realizado por médicos instruidos.
No ano de 1817, o rei Frederick VI da Dinamarca publica uma ordem semelhante sobre o mesmo assunto.[120]

O Mesmerismo encontra terreno fértil na Suíça, mais precisamente em Lausanne no ano de 1786, graças ao francês Michel Servan, Procurador Geral do Parlamento de Grenoble. Várias sessões privadas são organizadas sob a sua liderança, apesar do parecer negativo do médico Auguste Tissot.[121] John Bell foi o primeiro a praticar e ensinar o magnetismo animal em Londres nos anos de 1780. Em 1786, as "Memórias da história e ao estabelecimento do magnetismo animal" do Marquês de Puységur surge na velha Londres. Em torno de 1787, o doutor J.B. Mainauduc, aprendiz de Charles Deslon, sai da França e vai ensinar o magnetismo.[122] O interesse no magnetismo é retomado em 1833, seguindo da tradução em Inglês do relatório de Husson e publicado na revista médica The Lancet por J.C. Colquhoun, magnetizador treinado na Alemanha.[123] Em 1837, Jules du Potet de Sennevoy, que conduziu os experimentos para comissão de Husson, "exporta" a prática do magnetismo animal para a Inglaterra que se torna a forma particular de tratamento do médico Inglês John Elliotson.[124]

O último estágio de extrapolação do mesmerismo na Europa se faz com o médico James Esdaile na Índia britânica,[125] um precursor do uso do magnetismo animal na Anestesiologia. Elliotson e demitido do posto de professor no University College de Londres no ano de 1838 sob pressão da Revista Médica. The Lancet, cujo diretor, Thomas Wakley tinha apoiado inicialmente o mesmerismo.[126] O magnetismo é expulso da instituição britânica, mas, ao contrário da França, nenhum decreto oficial vem impedir ou limitar a prática.[127] De 1843 a 1856, Elliotson publica a revista The Zoist dedicada ao magnetismo animais.[128]

Nos Estados Unidos

[editar | editar código-fonte]
Gilbert du Motier Lafayette o Marquês de Lafayette

Em maio de 1784, o Marquês de Lafayette Gilbert Motier de Lafayette escreveu uma carta entusiasmada com o trabalho de Mesmer para George Washington. Lafayette escreveu:

Esta carta é seguida por uma do próprio Mesmer em 16 de junho, a Washington, cinco meses depois de confirmar que ele se reuniu Lafayette.[130] Este último, desde então, com instrução sobre o magnetismo animal encontrou uma comunidade de “Shaker” [nota 2] e viu uma semelhança entre as práticas de transe destes e as crises mesméricas. Lafayette também participa de rituais de indígenas norte americanos, convencido de que o magnetismo animal é a redescoberta de uma prática antiga e primitiva.[131] Sabemos, contudo, que Benjamin Franklin e Thomas Jefferson foram ambos hostil à prática do magnetismo animal. Jefferson, que temiam uma onda de invasão do mesmerismo em seu país, enviou numerosos panfletos antimesmeristas e cópias dos relatórios das comissões para os amigos influentes.

Nos anos 1790, Elisha Perkins, membro fundador da Sociedade de Medicina da Connecticut, faz um uso terapêutico de placas de metal.[132] A prática de Perkins não é bem recebida, assim tanto os médicos apoiadores do magnetismo animal quanto Perkins são excluídos da Sociedade Médica Connecticut.[132]

Entre os que levaram o magnetismo animal para a América do Norte, há também o Sr. Joseph du Commun, dando suas primeiras lições de animais magnetismo em Nova York no ano de 1829 e Charles Poyen Saint Sauveur, que ensina a prática do mesmerismo em Massachusetts em 1834.[133]

Ver artigo principal: Magnetismo no Brasil

O magnetismo animal no Brasil foi instaurado pelos primeiros homeopatas em solo brasileiro, com suas primeiras experiências com o chamado "fluido vital".[134] Pode-se registrar seu primórdio no século XIX através do médico João Lopes ainda no período regencial do Brasil Império. Seu ínterim áureo foi a criação da Sociedade de Propaganda do Magnetismo[135] e o Jury Magnético no Rio de Janeiro com seu reconhecimento em 3 de maio de 1862 por D. Pedro II.[135]

Contando entre seus divulgadores: Francisco de Paula Fajardo Júnior,[136] o médico lisbonês João Lopes Cardoso Machado,[137] o médico Guilherme Henrique Briggs que no ano de 1853 traduz para o português o livro do Barão du Potet (1796 - 1881), com o título "Prática Elementar do Magnetismo"[138] dentre tantos outros.

O primeiro periódico a ser vinculado em solo brasileiro foi "A Verdadeira Medicina Física e Espiritual associada a Cirurgia”[nota 3], em janeiro de 1861, pelo magnetizador e professor de magnetismo Dr Eduardo A. Monteggia editado pela Tipografia do Correio Mercantil.[140]

No ano de 1877 Miguel Lemos (1854-1917) e Raimundo Teixeira Mendes (1855-1927) viajam a Paris e quando retornam ao Brasil, Miguel Lemos, inicia uma progressiva e enérgica ação positivista, fazendo sugir a lei contra o magnetismo animal no Código Penal de 1890, mais precisamente no capítulo III, Art. 156[141].

Vários revezes se realizam até que no ano de 2004, Paulo Henrique de Figueiredo editou pela primeira vez os livros de Franz Anton Mesmer na integra, sob o nome Mesmer a ciencia negada e os textos escondidos, uma obra contendo a biografia detalhada de Mesmer em conjunto com a maioria de suas obras.[142]

Novas pesquisas

[editar | editar código-fonte]

Nos EUA, pesquisas esporádicas sobre magnetismo animal foram realizada no século XX, e os resultados publicados; por exemplo, B. Grad escreveu três artigos relacionados ao assunto entre 1961 e 1976 e Allan Gauld com suas analises atingiu resultados intrigantes.[143]

O Jornal da Cidade de Bauru em 13 de julho de 2014 relatou o trabalho desenvolvido pelo professor Francisco Habermann (professor aposentado de nefrologia), a professora Niura Padula e outros integrante do grupo de pesquisadores da Unesp/Botucatu, descrevendo que o passe magnético seria um conhecimento resoluto desde o século XVIII baseado no que a física clássica denota ser as pontas dos dedos que agiriam como para-raios ou como terminais pontiagudos que recebem e transmitem "forças", podendo uma pessoa influenciar a outra simplesmente "estendendo as mãos".[144]

