Saltar para o conteúdo

Fascismo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Fascistas)

Fascismo é uma ideologia política ultranacionalistaautoritária[1][2][3][4] caracterizada por poder ditatorial, repressão da oposição por via da força e forte arregimentação da sociedade e da economia.[5] Embora os partidos e movimentos fascistas apresentem divergências significativas entre si, é possível apontar várias características em comum, entre as quais nacionalismo extremo, desprezo pela democracia eleitoral e pela liberdade política e económica, crença numa hierarquia social natural e no domínio das elites e o desejo de criar uma comunidade do povo em que os interesses individuais sejam subordinados aos interesses da nação.[6] Oposto ao liberalismo, ao marxismo, ao socialismo e ao anarquismo, o fascismo posiciona-se na extrema-direita do espectro político tradicional.[7][8][9][10][11][12]

O fascismo defende ser necessária a mobilização da sociedade sob um estado totalitário de partido único para preparar a nação para o conflito armado e responder de forma eficaz às dificuldades económicas.[13] Acreditam que tal estado deva ser comandado por um líder forte, como um ditador ou governo militarista constituído por membros do partido fascista, capaz de forjar a unidade nacional e manter a ordem e estabilidade sociais.[13] O fascismo rejeita a afirmação de que a violência é automaticamente negativa por natureza e acredita que a violência, guerra ou imperialismo são meios pelos quais se pode chegar ao rejuvenescimento da nação.[14][15][16][17] Os fascistas defendem uma economia mista com o principal objetivo de atingir a autossuficiência económica do país por meio de políticas económicas protecionistas e intervencionistas.[18]

O fascismo ganhou destaque na Europa na primeira metade do século XX.[7] Os primeiros movimentos fascistas surgiram na Itália durante a I Guerra Mundial, tendo-se posteriormente expandido para outros países europeus.[7] Os fascistas viam a I Guerra Mundial como uma revolução que tinha trazido alterações massivas na natureza da guerra, da sociedade, do estado e da tecnologia. O advento da guerra total e da mobilização total da sociedade tinham diluído a distinção entre civis e combatentes, tendo-se desenvolvido uma "cidadania militarista" em que todos os cidadãos estavam envolvidos no esforço militar.[19][20] A guerra tinha tido como consequência o nascimento de um estado poderoso, capaz de mobilizar milhões de pessoas para a linha da frente e de organizar a produção económica e logística para as sustentar, e com autoridade sem precedentes para intervir nas vidas dos cidadãos.[19][20]

Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, poucos partidos se têm declarado abertamente fascistas. O termo é usado frequentemente de forma pejorativa para descrever opositores políticos. Os partidos contemporâneos de extrema-direita com ideologias semelhantes ou inspirados nos movimentos fascistas do século XX são denominados neofascistas.[7][21]

Etimologia e símbolo

O termo fascismo é derivado da palavra latina fasces,[22] que designava um feixe de varas amarradas em volta de um machado,[23] e que foi um símbolo do poder conferido aos magistrados na República Romana de flagelar e decapitar cidadãos desobedientes.[24] Eram carregados por lictores e poderiam ser usados para castigo corporal e pena capital a seu próprio comando.[25][26] Mussolini adotou esse símbolo para o seu partido, cujos seguidores passaram a chamar-se fascistas.[27]

O simbolismo dos fasces sugeria "a força pela união": uma única haste é facilmente quebrada, enquanto o feixe é difícil de quebrar.[28] Símbolos semelhantes foram desenvolvidos por diferentes movimentos fascistas. Por exemplo, o símbolo da Falange Espanhola é composto de cinco flechas unidas por uma parelha.[29]

Definições

Ver artigo principal: Lista de definições de fascismo

Historiadores, cientistas políticos e outros estudiosos têm debatido por muito tempo a natureza exata do fascismo.[30] Cada forma de fascismo é diferente, deixando muitas definições amplas ou restritas demais.[31][32] Contudo, um dos aspectos mais consensuais entre os historiadores é o entendimento de que no fascismo um nacionalismo militante ocupa um lugar de primeiro plano.[33][34][35] Também é largamente aceita a noção de que o fascismo promove um Estado autoritário, tirânico ou totalitário, um dos seus aspectos mais criticados.[36][37]

Uma definição comum de fascismo se concentra em três grupos de ideias:

  • As negações fascistas de anti-liberalismo, anti-comunismo e anti-conservadorismo;
  • Objetivos nacionalistas e autoritários para a criação de uma estrutura econômica regulada para transformar as relações sociais dentro de uma cultura moderna, autodeterminada;
  • Uma estética política usando simbolismo romântico, mobilização em massa, visão positiva da violência, promoção da masculinidade e da juventude e liderança carismática.[38][39][40]

Roger Griffin descreve o fascismo como "um gênero de ideologia política cujo núcleo mítico em suas várias permutações é uma forma palingenética de ultranacionalismo populista".[41] Griffin descreve a ideologia como tendo três componentes principais: "(i) o mito do renascimento, (ii) ultra-nacionalismo populista e (iii) o mito da decadência".[41] O fascismo é "uma forma verdadeiramente revolucionária, anti-liberal, multiclasse, e, em última análise, nacionalista anti-conservadora" construído sobre uma complexa gama de influências teóricas e culturais. Ele distingue um período entre-guerras quando se manifestou através de "partidos políticos armados" liderados por elites populistas se opondo ao socialismo e ao liberalismo e prometendo uma política radical para salvar o país da decadência.[42]

Robert Paxton vê o fascismo como "uma forma de comportamento político marcado pela preocupação obsessiva com o declínio da comunidade, humilhação ou vitimização e pelo culto compensatório da unidade, energia e pureza, na qual um partido de massas de militantes nacionalistas comprometidos, trabalhando em inquieta, mas colaborativamente efetiva com as elites tradicionais, abandona as liberdades democráticas e persegue com violência redentora e sem restrições éticas ou legais de limpeza interna e expansão externa".[43]

Para Umberto Eco, o fascismo se baseia no culto a tradição, a rejeição ao modernismo, o culto à ação pela ação, na comparação forçada entre dissidência e traição, o medo da diferença, o apelo a frustração social, a obsessão pelo golpismo, na alta expectativa quanto a força do adversário, na consideração do pacifismo como envolvimento com o inimigo, o desprezo pelo fraco, a educação para o heroísmo, o patriarcalismo bélico, um populismo seletivo e o uso de novilíngua.[44]

Emilio Gentile descreve o fascismo com os seguintes dez elementos constitutivos:[45]

  1. um movimento de massa de adesão multiclasse em que prevalecem, entre os líderes e os militantes, os setores médios, em grande parte, novos na atividade política, organizados como uma milícia partidária, que baseiam sua identidade não em hierarquia social ou origem de classe, mas em um sentido de camaradagem, acredita-se investido de uma missão de regeneração nacional, considera-se em estado de guerra contra adversários políticos e visa conquistar o monopólio do poder político por meio do terror, política parlamentar e acordos com grupos maiores, para criar um novo regime que destrói a democracia parlamentar;
  2. uma ideologia "anti-ideológica" e pragmática que se proclama antimaterialista, anti-individualista, antiliberal, antidemocrática, anti-marxista, mas populista e anticapitalista em tendência, se expressando esteticamente mais que, teoricamente, por meio de um novo estilo de política e por mitos, ritos e símbolos, como uma religião leiga projetada para aculturar, socializar e integrar a fé das massas com o objetivo de criar um "Novo Homem";
  3. uma cultura fundada no pensamento místico e o no sentido trágico e ativista da vida concebida como a manifestação da vontade de poder, sobre o mito da juventude como artífice da história, e na exaltação da militarização da política como modelo de vida e atividade coletiva;
  4. uma concepção totalitária do primado da política, concebida como uma experiência de integração para realizar a fusão do indivíduo e das massas na unidade orgânica e mística da nação como uma comunidade étnica e moral, a adoção de medidas de discriminação e perseguição contra aqueles considerados fora desta comunidade quer como inimigos do regime ou membros de raças consideradas inferiores ou perigosas para a integridade da nação;[46]
  5. uma ética civil, fundada em total dedicação à comunidade nacional, sobre a disciplina, a virilidade, a camaradagem e o espírito guerreiro;
  6. um Estado de partido único que tem a tarefa de prover a defesa armada do regime, a seleção de seus quadros de direção e organização das massas no interior do estado, em um processo de mobilização permanente de emoção e da fé;
  7. um aparato policial que impede, controla e reprime a dissidência e a oposição, mesmo usando o terror organizado;
  8. um sistema político organizado pela hierarquia de funções nomeadas a partir do topo e coroado pela figura de "líder", investido com um carisma sagrado, que comanda, dirige e coordena as atividades do partido e do regime;
  9. defesa armada do regime, a seleção de seus quadros de direção e organização das massas no interior do estado, em um processo de mobilização permanente de emoção e da fé;
  10. organização corporativa da economia que suprime a liberdade sindical, amplia a esfera de intervenção do Estado, e visa alcançar, por princípios de tecnocracia e solidariedade, a colaboração dos "setores produtivos" sob o controle do regime, para alcançar seus objetivos de poder, ainda preservando a propriedade privada e as divisões de classe;
  11. uma política externa inspirada no mito do poder nacional e grandeza, com o objetivo de expansão imperialista.

Stanley G. Payne descreve o fascismo em três setores de características:[47]

  1. Ideologia e objetivos
    1. "Adoção de uma filosofia idealista, vitalista e voluntarista, normalmente envolvendo a tentativa de realizar uma nova cultura autodeterminada, secular e moderna"
    2. "Criação de um novo Estado autoritário nacionalista não baseado em princípios ou modelos tradicionais"
    3. "Organização de uma nova estrutura econômica nacional integrada, altamente regulada, multiclasse; seja chamada de corporativista nacional, nacional-socialista, nacional sindicalista"
    4. "Avaliação positiva e uso, ou vontade de usar a violência e a guerra"
    5. "O objetivo do império, expansão ou uma mudança radical na relação do país com as outras potências"
  2. Negações:
    1. "Antiliberalismo"
    2. "Anticomunismo"
    3. "Anticonservacionismo (embora com o entendimento de que grupos fascistas estavam dispostos a realizar alianças temporárias com outros setores, mais comumente com a direita)"
  3. Estilo e organização
    1. "Tentativa de mobilização de massas com a militarização das relações políticas e estilo e com o objetivo de uma milícia de massa de partido único"
    2. "Ênfase na estrutura estética em encontros, símbolos e liturgia política, enfatizando aspectos emocionais e místicos"
    3. "Estresse extremo no princípio masculino e na dominação masculina, enquanto defendendo uma visão fortemente orgânica da sociedade"
    4. "Exaltação da juventude acima de outras fases da vida, enfatizando o conflito das gerações, pelo menos, para efetuar a transformação política inicial"
    5. "Tendência específica em direção a um estilo autoritário, carismático e pessoal de comando, se o comando for, em certa medida, inicialmente eletivo"

Dessa forma, o fascismo clássico apresenta cinco características: é chauvinista, antiliberal, antidemocrático, antissocialista e anti-operário.[48] Ainda assim, formas do neofascismo podem se apresentar como economicamente liberais.[48]

Posição no espectro político

Ver artigo principal: Espectro político
Logotipo do Partido Nacional Fascista
Logotipo do Movimento Social Italiano-Direita Nacional, partido que abrigou os veteranos fascistas no pós-guerra

O fascismo é comumente descrito como extrema-direita,[49][50] embora alguns autores tenham encontrado dificuldade em colocar o fascismo em um espectro político esquerda-direita convencional.[51][52][53][54][55] O fascismo foi influenciado pela esquerda e pela direita, conservadores e anti-conservadores, nacionais e supranacionais, racionais e anti-racionais.[42] Um número de historiadores têm considerado o fascismo ou como uma doutrina centrista revolucionária, ou uma doutrina que mistura filosofias da esquerda e da direita, ou como ambas as coisas,[51][55] não existindo assim, um puro centro, indistinto e não adjetivado, nem uma pura posição extrema.[56]

O fascismo é considerado por alguns estudiosos como de extrema-direita por causa de seu conservadorismo social e meios autoritários de oposição ao igualitarismo.[57][58] Roderick Stackleberg coloca o fascismo, incluindo o nazismo, que ele diz ser "uma variante radical do fascismo", do lado direito, explicando que "quanto mais a pessoa considerar a igualdade absoluta entre todos os povos para ser uma condição desejável, mais à esquerda vai estar no espectro ideológico. Quanto mais uma pessoa considera a desigualdade como inevitável ou mesmo desejável, o mais para a direita será".[55]

O fascismo italiano gravitou para a direita no início de 1920.[59][60] Um elemento importante do fascismo, que tem sido considerado como claramente de extrema-direita é o seu objetivo de promover o direito das pessoas alegadamente superiores terem dominação enquanto removendo elementos ditos inferiores da sociedade.[61]

Benito Mussolini em 1919 descreveu o fascismo como um movimento que atingiria "contra o atraso da direita e a destrutividade da esquerda".[62] Mais tarde, os fascistas italianos descreveram o fascismo como uma ideologia de extrema-direita em seu programa político A Doutrina do Fascismo, afirmando: "Somos livres para acreditar que este é o século da autoridade, um século tendendo para a 'direita', um século fascista".[63][64] No entanto, Mussolini esclareceu que a posição do fascismo no espectro político não era um problema sério para os fascistas e declarou que:

Fascismo, sentado à direita, também poderia ter sentado na montanha do centro... Estas palavras, de qualquer caso, não tem um significado fixo e imutável: eles têm um assunto variável em localização, tempo e espírito. Nós não damos a mínima para essas terminologias vazias e desprezamos aqueles que são aterrorizados por essas palavras. Benito Mussolini[65]

Em "A Doutrina do Fascismo" (1932), Mussolini rejeita o materialismo histórico, a luta de classes e a tese de que esta é o agente principal das transformações da sociedade. Ainda afirma a crença na "santidade" e "heroísmo", que seriam ações desprovidas de qualquer motivação de cunho econômico.[66] "Uma tal concepção da vida leva o Fascismo a ser a decisiva negação da doutrina fundamental do chamado socialismo científico ou marxismo: a doutrina do materialismo histórico", afirma Mussolini no ensaio.[67]

A posição de direita política no movimento fascista italiano no início de 1920 levou à criação de facções internas. A "esquerda fascista" incluiu Michele Bianchi, Giuseppe Bottai, Angelo Oliviero Olivetti, Sergio Panunzio e Edmondo Rossoni, que estavam comprometidos com o avanço do sindicalismo nacional como um substituto para o liberalismo parlamentar a fim de modernizar a economia e avançar os interesses dos trabalhadores e do povo.[68]

