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Grindr

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Grindr LLC
Empresa privada
Fundação 25 de março de 2009
Sede West Hollywood, Los Angeles, Califórnia
Área(s) servida(s) Mundial
Produtos Grindr (aplicativo)

Gaymoji by Grindr

Website oficial https://www.grindr.com/

Grindr é um aplicativo de rede social e um serviço de namoro online para homens homossexuais, bissexuais, pessoas trans e pertencentes da comunidade queer. Foi lançado em março de 2009 como um dos primeiros aplicativos geossociais destinado a homens gays e tornou-se bastante popular no mundo inteiro pela comunidade gay.[1][2] O aplicativo está disponível em dispositivos iOS e Android em versões gratuitas e premium (por meio das assinaturas Grindr XTRA e Grindr Unlimited).

O aplicativo permite que os usuários criem um perfil pessoal que é exibido em uma grade com imagens de outras pessoas classificados pela distância, dependendo das configurações do filtro. A seleção de uma foto de perfil na exibição da grade exibirá o perfil completo e as fotos desse membro, bem como a opção iniciar uma conversa, enviar um "tap", enviar fotos, chamada de vídeo, emojis, GIFs e compartilhar uma localização precisa.

Em maio de 2011, o Brasil detinha 14.044 usuários do Grindr.[3] Em Portugal, o Grindr é a rede social mais utilizada para encontros entre homens homossexuais.[4]

Propriedade original (2009-2015)

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O Grindr foi lançado como um aplicativo móvel para iOS em 25 de março de 2009, pelo empresário de tecnologia Joel Simkhai em Los Angeles, Califórnia. A versão gratuita exibia 100 perfis de homens em uma distância específica, enquanto a versão premium (US$ 2,99 mais uma taxa mensal) não continha anúncios e ampliava a grade de encontros para 200 perfis.[5] Avaliações positivas do aplicativo, circularam por diversos veículos do público gay como nos sites norte-americanos Queerty e Joe My God.[6] Em agosto, havia cerca de 200 mil usuários cadastrados na rede do Grindr. Em março de 2010, havia 500 mil usuários.[7]

No seu primeiro aniversário, em 25 de março de 2010, o Grindr lançou o aplicativo para dispositivos BlackBerry.

Em 7 de março de 2011, Grindr foi lançado para dispositivos Android. Junto com uma versão gratuita, os usuários poderiam pagar por uma versão premium chamada Grindr XTRA que não apresentava anúncios, maior visualização de perfis, mais "favoritos" e notificações push de mensagens recebidas enquanto o aplicativo está sendo executado em segundo plano.[8]

Em 18 de junho de 2012, o Grindr anunciou que havia atingido oficialmente 4 milhões de usuários registrados em 192 países em todo o mundo.[9]

Em agosto de 2013, o Grindr lançou uma versão atualizada do aplicativo exigindo que os usuários verificassem suas contas fornecendo um endereço de e-mail válido. Grindr diz que isso foi feito para reduzir o spam e melhorar a portabilidade.[10]

Em 30 de setembro de 2013, o Grindr introduziu o "Tribos do Grindr", permitindo que os usuários se identificassem com um grupo de nicho e filtrassem suas pesquisas para encontrar melhor seu tipo.[11]

Em 25 de março de 2014, o aplicativo estava em média com mais de 5 milhões de usuários ativos em todo o mundo.[12]

Após a aquisição (2016-presente)

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Em janeiro de 2016, a Grindr anunciou que vendeu 60% da empresa para uma companhia chinesa, a Beijing Kunlun Tech, por US$ 93 milhões. A Kunlun comprou o restante da empresa por US$ 152 milhões em janeiro de 2018.[13]

Em março de 2018, o Grindr introduziu um novo recurso que em que usuário possa ser lembrado a cada três ou seis meses para obter um exame de HIV.[14]

Em março de 2019, a Kunlun começou a buscar um comprador para a Grindr depois que o Comitê de Investimento Estrangeiro nos Estados Unidos (CFIUS) informou a Kunlun que aplicativos de propriedade de uma empresa chinesa representa um risco para a segurança nacional.[15]

