Saltar para o conteúdo

Guarnição Especial de Polícia Militar Montada de Santa Catarina

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Regimento de Polícia Militar Montado
País  Brasil
Estado  Santa Catarina
Corporação Polícia Militar de Santa Catarina
Missão Policiamento montado
Sigla GEPMon
Logística
Efetivo 153 Militares
Sede
Guarnição São José

O governador do Estado de Santa Catarina, João Raimundo Colombo, através do Decreto n° 1.189, de 13 de junho de 2017, renomeou a Guarnição Especial de Polícia Militar Montada (GuEspPMMon), situada em São José, como Regimento de Polícia Militar Montada.

O Regimento de Polícia Militar Montada é uma unidade da Polícia Militar do Estado de Santa Catarina que atua na preservação da ordem pública em operações especiais rurais e urbanas e no controle de tumultos.

O Estado dispõe, além da Regimento de Polícia Militar Montada (com sede em São José), de um Esquadrão de Polícia Montada na cidade de Lages, de pelotões nas cidades de Chapecó e Joinville e um Grupo no município de Caçador e Criciúma.

Definição de policiamento montado

[editar | editar código-fonte]

O policiamento ostensivo montado é uma variação de aplicação do policiamento ostensivo geral, já que o seu diferencial está no emprego do cavalo como meio de locomoção. É, sem dúvidas, o mais tradicional em todas as instituições policiais, pois o homem e o cavalo têm uma história de convivência milenar.

Utilizando o cavalo como meio de locomoção, o policial, nas atividades de polícia geral, pode executar patrulhamento, permanência em determinado ponto-base, realizar diligências e escoltas, bem como dar apoio operacional às tropas a pé. Um dos destaques para o emprego do cavalo é sua ilimitação quanto ao tipo de terreno e lugar de emprego, pois mesmo em locais inóspitos e de difícil acesso ele possibilita grande mobilidade, flexibilidade, rapidez de ação, grande raio de atuação e facilidade de comando. Além destes aspectos, soma-se o grande poder de relacionamento que o cavalo tem com a comunidade, pela atração natural, principalmente de crianças, em relação ao animal.

A Polícia Montada de Santa Catarina surgiu juntamente com a Força Pública, em 5 de maio de 1835, através da lei provincial nº 12, quando então era presidente da província Feliciano Nunes Pires. A Força Pública começou com um 1º tenente comandante, um 2º tenente (sub-comandante), um cabo de Cavalaria, oito soldados de Cavalaria, quatro cabos de Infantaria, trinta e seis soldados de Infantaria e um soldado corneteiro.

Com sede no município de São José, a Regimento de Polícia Militar Montada não possui uma área específica de atuação, assim como outros batalhões convencionais, desenvolvendo suas atividades em todo o território catarinense. Todavia, em virtude da importância geopolítica de Florianópolis e São José, há uma atenção especial à esta área do Estado.

O Regimento de Polícia Militar Montada, comandada pelo Tenente Coronel PM Jader Peron Schlichting possui um efetivo de 78 policiais militares, entre homens e mulheres, distribuídos nos diversos setores operacionais e administrativos necessários ao desenvolvimento das atividades.

Rotineiramente, o efetivo executa ações de policiamento ostensivo no processo montado, ordinários e extraordinários no atendimento de diversos tipos e ocorrências. Contudo, tem atendido da melhor forma aos anseios de segurança da sociedade catarinense, uma vez que realiza diuturnamente o apoio especializado através do incremento do policiamento montado.

Missão do Regimento de Polícia Militar Montada

[editar | editar código-fonte]

“Executar o policiamento ostensivo preventivo ou repressivo nas diversas circunstâncias peculiares aventadas, de modo a preservar o patrimônio público e privado e a integridade do indivíduo a fim de cumprir as disposições legais que regulam a vida em comunidade. A tropa hipomóvel atuará como promotora principal ou em apoio a outras no cumprimento da missão fim da PMSC.”