A "direita fascista" incluiu membros do paramilitar Squadristi e ex-membros da Associazione Nazionalista Italiana (ANI).[68] Os squadristi queriam estabelecer o fascismo como uma ditadura completa, enquanto os ex-membros ANI, incluindo Alfredo Rocco, procuravam um estado corporativista autoritário para substituir o Estado liberal na Itália, mantendo as elites existentes. No entanto, após acomodar a direita política, surgiu um grupo de fascistas monarquistas, que procuraram usar o fascismo para criar uma monarquia absoluta sob o rei Vítor Emanuel III da Itália.[68]

Depois que Vítor Emanuel III forçou Mussolini a renunciar como chefe de governo e o colocou na prisão, em 1943, Mussolini foi resgatado por forças alemãs e então passou a depender da Alemanha para ter apoio. Mussolini e os demais fascistas leais fundaram a República Social Italiana, com Mussolini como chefe de Estado. Mussolini procurou radicalizar o fascismo italiano, declarando que o Estado fascista havia sido derrubado porque o fascismo italiano tinha sido subvertido pelos conservadores e a burguesia italianos. Em seguida, o novo governo fascista propôs a criação de conselhos de trabalhadores e participação nos lucros da indústria, no entanto a autoridade alemã que efetivamente controlava o território da República Social (norte da Itália), neste ponto, ignorou estas medidas e não procurou aplicá-las.[69]

Uma série de movimentos fascistas descreveram-se como uma "terceira posição" fora do espectro político tradicional.[70] O líder falangista espanhol José António Primo de Rivera disse:

Basicamente, a direita significa a manutenção de uma estrutura econômica, ainda que uma injusta, enquanto a esquerda tenta subverter essa estrutura econômica, embora a subversão da mesma implicaria a destruição de muita coisa que vale a pena.[71]

Na análise política contemporânea, pode-se caracterizar o fascismo por uma "especificidade perturbadora". Por um lado, trata-se de doutrina claramente antimarxista, antidemocrática e que no regime italiano gerou a perseguição da classe operária. Por outro lado, professou o antiliberalismo com uma retórica revolucionária anticapitalista e antiburguesa.[72] Emilio Gentile, define o fascismo como um sincretismo ideológico.[73][74]

Características

Apesar de não haver uma definição universalmente aceite de fascismo, é possível enumerar uma série de características comuns dos movimentos fascistas entre 1922 e 1945, nomeadamente a oposição violenta a todas as formas de marxismo, a oposição à democracia parlamentar, a oposição ao liberalismo cultural e económico, as ambições totalitárias, os programas económicos conservadores ou corporativistas, as ambições imperialistas, o militarismo, a subordinação do indivíduo à vontade da nação, a mobilização em massa da população, a crença num líder forte com poder absoluto, crença num Novo Homem e glorificação da juventude, educação para a obediência inquestionável à autoridade e desencorajamento do pensamento crítico, o uso da violência para repressão política, nacionalismo extremo, o recurso a bodes expiatórios e demonização de grupos sociais, populismo, anti-intelectualismo, anti-urbanismo, sexismo e misoginia.[6]

Totalitarismo

O fascismo é deliberadamente e inteiramente não-democrático e anti-democrático.[75][76][77] Uma das críticas mais comuns e pertinentes do fascismo é a tirania a si inerente.[78] O fascismo promove a implementação de um estado totalitário em oposição à democracia liberal, rejeitando o pluripartidarismo e defendendo o estado de partido único.[79] Os estados fascistas promoviam políticas de doutrinação social através de propaganda na educação e na comunicação social, ambas totalmente controladas pelo estado.[80][81] A educação era concebida para glorificar o movimento fascista e informar os estudantes da sua importância histórica e política para a nação. Ao mesmo tempo, dissuadia qualquer ideia que não fosse consistente com as crenças do movimento fascista e ensinava aos estudantes a importância da obediência inquestionável ao estado fascista.[82]

Ultranacionalismo

Um dos fundamentos do fascismo é o ultranacionalismo, geralmente associado a um mito de renascimento nacional.[33] Os fascistas viam a nação como uma entidade única e orgânica que unia as pessoas em função da sua ancestralidade e que atuava como força unificadora natural.[83] O fascismo procurava resolver os problemas económicos, sociais e políticos por via de um renascimento nacional milenarista, exaltando a nação ou a raça acima de tudo o resto e promovendo o culto à unidade, força e pureza.[6][84][85][86][87]

A generalidade dos movimentos fascistas europeus tinha uma concepção racista de povos não-europeus, que considerava inferiores.[88] No entanto, as formas de racismo eram diferentes entre os vários movimentos fascistas europeus.[88] A maior parte dos movimentos fascistas promovia o imperialismo, embora para alguns dos movimentos isso não fosse relevante nem possuíssem novas ambições imperialistas.[88]

Populismo

A propaganda fascista enaltecia o povo e apelava ao anti-intelectualismo populista, alegando que o cidadão comum seria capaz de julgar temas complexos do âmbito de especialistas. A propaganda Nazi apresentava Hitler como um "homem novo" com origem no povo. Ao contrário do populismo de esquerda, o populismo fascista não atribuía as dificuldades dos trabalhadores às grandes empresas ou aos grandes latifundiários nem defendia medidas como impostos progressivos, melhoria de salários, proteção dos sindicatos ou direito à greve. Pelo contrário, o nazismo protegia a riqueza das elites económicas exceto a dos judeus.[6] Muita da ideologia do fascismo italiano era simplesmente o resultado de oportunismo sem princípios por parte de Mussolini. As suas posições alteravam-se constantemente de forma a reforçar as suas ambições pessoais, apesar de ele as apresentar como benéficas para a população.[89]

Violência e mobilização de massas

Um dos fundamentos do fascismo é a ênfase na ação direta, incluindo apoio à legitimidade da violência política.[16][90] O fascismo considerava a ação violenta na política uma necessidade, a qual denominava "luta eterna".[91] Esta ênfase no uso de violência política teve como consequência a criação de milícias privadas na maior parte dos movimentos fascistas, como os Sturmabteilung nazis ou os camisas negras da Itália fascista.

A base para o apoio do fascismo à ação violenta está associada ao darwinismo social.[91] Os movimentos fascistas tinham em comum uma visão darwinista das nações, raças e sociedades.[92] Alegavam que as nações e as raças deviam eliminar os indivíduos mais fracos em termos sociais e biológicos e as pessoas que consideravam "degeneradas". Ao mesmo tempo, promoviam um ideal de pessoas fortes capazes de sobreviver num mundo que viam como em perpétuo conflito nacional e racial.[93]

Economia

Os programas económicos da grande maioria dos movimentos fascistas eram extremamente conservadores e favoreciam muito mais a elite económica do que as classes média e operária. Nos governos liderados por partidos fascistas, a distribuição de riqueza e a estrutura tradicional de classes mantiveram-se praticamente inalteradas e as poucas alterações favoreceram apenas as antigas elites e as lideranças partidárias. Do ponto de vista económico, a propaganda fascista que alegava anti-capitalismo e socialismo nacional era uma fraude.[6] Embora o fascismo se opusesse ao socialismo marxista e internacionalista e denunciasse o capitalismo parasitário, no seu programa económico estava disposto a acolher o capitalismo produtivo.[94]

Os fascistas opunham-se simultaneamente ao socialismo internacionalista e ao capitalismo de livre mercado, alegando que as suas ideias correspondiam a uma terceira posição.[95] Os regimes fascistas favoreciam o corporativismo e a colaboração de classes. Ao contrário dos socialistas, os fascistas acreditavam que a existência de desigualdade e hierarquia social era benéfica[96] e, ao contrário dos capitalistas liberais, acreditavam que cabia ao estado mediar as relações entre classes.[97]

O fascismo chegou ao poder tirando partido da crise política e económica das décadas de 1920 e 1930, em particular da profunda polarização que existia em países democráticos como o Reino de Itália ou a República de Weimar. Os parlamentos destes países eram dominados pela oposição entre partidos apoiantes do capitalismo de livre mercado e apoiantes do socialismo marxista, o que tornava difícil a formação de governos estáveis.[98] Os fascistas exploraram esta situação como argumento contra a democracia, que eles viam como fraca e ineficaz.[99] Os regimes fascistas geralmente ascenderam ao poder em tempos de crise, quando as elites económicas, latifundiários e empresários temiam que estivesse iminente uma revolução ou revolta popular.[100] Os fascistas aliaram-se às elites económicas, prometendo-lhes proteger o seu estatuto social e suprimir qualquer eventual revolução.[101] Como contrapartida, pediam às elites que subordinassem os seus interesses a um ambicioso projeto nacionalista. Como resultado, as políticas económicas fascistas geralmente protegiam a desigualdade e os privilégios ao mesmo tempo que defendiam uma ampla intervenção do estado na economia.[102]

"Terceira posição" e capitalismo produtivo

O fascismo promovia-se como sendo uma terceira posição, alternativa tanto ao socialismo internacional como ao capitalismo de livre mercado.[103] Em vez disso, apoiavam aquilo a que chamavam de capitalismo produtivo.[94][104]

Embora o fascismo se opusesse às correntes de pensamento socialistas, em algumas situações apresentava-se como sendo um tipo de socialismo nacionalista de forma a evidenciar perante o público o compromisso com a solidariedade e união nacional.[66][105] Os governos fascistas alegavam que essa solidariedade poderia ser conseguida através da resolução do conflito de classes.[106]

O conceito de capitalismo produtivo teve origem nas ideias de Henri de Saint Simon, que sublinhavam a necessidade de solidariedade entre classes em vez de luta de classes. A sua concepção de agentes produtivos na economia incluía trabalhadores e patrões produtivos, por oposição à influência da aristocracia e especuladores financeiros improdutivos.[107] Saint Simon combinava as críticas tradicionalistas de direita da Revolução Francesa com uma posição de esquerda na necessidade de associação ou colaboração entre os agentes produtivos da sociedade.[107] Enquanto o Marxismo condenava o próprio capitalismo como um sistema de relações de propriedade exploradoras, o fascismo via como abusiva a natureza do controlo do crédito e do dinheiro no sistema capitalista contemporâneo.[94]

Ao contrário do Marxismo, o fascismo não via o conflito de classes entre o proletariado e a burguesia como causa do materialismo histórico.[94] Em vez disso, via os trabalhadores e os capitalistas produtivos como fazendo parte do mesmo grupo de indivíduos produtivos e que estavam em conflito com elementos da sociedade que consideravam parasitários ou corruptos, como partidos políticos , capital financeiro e pessoas fracas.[94] Os líderes fascistas como Mussolini ou Hitler salientavam a necessidade de criar uma nova elite administrativa constituída por engenheiros e capitães da indústria, mas livre da liderança parasitária das indústrias.[94] Hitler afirmava que o Partido Nazi apoiava o bodenständigen Kapitalismus ("capitalismo produtivo"), que era baseado no lucro gerado pelo próprio trabalho, ao mesmo tempo que condenava o capitalismo financeiro, cujo lucro era derivado da especulação.[108]

A economia fascista defendia a necessidade de dirigismo económico, em que o governo subsidia empresas favoráveis e exerce uma forte influência no investimento, em vez de ter um papel meramente regulador. Embora a economia fascista se baseasse na propriedade privada e livre iniciativa, estas deviam atuar num contexto de serviço à nação.[109][110] Os governos fascistas encorajavam a obtenção de lucro e ofereciam diversos benefícios aos privados, exigindo em troca que toda a atividade económica servisse os interesses da nação.[111]

Protecionismo

A ideologia económica fascista aceitava a motivação pelo lucro, mas sublinhava a necessidade da indústria em defender o interesse nacional acima do lucro privado.[112] O fascismo defendia uma economia controlada pelo estado que aceitava uma mistura de propriedade privada e pública dos meios de produção.[113] O planeamento económico dos governos fascistas incidia tanto sobre o setor público como privado. A prosperidade da iniciativa privada dependia da sua aceitação em se alinhar com os objetivos económicos da nação.[112]

Ao mesmo tempo que aceitava a importância da riqueza material e do poder, o fascismo condenava o materialismo que alegava estar presente no comunismo e no capitalismo, e que criticava por não ter em conta o papel do espírito.[114] Os fascistas criticavam o capitalismo não por causa da sua natureza competitiva ou defesa da propriedade privada, que os fascistas também apoiavam, mas sim devido ao seu materialismo, individualismo, alegada decadência burguesa e alegada indiferença à nação.[115] Ao mesmo tempo, os fascistas criticavam o Marxismo pela sua defesa de uma identidade de classes materialista e internacionalista, que os fascistas viam como um ataque às ligações emocionais e espirituais da nação e uma ameaça à obtenção de genuína solidariedade nacional.[116]

Um dos principais objetivos da maior parte dos governos fascistas era atingir a autossuficiência económica, denominada autarquia.[117]

Direitos laborais

O fascismo operava a partir de uma visão de Darwinismo social das relações humanas, em que o objetivo era promover indivíduos superiores e erradicar os que considerava fracos.[102] Em termos económicos, isto significava promover os interesses de empresários bem sucedidos ao mesmo tempo que se destruía sindicatos e outras organizações que promoviam o interesse dos trabalhares.[118]

Os governos fascistas ilegalizaram os movimentos sindicais e substituíram-nos por organizações denominadas "sindicatos nacionais", controlados diretamente pelo governo, o que impedia os trabalhadores de realizar qualquer ação eficaz.[119] A inscrição nestas organizações era obrigatória[120] e os líderes eram nomeados pelo partido fascista, e não pelos associados.[121] Os fascistas alegavam que estas organizações serviriam para harmonizar os interesses dos trabalhadores e patrões.[122] No entanto, na prática estas organizações serviam apenas os interesses dos grandes empresários, que assim conseguiam pressionar o partido a nomear os líderes que pretendiam.[123]

De forma a manter e aumentar os lucros da indústria, os estados fascistas eliminaram a possibilidade de protestos em massa e determinaram cortes salariais direta ou indiretamente.[124] As greves foram estritamente proibidas e qualquer grupo de trabalhadores que parasse de trabalhar em simultâneo era condenado à prisão.[125]