O jornal ainda afirmou que após as escolhas dos voluntários as aplicações de passe vão durar oito semanas e que a professora Padula informou até seu método probativo:

Desenvolvimento do Mesmerismo

[editar | editar código-fonte]
Maria Antonieta

No ano de 1781 mais precisamente em março, Maria Antonieta ordena a Jean-Frédéric Phélypeaux de Maurepas negociar com Mesmer[145] seus conhecimentos e ideais, ofereceram-lhe uma pensão vitalícia de 20.000 Livre tornesas francesas e mais 10.000 Livre tornesas francesas para abrir uma clínica se ele aceitasse a supervisão do governo, o que foi recusado, por não parecer muito generosa a oferta e porque ele se recusava a ser fiscalizado por aqueles que seriam seus alunos. Em 1782, ao ouvir que Charles Deslon tem adquirido clientes para o magnetismo animal, Mesmer reanima e com a ajuda de Bergasse e Kornmann inicia a propagação do Mesmerismo. Para isso criaram a Société de l'Harmonie Universelle(Sociedade da Harmonia Universal), seu objetivo é garantir a sobrevivência e vulgarização da doutrina e combater as ameaças das instituições governamentais e acadêmicas. Em 1785 Bergasse, Kornmann e D'Eprémesnil estando em discordância com os preceitos de Mesmer e condizencia da doutrina são excluídos da Sociedade.[146] No ano de 1785 em junho, Mesmer encontra-se no Hotel de Coigny, a Rua Coq-Heron, tendo a instituição 343.764 livros de acordo com o tesoureiro da Sociedade. Em 1789, com a Revolução Francesa acontecendo ocorre seu desmantelamento, porém antes disso a organização-mãe de Paris continha quatrocentos e trinta membros e sucursais, além de suas sedes em Estrasburgo, Lyon, Bordeaux, Montpellier, Bayonne, Nantes, Grenoble, Dijon, Marseille, Castres, Douai e Nîmes.[147] Neste período o mesmerismo iniciou sua propagação, não ficando circunscrito em território francês,[148] o professor da Universidade de Yale e historiador de medicina, Arturo Castiglioni, comenta que:

Magnetismo e Hipnotismo

[editar | editar código-fonte]

Sonâmbulos e videntes

[editar | editar código-fonte]
Henry Sidgwick

Outros magnetizadores e pesquisadores se denotam por estudar o fenômeno mesmérico denominado sonambulismo provocado, este é particularmente o caso do médico alemão Justinus Kerner, que fica interessado na famosa sonâmbula de Prevorst Friederike Hauffe, que vivia em permanente estado de transe.[149][150] De acordo com Kerner, Friederike possuía o dom da segunda vista, fez prescrições de remédios onde médicos falharam, detinha muita sensíbilidade a determinadas substâncias. E mantinha-se quase permanente em contato com os espíritos.[127]

Na França, citamos o caso do clarividente Leonid Pigeaire Montpellier que podia ler através dos corpos opacos. Em particular sabe-se que o físico François Arago, George Sand e Théophile Gautier participaram de experimentos com Leonide em Paris[151] em 1838. Devemos também mencionar a famosa Alexis Didier,[152] que foi notavelmente o maior objeto de experimentos conduzidos pelo professor Inglês Herbert Mayo no ano de 1850.[127]

É neste período que surge o Espiritismo forjado no calor dos conceitos e estruturação mesmérica[153].

O magnetismo e o espiritismo

[editar | editar código-fonte]

Foi nesse período que o Espiritismo surgiu.[154] Allan Kardec ainda definiu o Magnetismo e o Espiritismo como ciências irmãs na Revista Espírita:

Allan Kardec codificador da doutrina Espírita

Segundo Kardec, o magnetismo haveria preparado o caminho para o espiritismo:

Em 1875, o filósofo Inglês Henry Sidgwick começou a estudar cientificamente os médiuns espíritas, inaugurando o atual "ciência psíquica" com a criação da SPR, (Society for Psychical Research).[157] Alguns anos mais tarde, juntamente com o filósofo William James, estudaram temas como a famosa "medium" Leonora Piper. Na França, a metapsíquica emerge de 1905, em particular com o trabalho de Charles Richet[158]. Richet, com estudiosos de renome mundial, tais psiquiatra Gilbert Ballet, Edouard Branly, Pierre Curie, Marie Curie, Henri Bergson e Jean Perrin, em 1905 iniciam experimentos com a médium napolitana Eusapia Palladino que se estende até o ano de 1907.[159] Depois de 1910, os estudiosos de psicologia migrados da Alemanha iniciam um bloqueio a ascensão das ciências psicológicas, e, a controlar o conselho de estudiosos depois da morte de William James.

O magnetismo animal e política

[editar | editar código-fonte]

Entre os primeiros discípulos de Mesmer, existem muitos dos futuros líderes da Revolução Francesa entre eles o marquês de La Fayette, Jacques Pierre Brissot, Nicolas Bergasse, Adrien Duport, Jean-Louis Carra e Jean-Jacques Duval d'Eprémesnil.[160] Quando Bergasse, Kornmann e D'Eprémesnil são excluídos da "Société de l'Harmonie" em 1785, Mesmer acusa-os de trair a finalidade original do movimento, ou seja, a luta contra "o despotismo das academias", e se estendem essa luta a guerra contra o despotismo político.[161] Como Brissot, se juntou ao grupo no verão de 1785 e tornando-se adepto do magnetismo animal, acusou o governo francês de usar as academias para sufocar as novas verdades da ciência e da filosofia.[162]

Mas, neste momento, é reconhecido apenas aos reis o poder de curar o doente pelo toque. Este poder do rei da França para curar as pessoas que sofriam de escrófula é reconhecida a partir do séc XI[164] e confirmava o direito divino que levava o cargo de monarca. Assim, o magnetismo era em prática uma grande ameaça à ordem política da época.[165] Durante a revolução, o magnetismo animal retorna, dispersos pela emigração e convulsão social, porém não incluso no âmbito do Primeiro Império ou sob a égide da Restauração francesa.[166] Em 1815, a Baronesa Barbara Juliane von Vietinghoff, chegou em Paris com o exército russo rodeado de magnetizadores dentre estes Puységur e Bergasse. Bergasse recebeu muitas vezes a solicitação do czar Alexandre I da Rússia para participar de seu passeio.[167]

