Lope de Aguirre
Nascimento |
para entre e Araotz (d) |
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Morte | |
Nome no idioma nativo |
Lope de Aguirre |
Pseudónimos |
el Loco el Tirano el Peregrino |
Atividades | |
Descendentes |
Elvira de Aguirre (d) |
Lope de Aguirre (Oñati, c. 1510 – Barquisimeto, 27 de outubro de 1561) foi um explorador e conquistador espanhol de origem basca. Conhecido como El Loco ("O Louco") e El Peregrino ("O Peregrino"),[1] Aguirre é célebre por sua última expedição, que desceu o rio Amazonas em busca do mítico El Dorado.
Inicialmente um oficial menor da expedição, durante um motim acabou por tomar controle dela, rebelando-se contra o monarca espanhol Filipe II. Derrotado e morto, a partir de então Aguirre passou a ser considerado um paradigma de crueldade e traição pois matou sua filha de 15 anos e vários índios.[2][3] e se tornou um anti-herói na literatura, cinema e outras artes.[4][5]
Referências culturais
[editar | editar código-fonte]Lope de Aguirre foi retratado em diversas obras culturais desde sua morte, no século XVI.
Literatura
[editar | editar código-fonte]Alguns romances, sobretudo no século XX, tiveram Lope de Aguirre como protagonista. Entre elas estão:
- Ciro Bayo: Los Marañones (1913).
- Arturo Úslar Pietri: El camino de El Dorado (1947).
- Ramón J. Sénder: La aventura equinoccial de Lope de Aguirre (1968).
- Abel Posse: Daimón (1978).
- Miguel Otero Silva: Lope de Aguirre, príncipe de la libertad (1979).
Teatro
[editar | editar código-fonte]No teatro, destaca-se o texto dramatúrgico de Gonzalo Torrente Ballester, com a peça Lope de Aguirre: crónica dramática de la historia americana en tres jornadas (Madri: Escorial, 1941), e José Sanchis Sinisterra, com Lope de Aguirre, traidor (1992).
Cinema
[editar | editar código-fonte]Dois filmes tiveram Lope de Aguirre como personagens principais: El Dorado, de 1988, dirigido por Carlos Saura (no qual Aguirre foi interpretado por Omero Antonutti), e Aguirre, der Zorn Gottes (br: Aguirre, a Cólera dos Deuses / pt: Aguirre, a Cólera de Deus), de 1972, dirigido por Werner Herzog (em que foi interpretado por Klaus Kinski). Como ele próprio reconheceu,[6] o diretor americano Francis Ford Coppola foi influenciado pelo filme de Herzog quando realizou Apocalypse Now, de 1979.
Referências
- ↑ O próprio Lope de Aguirre se denominava El Tirano ("O Tirano").
- ↑ "Lope de Aguirre". (2010). Encyclopædia Britannica.
- ↑ Lewis, Bart L. (2003). The Miraculous Lie: Lope de Aguirre and the Search for El Dorado in the Latin American Historical Novel. [S.l.]: Lexington Books. ISBN 0739107879
- ↑ Gómez, Thomas (Guillermo Serés, Mercedes Serna Arnáiz, editores) (2009). «Génesis de un antihéroe: Lope de Aguirre entre crónicas, literatura, cine y otras artes». Los límites del océano: estudios filológicos de crónica y épica en el nuevo mundo. [S.l.]: Centro para la Edición de los Clásicos Españoles. pp. 65–74. ISBN 978-84-936665-2-1
- ↑ Neira, Hernán (2014). O indivíduo inquietante sob o signo de Lope de Aguirre. Curitiba: Editora UFPR. ISBN 9788565888332
- ↑ "Aguirre, with its incredible imagery, was a very strong influence. I'd be remiss if I didn't mention it." ("Aguirre, com seu imaginário incrível, foi uma influência muito forte. Eu estaria sendo omisso se não mencionasse isso.") Entrevista com Gerald Peary
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Carta de Lope de Aguirre ao rei Filipe da Espanha, 1561»
- «Biografia de Lope de Aguirre». - Buber.net
- «Bibliografia extensa de Lope de Aguirre»