O governo fascista italiano posterior à I Guerra Mundial era vincadamente anti-socialista, tendo banido todas as organizações que considerava marxistas e substituído todos os sindicatos por uniões corporativas controladas pelo governo. Apesar da retórica anti-capitalista, aos grandes industriais era permitido gerir as empresas com um mínimo de interferência do estado, Mussolini reduziu os impostos para os mais ricos, foi decretada a redução salarial, foi abolido o limite de oito horas na jornada de trabalho e permitida a formação de cartéis. Entre 1928 e 1932 os salários reais em Itália diminuíram para metade.[6] Da mesma forma, embora Hitler alegasse que o Partido Nazi era mais socialista que os rivais conservadores, na realidade opôs-se a qualquer nacionalização e aboliu os sindicatos. A retórica anti-capitalista aplicava-se apenas aos capitalistas judeus, enquanto aos não-judeus era permitido continuar a gerir as empresas e manter a sua riqueza. Embora o desemprego na Alemanha tenha diminuído durante o período nazi, esta diminuição foi conseguida com recurso ao recrutamento em massa para o exército, salários mais baixos, por mais horas e em piores condições.[6] Embora muitos trabalhadores que habitualmente votavam à esquerda tenham sido enganados pela propaganda dos partidos fascistas antes de estes subirem ao poder, muitos mantiveram-se leais aos partidos antifascistas tradicionais à esquerda.[6]

Alegada igualdade social

Na retórica política do fascismo, os problemas económicos associados à grande disparidade de riqueza entre os ricos e os pobres eram considerados um problema apenas de preconceito social. Em vez de atacar a concentração de riqueza das elites e de promover a redistribuição de riqueza, os fascistas alegavam que estas diferenças eram subjetivas e pouco importantes. Para o fascismo, o conceito de socialismo consiste em haver convivência e camaradagem entre ricos e pobres, e não na distribuição de riqueza.[6]

Os fascistas rejeitavam o igualitarismo, alegando que preservava os mais fracos, e promoviam ideias e políticas de Darwinismo social.[126][127] Por princípio, o fascismo rejeitava a noção de assistência social, alegando que "encorajava a preservação dos degenerados e dos mais fracos".[128] O Partido Nazi condenava não só a assistência social da República de Weimar, mas toda e qualquer filantropia e instituições de caridade, por apoiarem pessoas que eles viam como inferiores e fracas que deveriam ser erradicadas no processo de seleção natural.[129] No entanto, face ao acentuado desemprego e pobreza gerados pela Grande Depressão, para manter o apoio popular os Nazis viram-se forçados a criar instituições de caridade para ajudar os alemães de raça ariana. Face à contradição, os nazis alegavam que isto se tratava de entreajuda racial, e não de caridade indiscriminada ou estado social universal.[130] Desta forma, os programas nazis de assistência social eram organizados como instituições quase privadas que recebiam donativos privados, embora na prática quem se recusasse a doar enfrentasse graves consequências.[131] Ao contrário da assistência social universal da República de Weimar e das instituições cristãs, a assistência social dos nazis discriminava explicitamente com base na raça e da adesão ou não ao ideais do partido nazi. Os nazis apoiavam apenas aqueles que consideravam racialmente puros, capazes de trabalhar, politicamente confiáveis e capazes de se reproduzir, excluindo os não-arianos e os que consideravam pouco trabalhadores, associais ou geneticamente fracos.[132] Apesar do apoio a milhões de arianos, as organizações de apoio nazis eram temidas e impopulares por recorrerem a questionamentos e monitorização intrusivos para avaliarem quem era digno de apoio ou não.[133]

Privatizações

Os governos fascistas estiveram entre os primeiros em tempos modernos a levar a cabo privatizações em grande escala.[134] Em várias ocasiões os governos fascistas italiano e alemão privatizaram empresas públicas.[135][136][137] Estas privatizações representam uma inversão das políticas dos governos democráticos que os precederam. Os governos democráticos tinham nacionalizado uma série de empresas, que os fascistas decidiram privatizar.[138] Ao fazê-lo, estavam a ir contra as principais tendências económicas do seu tempo, numa época em que a maior parte dos governos ocidentais estavam a aumentar a propriedade pública.[139][140] As políticas fascistas de privatização eram motivadas pela necessidade de obter o apoio da elite industrial e aumentar as receitas do governo de forma a equilibrar os orçamentos.[141][142]

Sexualidade

O fascismo glorifica a juventude, tanto no sentido físico da idade como no sentido espiritual como associação à virilidade e compromisso com a ação.[143] O fascismo identifica a juventude como o tempo fundamental para o desenvolvimento moral das pessoas que irão afetar a sociedade.[144] O próprio hino político dos fascistas italiano era denominado Giovinezza ("Juventude").[143]

O fascismo italiano procurava aquilo a que denominava a "higiene moral" da juventude, sobretudo no que diz respeito à sexualidade.[145] A Itália fascista promovia aquilo que considerava comportamento sexual normal na juventude, ao mesmo tempo que denunciava aquilo a que considerava comportamentos sexuais desviantes.[145] Condenava como comportamentos sexuais desviantes a pornografia, a maior parte das formas de controlo de natalidade e métodos contraceptivos (à exceção do preservativo), a homossexualidade e a prostituição. No entanto, a aplicação das leis que proibiam estes comportamentos era errática e em muitos casos as autoridades fechavam os olhos.[145] A Itália fascista via a promoção da excitação sexual masculina antes a puberdade como a causa da criminalidade entre os jovens do sexo masculino, declarando a homossexualidade uma doença e criando uma campanha para diminuir a prostituição entre mulheres jovens.[145]

Os nazis alegavam que a homossexualidade era degenerada, efeminada, pervertida e que subvertia a masculinidade por não permitir a reprodução.[146] Alegavam que a homossexualidade podia ser curada através de terapia.[147] Os homossexuais assumidos eram internados em campos de concentração nazis.[148]

Papel da mulher

Para Mussolini, o principal papel da mulher na sociedade era o da maternidade.[149] De forma a aumentar a taxa de natalidade, o governo italiano oferecia incentivos financeiros às mulheres que criassem famílias numerosas e promulgou políticas destinadas a diminuir o número de mulheres em situação de emprego.[150] O fascismo italiano consagrava o papel das mulheres como "reprodutoras da nação" e realizava cerimónias rituais para honorar esse papel na nação italiana.[151] Em 1934, Mussolini declarou que o emprego das mulheres era um dos principais aspectos do problema do desemprego e que, para as mulheres, trabalhar era incompatível com a maternidade e chegou a afirmar que a solução para o desemprego dos homens era o êxodo da mulher da força de trabalho.[152]

O governo da Alemanha Nazi incentivava firmemente a mulher a ficar em casa a cuidar dos filhos e governar a casa.[153] O governo chegou a atribuir uma medalha às mães racialmente puras que tivessem quatro ou mais filhos. A taxa de desemprego diminuiu substancialmente, principalmente devido à produção de armas e ao facto das mulheres terem sido mandadas para casa de forma a que os homens pudessem ocupar o seu posto de trabalho. A propaganda Nazi por vezes promovia relações sexuais antes do casamento e extraconjugais, filhos fora do casamento e divórcio, embora em outras vezes se opusesse a tais comportamentos.[154] Os nazis despenalizaram o aborto apenas para os casos em que os fetos possuíssem anomalias genéticas ou pertencessem a uma raça não aprovada pelo governo. Para os alemães arianos, o aborto era estritamente proibido.[155] Para os não-arianos, o aborto era muitas vezes obrigatório.[156]

História

Fin de siècle a fusão do maurrasismo com sorelianismo (1880–1914)

As raízes ideológicas do fascismo foram traçados em 1880, e em particular o tema do fin de siècle da época.[157][158] O tema foi baseado na revolta contra o materialismo, o racionalismo, o positivismo, a sociedade burguesa e a democracia.[159] a geração do fin-de-siècle apoiou o emocionalismo, o irracionalismo, o subjetivismo e o vitalismo.[160] A mentalidade do fin-de-siècle viu a civilização como em crise e que exigia uma solução massiva e total; as escolas intelectuais do fin-de-siècle considerava o indivíduo como apenas uma parte da colectividade maior, o que não deveria ser visto como uma soma numérica atomizada de indivíduos eles condenaram o individualismo racionalista da sociedade liberal e a dissolução dos laços sociais na sociedade burguesa.[159]

O ponto de vista do fin-de-siècle foi influenciado por vários desenvolvimentos intelectuais, como o darwinismo; a estética de Wagner; o racialismo de Arthur de Gobineau; a psicologia de Gustave Le Bon; e filosofias de Friedrich Nietzsche, Fiódor Dostoiévski e Henri Bergson.[161] O darwinismo social, que ganhou ampla aceitação, não fazia distinção entre a vida física e social, visto a condição humana como sendo uma luta incessante para atingir a sobrevivência do mais apto.[161] O darwinismo social desafiou alegação de escolha deliberada e racional do positivismo como o comportamento determinante dos seres humanos, o darwinismo social concentrou-se em hereditariedade, raça e meio ambiente[161] e a ênfase na identidade do biogrupo e o papel das relações orgânicas dentro das sociedades promoveram legitimidade e apelo para o nacionalismo.[162] Novas teorias da psicologia social e política também rejeitaram a noção de comportamento humano de ser governado por escolha racional, e, em vez alegou que a emoção era mais influente em questões políticas do que a razão.[161] O argumento de Nietzsche de que "Deus Está Morto" coincidiu com o ataque à "mentalidade de rebanho" do cristianismo, a democracia e o coletivismo moderno, o seu conceito de übermensch (ver: Novo Homem) e sua defesa da vontade de poder como um instinto primordial, tiveram grandes influências sobre muitos da geração fin-de-siècle.[163] A afirmação de Bergson da existência de um "élan vital" ou instinto vital centrava-se na livre escolha e rejeitou os processos do materialismo e do determinismo, isto desafiou o marxismo.[164]

Charles Maurras
Georges Sorel

Gaetano Mosca em sua obra A classe dominante (1896) desenvolveu a teoria que afirma que em todas as sociedades uma "minoria organizada" vai dominar e governar sobre a "maioria desorganizada".[165][166] Mosca afirma que existem apenas duas classes na sociedade "o governo" (a minoria organizada) e os "governados" (a maioria desorganizada).[167] Ele afirma que a natureza organizada da minoria organizada a torna irresistível a qualquer indivíduo da maioria desorganizada.[167]

O conceito de propaganda da escritura do anarquista Mikhail Bakunin , salientou a importância da ação direta como o principal meio das políticas, incluindo a violência revolucionária, isso se tornou popular entre os fascistas que admirava o conceito e o adotaram como parte do fascismo.[168]

O francês nacionalista e reacionário monárquico Charles Maurras influenciou o fascismo.[169] Maurras promoveu o que chamou de "nacionalismo integral", apelando para a unidade orgânica de uma nação, Maurras insistiu que um poderoso monarca era um líder ideal de uma nação. Maurras desconfiava do que ele considerava a mistificação democrática da vontade popular que criaria um sujeito coletivo impessoal. Ele alegou que um poderoso monarca era um soberano personificada que poderia exercer a autoridade para unir as pessoas de uma nação. O "nacionalismo integral" de Maurras foi idealizado pelos fascistas, mas modificado para uma forma revolucionária modernizada.[169]

O revolucionário francês e sindicalista Georges Sorel promoveu a legitimidade da violência política em sua obra Reflexões sobre Violência (1908) e outras obras em que defendeu a ação sindicalista radical para alcançar uma revolução e derrubar o capitalismo e a burguesia através de greve geral.[170] Em Reflexões sobre Violência, Sorel enfatizou a necessidade por uma religião política revolucionária.[171] Além disso, em sua obra As ilusões do progresso, Sorel denunciou a democracia como reacionária, dizendo que "nada é mais aristocrático do que a democracia".[172] Em 1909, após o fracasso de uma greve geral sindicalista na França, Sorel e seus partidários deixaram a esquerda radical e foram para a direita radical, onde procuraram mesclar catolicismo militante e patriotismo francês, com seus pontos de vista - defendendo patriotas anti-republicanos cristão francês como ideais revolucionários.[173] Inicialmente Sorel tinha sido oficialmente um revisionista do marxismo, mas em 1910 anunciou o seu abandono da literatura socialista e afirmou, em 1914, usando um aforismo de Benedetto Croce que "o socialismo está morto" por causa da "decomposição do marxismo".[174] Maurras teve interesse em fundir seus ideais nacionalistas com o sindicalismo soreliano como um meio de enfrentar a democracia.[175] Maurras afirmou "um socialismo liberado do elemento democrático e cosmopolita se encaixa no nacionalismo como uma bela luva se encaixa uma bela mão".[176]

A fusão do nacionalismo maurassiano com o sindicalismo de Sorel influenciou o radical e nacionalista italiano Enrico Corradini.[177] Corradini falou da necessidade de um movimento de sindicalismo nacional, liderado por aristocratas elitistas e anti-democratas que compartilhavam um compromisso sindicalista revolucionário para dirigir a ação e desejosos por lutar.[177] Corradini falou da Itália como uma "nação proletária" que precisava perseguir o imperialismo, a fim de desafiar a "plutocracia" francesa e britânica.[178] Pontos de vista de Corradini faziam parte de um conjunto mais amplo de percepções dentro da direita Associação Nacionalista Italiano (ANI), que alegou que o atraso econômico da Itália foi causado pela corrupção da sua classe política, o liberalismo e a divisão causada por um "socialismo ignóbil", a ANI manteve laços e influências entre os conservadores, os católicos e a comunidade empresarial.[178] Sindicalistas nacionais italianos realizaram um conjunto de princípios comuns: a rejeição de valores burgueses , a democracia, o liberalismo, o marxismo, o internacionalismo e o pacifismo, bem como a promoção de heroísmo, vitalismo e violência.[179] A ANI alegou que a democracia liberal não era mais compatível com o mundo moderno e defendeu um Estado forte e o imperialismo, afirmando que os seres humanos são naturalmente predatórios e que as nações estavam em uma luta constante, no qual apenas os mais fortes poderiam sobreviver.[180]

O futurismo foi ao mesmo tempo um movimento artístico-cultural e, inicialmente, um movimento político na Itália, liderado por Filippo Tommaso Marinetti, fundador do Manifesto Futurista (1908), defendeu as causas do modernismo, a ação e a violência política como elementos necessários de política, enquanto denunciava o liberalismo e a política parlamentar. Marinetti rejeitou a democracia convencional com base na regra da maioria e igualitarismo, promovendo uma nova forma de democracia que descreveu em sua obra "A concepção futurista da democracia".[181]

O futurismo influenciou o fascismo em sua ênfase em reconhecer a natureza viril da ação violenta e a guerra como sendo necessidades da civilização moderna.[182] Marinetti promoveu a necessidade de treinamento físico aos jovens, dizendo que na educação masculina, a ginástica deve ter precedência sobre os livros, e defendia a segregação dos sexos sobre esta matéria, em que a sensibilidade feminina não deve entrar na educação de homens que Marinetti alegou devem ser "animados, belicosos, musculares e violentamente dinâmicos".[183]

Primeira Guerra Mundial e após (1914-1929)

Ver artigo principal: Itália fascista
Benito Mussolini em 1917, como soldado na Primeira Guerra Mundial.

Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial em agosto de 1914, a esquerda política italiana ficou gravemente dividida sobre sua posição a respeito da guerra. O Partido Socialista Italiano (PSI) se opôs à guerra por razões de internacionalismo, mas um número de sindicalistas revolucionários italianos apoiaram a intervenção contra a Alemanha e a Áustria-Hungria, alegando que os seus regimes reacionário precisavam ser derrotados para garantir o sucesso do socialismo.[184] Corradini apresentou a mesma necessidade para a Itália como uma "nação proletária" de derrotar a Alemanha reacionária de uma perspectiva nacionalista.[185] As origens do fascismo italiano resultou dessa divisão, primeiro com Angelo Oliviero Olivetti formando um pró-intervencionismo fasci chamado Fasci d'Azione Internazionalista em outubro de 1914.[184] Benito Mussolini após ser expulso de sua posição como editor-chefe do jornal Avanti! do PSI por sua postura pró-Entente, aderiu à causa intervencionista em um fasci separado.[186] O termo "fascismo" foi usado pela primeira vez em 1915 por membros do movimento de Mussolini, o Fasci d'Azione Rivoluzionaria.[187]

Os fascistas viram a Primeira Guerra Mundial como uma forma para trazer mudanças revolucionárias na natureza da guerra, da sociedade, do Estado e da tecnologia, como o advento da guerra total e da mobilização em massa havia quebrado a distinção entre civis e combatentes, assim como civis tiveram um papel crítico na produção econômica para o esforço de guerra e, assim, surgiu uma "cidadania militar", no qual todos os cidadãos estavam envolvidos com os militares, de alguma maneira durante a guerra.[19][20] A Primeira Guerra Mundial resultou na ascensão de um Estado forte, capaz de mobilizar milhões de pessoas para servir na linha de frente, ou proporcionar a produção econômica e de logística para apoiar aqueles na linha de frente, bem como tendo autoridade precedente para intervir na vida dos cidadãos .[19][20] Os fascistas viram o desenvolvimentos tecnológico do armamento e a mobilização total do estado de sua população na guerra como simbolizando o início de uma nova era de fusão do poder do Estado com a massa política, a tecnologia e particularmente o mito da mobilização que sustentavam havia triunfado sobre o mito do progresso e da era do liberalismo.[19]

Um grande evento que muito influenciou o desenvolvimento do fascismo foi a Revolução de Outubro de 1917, em que bolcheviques comunistas liderados por Vladimir Lenin tomaram o poder na Rússia. Em 1917, Mussolini como líder da Fasci d'Azione Rivoluzionaria elogiou a Revolução de Outubro, no entanto Mussolini tornou-se menos impressionado com Lenin, ao considerá-lo como apenas uma nova versão do czar Nicolau II.[188] Depois da Primeira Guerra, os fascistas comumente fizeram campanhas com agendas anti-marxistas,[189] no entanto, tanto o bolchevismo e o fascismo mantiveram semelhanças ideológicas: ambos defendiam uma ideologia revolucionária, ambos acreditavam na necessidade de uma elite de vanguarda, ambos têm desprezo pelos valores burgueses e ambos tinham ambições totalitárias.[189] Na prática, o fascismo e o bolchevismo comumente enfatizaram a ação revolucionária, as teorias de nação proletária, os estados de partido único e partidos-exércitos.[189] Com o antagonismo entre os marxistas anti-intervencionistas e fascistas pró-intervencionistas completos até o final da guerra, os dois lados se tornaram irreconciliáveis. Os fascistas se apresentavam como anti-marxistas e ao contrário dos marxistas.[190]

Moradores de Fiume animam a chegada de Gabriele d’Annunzio e seus nacionalistas camisas negras. D'Annunzio e o fascista Alceste De Ambris desenvolveram a quasi-fascista Regência Italiana de Carnaro, uma cidade-Estado em Fiume.

O evento seguinte a influenciar os fascistas na Itália foi o ataque a Fiume (atual Rijeka) pelo nacionalista italiano Gabriele d’Annunzio e da fundação da Carta de Carnaro em 1920.[191]

Com a década de 1920, a atividade grevista de militantes por parte dos trabalhadores industriais atingiu o seu auge na Itália, onde 1919 e 1920 ficaram conhecidos como os "Anos Vermelhos". Mussolini e os fascistas se aproveitaram da situação, aliando-se com empresas industriais e atacando os trabalhadores e camponeses em nome da preservação da ordem e da paz interna na Itália.[192]

Os fascistas identificaram seus principais adversários como uma maioria de socialistas de esquerda que se opunham a intervenção na Primeira Guerra Mundial. Os fascistas e a direita política italiana tinham em comum: o desprezo pelo marxismo, a consciência de descontentamento das classes e ambos acreditavam em um governo de elites; fascistas ajudaram a campanha anti-socialista se aliando a outros partidos e à conservadora direita em um esforço mútuo para destruir o Partido Socialista Italiano e organizações sindicais comprometidas com a identidade de classe acima da identidade nacional.[193]

Antes da acomodação do fascismo na direita política, o fascismo foi um pequeno movimento urbano italiano que tinha cerca de mil membros; depois de sua associação com a direita, o número de membros passou de 250 000 por volta de 1921.[192]

Aumento internacional do fascismo e a Segunda Guerra Mundial (1929-1945)

Benito Mussolini (esquerda) e Adolf Hitler (direita)

Os movimentos fascistas cresceram com força no resto da Europa. O fascista húngaro Gyula Gömbös subiu ao poder como primeiro-ministro da Hungria em 1932 e tentou consolidar seu Partido de Unidade Nacional em todo o país, ele criou a jornada de trabalho de oito horas/dia, uma semana de quarenta e oito horas de trabalho para a indústria e procurou consolidar uma economia corporativista e perseguiu reivindicações irredentistas nos vizinhos da Hungria.[194] O movimento fascista Guarda de Ferro da Romênia cresceram em apoio político a partir de 1933, ganhando representatividade no governo romeno e um membro da Guarda de Ferro romena assassinou o primeiro-ministro Ion Duca.[194] Em 6 de fevereiro de 1934, a França enfrentou a maior crise política interna desde o Caso Dreyfus, quando os fascistas do Mouvement Franciste e vários movimentos de extrema-direita se revoltaram em massa em Paris contra o governo francês, resultando em grande violência política.[195] Uma variedade de governos para-fascistas que emprestavam elementos do fascismo foram formados durante a Grande Depressão, incluindo os da Grécia, Lituânia, Polônia e Iugoslávia.[194]

Os movimentos fascistas chegaram ao poder de forma endógena (ou seja, sem imposição externa) em alguns países mas não em outros. Os diferentes níveis de desenvolvimento econômico e a consolidação de um regime político dentro de um sistema político são bons indicadores para isso: as democracias estáveis e economicamente desenvolvidas, com uma identidade nacional consolidada, não tiveram movimentos fascista em potencial e de sucesso. Em contraste, a Alemanha e a Itália tiveram fraquezas nessas áreas: as unificações nacionais eram muito recentes (1870), as economias industrializadas estavam atrasadas (em relação à Europa). A Itália era ainda um país relativamente atrasado. A Alemanha havia introduzido um desenvolvimento econômico e social marcadamente acelerado (cerca de 1914, às vésperas da Primeira Guerra Mundial) veio em condições particularmente duras através do Tratado de Versalhes, resultando em turbulência econômica séria durante todo o período entre guerras e um profundo ressentimento. No entanto, o triunfo do nazismo teve que esperar o pior da Grande Depressão depois da Terça-feira Negra de 1929.[196]

Pós-Segunda Guerra Mundial (1945 - presente)

Na sequência da Segunda Guerra Mundial, a vitória dos Aliados sobre as potências do Eixo levou ao colapso vários regimes fascistas na Europa. O Julgamento de Nuremberg condenou vários líderes nazistas por crimes contra a humanidade, envolvendo o Holocausto. No entanto, ainda permaneceram várias ideologias e governos que foram ideologicamente ligados ao fascismo.[carece de fontes?]

O Estado de um partido só do falangista Francisco Franco na Espanha ficou oficialmente neutro durante a Segunda Guerra Mundial e sobreviveu ao colapso das Potências do Eixo. A ascensão de Franco ao poder tinha sido assistida diretamente pelos militares da Itália fascista e da Alemanha nazista durante a Guerra Civil Espanhola, e tinha levado voluntários a lutar ao lado da Alemanha nazista contra a União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial. Após a II Guerra Mundial e de um período de isolamento internacional, o regime de Franco normalizou as relações com as potências ocidentais durante a Guerra Fria, até a morte de Franco, em 1975, e a transformação da Espanha em uma democracia liberal.[carece de fontes?]

O historiador Robert Paxton observa que um dos principais problemas na definição do fascismo é que ele foi amplamente imitado. Paxton diz: "No apogeu do fascismo, na década de 1930, muitos regimes que não eram funcionalmente fascistas pediam emprestados elementos de decoração fascista para se emprestarem uma aura de força, vitalidade, e mobilização de massas". Paxton observa que Oliveira Salazar "esmagou o fascismo português depois de ter copiado algumas das suas técnicas de mobilização popular".[197] Segundo Paxton, enquanto Franco submeteu o partido fascista espanhol ao seu controlo pessoal, Salazar aboliu completamente, em Julho de 1934, o mais próximo que Portugal tinha de um autêntico movimento fascista, os nacional-sindicalistas de Rolão Preto ... Salazar preferiu controlar a sua população através de instituições tão "orgânicas" tradicionalmente poderosas em Portugal como a Igreja. O regime de Salazar não era apenas não-fascista, mas "voluntariamente não-totalitário", preferindo deixar aqueles dos seus cidadãos que se mantiveram fora da política "viver habitualmente".[198] Vários historiadores tendem a ver o Estado Novo como para-fascista por natureza,[199] possuindo tendências fascistas mínimas.[200] Outros historiadores, como Fernando Rosas e Manuel Villaverde Cabral, pensam que o Estado Novo deve ser considerado fascista.[201][202]

Em várias democracias europeias coincide com a presença de extrema direita ou personalidades com um passado nazista ou fascista ganharam posições políticas Kurt Waldheim para a presidência da Áustria (1996) ou a entrada no governo de Jörg Haider, do Freiheitliche Partei Österreichs (Partido Liberal de Austria, FPÖ), em 1999. [carece de fontes?]

O Movimento Popular Nacional Hrisi Avgi ("Aurora Dourada" em grego) estando atualmente no parlamento grego. O "Aurora Dourada" opõe-se à imigração e conquistou 18 dos 300 assentos no parlamento em junho de 2012.[203][ligação inativa] [204] Nas eleições municipais de novembro de 2010, a Aurora Dourada obteve 5,3% dos votos em Atenas. Em alguns bairros o partido chegou a obter 20% dos votos.[205]

Outra ideologia fortemente influenciado pelo fascismo é o baathismo.[19] O baathismo é uma ideologia árabe revolucionária que busca a unificação de todas as terras afirmadas árabes em um único Estado árabe.[19] Zaki al-Arsuzi, um dos principais fundadores, foi fortemente influenciado e também solidário ao fascismo e ao nazismo.[206] Vários colaboradores mais próximos do ideólogo chave do baathismo, Michel Aflaq, admitiram que Aflaq tinha sido inspirado diretamente por certos teóricos fascistas e nazistas.[19]

O Iraque Baathista sob Saddam Hussein objetivou a limpeza étnica ou a liquidação das minorias, guerras expansionistas contra o Irã e Kuwait, e gradualmente substituiu o pan-arabismo por um nacionalismo iraquiano que enfatizava a conexão do Iraque às glórias dos antigos impérios da Mesopotâmia, incluindo a Babilônia.[207] Abertamente promoveu o sentimento anti-persa e anti-semita, como o endosso da obra de Khairallah Talfah O Partido Baath do Iraque Deus não deveria ter criado: os persas, os judeus e as moscas (1940), durante a Guerra Irã-Iraque, incluindo outros trabalhos alegando uma conspiração judaico-persa contra o Iraque que remontaria aos tempos antigos, quando Nabucodonosor II perseguiu os judeus na Babilônia, enquanto a Pérsia permitiu que os judeus da Babilônia tivessem refúgio em suas terras.[208] O historiador do fascismo Stanley Payne disse sobre o regime de Saddam Hussein: "Provavelmente nunca haverá uma reprodução do Terceiro Reich, mas Saddam Hussein chegou mais perto do que qualquer outro ditador desde 1945".[207]

Fascismo no mundo

Ver artigo principal: Lista de movimentos fascistas
Ver também : Nazifascismo
1941-1942, quando da maior expansão dos regimes nazifascistas na Europa. Em vermelho, integrantes do Eixo (Alemanha, Itália) e seus aliados, satélites ou ocupados. Os únicos que não possuíam regimes semelhantes ao fascismo eram a Finlândia e a Dinamarca. Em azul, os Aliados da Segunda Guerra Mundial. E, em branco, os países neutros que, na Península Ibérica, eram regimes fascistas.

Não existia uma completa homogeneidade entre os diferentes movimentos e regimes fascistas, que de fato insistiam em enfatizar peculiaridades nacionais, sua originalidade e suas raízes endógenas. Por outro lado, em algumas ocasiões facções nazistas e fascistas competiram violentamente dentro do mesmo país (como na Áustria, ver: Austrofascismo). Quanto às relações internacionais, as vicissitudes do equilíbrio europeu criaram um entendimento estratégico entre Hitler e Mussolini, mas poderia facilmente ter acontecido de outra forma, o que de fato tentou explicitamente a diplomacia britânica. Em outros casos, manteve-se uma neutralidade benevolente que não escondia as simpatias , ou o confronto aberto contra outro regime fascista (caso da Grécia).[209]

A ideologia e os regimes fascistas ecoaram em quase todos os países europeus e latino-americanos (ver: Fascismo na América do Sul).