O magnetismo animal perante a filosofia

[editar | editar código-fonte]
André-Marie Ampère

O filósofo Maine de Biran, como seu amigo, o físico André-Marie Ampère,[168] era apaixonado por magnetismo animal. Para entender o sonambulismo, Maine de Biran começa pela definição do sono como

Maine de Biran

Distingue as impressões obscuros que nunca acessam a representação real das percepções completas que exigem que eu seja a atividade representativa.[169] Ele sugere que, no estado de sonambulismo, impressões obscuros,

Assim, o que revela o estado de sonambulismo, o impacto de uma vida por trás da qual participamos, por meio da imaginação passiva, a animalidade. A partir desta perspectiva, o estado magnético é

Em geral, na França, a filosofia acadêmica gradualmente foi ganha pelo racionalismo positivista, sendo aos pouco perdido o interesse pelo magnetismo.[172] Na Alemanha, no entanto, o magnetismo animal é objeto de referências constantes entre maiores pensadores como: Hegel, Schelling, Fichte, Schopenhauer e Gustav Fechner. Georg Wilhelm Friedrich Hegel, que leu Hufeland, Kluge e Schelling fala do magnetismo animal, no início da terceira parte de sua Enciclopédia das Ciências Filosóficas[173] intitulado Filosofia da Mente.[174][175] Hegel também menciona o magnetismo animal na sua correspondência com o filósofo Friedrich Wilhelm Joseph von Schelling (irmão de Karl Schelling) e seu ex-aluno, o holandês Pieter van Ghert Gabriel. Em uma carta a este último, ele escreveu sobre o magnetismo animal:

Georg Wilhelm Friedrich Hegel

Para Hegel, embora, do ponto de vista da consciência, o estado magnético está caindo, a perda, o perigo, a fonte de muitos erros, é este o início da consciência da doença, não é a não ser que, por si só, uma bênção, pois renova o "’’alma sensível’’" mergulhando o indivíduo em que se encontra por trás do magnetismo animal, o ser humano recupera um pouco do seu sentimento de vida que ele perdeu com a consciência.[176]

Arthur Schopenhauer

Para Schopenhauer, o magnetismo animal é uma função da vida, tendo sua sede no sistema linfático, que seria o centro da vida inconsciente, tendo o centro da vida psíquica estritamente temporal no sistema cerebral, sendo ele o centro da vida consciente. Ele considerava que o transe sonambúlico era um trabalho realizado por ambos sistemas, normalmente separadas da consciência vigilante e das sensações originais do paciente. Schopenhauer sugere ainda que um processo semelhante ao do paciente inconsciente tem lugar em paralelo com o terapeuta. Para ele, a influência do magnetismo é exercida não apenas como um parente de uma mente com outra, mas também como uma comunicação pessoal, sem contato físico direto, mais sutil, mais indireto, mais velada.[177] Nos suplementos para o quarto livro de O Mundo como Vontade e Representação, ele fez a conexão entre o amor, a sexualidade, a magia e o relatório-magnetizador, sendo expressões diferentes do mesmo fenômeno universal de simpatia entre os seres vivos.[178]

Em 1836 Schopenhauer dedicou dois textos ao magnetismo animal. O primeiro em Vontade da Natureza (30 páginas), onde lemos:

Em Parerga e Paralipomena (1851), capítulo 5 do primeiro livro (60 páginas) é dedicado a Aparições e a fatos relacionados ao mesmerismo. Nele, Schopenhauer afirmou: "Quem atualmente duvida dos fatos do magnetismo animal e de sua clarividência não deve ser chamado de cético, mas de ignorante".[179]

A especulação e elaboração do conceito filosófico de inconsciente desenvolveu-se em grande parte junto com e a partir de a prática do mesmerismo.[180] Noções de estados alterados de consciência e diversas outras surgiram a partir dele.[181] Gotthilf Heinrich von Schubert e Carl Gustav Carus escreveram obras e teorias psicológicas sobre o assunto.[180] Carl Jung atribuiria a Mesmer os primórdios da noção de inconsciente.[182] Segundo o historiador Henri Ellenberger, "de 1784 a até cerca de 1880, o sonambulismo artificial foi o método principal de se ganhar acesso à mente inconsciente".[183]

