Manuel João Locio
Manuel João Locio | |
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Morte | 26 de janeiro de 1825 Lisboa |
Cidadania | Portugal |
Alma mater | |
Ocupação | oficial de marinha, político |
D. Manuel João de Lócio ( — 26 de janeiro de 1825), também designado por Manuel João de Lossio Seiblitz, foi um oficial da Armada Portuguesa que, entre outras funções de relevo, foi Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Marinha do 3.º governo do Vintismo, em funções de 28 de maio a 1 de Junho de 1823.[1][2] FAleceu no posto de chefe-de-esquadra.[3][4][5]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Descendia de uma família da aristocracia alemã, pois era bisneto de Jorge André de Seiblitz, nascido c. 1676 na Alemanha, capitão de cavalos que se radicou em Lisboa, e de Anna Bárbara Ignacia Lóssio, nascida c. 1680 na Alemanha, açafata da rainha Maria Sofia Isabel de Neuburgo, esposa do rei Pedro II de Portugal.
Manuel João Lócio, no posto de capitão-de-mar-e-guerra, a que fora promovido a 17 de dezembro de 1806,[6] comandou a nau D. João de Castro,[7] que fez parte da esquadra que transferiu a Corte portuguesa para o Brasil. Foi promovido a chefe-de-esquadra por decreto de 26 de setembro de 1822.[8]
A notícia de que D. Miguel havia fugido de Lisboa, para ir erguer o estandarte da revolta, causou enorme sensação, pois calculou-se logo que a liberdade não resistiria a este novo golpe. O descontentamento e o receio apossou-se de uma grande parle da população da capital, por verem próxima a agonia da liberdade e imminente uma invasão estrangeira ou a guerra civil.[9]
No dia 28 o rei acceitou a demissão do ministério e nomeou para o substituir a Hermano José Braamcamp do Sobral, José António Guerreiro, José Xavier Mousinho da Silveira, José António Faria de Carvalho, José Maria das Neves Costa e D. Manuel João Locio.
No mesmo dia em que se organisou o novo gabinete, as cortes substtuiram no comando das armas da capital o general Sepúlveda, contra quem havia mais que fundadas suspeitas de conspirar contra a constituição, pelo tenente general Jorge de Avilez.
Do seu casamento com Matilde Joaquina Viana, foi pai de José António Lócio, um militar, filantropo e político.
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ Ofício da Junta do Governo da ilha de São Tomé, ao [Secretário de Estado da Marinha e Ultramar D. Manuel João Locio, a informar que nomearam o 1.º tenente da Armada Nacional e Real, Joaquim de Sousa Braga, para exercer interinamente o cargo de intendente da marinha, com os soldos da sua patente].
- ↑ Requerimento de D. Manuel João de Locio Sulbiz, solicitando a propriedade da barca do Carvalho.
- ↑ Requerimento de D. Matilde Joaquina Viana de Locio, viúva de D. Manuel João de Locio, chefe de esquadra, solicitando em remuneração de serviços do seu marido a mercê de bens da Coroa ou pensão.
- ↑ Ofício, dirigido a D. Manuel João de Soeiro Lócio, participando que os navios da Expedição do Brasil estão prontos de água.
- ↑ Ofício, do Intendente da Marinha do Pará, dirigido a D. Manuel João de Lócio.
- ↑ Livro de Registo de Patentes de Capitães-de-mar-e-guerra.
- ↑ J. A. Teixeira de Mello, Ephemerides Nacionaes, p. 138.
- ↑ «Os navios da Armada Real Portuguesa em 1807» in Revista da Armada, n.º 413, ano XXXVII (novembro de 2007), p. 10 (337).
- ↑ Marques Gomes, Luctas caseiras : Portugal de 1834 a 1851.