Fototerapia
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Este artigo é sobre fototerapia, que consiste em um tratamento baseado na interação da irradiação eletromagnética da luz com os tecidos biológicos. Na fototerapia são empregados Lasers e LED que são aparelhos capazes de emitir luz (com um comprimento específico). A fototerapia é muito utilizada na medicina, na Enfermagem, Odontologia, fisioterapia e até pelos profissionais do esporte (educadores físicos) que buscam o tratamento da fadiga muscular.[1]
A Fototerapia consiste na utilização da luz para fins terapêuticos. Diversas áreas utilizam esse método não invasivo para o realizar o tratamento de diversas patologias, muitas vezes a fototerapia é empregada associada a outros tipos de terapia.
A interação da Luz com o tecido biológicos se dão por meio dos Fótons que são pequenas pacotes de energias, mas que não carregam matéria, esse fótons são os constituintes da Luz.[2]
Atualmente a Fototerapia vem sendo empregados na área da saúde (Medicina, odontologia, fisioterapia e etc.) de forma terapêutica, já que vários estudos descrevem o efeito positivo da Fototerapia (Laser e LED) em diversas áreas, bem com na reparação tecidual, aumento da microcirculação superficial, na diminuição da dor e inflamação, na recuperação muscular e até na prevenção da fadiga muscular.[3] Todos esses efeitos positivos observados em vários estudos só é possível devido à interação da luz do laser com os tecidos biológicos. Quando a luz do Laser atinge o tecido biológico, é possível observar a presença de algumas propriedades ópticas: transmissão, espelhamento, absorção e a reflexão.
Transmissão é a parte da luz transmitida por meio do tecido sem atenuação de sua irradiação.[4]
Espalhamento consiste na difusão da luz nos tecidos adjacentes.[4]
Absorção é a propriedade que define a absorção da luz pelo tecido as moléculas com possuem afinidade com determinado comprimento de onda.[4]
Reflexão é a perda de parte da luz para fora do tecido, devido à reflexão do tecido biológico, geralmente a reflexão do raio incidente acontece com o mesmo ângulo de incidência.[4]
Absorção da Luz pelo Tecido Biológico
[editar | editar código-fonte]A luz é absorvida pelos cromóforos que são células ou moléculas que possui afinidade com determinado comprimento de onda. Um exemplo é a molécula de H2O que possui uma afinidade com o Laser de CO2, propriedade que permite que esses lasers seja usado na cirurgia oral.[2]
Na célula a Absorção ocorre na mitocôndrica, graças o citocromo c oxidase que absorve os fótons. Com o maior nível energético disponível há um aumento da síntese de ATP, o que resulta no aumento do metabolismo celular. Esse aumento no metabolismo celular possibilita uma melhor resposta celular.[5]
Os tecidos biológicos são constituídos em sua maioria por água (H2O), elementos celulares, fluidos teciduais e etc. Essa grande variedade de moléculas é responsável pela diferença do grau de penetração e absorção da luz nos tecidos. . Por exemplo, a absorção da água predomina para comprimentos de onda superiores a 1.000nm. Já absorção da hemoglobina predomina para o comprimento de onda de 578 nm aproximadamente.[6]
O conhecimento sobre a interação da luz com os tecidos biológicos é de grande importância, pois auxilia o cirurgião-dentista, e os demais profissionais da área da saúde, na escolha do equipamento e no comprimento de onda mais indicado para o tratamento proposto.[6]
Efeito Clínico
[editar | editar código-fonte]A Fototerapia tem demostrado efeitos positivos:
- na diminuição da dor e da inflamação,
- no processo de cicatrização,
- no aumento da circulação,
- no aumento do tempo para o músculo entrar em processo de fadiga
- na recuperação muscular
A preconização de doses e respectiva quantidade de pontos de aplicação, para as mais diversas situações clínicas, podem ser encontradas no site da Word Association for Laser Therapy (Associação Mundial de Laserterapia), pelo endereçohttp://waltza.co.za/.
Fototerapia na Odontologia
[editar | editar código-fonte]Na odontologia a fototerapia é empregado no alívio da dor, na reparação tecidual e na redução de edema.[2]
No alívio da dor, a Fototerapia pode ser empregado em casos de:
- hipersensibilidade dentinária,
- dores de origem pulpar,
- dores nevrálgicas,
- dores em tecido mole,
- mialgias,
- dores do pré e pós – operatório,
- entre outras aplicações.