O magnetismo animal na arte e na literatura

[editar | editar código-fonte]
  • Em 1822 o médico David Ferdinand Koreff, titular na cadeira de magnetismo animal da Universidade de Berlim, contribuiu no desenvolvimento em Paris, da grande popularidade dos Contos de Hoffmann, seu amigo mesmerista, incluindo "O magnetizador" e "A casa Estéril", magnetismo animal desempenha papel imprescindível a obra.[184]
Volumes La comédie humaine, na edição inglesa de 1901
Cosette, por Émile Bayard, ilustração da edição original de 1862 de Os miseráveis
  • O pupilo de Mesmer, Mozart, dá lugar ao magnetismo animal em sua ópera Così fan tutte, referenciando a ajuda de uma pedra de Mesmer: (Ato I, Cena 4:"Aqui está o famoso magneto, pedra de Mesmer, originária da Alemanha, que se tornou famosa na França").[186]
Primeiros compassos de "Così Fan Tutte".
  • O magnetizador John Elliotson era o médico pessoal de Charles Dickens, William Thackeray e Harriet Martineau.[187] Este último, que sofria de uma doença crônica, começou em 1844 seu tratamento com o mesmerismo, obtém a cura incitada pelo magnetizador Spencer T. Hall, inspirando-a a publicar no ano seguinte as suas Lettres sur le mesmérisme (Cartas sobre mesmerismo).
  • O tratamento seguido por Harriet Martineau é o objeto de curioimsidade de Elizabeth Barrett Browning e de Charlotte Brontë, conduzindo um experimento em si mesma onde escreveu sobre isso para sua irmã Emily em 1851.
  • Em 1919, os militares tchecos utilizaram clarividentes na guerra contra os húngaros, com resultados satisfatórios. Por isso, em 1925, publicaram um manual sobre os fenômenos paranormais para o Exército, intitulado "Clarividência, Hipnose e Magnetismo”, de autoria de Karel Hejbalik.
  • Edgar Allan Poe escreveu em uma de suas curtas histórias sobre experiências estranhas com magnetismo O caso Valdemar (os fatos no caso do senhor Valdemar) e Apocalipse mesmerico.
  • Em 1921 Horst Wolfram Geissler descorre Mesmer como um personagem secundário na novela Der liebe Augustin.
  • Stefan Zweig escreveu uma novela Healing the Spirit: Mesmer, Mary Baker Eddy, Freud (1931).
  • Toni Rothmund descreve a vida de Mesmer em seu romance "Doutor ou charlatão" (1939).
  • Durante a Segunda Guerra Mundial, Bretislav Kafka, na Tchecoslováquia, colocava os seus sonambúlicos em transe magnético para fins de espionagem por clarividência. Stephan Ossowieck utilizou o seu sonambulismo, na resistência polonesa, para observar, por clarividência, a posição das tropas alemãs.[188]
  • No romance filosófico Ilha, publicado em 1962, seu autor Aldous Huxley refere-se ao magnetismo animal.
Animal Magnetism - Scorpions
Poster de Amadeus
  • Em 1984 o magnetismo animal é mencionado pela corte no filme Amadeus
  • Per Olov Enquist desenvolve o personagem principal Friedrich Meisner em seu romance O quinto inverno magnetizador baseado em Franz Anton Mesmer.
  • Em 1994 e lançado o filme sobre a vida de Mesmer Dr. Mesmer e Feiticeiro tendo Alan Rickman como Franz Anton Mesmer
  • Segredos de Cura Alternativa (1994) Mesmer é interpretado por Jay Nickerson.
  • Alissa Walser faz em seu romance de 2010, no início da noite de música o foco central foi o encontro entre Mesmer e Maria Theresa Paradis. Ela retrata a história do ponto de vista do médico Mesmer, a partir da perspectiva do paciente Paradis e do ponto de vista de seus pais.[190][191] Os pais temem na novela que a filha poderia perder pelo tratamento de Mesmer a sua pensão.[192]
  • A tentativa de curar Maria Theresia por Franz Anton Mesmer é ficção em um conto chamado "Harmony", de Julian Barnes, em sua coleção 2011 de histórias curtas.
  • Mesmerismo é um dos principais temas do romance Lien, L'armata dei sonnambuli |lang=it |trad=L'armata dei sonnambuli escrito por um grupo de escritores italianos, Wu Ming, obra publicada em 2014.
  • No romance O Lair of the White Worm por Bram Stoker, um dos principais vilões é descendente de um discípulo de Mesmer, e tem poderes mesméricos os quais são usado para o mal.
  • O quarto álbum de estúdio da banda de rock System of a Down é chamado de Mezmerize

Notas

  1. Ler sobre Mesmer e suas experiências, o livro Mesmer e o Magnetismo animal de Ernest Bersot, Ed. CELD.
  2. A seita dos Shakers tem suas origens das professias dos Camisard de Cevenas perseguido pelos dragões de Louis XIV após a revogação de Édito de Nantes, em 1685. Alguns protestantes, após, desenvolver visões milenaristas do tempo futuro, pensando que o fim do mundo está próximo. Como muitos protestantes franceses, eles foram obrigados a deixar a França caso recusassem a abjurar sua fé e se converterem ao catolicismo. Os "profetas cevenos" então foram exilados na Inglaterra, especialmente em Londres, onde eles são inicialmente bem recebidos entre os protestantes ingleses. O principal profeta cévenol foi Élie Marion. Mas logo sua austeridade radical e seu puritanismo os fizeram se tornar suspeito aos olhos das autoridades.
  3. Distribuiu-se ontem nesta corte do Rio de Janeiro o primeiro número de uma publicação com o nome de Verdadeira Medicina Física e Espiritual Associada à Cirurgia, redigida pelo Dr. Eduardo A. Monteggia. Tem por objetivo principal fazer a propaganda de uma nova arte médica que seria a cura por meio do magnetismo. A publicação promete ser um estímulo ao progresso neste campo médico.[139]

