Lucília Fraga
Lucília Fraga | |
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Nascimento | 6 de novembro de 1895 Caetité |
Morte | 11 de julho de 1979 (83 anos) São Paulo |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | pintora |
Movimento estético | figurativismo |
Lucília Fraga (Caetité, 6 de novembro de 1895 — São Paulo, 11 de julho de 1979) foi uma professora, desenhista e pintora brasileira, de estilo figurativo.
Carreira artística
[editar | editar código-fonte]Nascida em Caetité, na Serra Geral, alto sertão da Bahia, onde a família Fraga teve um dos seus principais berços e grande importância sociopolítica até fins do século XIX. Bem nova, Lucília mudou-se com a família para Jaú, onde boa parte permaneceu, e depois para São Paulo.
Desde cedo inicia sua formação artística, como aluna de Henrique Bernadelli, no Rio de Janeiro e na capital paulista com Pedro Alexandrino Borges e Antônio Rocco. Suas irmãs Anita e Helena também foram artistas plásticas.
Avessa aos movimentos modernistas, Lucília manteve-se aliada ao academismo.
Radicou-se definitivamente em São Paulo, onde foi professora de desenho na Escola Padre Anchieta, além de atuar em júris e na organização de mostras.
Sua primeira exposição individual data de 1929. Neste mesmo ano expõe no Salão Nacional de Belas Artes, no Rio, merecendo a Menção Honrosa de Primeiro Grau. No ano seguinte, no mesmo evento, recebeu a premiação da Pequena Medalha de Prata. Ganhou a Pequena Medalha de Ouro do Salão Paulista de Belas Artes (1969).
Suas exposições permaneceram no circuito Rio-São Paulo, com exceção das mostras em Buenos Aires, nos anos de 1937 e 1939, em Salvador (1949) e Piracicaba. Recebeu, ao longo da carreira, diversas premiações.
Lucília dedicou-se à pintura retratando flores, especialmente orquídeas, embora conte na sua produção marinhas e paisagens. Suas obras podem ser encontradas em coleções particulares, alcançando boa cotação no mercado. O Centro Cultural São Paulo e a Pinacoteca do Estado de São Paulo possuem obras suas em seus respectivos acervos.
Sua última mostra foi em Santos, em 1970. Dentre seus ex-alunos destacam-se as artistas Ernestina Karman e Colette Pujol.
Crítica
[editar | editar código-fonte](…) Correta no desenho, forte colorista, a senhorita Fraga possui também o senso da composição. (O Estado de S. Paulo, edição de 29 de novembro de 1929).[1]
(…) Como artista, a despeito de evidente sensibilidade cromática, caracterizou-se por uma visão conservadora, tradicionalista, dos seres e das coisas, reproduzindo mais do que interpretando. (José Roberto Teixeira Leite).[2]
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- ARTE no Brasil. Introdução de Pietro M. Bardi e Oscar Niemeyer. Textos de Carlos A. C. Lemos et al. São Paulo: Abril Cultural, 1982.
- BRAGA, Theodoro. Artistas pintores no Brasil. São Paulo: São Paulo Editora, 1942.
- PONTUAL, Roberto. Dicionário das artes plásticas no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1969.
- LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1989.
- RUBENS, Carlos. Pequena história das artes plásticas no Brasil. Rio de Janeiro: 1941.