Segundo Eric J. Hobsbawm:

Esta era de catástrofes conheceu um claro retrocesso do liberalismo político, o que acelerou dramaticamente quando Adolf Hitler assumiu o cargo de chanceler da Alemanha em 1933. Considerando o mundo como um todo, em 1920, havia trinta e cinco ou mais governos constitucionais e eleitos (segundo como qualificar algumas repúblicas latino-americanas), em 1938, dezessete e em 1944, aproximadamente uma dúzia. A tendência mundial era clara.
...nem todas as forças que derrubaram os regimes liberais eram fascistas... o fascismo, pela primeira vez em sua forma original italiana e, em seguida, na versão nacional-socialista alemã, inspirou outras forças anti-liberais, as apoiou e deu para a direita internacional confiança histórica. Nos anos 1930, parecia ser a força do futuro.
[210]

De forma muito mais evidente, surgiram semelhanças entre a Fascio italiana e organizações caracterizadas pelo que pode ser chamado de liturgia ou parafernália fascista: movimentos de massa, organizados e disciplinados, a saudação romana com o braço levantado, símbolos e slogans, manifestações de rua agressivas, o uso de chicotes e uniformes paramilitares, incluindo camisas de uma cor: negra (Itália, SS na Alemanha, Inglaterra, Finlândia), parda (SA na Alemanha), azul (Espanha, Portugal, França, Irlanda, Canadá, China), verde (Romênia, Hungria, Brasil) dourada[211] (México) ou prata[212] (Silver Legion of America,[213] Estados Unidos). No Império do Japão, a Kōdōha ("facção do caminho imperial"), ainda que nunca chegasse a formar um partido, interveio politicamente e tentou, sem sucesso, tomar o poder mediante golpes de Estado entre 1934 e 1936. Durante o conflito mundial (guerra do Pacífico) ocorreu o aumento da influência política do exército[214] (ver: Fascismo japonês).

Cristianismo e fascismo

Ver artigos principais: Tratado de Latrão e Questão Romana
Papa Pio XI na inauguração da rádio Vaticano acompanhado do cardeal Pacelli, futuro papa Pio XII, em 1931

Em 11 de fevereiro de 1929, Pietro Gaspari, Cardeal Secretário do Estado do Papa Pio XI e Mussolini, assinaram o Tratado de Latrão que colocava um fim na Questão Romana, a disputa de seis anos entre o papado e o reino da Itália.

O Tratado de Latrão de 1929 foi uma tentativa de acabar com um conflito que existia desde 1870-1871 entre o Estado italiano e a Igreja Católica Romana. Entre 1870 e 1929, os papas eram "prisioneiros do Vaticano", e eram opositores do "liberal" Estado italiano. A maioria dos políticos italianos eram abertamente anticlericais e procurou limitar o controle católico na educação e no casamento.[215]

Desde que Mussolini sabia ele não deveria atacar a Igreja Católica ou os seus apoiantes camponeses, ele posou como o "protetor" dos católicos italianos. Ele abriu negociações com o papado, em 1926, para curar a ferida entre a Igreja e o "poder usurpador", como oficiais da Igreja que se referiam ao Estado italiano. As negociações não foram fáceis, mas Mussolini logo mostrou que tinha vantagem quando proibiu a organização da juventude católica Exploratori cattolici.[216] A hierarquia da Igreja foi dividida entre "católicos sociais" que se oponham ao fascismo, e os conservadores e pragmáticos que aceitaram o governo de Mussolini como desejável. A maioria dos católicos italianos não eram antifascistas, pois o nacionalismo os empurrou contra o fascismo e muitos viram a questão como dos males o menor, Mussolini era preferível à anarquia ou ao marxismo.[217]

Achille Ratti, Cardeal Arcebispo de Milão, tornou-se o Papa Pio XI em 1922. Ele havia testemunhado a luta dos comunistas e dos anarco-sindicalistas na área industrial milanesa. Ele também testemunhou a ascensão do fascismo, já que Milão foi um dos principais centros de atividade fascista.[218] Os fascistas milaneses serviram como fura-greves, espancavam adversários políticos e envolviam-se em brigas de rua com os comunistas. Mesmo assim, Pio XI, aparentemente, estava convencido de que o fascismo era uma força menos destrutiva do que o comunismo e que Mussolini seria um líder responsável.[219] Depois de se tornar Papa, ele ativamente promoveu uma frente política unida contra a Esquerda, repreendendo o Partito Popolari que queria se aliar-se com socialistas e outros contra a rápida ascensão do partido fascista. Um pequeno número de líderes católicos - por exemplo, aqueles em torno da revisão jesuíta La Civilità Cattolica - clamou que o fascismo tinha efetivamente sintetizado os valores do Popolari, tornado-o redundante.[219]

Recentemente a relação da igreja católica com o fascismo italiano voltou a ser discutido após uma reportagem investigativa do jornal britânico The Guardian. A reportagem revela que por trás de uma estrutura de paraíso fiscal disfarçada de empresa, o portfólio internacional da Igreja foi construído ao longo dos anos, usando o dinheiro originalmente entregue por Mussolini em troca do reconhecimento papal do regime fascista italiano em 1929, o jornal cita como fonte das pesquisas, arquivos públicos antigos e históricos de empresas, que indicariam que o início dos investimentos da Igreja aconteceu depois de milhões recebidos do regime fascista em troca da independência do Estado do Vaticano - e do reconhecimento do governo do ditador. Após anos, o capital se multiplicou e teria chegado a € 680 milhões, cerca de US$ 904 milhões.[220][221] o Vaticano declarou que a reportagem como "um conjunto de notícias imprecisas ou infundadas, reunidas de forma tendenciosa e pouco rigorosa".[222][223]

Conceito atual

Neofascismo

O fascismo em sua forma mais tradicional reapareceu nas décadas de 80 e 90 do século XX sob os nomes de fascismo e movimento neonazista, que em suas forma mais marginais reproduz uma estética "retrô" e atitudes similares a violência juvenil. Como movimento político de presença institucional, surgiu na Itália após a Segunda Guerra Mundial, sob a forma do partido político Movimento Sociale Italiano-Destra Nazionale (Movimento Social Italiano-Direita Nacional), que eventualmente buscaria uma forma mais acessível para o regime político democrático, sob o nome de Alleanza Nazionale e foi redefinido como pós-fascista, atingindo o governo italiano (Gianfranco Fini, sob a presidência de Silvio Berlusconi, 1994).[224][225]

Desde o final do século XX, aumentaram as chances eleitorais dos partidos que baseiam sua propostas políticas em distintas ofertas de dureza contra a imigração e a favor de uma manutenção da personalidade nacional.

Além da Itália, em várias democracias europeias coincide com a presença de extrema direita ou personalidades com um passado nazista ou fascista têm chegado a causar inclusive problemas internacionais: como o caso do escândalo da chegada de Kurt Waldheim para a presidência da Áustria (1996) ou a entrada no governo de Jörg Haider, do Freiheitliche Partei Österreichs (Partido Liberal de Austria, FPÖ), em 1999, neste mesmo país. Na Holanda, um caso semelhante ocorreu com Lijst Pim Fortuyn (Lista Pim Fortuyn, LPF) em 2002. Na França, a inesperada possibilidade de que Jean-Marie Le Pen (Front National, Frente Nacional) pudesse chegar a presidência da República, reuniu votos de todo o espectro político de esquerda e de direita contra ele nas Eleições presidenciais da França de 2002.[226]

"Fascismo de esquerda"

"Fascismo de esquerda" foi uma expressão empregada originalmente durante o regime de Mussolini para descrever um grupo de intelectuais da esquerda italiana que se aproximaram do fascismo, por vezes chegando a se filiar ao partido único italiano. Um proeminente nome dessa corrente foi o escritor Elio Vittorini. Fora da Itália, movimentos parecidos foram vistos no círculo intelectual de Georges Bataille, acusado por André Breton de "sur-fascisme".[227] Bataille explicaria a fascinação paradoxal pelo fascismo entre jovens pensadores de esquerda atribuindo-a à sua força mobilizadora e à sua violência aparentemente contra-hegemônica.[228] Rapidamente confrontados com o caráter reacionário do regime mussoliniano, esses intelectuais viriam a se afastar dessa tendência.

A expressão foi posteriormente utilizada de maneira controversa por Seymour Martin Lipset, sociólogo norte-americano, para se referir ao peronismo.Influenciado por um intercâmbio intelectual com Gino Germani, Lipset entendia que havia traços de fascismo em Perón, mas que esse teria trocado os princípios de "ordem, disciplina e hierarquia", do fascismo italiano, por valores como "justiça social" e "direitos dos trabalhadores".[229][230] A perspectiva de Lipset seria criticada pelo próprio Germani, que viria a classificar o peronismo como movimento nacional-popular.

Vale citar, por fim, os usos da expressão feitos por Jürgen Habermas, um filósofo e sociólogo ligado à Escola de Frankfurt. Ele usou o termo para descrever movimentos terroristas de extrema esquerda dos anos sessenta, e também para criticar os métodos violentos de protesto empregados pelo grupo conhecido como Sozialistischer Deutscher Studentenbund (Liga de Estudantes Socialistas Germânicos), uma vez que, de acordo com o autor, tais movimentos utilizariam-se de táticas supostamente fascistas para lutar por seus ideais. Habermas, cujo trabalho enfatiza a importância do discurso racional, das instituições democráticas e da oposição à violência, deu importantes contribuições à teoria dos conflitos e era frequentemente associado à esquerda radical, por isso usou tal denominação de forma a distanciar a Escola de Frankfurt daqueles grupos em relação aos quais se opunha frontalmente.[231][232][233]

Fundamentalismos religiosos

O aparecimento do fundamentalismo islâmico no cenário internacional depois da Revolução Iraniana (1979), sua extensão a outras repúblicas islâmicas e o terrorismo internacional, revelaram a possibilidade de um totalitarismo religioso que emprega técnicas violentas comparável ao fascismo, sendo assim, tais movimentos têm sido qualificados pejorativamente pelo termo "Islamofascismo", embora tais movimentos ideológicos são muito distantes uns dos outros. Também é comum notar as semelhanças ao fascismo de movimentos chamado de fundamentalismo cristão, que em alguns casos têm vindo a chamar "cristofascismo".[234][235]

Fascista como insulto

Símbolo do Antifascismo.

Após a derrota das Potências do Eixo na Segunda Guerra Mundial, o termo "fascista" tem sido usado como pejorativo,[236] muitas vezes referindo-se a grande variação de movimentos em todo o espectro político.[237] George Orwell escreveu em 1944 que "a palavra 'fascismo' é quase inteiramente sem sentido... quase qualquer inglês aceitaria 'valentão' como sinônimo de 'fascista'".[237] Richard Griffiths argumentou em 2005 que o "fascismo" é a "a palavra mais usada e mais mal usada dos nossos tempos".[32] "Fascista" é às vezes aplicado a organizações do pós-guerra e formas de pensar que os acadêmicos mais comumente definem como "neofascista".[238]

Ao contrário do uso comum do termo pelo mainstream acadêmico e popular, os estados comunistas têm sido por vezes referido como "fascistas", tipicamente como um insulto. A interpretação marxista do termo, por exemplo, foram aplicadas em relação a Cuba sob Fidel Castro e ao Vietnã sob Ho Chi Minh.[239] Herbert Matthews, do New York Times perguntou: "Será que devemos agora colocar a Rússia stalinista na mesma categoria da Alemanha hitlerista? Devemos dizer que ela é fascista?".[240] J. Edgar Hoover escreveu extensivamente "fascismo vermelho".[241] Os marxistas chineses usaram o termo para denunciar a União Soviética durante a ruptura sino-soviética e, também, os soviéticos usaram o termo para identificar os marxistas chineses.[242]