Referências

  1. Ludueña, Gustavo Andrés (2015). «Mesmerism» (requer pagamento). Cham: Springer International Publishing (em inglês): 1–2. ISBN 9783319089560. doi:10.1007/978-3-319-08956-0_40-1 
  2. Wolfart, Karl Christian; Friedrich Anton Mesmer. Mesmerismus: Oder, System der Wechselwirkungen, Theorie und Anwendung des thierischen Magnetismus als die allgemeine Heilkunde zur Erhaltung des Menschen (in German, facsimile of the 1811 edition). Cambridge University Press, 2011. ISBN 9781108072694. Foreword.
  3. Podmore, Frank (1902). Modern Spiritualism: A History and A Criticism (em inglês). Londres: Methuen. 380 páginas. Consultado em 12 de Abril de 2015 
  4. Benjamin Franklin (2002). «Inquiring Mind . Mesmer». Public Broadcasting Service. Consultado em 10 de agosto de 2014. O relatório que a comissão publicou concluiu que não havia evidência científica do magnetismo animal e que as curas atribuídas a isto poderiam ter acontecido por remissão normal do problema ou esta cura era algum tipo de auto ilusão) 
  5. Montesinos, José; Ordónez, Javier; Toledo (eds.), Sergio (2012). «Javier Ordónẽz. El Romanticismo Como Programa Científico. La Protoastrofísica». Ciencia y Romanticismo (em espanhol). Maspalomas: Fundación Canaria Orotava de Historia de la Ciencia. p. 81-105. 372 páginas. ISBN 84-607-8175-5 
  6. Herr, H.W. (2005). «Franklin, Lavoisier, and Mesmer: origin of the controlled clinical trial». Elsevier. Urologic Oncology (em inglês). 23 (5): 346-351. PMID 16144669. doi:10.1016/j.urolonc.2005.02.003. Consultado em 15 de abril de 2015 
  7. «A caixa polêmica de Mesmer». Superinteressante. Editora Abril. Abril de 1991. Consultado em 28 de abril de 2015. Precursor da hipnose, psicoterapia e do tratamento de doenças psicossomáticas foi taxado de charlatão, por causa do uso do magnetismo para curar. 
  8. Mesmer, Franz Anton, Aphorismes do M. Mesmer, A Paris- 1785
  9. «Dicionário Larousse - Verbete "magnétisme animal. Consultado em 6 de agosto de 2014 
  10. a b Alvarado, Carlos S.. Fenômenos psíquicos e o problema mente-corpo: notas históricas sobre uma tradição conceitual negligenciada. Rev. psiquiatr. clín. vol.40 no.4 São Paulo 2013.
  11. Crabtree, Adam, Animal magnetism, Early Hypnotism & Psychical research, 1766-1925, an annotated Bibliography, 1988(em inglês)
  12. a b Adam Crabtree Animal Magnetism, Early Hypnotism, and Psychical Research, 1766–1925 – An Annotated Bibliography ISBN 0-527-20006-9
  13. «Founders Online: Report of the Royal Commission to Investigate Animal Magnetism …». founders.archives.gov (em inglês). Consultado em 10 de maio de 2024 
  14. a b c (em inglês) Alan Gauld, A History of Hypnotism, Cambridge University Press, 1992, p. 265-266, ISBN 0-521-48329-8
  15. Spiegel, David (1 de outubro de 2002). «Mesmer minus magic: Hypnosis and modern medicine». International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis (4): 397–406. ISSN 0020-7144. PMID 12362955. doi:10.1080/00207140208410113. Consultado em 6 de fevereiro de 2021 
  16. «Hypnosis and placebos: response expectancy as a mediator of suggestion effects». Anales de Psicología / Annals of Psychology. 15. ISSN 1695-2294 
  17. Friesen, Phoebe (8 de agosto de 2019). «Mesmer, the placebo effect, and the efficacy paradox: lessons for evidence based medicine and complementary and alternative medicine». Critical Public Health (em inglês) (4): 435–447. ISSN 0958-1596. doi:10.1080/09581596.2019.1597967. Consultado em 10 de maio de 2024 
  18. Figueiredo, Paulo Henrique De; Glerean, Alvaro. Mesmer: a ciência negada do magnetismo animal. [S.l.]: EDITORA MAAT 
  19. Dingfelder, Sadie F. «The first modern psychology study». www.apa.org. Consultado em 25 de outubro de 2024 
  20. a b c d Hector Durville, Teoria e procedimentos do Magnetismo Animal. Rio de Janeiro: Léon Denis, 2012 ISBN 978-85-7297-510-0
  21. Jagot, Paul Clément (1995). Iniciação a arte de curar pelo Magnetismo Humano - 2ª Edição. [S.l.]: Pensamento. 104 páginas. (em português) (traduzido do francês) 
  22. Bouvier, Alphonse (1942). Magnetismo Curativo - 3ª Edição. [S.l.]: FEB. (em português) (traduzido do francês) 
  23. Thurnbull, V (1937). Curso de magnetismo pessoal. [S.l.]: Pensamento. 171 páginas. (em português) (traduzido do inglês) 
  24. Montiel, Luis. «La primera "rebelión del sujeto". La medicina magnética del romanticismo alemán». academia.edu. Consultado em 22 de julho de 2015 
  25. Revista Ciência Hoje (setembro de 1999). «Biomagnetismo» (PDF). CBPF (Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas). Consultado em 22 de julho de 2015 
  26. Saïd Hammoud, « Magnétisme » in Jean Servier, Dictionnaire critique de l'ésotérisme, PUF, 1998.
  27. Bertrand Méheust, Sommnambulisme et Médiumnité, 1999, p. 335.
  28. Robert Darnton, La fin des lumières. Le mesmérisme et la révolution, 1968, p. 25
  29. Bertrand Méheust, Sommnambulisme et Médiumnité, 1999, p. 339.
  30. Alexandre Koyré, Mystiques, spirituels, alchimistes du Predefinição:S- allemand, Paris, Gallimard, 1971, p. 96-97.
  31. Alfred Binet et Charles Féré, Le Magnétisme Animal, 1887.
  32. Rudolph Glocenius, Tractatus de magnetica curatione vulnerum, Marbourg, 1609.
  33. Jan Baptist van Helmont, De magnetica vulnerum naturali et legitima curatione (Le traitement magnétique des plaies), 1621.
  34. Bertrand Méheust, Sommnambulisme et Médiumnité, 1999, p. 339.
  35. Athanasius Kircher, Magnes sive de arte magnetica opus tripartum, Rome, 1643.
  36. William Maxwell, De Medicina Magnetica, 1679.
  37. Ferdinand Santanelli, Geheime Philosophie oder magish-magnetische Heilkunde, 1723.
  38. a b c Barão Jules de Du Potet Sennevoy – Manual do Estudante Magnetizador, 2012 - 3a ed: ed Sociedade de Estudos Espíritas. 205p
  39. Mesmerismus oder System der Wechselwirkungen: Theorie und Anwendung des thierischen Magnetismus als die allgemeine Heilkunde zur Erhaltung des Menschen
  40. Isabelle Stengers, L'hypnose entre magie et science, Les Empêcheurs de penser en rond, 2002.
