João da Silva Machado
João da Silva Machado | |
---|---|
Senador pela Província do Paraná | |
Período | 1854 a 1875 |
Deputado provincial pela Província de São Paulo | |
Período | 1835 a 1843 |
Dados pessoais | |
Nascimento | 11 de junho de 1782 Taquari, RS |
Morte | 19 de março de 1875 (92 anos) São Paulo, SP |
Nacionalidade | brasileira |
Progenitores | Mãe: Antônia Maria de Bittencourt Pai: Manuel da Silva Jorge |
Filhos(as) | 5 |
Parentesco | Francisco de Paula e Silva (Barão de Ibicuí) |
Ocupação | Agropecuarista, militar e político |
Residência | Brasil |
João da Silva Machado, barão com grandeza de Antonina, (Taquari, 11 de junho de 1782 — São Paulo, 19 de março de 1875) foi um político, catequizador, militar e grande agropecuarista brasileiro. Foi o grande criador do hoje estado do Paraná, na época, parte pertencente ao estado de São Paulo.[1][2]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Filho de Manuel da Silva Jorge e Antônia Maria de Bittencourt, e irmão de Francisco de Paula e Silva, barão de Ibicuí. Começou sua vida como tropeiro e atingiu, em 1816, a patente de sargento-mor de Ordenanças de Vila Nova do Príncipe, São Paulo. Em 1822, tomou a seu cargo a conservação da Estrada da Mata, entre São Paulo e Rio Grande do Sul.[1][2]
Foi responsável pela construção de diversas estradas, mandou explorar os rios Tibaji e Paranapanema, criou duas reservas indígenas, uma às margens do Rio Verde e outra em Itarará. Fundou as povoações de Jataí, São Jerônimo e outras.[1][2]
Foi tenente-coronel de milícias e coronel honorário do exército brasileiro.[1][2]
Foi deputado provincial de 1835 a 1843 por São Paulo, vice-presidente de província de São Paulo e, quando criada a província do Paraná, foi por ela senador, entre 1854 a 1875.[1][2]
Foi um tradicional morador do Bairro da Luz, em São Paulo, em sua chácara na Rua Florêncio de Abreu.[3]
Faleceu na capital paulista, tendo sido sepultado no Cemitério da Consolação, em capela em mármore carrara século XIX, com brasão de armas em bronze, tombada pelo CONDEPHAAT. Ao falecer deixou numerosa descendência, contando na ocasião com três filhas, 23 netos e 28 bisnetos.[1][2]
Descendência
[editar | editar código-fonte]- Maria Antônia (Castro, 1815 — São Paulo, 1902), que se casou com o tenente-coronel Mariano José da Cunha Ramos.
- Francisca de Paula (1815), que se casou com Capitão Joaquim da Silva Prado.
- Balbina Alexandrina, que se casou com Luís Pereira de Campos Vergueiro, filho de Nicolau Pereira de Campos Vergueiro e de Maria Angélica Andrade de Vasconcellos.
- Ana, que se casou com Fidêncio Nepomuceno Prates.
- Inocência Júlia (1836–1888), que se casou com Fidêncio Nepomuceno Prates, pais de Eduardo da Silva Prates, primeiro conde de Prates.
Homenagens recebidas
[editar | editar código-fonte]- Grande do Império
- Grande dignitário da Imperial Ordem da Rosa
- Oficial da Imperial Ordem do Cruzeiro
- Fidalgo da Casa Imperial
- Sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro
- Nome de uma rua, na cidade de São Paulo[4]
- Nome de uma rua, na cidade de Curitiba, Paraná
- Nome de uma escola, na sua cidade natal, Taquari, Rio Grande do Sul
- Barão de Antonina, município de São Paulo, situado no Sudoeste do Estado de São Paulo, que se iniciou quando João da Silva Machado, Barão de Antonina, fez a doação dessa área ao Governo do Estado, de modo que este a destinasse aos índios existentes na região. Tendo, porém, os silvícolas se retirado para o município de Bauru, o Governo permutou estas terras, pelas quais estavam ocupando. A área liberada foi reservada à Fundação de um núcleo Colonial, o qual recebeu a denominação de Núcleo Colonial Barão de Antonina.*[1]
Barão de Antonina
[editar | editar código-fonte]Título de barão de Antonina conferido por decreto imperial em 11 de setembro de 1843, por D. Pedro II, e grandezas recebidas em 13 de agosto de 1860.[1]
Armas
[editar | editar código-fonte]Em 17 de setembro de 1859, foram-lhe concedidas as seguintes armas:[2][5]
- Em campo de prata, um leão púrpura armado de vermelho tendo na garra dextra um catecismo e um rosário de ouro, e na espádua um machado do mesmo metal; acompanhado, à direita, de um índio ao natural, virado para a esquerda, depondo as armas, que são de ouro. Coroa: a de Conde.(Registrado no Cartório da Nobreza — Livro VI, Fls. 41).
Referências
- ↑ a b c d e f g h Borges, Luiz Adriano Gonçalves (2014). «Senhor de homens, de terras e de animais : a trajetória política e econômica de João da Silva Machado (Província de São Paulo, 1800-1853)» (PDF). Consultado em 23 de junho de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 7 de março de 2022
- ↑ a b c d e f g h BARROS BROTERO, Frederico de — Barão de Antonina.
- ↑ «Chácara de João da Silva Machado». Consultado em 6 de junho de 2013. Cópia arquivada em 19 de dezembro de 2007
- ↑ NACLÉRIO HOMEM, Maria Cecília — História dos Bairros de São Paulo — Higienópolis — Prefeitura de São Paulo, Secretaria da Cultura
- ↑ Nobreza de Portugal e do Brasil. Editorial Enciclopédia, vol. III, 1961
Fontes
[editar | editar código-fonte]- Nobreza de Portugal e do Brasil. Editorial Enciclopédia, vol. III, 1961
- BARROS BROTERO, Frederico de — Barão de Antonina.
- NACLÉRIO HOMEM, Maria Cecília — História dos Bairros de São Paulo — Higienópolis — Prefeitura de São Paulo, Secretaria da Cultura
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Página de A Nobreza Brasileira de A a Z»
- Residência (Chácara da Rua Florêncio de Abreu, Bairro da Luz, São Paulo): [2]
- Jazigo do Barão de Antonina e Família - Cemitério da Consolação
- Nascidos em 1782
- Mortos em 1875
- Naturais de Taquari
- Senadores do Império do Brasil pelo Paraná
- Baronatos do Brasil
- Deputados do Império do Brasil
- Militares do Rio Grande do Sul
- Proprietários rurais do Rio Grande do Sul
- Nobres do Brasil
- Grande dignitários da Imperial Ordem da Rosa
- Fidalgos do Brasil
- Pessoas sepultadas no Cemitério da Consolação
- Tropeiros