Ver também

Referências

  1. Turner, Henry Ashby (1975). Reappraisals of Fascism. [S.l.]: New Viewpoints. p. 162. Fascism's goals of radical and authoritarian nationalism 
  2. Larsen, Stein Ugelvik; Bernt Hagtvet; Jan Petter Myklebust (1984). Who were the Fascists: Social Roots of European Fascism. [S.l.]: Columbia University Press. p. 424. ISBN 978-8200053316. organized form of integrative radical nationalist authoritarianism 
  3. Paxton (2004), pp.32,45,173
  4. Nolte (1965) p.300
  5. fascism. Merriam-Webster Online. Consultado em 22 de agosto de 2017 
  6. a b c d e f g h i Sucy, Robert (4 de outubro de 2018). «Fascism». Enciclopédia Britannica. Consultado em 18 de outubro de 2018 
  7. a b c d Peter Davies; Derek Lynch (2002). The Routledge Companion to Fascism and the Far Right. [S.l.]: Routledge. pp. 1–5 
  8. Griffin, Roger (1995). Fascism. Oxford: Oxford University Press. p. 8, 307 
  9. Kallis, Aristotle A. (2003). The fascism reader. Nova Iorque: Routledge. p. 71 
  10. Hartley, John (2004). Communication, Cultural and Media Studies: The key concepts 3rd ed. [S.l.]: Routledge. 187 páginas. ISBN 9780521559829 
  11. Wilhelm, Reich (1970). The Mass Psychology of Fascism. [S.l.]: Harper Collins. ISBN 978-0285647015 
  12. Mary Hawkesworth; Maurice Kogan (1992). Encyclopaedia of Government and Politics: Volume 1. [S.l.]: Routledge. ISBN 0-203-71288-9 
  13. a b John Horne. State, Society and Mobilization in Europe During the First World War. pp. 237–39.
  14. Grčić, Joseph (2000). Ethics and Political Theory. Lanham, Maryland: University of America. p. 120 
  15. Griffin, Roger; Matthew Feldman (2004). Fascism: Fascism and Culture. Londres e Nova Iorque: Routledge. p. 185 
  16. a b Stanley G. Payne. A History of Fascism, 1914–1945. p. 106.
  17. Jackson J. Spielvogel. Western Civilization. Wadsworth, Cengage Learning, 2012. p. 935.
  18. Blamires, Cyprian (2006). World Fascism: a Historical Encyclopedia. 1. Santa Barbara, California: ABC-CLIO. p. 188–89 
  19. a b c d e f g h Blamires, Cyprian (2006). World Fascism: a Historical Encyclopedia. 1. Santa Barbara, California: ABC-CLIO. p. 140–41, 670 
  20. a b c d Michael Mann. Fascists. Cambridge University Press, 2004. p. 65.
  21. «Neofascismo» (em italiano). Enciclopedia Italiana. 31 de outubro de 2014 
  22. «Definition of FASCISM». Merriam-Webster. 27 de abril de 2013 (em inglês)
  23. Johnston, Peter (12 de abril de 2013). «The Rule of Law: Symbols of Power». Oklahoma Wesleyan University. Consultado em 25 de junho de 2013. Arquivado do original em 30 de março de 2017 
  24. MARY BEARD; JOHN HENDERSON. Antiguidade Clássica. [S.l.]: Jorge Zahar Editor Ltda. p. 120. ISBN 978-85-7110-458-7 
  25. New World, Websters (2005). Webster's II New College Dictionary. [S.l.]: Houghton Mifflin Reference Books. ISBN 0-618-39601-2  (em inglês)
  26. Payne, Stanley (1995). A History of Fascism, 1914–45. [S.l.]: University of Wisconsin Press. ISBN 0-299-14874-2  (em inglês)
  27. Dietrich Schwanitz (2008). Cultura: tudo o que é preciso saber. [S.l.]: Leya. p. 65. ISBN 978-972-20-3410-4 
  28. Doordan, Dennis P (1995). In the Shadow of the Fasces: Political Design in Fascist Italy. [S.l.]: The MIT Press. ISBN 0-299-14874-2  (em inglês)
  29. Parkins, Wendy (2002). Fashioning the Body Politic: Dress, Gender, Citizenship. [S.l.]: Berg Publishers. ISBN 1-85973-587-8  (em inglês)
  30. Gregor, A. James (2002). Phoenix: Fascism in Our Time. [S.l.]: Transaction Publishers. ISBN 0-7658-0855-2  (em inglês)
  31. Payne, Stanley G (1983). Fascism, Comparison and Definition. [S.l.]: University of Wisconsin Press. ISBN 0-299-08064-1  (em inglês)
  32. a b Griffiths, Richard. An Intelligent Person's Guide to Fascism. [S.l.]: Duckworth. ISBN 0-7156-2918-2  (em inglês)
  33. a b Roger Griffin, "Nationalism" in Cyprian Blamires, ed., World Fascism: A Historical Encyclopedia, vol. 2 (Santa Barbara, California: ABC-CLIO, 2006), pp. 451–53.
  34. Woodley, Daniel. Fascism and Political Theory. Critical Perspectives on Fascist Ideology. Taylor & Francis, 2009, p. 25
  35. Renton, Dave. Fascism: Theory and Practice. Pluto Press, 1999, p. 22
  36. Griffin, Roger. Fascism, Totalitarianism, and Political Religion. Routledge, 2005, pp. 1–6
  37. Boesche, Roger. Theories of Tyranny, from Plato to Arendt. Pennsylvania State University Press, 1995, p. 11
  38. Griffin, Roger and Matthew Feldman Fascism: Critical Concepts in Political Science pp. 420–421, 2004 Taylor and Francis. (em inglês)
  39. Kallis, Aristotle, ed. (2003). The Fascism Reader, London: Routledge, pages 84–85. (em inglês)
  40. Renton, David. Fascism: Theory and Practice, p. 21, London: Pluto Press, 1999. (em inglês)
  41. a b Roger Griffin. The Nature of Fascism. New York, New York, USA: St. Martin's Press, 1991. Pp. 27. (em inglês)
  42. a b Griffin, Roger: "The Palingenetic Core of Fascism", Che cos'è il fascismo? Interpretazioni e prospettive di ricerche, Ideazione editrice, Rome, 2003 AH.Brookes.ac.uk Arquivado em 14 de maio de 2011, no Wayback Machine.
  43. Paxton, Robert. The Anatomy of Fascism. [S.l.]: Vintage Books. ISBN 1-4000-4094-9 (em inglês)
  44. «Umberto Eco Makes a List of the 14 Common Features of Fascism | Open Culture» (em inglês). Consultado em 12 de março de 2021 
  45. Payne, Stanley G (1996). A History of Fascism, 1914–1945. [S.l.]: University of Wisconsin Press. pp. 5–6  (em inglês)
  46. "[Doutrina racial] Um elemento crucial da ideologia nazista mas não do fascismo italiano; consequentemente não fazendo parte do fascismo em geral."Cyprian P. Blamires; Paul Jackson (2006). World Fascism: A Historical Encyclopedia (em inglês). [S.l.]: ABC-CLIO. p. 551. ISBN 978-1-57607-940-9 
  47. Stanley G. Payne. A History of Fascism, 1914–1945. University of Wisconsin Press, 1995. Pp. 7.
  48. a b Konder, Leandro (1963). Introdução ao fascismo. 2ª ed. São Paulo: Expressão Popular. p. 53 e 149. 184 páginas 
  49. "O fascismo não seria mais que outro nome para indicar uma coisa muito conhecida: a extrema direita, as tentativas de restauração do Antigo Regime, a defesa da ordem estabelecida." René Rémond (2005). O século XX: de 1914 aos nossos dias. [S.l.]: Cultrix. p. 92. ISBN 978-85-316-0349-5 
  50. Eatwell, Roger: "A Spectral-Syncretic Approach to Fascism", The Fascism Reader, Routledge, 2003, p 79. Books.Google.com
  51. a b Eatwell, Roger: "A 'Spectral-Syncretic Approach to Fascism', The Fascism Reader (Routledge, 2003) pp. 71–80 Books.google.com (em inglês)
  52. "A presença de características autoritárias e de mobilização de massas não é suficiente para caracteriszar um regime como fascista, uma vez que esses traços estão presentes também em países comunistas."William Outhwaite, Tom Bottomore, E. Gellner, R. Nisbet, A. Touraine (eds.). Dicionário do pensamento social do século XX. [S.l.]: Zahar. p. 512. ISBN 978-85-378-0584-8 
  53. Turner, Stephen P., Käsler, Dirk: Sociology Responds to Fascism, Routledge. 2004, p. 222 (em inglês)
  54. Horst, Junginger, The Study of Religion Under the Impact of Fascism vol. 117 of Numen Book Series (BRILL, 2008) p. 273. (em inglês)
  55. a b c Stackelberg, Roderick (1999). Hitler's Germany : origins, interpretations, legacies. London: Routledge. pp. 4–6. OCLC 263595234 
  56. Robert Srour. Poder, Cultura E Ética Nas Organizações, 3a Ed. [S.l.]: Elsevier Brasil. p. 146. ISBN 978-85-352-5719-9 
  57. Davies, Peter (2002). The Routledge companion to fascism and the far right. Derek Lynch. London: Routledge. pp. 126–127. OCLC 61357336 
  58. Zafirovski, Milan (2007). Modern free society and its nemesis : liberty versus conservatism in the new millennium. Volume I. Lanham Md.: [s.n.] pp. 137–138. OCLC 155756683 
  59. Sternhell, Zeev (1994). The birth of fascist ideology : from cultural rebellion to political revolution. Mario Sznajder, Maia Ashéri. Princeton, N.J.: Princeton University Press. p. 161. OCLC 28064996 
  60. Borsella, Cristogianni (2007). Fascist Italy : a concise historical narrative. Adolph Caso. Boston: [s.n.] p. 76. OCLC 872116016 
  61. Woshinsky, Oliver (2017). EXPLAINING POLITICS : culture, institutions, and political behavior. [S.l.]: ROUTLEDGE. p. 156. OCLC 988167367 
  62. Stanislao G. Pugliese. Fascism, anti-fascism, and the resistance in Italy: 1919 to the present. Oxford, England, UK: Rowman & Littlefield Publishers, Inc., 2004. 43–44. (em inglês)
  63. Schnapp, Jeffrey Thompson, Olivia E. Sears and Maria G. Stampino, A Primer of Italian Fascism (University of Nebraska Press, 2000) p. 57, "Somos livres para acreditar que este é o século da autoridade, um século tendendo para a 'direita', um século fascista," (em inglês)
  64. Benito Mussolini. Fascism: Doctrine and Institutions. (Rome, Italy: Ardita Publishers, 1935) p. 26.(em inglês)
  65. Gentile, Emilio (2005). The origins of Fascist ideology, 1918-1925 1st English-language ed ed. New York: Enigma. p. 205. OCLC 56654520 
  66. a b Benito Mussolini, Doctrine of Fascism (1932).
  67. Quadros, Marcos Paulo dos Reis (6 de junho de 2023). O que há de novo na "nova direita"?: identitarismo europeu, trumpismo e bolsonarismo. [S.l.]: Editora da PUCRS 
  68. a b c Payne, Stanley G. A History of Fascism, 1914–1945. (Oxon, England, UK: Routledge, 2001) p. 112. (em inglês)
  69. Terence Ball, Richard Bellamy. The Cambridge History of Twentieth-Century Political Thought. Pp. 133.
  70. Mosse, G: "Toward a General Theory of Fascism", Fascism, ed. Griffin (Routeledge) 2003 (em inglês)
  71. Neocleous, Mark, Fascism (Minneapolis: University of Minnesota Press, 1997) p. 54. (em inglês)
  72. Ventura, Christophe (janeiro de 2015). «Histoire. Radiographie du fascisme italien» (em francês). Le Monde Diplomatique. Consultado em 16 de janeiro de 2015. Cópia arquivada em 16 de janeiro de 2015. sous ce régime, «environ 75 % des accusés déférés devant le tribunal spécial» étaient issus du milieu ouvrier 
  73. Freeden, Tower Sargent, Marc Stears, Michael, Lyman, Marc (2013). The Oxford Handbook of Political Ideologies. [S.l.]: Oxford University Press, pág. 475  (em inglês) ISBN 9780199585977 Adicionado em 28 de Junho de 2019.
  74. Bar-On, Tamir (2007). Where Have All the Fascists Gone?. [S.l.]: Ashgate Publishing, pág. 99  (em inglês) ISBN 9780754671541 Adicionado em 28 de Junho de 2019.
  75. Paul Barry Clarke, Joe Foweraker. Encyclopedia of Democratic Thought. Routledge, 2001. p. 540.
  76. John Pollard. The Fascist Experience in Italy. Routledge, 1998. p. 121.
  77. Roger Griffin. The Nature of Fascism. New York, New York: St. Martin's Press, 1991. p. 42.
  78. Roger Boesche. Theories of Tyranny, from Plato to Arendt. p. 11.
  79. Roger Griffin. Fascism, Totalitarianism, and Political Religion. Routledge. pp. 1–6.
  80. Pauley, Bruce F. (2003). Hitler, Stalin, and Mussolini: Totalitarianism in the Twentieth Century Italy. Wheeling: Harlan Davidson, Inc. Pauley. p. 117 
  81. Payne, Stanley G. 1996. A History of Fascism, 1914–1945. Routledge p. 220
  82. Pauley, 2003. 117–119.
  83. Oliver Zimmer, Nationalism in Europe, 1890–1940 (London, Palgrave, 2003), chapter 4, pp. 80–107.
  84. Paxton, Robert. The Anatomy of Fascism. [S.l.]: Vintage Books. ISBN 1-4000-4094-9 
  85. Passmore, Kevin (2002). Fascism: A Very Short Introduction. [S.l.]: Oxford University Press. ISBN 0-19-280155-4 
  86. Griffin, Roger (1991). The Nature of Fascism. [S.l.]: Palgrave Macmillan. ISBN 0-312-07132-9 
  87. Laqueuer, Walter (1997). Fascism: Past, Present, Future. [S.l.]: Oxford University Press. p. 223. ISBN 0-19-511793-X 
  88. a b c Payne, Stanley G., A History of Fascism, 1914–1945. (Routledge, 1995, 2005), p. 11.
  89. Gerhard Schreiber, Bernd Stegemann, Detlef Vogel. Germany and the Second World War: Volume III: The Mediterranean, South-East Europe, and North Africa 1939–1941 (From Italy's Declaration of Non-Belligerence to the Entry of the United States into the War) (Oxford University Press, 1995) p. 111.
  90. John Breuilly. Nationalism and the State. p. 294.
  91. a b Fascism and Political Theory: Critical Perspectives on Fascist Ideology. Routledge. Oxon, England; New York, New York: Routledge, 2010. p. 106.
  92. Payne, Stanley G. A History of Fascism, 1914–1945. Routledge, 1996. pp. 485–86.
  93. Griffin, Roger (ed.). Fascism. Oxford University Press, 1995. p. 59.
  94. a b c d e f Alberto Spektorowski, Liza Ireni-Saban. Politics of Eugenics: Productionism, Population, and National Welfare. Routledge, 2013.
  95. Philip Morgan, Fascism in Europe, 1919-1945", New York, Taylor & Francis, 2003, p. 168.
  96. John Weiss, "The Fascist Tradition", Harper & Row, New York, 1967. pp. 14
  97. Calvin B. Hoover, The Paths of Economic Change: Contrasting Tendencies in the Modern World, The American Economic Review, Vol. 25, No. 1, Supplement, Papers and Proceedings of the Forty-seventh Annual Meeting of the American Economic Association. (March, 1935), pp. 13-20.
  98. Alexander J. De Grand, "Fascist Italy and Nazi Germany", Routledge, 1995, ISBN 0-415-33629-5, pp. 15-16
  99. John Weiss, "The Fascist Tradition", Harper & Row, New York, 1967. pp. 15
  100. Joseph A. Leighton, "Social Philosophies in Conflict", D. Appleton-Century Company, 1937. pp. 10-11
  101. Alexander J. De Grand, "Fascist Italy and Nazi Germany", Routledge, 1995, ISBN 0-415-33629-5, pp. 16-17
  102. a b Alexander J. De Grand, "Fascist Italy and Nazi Germany", Routledge, 1995, ISBN 0-415-33629-5, pp. 47
  103. Steve Bastow, James Martin. Third Way Discourse: European Ideologies in the Twentieth Century. Edinburgh University Press Ltd, 2003. p. 36.
  104. Held, David (13 de outubro de 1980). Introduction to Critical Theory: Horkheimer to Habermas. [S.l.]: University of California Press. ISBN 978-0520041752 
  105. Blamires, Cyprian, World Fascism: A Historical Encyclopedia, Volume 1 (Santa Barbara, California: ABC-CLIO, Inc, 2006) p. 610.
  106. Griffin, Roger. The Nature of Fascism (New York: St. Martins Press, 1991) pp. 222–23.
  107. a b Cyprian Blamires. World Fascism: A Historical Encyclopedia, Volume 1. Santa Barbara, California: ABC-CLIO, 2006. p. 535.
  108. Jonathan C. Friedman. The Routledge History of the Holocaust. Routledge, 2011. p. 24.
  109. Tibor Ivan Berend, An Economic History of Twentieth-Century Europe, Cambridge University Press, 2005, p. 93
  110. James A. Gregor, The Search for Neofascism: The Use and Abuse of Social Science, Cambridge University Press, 2006, p. 7
  111. Alexander J. De Grand, "Fascist Italy and Nazi Germany", Routledge, 1995, ISBN 0-415-33629-5, pp. 57
  112. a b Cyprian Blamires. World Fascism: A Historical Encyclopedia, Volume 1. Santa Barbara, California: ABC-CLIO, 2006. p. 189.
  113. Robert Millward. Private and public enterprise in Europe: energy, telecommunications and transport, 1830–1990. Cambridge, England: Cambridge University Press, p. 178.
  114. Peter Davies, Derek Lynch. The Routledge Companion to Fascism and the Far Right. Routledge, 2002. p. 103.
  115. Robert O. Paxton. The Anatomy of Fascism. Vintage Books edition. Vintage Books, 2005. p. 10.
  116. John Breuilly. Nationalism and the State. University of Chicago Press edition. University of Chicago, 1994. p. 290.
  117. Alexander J. De Grand, Fascist Italy and Nazi Germany, Routledge, 1995. pp. 60–61
  118. Alexander J. De Grand, "Fascist Italy and Nazi Germany", Routledge, 1995, ISBN 0-415-33629-5, pp. 48-51
  119. Francis J. Gorman, The Fate of Trade Unions Under Fascism, Chap. 1: "Fascism and the Trade Union Movement", 1937, p. 10-11
  120. Gaetano Salvemini, The Fate of Trade Unions Under Fascism, Chap. 3: "Italian Trade Unions Under Fascism", 1937, p. 35
  121. Gaetano Salvemini, The Fate of Trade Unions Under Fascism, Chap. 3: "Italian Trade Unions Under Fascism", 1937, p. 30
  122. Gaetano Salvemini, The Fate of Trade Unions Under Fascism, Chap. 3: "Italian Trade Unions Under Fascism", 1937, p. 33
  123. Gaetano Salvemini, The Fate of Trade Unions Under Fascism, Chap. 3: "Italian Trade Unions Under Fascism", 1937, p. 31
  124. Francis J. Gorman, The Fate of Trade Unions Under Fascism, Chap. 1: "Fascism and the Trade Union Movement", 1937, p. 11
  125. Joseph A. Leighton, "Social Philosophies in Conflict", D. Appleton-Century Company, 1937. pp. 24
  126. Griffen, Roger; Feldman, Matthew. Fascism: Critical Concepts. p. 353. "When the Russian revolution occurred in 1917 and the 'Democratic' revolution spread after the First World War, anti-bolshevism and anti-egalitarianism rose as very strong "restoration movements" on the European scene. However, by the turn of that century no one could predict that fascism would become such a concrete, political reaction ..."
  127. Hawkins, Mike. Social Darwinism in European and American Thought, 1860–1945: Nature as Model and Nature as Threat. Cambridge: Cambridge University Press, 1997. p. 285. "Conflict is in fact the basic law of life in all social organisms, as it is of all biological ones; societies are formed, gain strength, and move forwards through conflict; the healthiest and most vital of them assert themselves against the weakest and less well adapted through conflict; the natural evolution of nations and races takes place through conflict." Alfredo Rocco, Italian Fascist.
  128. Richard J. Evans, The Third Reich in Power, 1933-1939, New York: NY, The Penguin Press, 2005, p. 483-484
  129. Richard J. Evans, The Third Reich in Power, 1933-1939, New York: NY, The Penguin Press, 2005, p. 484
  130. Richard J. Evans, The Third Reich in Power, 1933-1939, New York: NY, The Penguin Press, 2005, p. 484-485
  131. Richard J. Evans, The Third Reich in Power, 1933-1939, New York: NY, The Penguin Press, 2005, p. 486-487
  132. Richard J. Evans, The Third Reich in Power, 1933-1939, New York: NY, The Penguin Press, 2005, p. 489
  133. Richard J. Evans, The Third Reich in Power, 1933-1939, New York: NY, The Penguin Press, 2005, p. 489-490