Extraordinária

[editar | editar código-fonte]

“Atuar como tropa de controle de distúrbios civis; Executar o policiamento de guarda, em seu aquartelamento, na parte externa de estabelecimentos prisionais ou outros, quando em razão da perturbação da ordem pública assim o exigir;”

Formas de emprego operacional

[editar | editar código-fonte]

O Policiamento montado no cumprimento de suas missões pode ser empregado em diversas situações e formas:

  • Policiamento Ostensivo Preventivo;
  • Controle de Distúrbio Civil – CDC;
  • Policiamento de Guarda;
  • Policiamento de Trânsito;
  • Policiamento Florestal;
  • Policiamento Rural;
  • Busca Terrestre;
  • Escoltas;
  • Diligências;
  • Permanência;
  • Patrulhamento em unidades prisionais;
  • Apoio Tático Operacional a Outros Processos de Policiamento;
  • Policiamento em estádios e praças esportivas;
  • Policiamento em shows e eventos culturais;
  • Policiamento em manifestações civis;
  • Policiamento em eventos festivos;
  • Policiamento em operações de temporada: férias, verão, carnaval;
  • Atividades de defesa civil, quando ocorrência de calamidades públicas ou sinistros;
  • Rebeliões e fugas em estabelecimentos prisionais.

Características do policiamento montado

[editar | editar código-fonte]

O Policiamento Montado, por suas peculiaridades, é detentor de algumas características específicas que o diferem dos demais processos de policiamento. Em diversas vezes estas características colocam o policial militar em grande vantagem no seu mister de preservação da ordem pública e combate àcriminalidade.

Ostensividade e comandamento

[editar | editar código-fonte]

O Policial a cavalo infunde uma sensação de segurança na comunidade pois, devido ao porte físico do animal e por estar o policial em um plano elevado, a presença do policiamento montado é marcante e facilmente notada.

O Policial Montado possui uma capacidade muito maior de ver e ser visto pela comunidade, percebe-se que ocorre uma potencialização da ostensividade do Policial Militar. Aliado a isto o fato do policial estar num plano elevado possibilita uma maior capacidade visual do policial em relação ao público que o cerca aumentando o seu poder de ação e controle social, ou seja, comandamento de uma determinada situação.

A utilização do animal permite um deslocamento lento, ao passo, percorrer toda a área de policiamento, caso seja necessário, esta mobilidade pode ser aumentada utilizando-se a andadura trote e eventualmente o galope, caso o terreno e as características o permita, dessa forma percorrer toda área a ser policiada.

Flexibilidade

[editar | editar código-fonte]

A capacidade que possui uma tropa hipomóvel de passar de imediato, de uma a outra maneira de atuar, sem perder suas características básicas, podendo, ainda agir com sucesso tanto em favelas como em meio rural, e ainda em grandes centros urbanos. Ou seja, hora pode atuar no trânsito, hora em busca de pessoas perdidas em mata, hora pode atuar em controle de tumultos, e outras formas de emprego, sem ter de modificar as características ou equipamentos.

Multiplicidade de formas de emprego

[editar | editar código-fonte]

È a possibilidade da utilização em várias formas quantitativas de emprego, desde o cavaleiro isolado até o empenho da fração constituída para uso em operações policiais.

Atuação em terrenos diversos

[editar | editar código-fonte]

O cavalo não depende de vias de acesso para se deslocar, daí sua vantagem de emprego em regiões não urbanizadas ou naquelas onde as vias de acesso são deficientes, dificultando o deslocamento de viaturas, ou mesmo do homem a pé.

Efeito psicológico

[editar | editar código-fonte]

A presença imponente do animal infunde nas pessoas que o cercam duas espécies de reação: Empatia, por ser um animal com beleza e infundir em algumas pessoas e principalmente nas crianças um sentimento de carinho e necessidade de aproximação. E antipatia, devido ao porte físico avantajado do animal causar expectativa de lesão na pessoa que desconhece seu trato e modo de controle e condução, instigando temor e respeito, pois um Policial Militar que outrora possuía 70 kilos e 1,70 m de altura, agora está com 670 kilos e 2,50 m de altura, tornando-se “um ser” incombatível. Estes aspectos devem ser explorados pelo Policial Montado hora para o trabalho de relações públicas e hora para a atuação repressiva.