Na reparação tecidual podemos observar a foto estimulação nos seguintes casos[2]:
- condições de necrose pulpar
- após tratamento endodôntico do elemento dental acometido,
- nos casos de lesões traumática
- entre outros
No pós-operatório a fototerapia também é indicada para reduzir o edema causado pelo processo cirúrgico.[2]
O termo laser é um acrônimo para Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation (amplificação da luz através de emissão estimulada de radiação). O laser se diferencia da luz convencional por apresentar características como coerência, colimação e monocromaticidade. Os princípios básicos do laser foram esboçados pelo físico alemão Albert Einstein. Em 1960 Theodore Maiman, conseguiu o primeiro disparo de luz, utilizando cristais de rubi para produzir uma luz vermelha com um comprimento de onda de 694 nm. Por volta de 1961, foi realizada a primeira cirurgia a laser utilizando o laser de CO2, e em 1962 foi desenvolvido o primeiro laser semicondutor. Em radiação do laser foi aplicada às práticas terapêuticas e nesse mesmo ano Stern e Sognnaes utilizaram o laser pela primeira vez na odontologia.[7]
Já o termo LED (Light Emitting Diode) significa diodo emissor de luz. O led não apresenta colimação e coerência espacial e temporal como o laser, pois não possui uma cavidade óptica.
Fototerapia na Dermatologia
[editar | editar código-fonte]A fototerapia é utilizada desde início dos anos 1970 para tratamento da psoríase, parapsoríase, vitiligo e dermatite atópica. Utiliza-se radiação ultravioleta do tipo A (320 a 390 nanômetros) com uso medicamento psoraleno, método chamado PUVA, ou ultravioleta B, UVB (311 a 313 nanômetros) do qual não necessita nenhum medicamento oral durante a aplicação. A ação terapêutica do ultravioleta é anti-inflamatória e imunológica, provocando apoptose de células linfócitos T. A fototerapia pode ser associada a medicamentos sistêmicos espefícos para cada dermatose ou usada isoladamente.
Existem nas clínicas dermatológicas a cabine com várias lâmpadas de ultravioleta para o corpo todo ou painel e equipamentos que emitem radiação localizada para pequenas áreas, sempre sob supervisão médica. A fototerapia é diferente do bronzeamento artificial- proibido no Brasil- que além de não ser terapêutico, pode levar ao envelhecimento precoce e aumento do risco para câncer de pele.
Os raios ultravioletas são cumulativos na pele após a exposição solar sem proteção. Esse efeito pode ser somado aos tratamentos de fototerapia, podendo aumentar o risco para câncer de pele do tipo carcinoma. Porém esse risco só aumenta após aproximadamente 300 sessões com ultravioleta A (PUVA, mais carcinogênico) e após 1.000 sessões com UVB. O médico dermatologista deverá ficar atento a essa questão, especialmente nos portadores de vitiligo. Recomenda-se o uso dos fotoprotetores com FPS (para UVB) e proteção UVA diariamente e em todas as áreas expostas ao sol.[8]
Referências
- ↑ Enfermagem, Sou (2 de junho de 2023). «Fototerapia e a inesperada descoberta que mudou o tratamento da Icterícia Neonatal». Sou Enfermagem. Consultado em 2 de junho de 2023
- ↑ a b c d e Aplicação do Laser na Odontologia. [S.l.: s.n.] 2010
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em Authors list (ajuda) - ↑ 8- VENEZIAN, G.C.; DA SILVA, M.A.M.R.; MAZZETTO, R.G.; MAZZETTO, M.O. «Low level laser effects on pain to palpation and electromyographic activity in tmd patients: a double-blind, randomized, placebo-controlled study.». Cranio. v. 28, n. 2, p. 84-91, 2010.
- ↑ a b c d de. Laser em odontologia. São Paulo: Santos. 174 p. [S.l.: s.n.] 2001
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sem|sobrenome1=
em Authors list (ajuda) - ↑ 14. KARU, T.I.; et al. «Changes in absorbance of monolayer of living cells induced by laser radiation at 633, 670 and 820 nm.». IEEE J Quantum Elect. v. 7, n.6, p.982-988, 2001.
- ↑ a b CATORZE, M. G. «Laser: bases and use in dermatology.». Med Cutan Liber Lat Am. V. 1, n. 37, p. 5-27. 2009.
- ↑ - LOW, J.; REED,. «A. Eletroterapia Explicada: princípios e práticas. 3 ed. São Paulo: Manole, 2001.»
- ↑ SABBAG, CY, Psoríase Descobertas Além da Pele (2010). Psoríase Descobertas Além da Pele. [S.l.: s.n.] ISBN 978857727180-0 Verifique
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(ajuda)