  134. «THE FIRST PRIVATIZATION: SELLING SOEs AND PRIVATIZING PUBLIC MONOPOLIES IN FASCIST ITALY (1922-1925)» (PDF). Universitat de Barcelona (GiM-IREA) & Barcelona Graduate School of Economics. Consultado em 5 de agosto de 2017. Contemporary economic analyses of privatization have so far overlooked the Fascist privatization policy in 1922-1925 Italy, which may well be the earliest case of large-scale privatization in a capitalist economy. 
  135. Germà Bel (13 de novembro de 2004). «Against the mainstream: Nazi privatization in 1930s Germany» (PDF). University of Barcelona. IREA. Consultado em 30 de março de 2014 
  136. «FROM PUBLIC TO PRIVATE:PRIVATIZATION IN 1920'S FASCIST ITALY» (PDF). European University Institute. Consultado em 5 de agosto de 2017 
  137. «THE FIRST PRIVATIZATION: SELLING SOEs AND PRIVATIZING PUBLIC MONOPOLIES IN FASCIST ITALY (1922-1925)» (PDF). Universitat de Barcelona (GiM-IREA) & Barcelona Graduate School of Economics. Consultado em 5 de agosto de 2017 
  138. Germà Bel (13 de novembro de 2004). «Against the mainstream: Nazi privatization in 1930s Germany» (PDF). University of Barcelona. IREA. Consultado em 30 de março de 2014. [T]he last governments of the Weimar Republic took over firms in diverse sectors. Later, the Nazi regime transferred public ownership and public services to the private sector. 
  139. «THE FIRST PRIVATIZATION: SELLING SOEs AND PRIVATIZING PUBLIC MONOPOLIES IN FASCIST ITALY (1922-1925)» (PDF). Universitat de Barcelona (GiM-IREA) & Barcelona Graduate School of Economics. Consultado em 5 de agosto de 2017. Privatization was an important policy in Italy in 1922-1925. The Fascist government was alone in transferring State ownership and services to private firms in the 1920s; no other country in the world would engage in such a policy until Nazi Germany did so between 1934 and 1937. 
  140. Germà Bel (13 de novembro de 2004). «Against the mainstream: Nazi privatization in 1930s Germany» (PDF). University of Barcelona. IREA. Consultado em 30 de março de 2014. Many scholars have pointed out that the Great Depression spurred State ownership in Western capitalist countries (e.g. Aharoni, 1986, pp. 72 and ff.; Clifton, Comín and Díaz Fuentes, 2003, p. 16; Megginson, 2005, pp. 9-10), and Germany was no exception. But Germany was alone in developing a policy of privatization in the 1930s. 
  141. «THE FIRST PRIVATIZATION: SELLING SOEs AND PRIVATIZING PUBLIC MONOPOLIES IN FASCIST ITALY (1922-1925)» (PDF). Universitat de Barcelona (GiM-IREA) & Barcelona Graduate School of Economics. Consultado em 5 de agosto de 2017. [P]rivatization was used mainly as a political tool to build confidence among industrialists and to increase support for the government and the Partito Nazionale Fascista. Privatization also contributed to balancing the budget, which was the core objective of Fascist economic policy in its first phase. 
  142. Germà Bel (13 de novembro de 2004). «Against the mainstream: Nazi privatization in 1930s Germany» (PDF). University of Barcelona. IREA. Consultado em 30 de março de 2014. The Nazi government may have used privatization as a tool to improve its relationship with big industrialists and to increase support among this group for its policies. Privatization was also likely used to foster more widespread political support for the party. Finally, financial motivations played a central role in Nazi privatization. The proceeds from privatization in 1934-37 had relevant fiscal significance: No less than 1.37 per cent of total fiscal revenues were obtained from selling shares in public firms. 
  143. a b Mark Antliff. Avant-Garde Fascism: The Mobilization of Myth, Art, and Culture in France, 1909–1939. Duke University Press, 2007. p. 171.
  144. Maria Sop Quine. Population Politics in Twentieth Century Europe: Fascist Dictatorships and Liberal Democracies. Routledge, 1995. p. 47.
  145. a b c d Maria Sop Quine. Population Politics in Twentieth Century Europe: Fascist Dictatorships and Liberal Democracies. Routledge, 1995. pp. 46–47.
  146. Evans, p. 529
  147. Allen, Ann Taylor, Review of Dagmar Herzog, Sex after Fascism January 2006
  148. «Persecution of Homosexuals in the Third Reich». Ushmm.org. Consultado em 4 de junho de 2010 
  149. Bollas, Christopher, Being a Character: Psychoanalysis and Self-Experience (Routledge, 1993) ISBN 978-0-415-08815-2, p. 205.
  150. McDonald, Harmish, Mussolini and Italian Fascism (Nelson Thornes, 1999) p. 27.
  151. Mann, Michael. Fascists (Cambridge University Press, 2004) p. 101.
  152. Durham, Martin, Women and Fascism (Routledge, 1998) p. 15.
  153. Evans, pp. 331–32
  154. Allen, Ann Taylor, Review of Dagmar Herzog, Sex after Fascism: Memory and Morality in Twentieth-Century Germany H-German, H-Net Reviews, January 2006
  155. Friedlander, Henry (1995). The origins of Nazi genocide: from euthanasia to the final solution. Chapel Hill, North Carolina: University of North Carolina Press. p. 30. ISBN 0-8078-4675-9. OCLC 60191622 
  156. McLaren, Angus, Twentieth-Century Sexuality p. 139 Blackwell Publishing 1999
  157. Sternhell, Zeev, "Crisis of Fin-de-siècle Thought" in Griffin, Roger, ed., International Fascism: Theories, Causes and the New Consensus (London and New York, 1998) p. 169.
  158. Stanley G. Payne. A history of fascism, 1914–1945. Digital printing edition. Oxon, England, UK: Routledge, 1995, 2005. Pp. 23–24.
  159. a b Sternhell, Zeev, "Crisis of Fin-de-siècle Thought" in Griffin, Roger, ed., International Fascism: Theories, Causes and the New Consensus (London and New York, 1998) p. 170.
  160. Stanley G. Payne. A history of fascism, 1914–1945. Digital printing edition. Oxon, England, UK: Routledge, 1995, 2005. Pp. 24.
  161. a b c d Sternhell, Zeev, "Crisis of Fin-de-siècle Thought" in Griffin, Roger, ed., International Fascism: Theories, Causes and the New Consensus (London and New York, 1998) p. 171.
  162. Stanley G. Payne. A history of fascism, 1914–1945. Digital printing edition. Oxon, England, UK: Routledge, 1995, 2005. Pp. 29.
  163. Stanley G. Payne. A history of fascism, 1914–1945. Digital printing edition. Oxon, England, UK: Routledge, 1995, 2005. Pp. 24–25.
  164. Stanley G. Payne. A history of fascism, 1914–1945. Digital printing edition. Oxon, England, UK: Routledge, 1995, 2005. Pp. 25.
  165. William Outhwaite. The Blackwell dictionary of modern social thought. Wiley-Blackwell, 2006. Pp. 442.
  166. Tracy H. Koon. Believe, obey, fight: political socialization of youth in fascist Italy, 1922–1943. University of North Carolina Press, 1985. Pp. 6.
  167. a b Giuseppe Caforio. "Handbook of the sociology of the military", Handbooks of Sociology and Social Research. New York, New York, USA: Springer, 2006. Pp. 12.
  168. Stuart Joseph Woolf. European fascism. Weidenfeld and Nicolson, 1970. Pp. 282.
  169. a b David Carroll. French Literary Fascism: Nationalism, Anti-Semitism, and the Ideology of Culture. Pp. 92.
  170. Mark Antliff. Avant-garde fascism: the mobilization of myth, art, and culture in France, 1909–1939. Duke University Press, 2007. Pp. 75–81.
  171. Mark Antliff. Avant-garde fascism: the mobilization of myth, art, and culture in France, 1909–1939. Duke University Press, 2007. Pp. 81.
  172. Mark Antliff. Avant-garde fascism: the mobilization of myth, art, and culture in France, 1909–1939. Duke University Press, 2007. Pp. 77.
  173. Mark Antliff. Avant-garde fascism: the mobilization of myth, art, and culture in France, 1909–1939. Duke University Press, 2007. Pp. 82.
  174. Sternhell, Zeev, Mario Sznajder and Maia Ashéri, The Birth of Fascist Ideology: From Cultural Rebellion to Political Revolution (Princeton University Press, 1994) p. 78.
  175. Zeev Sternhell, Mario Sznajder, Maia Ashéri. The Birth of Fascist Ideology: From Cultural Rebellion to Political Revolution. Princeton, New Jersey, US: Princeton University Press, 1994. Pp. 82.
  176. Douglas R. Holmes. Integral Europe: fast-capitalism, multiculturalism, neofascism. Princeton, New Jersey, US: Princeton University Press, 2000. Pp. 60.
  177. a b Sternhell, Zeev, Mario Sznajder and Maia Ashéri, The Birth of Fascist Ideology: From Cultural Rebellion to Political Revolution (Princeton University Press, 1994) p. 163.
  178. a b Blinkhorn, Martin, Mussolini and Fascist Italy. 2nd ed. (New York: Routledge, 2003) p. 9.
  179. Sternhell, Zeev, Mario Sznajder and Maia Ashéri, The Birth of Fascist Ideology: From Cultural Rebellion to Political Revolution (Princeton University Press, 1994) p. 32.
  180. Gentile, Emilio, The Struggle for Modernity: Nationalism, Futurism, and Fascism (Westport, Connecticut: Praeger Publishers, 2003) p. 6.
  181. Andrew Hewitt. Fascist modernism: aesthetics, politics, and the avant-garde. Stanford, California, USA: Stanford University Press, 1993. Pp. 153. (em inglês)
  182. Gigliola Gori. Italian Fascism and the Female Body: Submissive Women and Strong Mothers. Oxfordshire, England, UK; New York, New York, USA: Routledge, 2004. Pp. 14. (em inglês)
  183. Gigliola Gori. Italian Fascism and the Female Body: Submissive Women and Strong Mothers. Oxfordshire, England, UK; New York, New York, USA: Routledge, 2004. Pp. 20–21. (em inglês)
  184. a b Zeev Sternhell, Mario Sznajder, Maia Ashéri. The birth of fascist ideology: from cultural rebellion to political revolution. Princeton University Press, 1994. p. 175.
  185. Zeev Sternhell, Mario Sznajder, Maia Ashéri. The birth of fascist ideology: from cultural rebellion to political revolution. Princeton University Press, 1994. pp. 173, 175.
  186. Zeev Sternhell, Mario Sznajder, Maia Ashéri. The birth of fascist ideology: from cultural rebellion to political revolution. Princeton University Press, 1994. p. 214.
  187. Paul O'Brien. Mussolini in the First World War: The Journalist, The Soldier, The Fascist. Pp. 52.
  188. Peter Neville. Mussolini. Oxon, England, UK; New York, New York, USA: Routledge, 2004. Pp. 36.
  189. a b c Blamires, Cyprian, World Fascism: a Historical Encyclopedia, Volume 1 (Santa Barbara, California: ABC-CLIO, Inc., 2006) p. 95–96. (em inglês)
  190. Zeev Sternhell, Mario Sznajder, Maia Ashéri. The birth of fascist ideology: from cultural rebellion to political revolution. Princeton University Press, 1994. p. 178.
  191. Zeev Sternhell, Mario Sznajder, Maia Ashéri. The birth of fascist ideology: from cultural rebellion to political revolution. Princeton University Press, 1994. p. 186.
  192. a b Cristogianni Borsella, Adolph Caso. Fascist Italy: A Concise Historical Narrative. Wellesley, Massachusetts, US: Branden Books, 2007. p. 73.
  193. Zeev Sternhell, Mario Sznajder, Maia Ashéri. The birth of fascist ideology: from cultural rebellion to political revolution. Princeton University Press, 1994. p. 189.
  194. a b c Stanley G. Payne. A history of fascism, 1914–1945. Digital Printing edition. Oxon, England, UK: Routledge, 2005
  195. Stuart Joseph Woolf. Fascism in Europe. 3rd Edition. Taylor & Francis, 1983. Pp. 311.
  196. Payne, Stanley G (1995) Historia del fascismo, Barcelona: Planeta. ISBN 84-08-01470-6 (em castelhano)
  197. Paxton, Robert O. «The five stages of fascism : 1–23, quotes at pp. 3, 17.». Journal of Modern History 70.1 (1998): 3, 17 
  198. Paxton, Robert O. (2004). The Anatomy of Fascism. [S.l.]: Alfred A. Knopf. p. 150 
  199. Davies, Peter (editor); Lynch, Derek (editor) (2002). The Routledge Companion to Fascism and the Far Right. [S.l.]: Routledge. p. 237 
  200. Passmore, Kevin (2002). Fascism: A Very Short Introduction. [S.l.]: Oxford University Press. p. 76 
  201. Rosas, Fernando (2019). Salazar e os Fascismos: Ensaio Breve de História Comparada. [S.l.]: Edições Tinta-da-China. 305 páginas 
  202. core.ac.uk - pdf
  203. «Imigração» 
  204. «Parlamento grego suspende imunidade de 6 integrantes do Aurora Dourada - Internacional - Estadão». estadao.com.br 
  205. Lapouge, Gilles (6 de Maio de 2012). «A multiplicação de cegos, mortos e extremistas». Estadão 
  206. Curtis, Michel (1971). People and Politics in the Middle East. Transaction Publishers. ISBN 0-87855-500-5. Pp. 132–138.
  207. a b Stanley G. Payne. A history of fascism, 1914–1945. Digital printing edition. Oxon, England, UK: Routledge, 1995, 2005. Pp. 517.
  208. Arshin Adib-Moghaddam. The International Politics Of The Persian Gulf: A Cultural Genealogy. Oxon, England, UK; New York, New York, USA: Routledge, 2006. P. 36–37.
  209. Junta de Castilla y León (2 de fevereiro de 2008). «Expansión de los fascismos». Arquivado Web Archive (em castelhano). Consultado em 28 de junho de 2019 
  210. Eric J. Hobsbawm (1995). Historia del siglo XX 1914-1991. [S.l.]: CRITICA. pp. 119 (em castelhano). ISBN 9788474237122  Adicionado em 28 de Junho de 2019.
  211. Brígida von Mentz (1988). Los Empresarios alemanes, el Tercer Reich y la oposición de derecha a Cárdenas, Volume 1. [S.l.]: CIESAS. pp. 81 (em castelhano). ISBN 9789684960930  Adicionado em 28 de Junho de 2019.
  212. Jeffrey Gurock (2013). America, American Jews, and the Holocaust: American Jewish History. [S.l.]: Routledge. pp. 31 (em inglês). ISBN 9781136675287  Adicionado em 28 de Junho de 2019.
  213. Wolfgang Benz, Brigitte Mihok (2012). Organisationen, Institutionen, Bewegungen. [S.l.]: Walter de Gruyter. pp. 565 (em alemão). ISBN 9783110278781  Adicionado em 28 de Junho de 2019.
  214. Richard L. Sims (2001). Japanese Political History Since the Meiji Renovation, 1868-2000. [S.l.]: C. Hurst & Co. Publishers. pp. 193 (em inglês). ISBN 9781850654520  Adicionado em 28 de Junho de 2019.
  215. John F. Pollard (17 de novembro de 2005). The Vatican and Italian Fascism, 1929-32: A Study in Conflict. [S.l.]: Cambridge University Press. p. 15. ISBN 978-0-521-02366-5 
  216. Gaston Gaillard (1932). La fin d'un temps: au seuil d'un nouvel âge (em francês). [S.l.]: Éditions Albert 
  217. Thomas Bokenkotter (19 de maio de 2010). Church and Revolution. [S.l.]: Doubleday Religious Publishing Group. p. 369. ISBN 978-0-307-87486-3 
  218. John Pollard (13 de setembro de 2000). Unknown Pope: Benedict XV (1914-1922) and the Pursuit of Peace. [S.l.]: Continuum. p. 184. ISBN 978-0-567-49967-7  (em inglês)
  219. a b Ami Pedahzur; Leonard Weinberg (25 de março de 2004). Religious Fundamentalism and Political Extremism. [S.l.]: Taylor & Francis. p. 152. ISBN 978-0-203-01096-9  (em inglês)
  220. The Guardian, How the Vatican built a secret property empire using Mussolini's millions, 21/jan/2013 (em inglês)
  221. O Globo, Jornal diz que Vaticano construiu império com dinheiro de Mussolini, 22/01/2013
  222. L'Osservatore Romano, Não se deve maltratar a história, 1/fev/2013
  223. Revista Exame, Vaticano nega acordo com regime fascista italiano, 29/01/2013
  224. Roberto Chiarini: The ‘Movimento Sociale Italiano': A Historical Profile en Neo-Fascism in Europe; Betz, Radical Right Wing Populism in Western Europe, p 41 (em inglês)
  225. Stefano Marsiglia, Collettivo Malatempora. Fini. Una storia nera. 2004. ISBN 8884250404; Dalle catacombe al governo. Storia della classe dirigente di destra Arquivado em 29 de novembro de 2007, no Wayback Machine., en La storia siamo noi de Giovanni Minoli. (em italiano)
  226. «FYI France Resource List: "The Front National"»  extensa recopilação de fontes de todo tipo sobre a Frente Nacional. International Commission of Historians (1993) The Waldheim Report Copenhagen: Museum Tusculanum, University of Copenhagen, 224 págs. ISBN 87-7289-206-4. Joerg Haider: The Rise of an Austrian Extreme Rightist Arquivado em 10 de abril de 2008, no Wayback Machine., em ADL, atualizado a 9 de março de 2004. «Pim Fortuyn, la meteórica carrera de un político populista y xenófobo» Perfil aparecido en El Mundo tras su asesinato.«Cinco años sin Pim Fortuyn», de Bruce Bawer, em Libertad Digital, 21-07-2007. (em castelhano)
  227. Surya, Michel (2012). Georges Bataille, la mort à l'œuvre (em francês). Paris: Gallimard. p. 260. ISBN 9782070137497 
  228. Bataille, Georges (1958). «Notice autobiographique» (em francês). In Œuvres complètes 7. Paris: Gallimard, pp. 459–462
  229. Lipset, Seymour Martin (1960). Political Man. New York: Doubleday & Company. p. 173 
  230. Amaral, Samuel (2018). El movimiento nacional-popular: Gino Germani y el peronismo. Sáenz Peña: Eduntref, pp. 230–231
  231. R. A. Wallace y A. Wolf: Contemporary Sociological Theory: Continuing the Classical Tradition (pág. 116). 3a. edição, 1991. (A palavra composta alemã usada por Habermas foi Linksfaschismus). (em inglês)
  232. Jürgen Habermas, "Die Scheinrevolution und ihre Kinder. Sechs Thesen über Taktik, Ziele und Situationsanalysen der oppositionellen Jugend" (Frankfurter Rundschau, 5 de Junho de 1968) in: Wolfgang Abendroth, Oskar Negt, Die Linke antwortet Jürgen Habermas, Europäische Verlagsanstalt, p. 5–15. Habermas mais tarde voltou atrás na utilização deste termo em: Jürgen Habermas, "Probe für Volksjustiz", Der Spiegel, 10 de Outubro de 1977.
  233. Hohendahl, Peter Uwe. Reappraisals: Shifting Alignments in Postwar Critical Theory (Cornell University Press, 1991). ISBN 0-8014-9706-X. 9780801497063. p. 9–10.
  234. Dorothee Sölle (1982). Beyond Mere Obedience. [S.l.]: Pilgrim Press, The/United Church Press. ISBN 978-0-8298-0488-1  (em inglês)
  235. "... de estabelecer uma superioridade moral duvidosa para justificar a violência organizada em grande escala, uma perversão do cristianismo chamada 'Christofascism'"Dorothee Sölle; Sarah K. Pinnock (10 de setembro de 2003). The Theology of Dorothee Soelle. [S.l.]: Continuum. ISBN 978-1-56338-404-2  (em inglês)
  236. Gregor. Mussolini's Intellectuals: Fascist Social and Political Thought, Princeton University Press, 2005 ISBN 0-691-12009-9 p. 4 (em inglês)
  237. a b «George Orwell: 'What is Fascism?'». Orwell.ru. 8 de jan de 2008  (em inglês)
  238. Woolf, Stuart (1981). Fascism in Europe. [S.l.]: Methuen. ISBN 978-0-416-30240-0  (em inglês)
  239. Roger Griffin, Matthew Feldman. Fascism: The nature of fascism. Routledge, 2004. p. 231. (em inglês)
  240. Matthews, Claudio. Fascism Is Not Dead ..., Nation's Business, 1946. (em inglês)
  241. Hoover, J. Edgar. Testimony before the House Un-American Activities Committee, 1947. (em inglês)
  242. Quarantotto, Claudio. Tutti Fascisti, 1976. (em italiano)