Em julho de 2019, o Grindr lançou o Grindr Unlimited, uma nova versão premium do aplicativo que permite aos assinantes mensagens, usar o modo Incógnito, ver perfis ilimitados na grade, ver quem viu seu perfil, ver o status de digitação e usar todos os recursos premium do Grindr XTRA.[16]

Em novembro de 2019, o Grindr lançou o Grindr Web, uma versão gratuita para desktop do aplicativo construído para usuários que preferem conversar pelo computador. Projetado como um bate-papo "rápido e discreto", ele utiliza uma interface de e-mail convencional e imita um gerenciador de arquivos de um computador no lugar dos perfis de usuários.[17]

Em março de 2020, a Kunlun anunciou que venderá sua participação de 98,59% da Grindr para a San Vicente Acquisition LLC, com sede nos EUA, por US$ 608,5 milhões. A antiga administração e os funcionários da Grindr continuarão com 1,41% das ações da empresa após a transação.[18]

Controvérsias

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Em janeiro de 2021 o Grindr enfrentava uma multa de 9,6 milhões de euros na Noruega (equivalente a cerca de 10% da receita anual da empresa) depois das autoridades de proteção de dados da Noruega detetarem indícios de que a app estava a partilhar dados privados dos seus utilizadores sem consentimento. A informação — que estava a ser enviada a anunciantes — inclui detalhes sobre a localização, orientação sexual, e saúde mental dos utilizadores, bem como o facto de serem utilizadores do Grindr. Em declarações enviadas ao jornal português Público, a rede social diz que a investigação das autoridades norueguesas está desatualizada. A conclusão preliminar é que o Grindr precisa de consentimento para partilhar estes dados pessoais e que os consentimentos recolhidos não são válidos. Se a coima avançar será a maior penalização exigida pela Autoridade Norueguesa para a Protecção de Dados (DPA).[19]

Referências

  1. «The Co-Founder Behind Gay Social App Grindr Opens Up About Success, Sanity and Happiness». Entrepreneur 
  2. «CEO of Grindr on The Power of Simplicity and Becoming an Unintentional Activist». Fast Company 
  3. Brasil tem 14.044 usuários do Grindr (Maio 2011)
  4. Grindr, Tinder e Manhunt lideram apps para encontros ,Dezanove.pt, 26.01.2021
  5. «Gay Dating Makes Its Way To The iPhone». Techcrunch 
  6. «Cruise Local Guys On Your iPhone». Queerty. 26 de março de 2009. Consultado em 12 de julho de 2021 
  7. «Q: Location? A: Right Behind You, Dude». Joe My God. 26 de março de 2009. Consultado em 12 de julho de 2021 
  8. Grove, Jennifer (7 de março de 2011). «Popular Gay Dating App Grindr Now on Android». Mashable. Consultado em 12 de julho de 2021 
  9. «Grindr's Global Dominance Hits 2m». bentnews 
  10. «Overrun by spambots, gay dating app Grindr to end anonymous signups». The Verge 
  11. «The New Grindr: Zero Feet Away». Cision PR Newswire. 1 de outubro de 2013. Consultado em 13 de julho de 2021 
  12. «Happy Fifth Birthday, Grindr!». Cision PR Newswire. 25 de março de 2014. Consultado em 13 de julho de 2021 
  13. Morrinson, Caitlin (30 de agosto de 2018). «Grindr planning stock market listing as Chinese owner gives approval for float». Independent. Consultado em 13 de julho de 2021 
  14. «Grindr App to Offer H.I.V. Test Reminders». The New York Times 
  15. O'Donnell, Carl (27 de abril de 2019). «Exclusive: Told U.S. security at risk, Chinese firm seeks to sell Grindr dating app». Reuters. Consultado em 13 de julho de 2021 
  16. «Now You Can Pay $50 Per Month for Grindr». Out. 25 de julho de 2019. Consultado em 13 de julho de 2021 
  17. «Stop the clocks, cut off the telephone, because you can now get Grindr on your desktop». Pinknews. 5 de maio de 2020. Consultado em 13 de julho de 2021 
  18. «Grindr Sold by Chinese owner after us national security concerns». Los Angeles Times 
  19. Grindr enfrenta multa de 9,6 milhões de euros por partilha de dados privados com anunciantes, Publico.pt, 26.01.2021

Ligações externas

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