  41. Isabelle Stengers, A hipnose, entre a magia e ciência, 2002, p. 28.
  42. « Magnétisme animal: propriété occulte », Petit Larousse illustré, Montréal, 2000, p. 614
  43. Jean-Michel Oughourlian, « L'hypnose, révélation du rapport interindividuel » in Résurgence de l'hypnose, 1984.
  44. MELO, Jacob, Curso em transparência, jacobmelo.com, 2012, Visitado em 20/05/2015.
  45. Paulo Henrique de Figueiredo, Mesmer, a ciência negada e os textos escondidos, ed. Lachâtre, 2004
  46. a b Mesmer, Franz Anton, Mémoire de F. A. Mesmer, douteur en medicine, sur ses découvertes (Nouvelle édition) / avec des notes de J. L. Picher Grand-champ, Ed. P. Maumus (Paris), 1826, Visitado em 20/05/2015.
  47. ”Franz Anton Mesmer, Mémoire sur la découverte du magnétisme animal, 1779 ISBN 2844852262
  48. Henri F. Ellenberger, À la découverte de l'inconscient, SIMEP, 1974.
  49. Franz Anton Mesmer, Mémoire sur la découverte du magnétisme animal, 1779
  50. Robert Darnton, La fin des lumières. Le magnétisme et la révolution, 1968, p. 54.
  51. Mémoire sur la découverte du magnétisme animal, 1779 ISBN 2844852262
  52. Alfred Binet et Charles Féré, Le Magnétisme Animal, 1887, p. 6.
  53. Armand Marie Jacques de Chastenet de Puységur, Mémoires pour servir à l'histoire et à l'établissement du magnétisme animal, 1784, ISBN 2911416805
  54. Robert Darnton, La fin des Lumières. Le mesmérisme et la révolution, 1968, p. 19.
  55. Benjamin Franklin (2002). «Inquiring Mind . Mesmer». Public Broadcasting Service. Consultado em 10 de agosto de 2014. The commission's public report concluded that there was no scientific evidence of animal magnetism and that the cures attributed to it may have either happened through a normal remission of the problem or that the cure was some form of self-delusion (O relatório da comissão concluiu que não havia evidência científica do magnetismo animal e que as curas atribuídas a isto poderiam ter acontecido por remissão normal do problema ou que a cura era algum tipo de auto ilusão). 
  56. Franklin, Benjamin (1837). Commissaires chargés par le roi de l'examen du magnétisme animal, Editor: H. Perkins - 58 páginas. [S.l.: s.n.] 
  57. Bertrand Méheust, Sommnambulisme et Médiumnité, 1999.
  58. «Universidade Federal de Juiz de Fora». www.academia.edu  Visitado em 15/01/2015-04:25
  59. Bergé, 1995, p.21
  60. Kardec, Allan. Obras básicas da Codificação (O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, Céu e Inferno, O que é o Espiritismo?, A Gênese)
  61. Kardec, Allan. Revista Espírita. Volumes I a XII, ed: FEB, Departamento Editorial e Gráfico
  62. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome SG530
  63. a b c Bertrand Méheust, Somnambulisme et Médiumnité, 1999, p. 14.
  64. Amand Marie Jacques de Chastenet de Puységur, Recherches, expériences et observations physiologiques sur l'homme dans l'état du somnambulisme naturel, et dans le somnambulisme provoqué par l'acte magnétique, 1811.
  65. (Spanos, Gottlieb 1979, p. 529).
  66. Robert Darnton, La fin des lumières. Le mesmérisme et la révolution., 1968, p. 60.
  67. Didier Michaux, A emergência da fenomenologia hipnótica do séc XVIII, 1991.
  68. a b Didier Michaux, L'émergence de la phénoménologie hypnotique au XVIIIª siècle, 1991.
  69. M. Cloquet, Lettre de M. Cloquet, receveur de gabelle à Soissons, 1784.
  70. Jean-Pierre Peter, Puységur et l'enfant fou ou la raison originelle, in Marquis de Puységur, un somnambule désordonné, p. 9-88, Les Empêcheurs de penser en rond, Synthélabo, 1999
  71. Georges Lapassade, Les somnambules de Buzancy, 1986
  72. a b Bertrand Méheust, Somnambulisme et médiumnité, Les Empêcheurs de penser en rond, 1999, p. 84
  73. a b Alfred Binet et Charles Féré, Le Magnétisme Animal, 1887, p. 21.
  74. Bertrand Méheust, Somnambulisme et médiumnité, Les Empêcheurs de penser en rond, 1999, p. 307
  75. Bertrand Méheust, Somnambulisme et médiumnité, Les Empêcheurs de penser en rond, 1999, p. 355
  76. Abbé Fustier, Le Mystère des Magnétiseurs et des Somnambules dévoilé aux âmes droites et vertueuses par un homme du monde, Paris, 1815
  77. Bertrand Méheust, Somnambulisme et médiumnité, Les Empêcheurs de penser en rond, 1999, p. 354
  78. Joseph Louis Charpignon, Physiologie, médecine et métaphysique du magnétisme, Paris, Baillière, 1848
  79. Berge, Christine (1995). The Beyond e Lyon. [S.l.]: Albin Michel. CB 
  80. Robert Darnton, La fin des lumières. Le mesmérisme et la révolution, 1968, p. 70.
  81. Bertrand Méheust, Somnambulisme et Médiumnité, 1999, p. 137.
  82. Nicole Edelman, Voyantes, guérisseurs et visionnaires en France, 1785-1914, 1995.
  83. Henry Delaage, Le monde occulte ou les mystères du magnétisme dévoilés par le somnambulisme, Paris, Lesigne, 1851
  84. Alexandre Bertrand, Du magnétisme en France et des jugements qu'en ont porté les sociétés savantes, Paris, Baillière, 1826, p. 247.
  85. Franklin Rausky, « Une énigme dans le rapport hypnotique : la personnalité de l'hypnotiseur » in Résurgence de l'hypnose, 1984, p. 208.
  86. Franklin Rausky, « Une énigme dans le rapport hypnotique : la personnalité de l'hypnotiseur » in Résurgence de l'hypnose, 1984, p. 207.
  87. Daniel Gelasio Dalgado, Mémoire sur la vie de l'abbé de Faria, Paris, 1906
  88. Louis Figuier, Histoire du merveilleux dans les temps modernes, Paris, 1861, tome 4, p. 303.
  89. Bertrand Méheust, Sommnambulisme et Médiumnité, 1999, p. 358.
  90. Étienne-Jean Georget, De la physiologie du système nerveux, et spécialement du cerveau, Paris, 1821.
  91. Noizet, François-Joseph, Mémoire sur le somnambulisme et le magnétisme animal adressé en 1820 à l'Académie royale de Berlin, Paris, Plon, 1854
  92. Robert Darnton, La fin des lumières. Le mesmérisme et la révolution, 1968, p. 39.
  93. Robert Darnton, La fin des lumières. Le mesmérisme et la révolution, 1968, p. 21.
  94. Robert Darnton, La fin des Lumières. Le mesmérisme et la révolution, 1968, p. 44 & 138.
  95. Robert Darnton, La fin des Lumières. Le mesmérisme et la révolution, 1968, p. 50 & 138.