Ressalta-se que o baixo custo mensal gasto com o eqüino, pois grande parte da alimentacão é cultiva nas dependências da OPM, como também a vida útil do eqüino utilizado no policiamento é de vinte anos.

Atuação de grande raio

[editar | editar código-fonte]

Capacidade do Policial Montado de cobrir um grande espaço de terreno num curto espaço de tempo. Está relacionado com a Mobilidade.

Rapidez de ação

[editar | editar código-fonte]

A rapidez de ação é característica que permite a pronta ação onde quer que esta aconteça, ou se faça necessário o emprego da tropa hipomóvel.

Relações públicas

[editar | editar código-fonte]

O RPMMon, no que tange ao efeito de relações públicas tem superado as expectativas, haja vista o seu grau de eficiência nas atividades que participa, tanto no campo operacional como no social. No campo social tem apresentado bom relacionamento pelas participações e incentivos à prática de esportes hípicos, vista de em colégios, passeios de charretes, e projetos de cunhos sociasi como Eqüoterapia (tratamento alternativo dispensado às pessoas portadoras de necessidades especiais), o profissionalismo e a dedicação do efetivo tem cada vez mais projetado a PMSC e a RPMMon como uma “polícia social”. Faz-se míster ressaltar que não raramente a Cavalaria é convidado para produzir matérias para a mídia sobre sua qualidade técnica, elevado senso de profissionalismo de sua tropa e as atividade sociais desenvolvidas nesta OPM.

A eqüoterapia merece uma atenção especial por se tratar de uma forma de reabilitação que utiliza o cavalo como instrumento terapêutico. Consiste num trabalho que vem sendo realizado pela Guarnição Especial de Polícia Militar Montada em conjunto com a Fundação Catarinense de Educação Especial, através de convênio firmado entre a PMSC e aquela instituição. Teve seu início em outubro de 1998 com o objetivo de atender a pessoas portadoras de necessidades especiais (físicas e/ou mentais). Existe a participação intensiva de uma equipe multidisciplinar formada por técnicos em equitação, saúde, educação e todos técnicos em equoterapia. O trabalho que aqui é realizado gratuitamente é alvo de destaque perante a comunidade. No princípio ocorreu uma atividade experimental realizando 13 (treze) atendimentos por semana, no ano de 1998. Atualmente, porém, o atendimento é proporcionado a 51 (cinqüenta e um) alunos regularmente matriculados.

Cursos especiais

[editar | editar código-fonte]

Curso de formação de policiamento montado - CFPMon - Nível: cabos e soldados

[editar | editar código-fonte]

Curso que tem como objetivo o de formar cabos e soldados em policiamento montado, para atuar nas unidades de Cavalaria.

Curso de especialização em policiamento montado - CEPMon - Nível: oficiais e sargentos

[editar | editar código-fonte]

Curso que tem como objetivo o de formar oficiais e sargentos especialistas em policiamento montado, para atuar nas unidades de Cavalaria.

Curso de especialização em policiamento montado - CEPMon – Nível: cabos e soldados

[editar | editar código-fonte]

Curso que tem como objetivo o de formar cabos e soldados especialistas em Policiamento Montado, para atuar nas unidades de Cavalaria.

Táticas policiais montadas – TPMon

[editar | editar código-fonte]

Treinamento que tem como objetivo dotar de conhecimentos técnicos e operacionais mais avançados no tocante ao policiamento montado, para atuar nas unidades de Cavalaria. Destina-se a policiais militares que já possuem o curso de formação em policiamento montado (pré-requisito).

Controle de distúrbio civil montado – CDCMon

[editar | editar código-fonte]

Treinamento que tem como objetivo dotar de conhecimentos técnicos e operacionais mais avançados no tocante ao policiamento montado, para atuação no controle e distúrbio civil. Destina-se a policiais militares que já possuem o curso de formação em policiamento montado (pré-requisito).