Gambusia holbrooki
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Gambusia holbrooki | |||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||
Pouco preocupante [1] | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Gambusia holbrooki Girard, 1859 |
Gambusis holbrooki é uma espécie de peixe de água doce. Pertence à família Poeciliidae. É nativa do este e sul dos Estados Unidos, e cresce até ao 3,5 cm de comprimento.[1]
Foi introduzida em Portugal para controlar os possíveis mosquitos portadores de esporozoítos infectantes da malária do gênero Plasmodium.[2]
Foi introduzida na Europa no início do século XX para combater os mosquitos portadores da malária, pois alimenta-se das larvas de mosquito. O sucesso da gambúsia foi tal que rapidamente se transformou numa praga.
O peixe-mosquito passou a ser importado da Carolina do Norte para Itália, em 1921. Contudo, durante a viagem detectou-se uma grande mortalidade de peixes e daí uma escala em Espanha para aclimatação. O que foi feito com sucesso. A aclimatação aconteceu na região de Cáceres e a gambúsia rapidamente se multiplicou, alastrou à bacia do Tejo e daí a todos os rios, lagos, pateiras, pântanos, pauis, lagoas e charcos portugueses. Foi também criada nas lagoas de Mira, tendo sido introduzida em áreas de arrozal e outras onde as larvas do mosquito se desenvolvem.
Espécie invasora, foi transportada para um ecossistema que não era o seu de origem e rapidamente aumentou o seu efectivo populacional visto adaptar-se muito bem a ambientes hostis e condições adversas como sejam temperaturas elevadas e águas pouco oxigenadas.
É muito voraz, tudo o que na prática for possível de ser comido, eles comem. São canibais, capazes de predar a própria descendência. A sua fome permanente coloca em desequilíbrio os ecossistemas onde se introduz, provocando mesmo o desaparecimento de outros predadores naturais de mosquito.
A gambúsia reproduz-se rapidamente, pois atinge a maturidade sexual ao fim de quatro a seis semanas, podendo reproduzir-se quatro vezes num ano. Os ovos são fecundados no ventre materno e as suas crias nascem não completamente desenvolvidas, mas já com alguma autonomia, já conseguindo alimentar-se, nadar e comer larvas.
Não tendo interesse económico, não é capturada pelo homem. E o controlo das populações não é viável porque a sua pequenez e o seu ritmo reprodutivo não permitem a utilização de meios mecânicos para limpar os meios húmidos que habitam.
Notas e referências
[editar | editar código-fonte]- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Eastern mosquitofish», especificamente desta versão.
- ↑ a b IUCN (6 de fevereiro de 2012). «Gambusia holbrooki: NatureServe: The IUCN Red List of Threatened Species 2013: e.T202394A18232445» (em inglês). doi:10.2305/iucn.uk.2013-1.rlts.t202394a18232445.en
- ↑ «Ictiofauna dulçaquícola exótica em Portugal Continental - Fauna e Flora - Naturlink». naturlink.pt. Consultado em 13 de junho de 2019