  96. Léon Chertok et Isabelle Stengers, Le cœur et la raison, 1989.
  97. Robert Darnton, La fin des lumières. Le mesmérisme et la révolution., 1968, p. 65.
  98. Jean-Sylvain Bailly, Rapport des commissaires chargés par le roi de l'examen du magnétisme animal, Paris, Moutard, 1784.
  99. Antoine Lavoisier, Traité élémentaire de Chimie, 1789
  100. Rapport des commissaires de la Société Royale de Médecine nommés par le roi pour faire l'examen du magnétisme animal, Paris, 1784.
  101. a b Jean-Sylvain Bailly, Rapport secret présenté au ministre et signé par la commission précédente, Paris, 1784.
  102. Antoine Laurent de Jussieu, Rapport de l'un des commissaires chargés par le roi de l'examen du magnétisme animal, Paris, 1784.
  103. a b Isabelle Stengers, L'hypnose entre magie et science, p. 62.
  104. Jules Du Potet de Sennevoy, Cours de magnétisme en sept leçons, 1840.
  105. Antoine-François Montegre de Jenin, Du magnetismo e seus seguidores "," Paris, D. Colas de 1812 19-20.}
  106. Julien-Joseph Virey, "exame parcial da medicina magnética, sua doutrina, seus processos e suas curas Dicionário de Ciências Médicas Vol. 29, 1818 . 554
  107. Pierre Foissac, Memória sobre o magnetismo animal, dirigida aos ilustres membros da Academia de Ciências e da Academia Real de Medicina, Paris, 1825.
  108. Alexandre Bertrand, Du magnétisme en France et des jugements qu'en ont porté les sociétés savantes, Paris, Baillière, 1826, p. 287.
  109. “remoção de um câncer de mama durante um sono magnético”, Archives générales de Médecine, tome XX, mai 1829, p. 131.
  110. Rapport sur les expériences magnétiques faites par la commission de l'Académie royale de Médecine, lu dans les séances des 21 et 28 juin 1831, Paris, 1831 p. 53.
  111. Jules Dupotet de Sennevoy, Le magnétisme opposé à la médecine, Paris, 1840.
  112. Alfred Binet e Charles Fere, Animal Magnetism 'de 1887 .. 27
  113. Evrard, Renaud, (em francês) « Dubois d'Amiens et Broch de Nice: Fonctions du sceptique », 2007 «lien en ligne». www.metapsychique.org. Consultado em 17 de março de 2015. Arquivado do original em 22 de dezembro de 2015 .
  114. Dubois, Frédéric, (em francês) Examen historique et résumé des expériences prétendues magnétiques faites par la commission de l'Académie Royale de Médecine, Paris, 1833, p. 5.
  115. Berna , Didier, (em francês)Magnétisme animal. Examen et réfutation du rapport fait par Monsieur EF Dubois (d'Amiens) à l'académie royale de médecine le 8 août 1837, sur le magnétisme animal, Paris, Rouvier, 1838, p. 52.
  116. Jean-Baptiste Loubert, (em francês)Le Magnétisme et le somnambulisme devant les corps savants, la cour de Rome et les théologiens…, Paris, Baillière, 1844.
  117. (em alemão), Hufeland, Christoph Wilhelm, Ueber Sympathie, 1811.
  118. , Karl Alexander Ferdinand Kluge, Versuch einer Darstellung des Animalischen Magnetismus als Heilmittel, 1811.
  119. (em alemão) Justinus Kerner, Erinnerungen an Franz Anton Mesmer, 1856.
  120. Méheust, Bertrand, Somnambulisme et Médiumnité, 1999 p. 355.
  121. Morren, Pierre; Polier, Jean Henri, La vie lausannoise au séc XVIII. d'après Jean Henri Polier de Vernand, Lieutenant Baillival, Genebra, Ed. Labor et Fides, 1970 p. 279-281
  122. (em inglês) Waterfield, Robin A., Hidden Depths. The Story of Hypnosis, Routledge, 2003, p. 157.
  123. (em inglês) Colquhoun, J.C., " Amimal Magnetism " , The Lancet, vol. 20, no. 506, 1833, p. 205-218.
  124. (em inglês), Elliotson, John, Surgical operations in the mesmeric state without pain, 1843.
  125. Esdaile, James, Mesmerism in India and its practical applications in surgery and medecine, 1846.
  126. (em inglês) Winter, Alison, Mesmerized: Powers of Mind in Victorian Britain, Chicago, University of Chicago Press, 1998
  127. a b c d Méheust 2005
  128. (em inglês) Rosen, J., Mesmerism and Surgery : A strange chapter in the history of anesthesia, 1946.
  129. Mémoires, Correspondance et Manuscrits du général Lafayette publiés par sa famille, Londres, 1837.
  130. (em inglês), Robin A. Waterfield, Hidden Depths. The Story of Hypnosis, Routledge, 2003, p. 132.
  131. (em inglês) Waterfield, Robin A., Hidden Depths. The Story of Hypnosis, Routledge, 2003, p. 133.
  132. a b (em inglês) J.D. Herholdt, Experiments with the Metallic Tractors, 1799.
  133. (em inglês) Robin A. Waterfield, Hidden Depths. The Story of Hypnosis, Routledge, 2003, p. 135.
  134. Instituto Homeopático do Brasil, «Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1930)». www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br. Consultado em 16 de dezembro de 2015. Arquivado do original em 23 de outubro de 2009 . Consultado em 25 Mai 2011.
  135. a b Instituto Milton H. Erickson, (2015), «Regulamentação da Hipniatria». www.hipnoterapia.com.br. Consultado em 16 de dezembro de 2015. Arquivado do original em 4 de março de 2016 ,hipnoterapia.com , Visitado em 15 de junho de 2015.
  136. Câmara, Fernando Portela (2003), «Instituição da psicoterapia no Brasil: 1887-1889». www.polbr.med.br , Psychiatry On-line Brazil (acessado em 12/09/2012)
  137. Baena, Augusto Romano Sanches ;de Baena (Visconde de), Farinha de Almeida Sanches de, «Arquivo heráldico-genealógico contendo noticias histórico heráldicas». books.google.com.br , Typographia universal de T. Q. Antunes, 1872, Visitado em 15/06/2015.
  138. ABP (Assossiação Brasileira de Psiquiatria), «REVISTA DEBATES EM» (PDF). www.abp.org.br. Consultado em 16 de dezembro de 2015. Arquivado do original (PDF) em 3 de março de 2016  Psiquiatria] Ano 3 • n°1 • Jan/Fev 2013 ISSN 2236-918X.
  139. Junior, José Pinheiro (18 de junho de 2015. Atualizado às 01h41m), Nota de Publicação Arquivado em 22 de dezembro de 2015, no Wayback Machine., O jornal do Commércio, Visitado em 18 de junho de 2015.
  140. Biblioteca Nacional, Anais de 1876 à 1997, docvirt.com, Visitado em 18 de junho de 2015.
  141. Gomes, Adriana, (Mestre em História Política pela UERJ), O processo de laicização do Estado brasileiro e a criminalização do espiritismo no Código Penal de 1890 Arquivado em 3 de março de 2016, no Wayback Machine., INSTITUTO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS CRIMINAIS , Visitado em 18 de junho de 2015.
  142. Moreno, Alcione, Jornal Opinião - América Espírita – Ano XIII - Nº 142 – Junho 2007, cpdocespirita.com. Visitado em 12/10/2015
  143. Gauld, p.245
  144. a b c Cornélio, Rita de Cássia, Estudo é baseado na física clássica no poder que uma pessoa pode influenciar na outra simplesmente estendendo as mãos e as pontas dos dedos, 13 de julho de 2014, Jornal da Cidade de Bauru, Visitado em 01/04/2015
  145. Robert Darnton, La fin des lumières. Le mesmérisme et la révolution, 1968, p. 57.
  146. Robert Darnton, La fin des Lumières. Le mesmérisme et la révolution, 1968, p. 74.
  147. Robert Darnton, La fin des Lumières. Le mesmérisme et la révolution, 1968, p. 57.
  148. a b Castiglioni, A. História da Medicina. São Paulo, Cia. Editora Nacional, 1947.
  149. Kerner , Justinus, La voyante de Prevorst, 1829.
  150. Kerner , Justinus, A vidente de Prevorst, 1979. O Clarim
  151. Méheust, Bertrand, (em francês), Une histoire des sciences psychiques, 1999.
  152. Méheust, Bertrand,(em francês), Un voyant prodigieux – Alexis Didier, 1826-1886, Les Empêcheurs de penser en rond, 2003.
  153. MELO, Jacob, Decodificando verdades destorcidas, Ed Vida e Saber, 2013
  154. Allan Kardec, Livre des esprits , 1857.
  155. Revista Espírita – Ano 1, 1858, pág. 421
  156. Revista Espírita – Ano 1, 1858, pág. 149
  157. Méheust, Bertrand, (em francês), Somnambulisme et médiumnité, Les Empêcheurs de penser en rond, 1999.
  158. LOEFFLER, Carlos Friedrich, Fundamentação da ciência espírita, Ed. Lachâtre, 2003 ISBN 858887718
  159. Courtier, Jules, (em francês), Rapport sur les séances d'Eusapia Palladino à l'institut général psychologique, 1908.
  160. Robert Darnton, La fin des lumières. Le mesmérisme et la révolution, 1968, p. 49.
  161. Robert Darnton, La fin des lumières. Le mesmérisme et la révolution, 1968, p. 81.
  162. Jacques Pierre Brissot, Mémoires (1754-1795), Claude Perroud, Paris, 1910.
  163. Chertok, Léon, La Suggestion, 1991.
  164. Marc Bloch, Les Rois thaumaturges : étude sur le caractère surnaturel attribué à la puissance royale particulièrement en France et en Angleterre, 1924.
  165. Chertok et Stengers, 1989,LCELR.
  166. Robert Darnton, La fin des lumières. Le mesmérisme et la révolution, 1968, p. 146.
  167. Louis Bergasse, Un défenseur des principes traditionnels sous la révolution. Nicolas Bergasse, Paris, 1910, p. 257.
  168. Bertrand Méheust, Somnambulisme et Médiumnité, 1999, p. 199
  169. François Roustang, Influence, Minuit, 1990 p. 71.
  170. Maine de Biran, Nouvelles considérations sur le sommeil, les songes et le somnambulisme.
  171. François Roustang, Influence, Minuit, 1990, p. 75.
  172. Léon Chertok, Résurgence de l'hypnose. Une bataille de deux cents ans, Desclée de Brouwer, 1984 p. 19.
  173. Bobbio, Norberto. Estudos sobre Hegel. São Paulo: Editora Brasiliense, 1991.
  174. Hegel, G.W.F. Fenomenologia do Espirito. Petrópolis: Editora Vozes, 2002. 2ª ed.
  175. Kojève, Alexandre. Introdução à leitura de Hegel. Rio de Janeiro: Contraponto – EDUERJ, 2002
  176. François Roustang, Le magnétisme animal, 2005.
  177. Franklin Rausky, « Une énigme dans le rapport hypnotique : la personnalité de l'hypnotiseur », in Léon Chertok, Résurgence de l'hypnose, 1984, p. 209-212.
  178. Franklin Rausky, Du rapport hypnotique à la relation analytique dans l'histoire des idées, 1987
  179. McCorristine, Shane (22 de julho de 2010). Spectres of the Self: Thinking about Ghosts and Ghost-Seeing in England, 1750–1920 (em inglês). [S.l.]: Cambridge University Press 
  180. a b Ffytche, Matt (10 de novembro de 2011). The Foundation of the Unconscious: Schelling, Freud and the Birth of the Modern Psyche (em inglês). Cambridge University Press. p. 2, 145, 199. Versão em português: ffytche, Matt (15 de janeiro de 2019). As Origens do Inconsciente. Editora Cultrix
  181. Crabtree, Adam (5 de dezembro de 2014). «Animal Magnetism and Mesmerism». In: Partridge, Christopher. The Occult World (em inglês). [S.l.]: Routledge. Without the findings of Puységur and those who built upon his work, we would not have the notion of a subconscious mind, obsessions, compulsions, psychological defenses, multiple personality, hypnosis, trance states, altered states of consciousness, and many other concepts that are now part of our popular culture. 
  182. Jung, C. G. (18 de dezembro de 2014). Civilization in Transition (em inglês). [S.l.]: Taylor & Francis 
  183. Iseli, Markus (5 de agosto de 2015). Thomas De Quincey and the Cognitive Unconscious (em inglês). [S.l.]: Springer 
  184. Robert Darnton, La fin des lumières. Le mesmérisme et la révolution, 1968, p. 161.
  185. (em inglês) Armine Kotin Mortimer, « Balzac and Poe: Realizing Magnetism », Dalhousie French Studies, Summer 2003, numéro 63, páginas, 22-30.
  186. Vieira, Cássio Leite, Ciência Hoje/ RJ Química cantada Arquivado em 31 de março de 2015, no Wayback Machine. Visitado em 06/03/2015
  187. Alex Owen, The darkened room: women, power, and spiritualism in late Victorian England, University of Chicago Press, 2004, 314 p. (ISBN 9780226642055)(em inglês)
  188. Bretislav Kafka, Nove Zaklady Experimentální Parapsychologie, 1946
  189. Animal MagnetismJango Visitado em 06/03/2015
  190. Roland Mischke: Das Leiden eines Wunderkindes. In: Hamburger Abendblatt vom 22. Januar 2010, S. 7.
  191. Alissa Walser: Im Anfang war die Nacht Musik. Piper, München 2010.
  192. Dagmar Jestrzemski: Diffamiert als Quacksalber. Porträt des Franz Mesmer. In: Preußische Allgemeine Zeitung vom 15. Mai 2010, S. 22.

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]
Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
Wikcionário Definições no Wikcionário
Wikilivros Livros e manuais no Wikilivros
Wikiquote Citações no Wikiquote
Wikisource Textos originais no Wikisource
Commons Imagens e media no Commons
Wikinotícias Notícias no Wikinotícias