Bibliografia

  • Eco, Umberto (1997). «IL FASCISMO ETERNO» (PDF). In: Umberto Eco. Cinque scritti morali (PDF) (em italiano). 1ª ed. Itália: Saggi Bompiani. p. 58. 118 páginas. Consultado em 4 de março de 2014 
  • 1921 - Benito Mussolini - A Doutrina do Fascismo, Roma, 1921.
  • 1938 - Mihail Manoilesco - Le Siècle du Corporatisme, Paris, 1938.
  • 1962 - Ruggero Zangrandi - Il lungo viaggio atraverso il fascismo, Milão, 1962.
  • 1965 - Renzo De Felice - Italia giacobina
  • 1966 - Renzo De Felice - Mussolini il fascista I La conquista del potere 1921-1925.
  • 1969 - Renzo De Felice - Mussolini il fascista II L'organizzazione dello Stato fascista 1925-1929.
  • 1970 - Renzo De Felice - Il Fascismo: le interpretazioni dei contemporanei e degli storici.
  • 1974 - Renzo De Felice - Mussolini il duce I Gli anni del consenso 1929-1936.
  • 1975 - Renzo De Felice - Intervista sul fascismo, a cura di Michael Ledeen, Laterza.
  • 1995 - Stanley G. Payne - A History of Fascism, 1914-1945, Londres, UCL Press.
A Ideologia fascista
  • 1925 - Giovanni Gentile - Che Cosa è il Fascismo, Florença.
  • 1926 - Alfredo Rocco - "The Political Doctrine of Fascism", International Conciliation, Outubro.
  • 1927 - Giovanni Gentile - Origini e dottrina del fascismo, Roma. ed. 1929, 5-54 (em castelhano)
  • 1928 - Giovanni Gentile, Fascismo e cultura, Milão.
  • 1932 - Benito Mussolini - La dottrina del fascismo, Treves, Milão.
  • 1933 - G. A. Fanelli - Contro Gentile. Mistificazioni dell'idealismo attuale nela rivoluzione fascista, Roma.
  • 1962 - Carl J. Friedrich - "Power of Negation: Hegel's Dialectic and Totalitarian Ideology", A Hegel Symposium, Austin, TX, University of Texas, 13 ss
  • 1969 - Renzo De Felice - Le interpretazioni del fascismo, Laterza.
  • 1969 - A. James Gregor - The Ideology of Fascism. The Rationale of Totalitarianism, Nova Iorque, Free Press.
  • 1975 - Emilio Gentile - Le Origine dell'ideologia fascista, Bari, Laterza.
  • 1979 - A. James Gregor - Young Mussolini and the Intellectual Origins of Fascism, Berkeley, University of California Press.e
  • 1985 - Pier Giorgio Zunino - L'Ideologia del Fascismo, Bolonha, Il Mulino.
  • 1989 - Zeev Sternhell, Mario Sznajder e Maia Asheri - Naissance de l'idéologie fasciste, Arthéme Fayard (Nascimento da Ideologia Fascista, Venda Nova, Bertrand Editora, 1995).
  • 2002 - Aaron Gillette - Racial Theories in Fascist Italy, Londres, Routledge.
Interpretações e teorias acerca do Fascismo
  • 1922 - Julius Braunthal - "Der Putsch der Fascisten", Der Kampf, 15, 320-333.
  • 1923 - Giovanni Zibordi - "Critica socialista del fascismo", in Il fascismo e i partiti politici: Studi di scrittori di tutti partiti, Bolonha, 1-61.
  • 1923 - Gyula Šaš - Der Faschismus in Italien, Hamburgo.
  • 1923 - G. Sandomirsky - Fashizm, 2 vols., Moscovo.
  • 1923 - Luigi Salvatorelli - Nazionalfascismo.
  • 1923 - Francesco Nitti - Bolschewismus, Fascismus und Demokratie (versão italiana, Nova Iorque, 1924).
  • 1924 - Fritz Schotthöfer - Fascio: Sinn und Wirklichkeit des italienischen Fascismus.
  • 1925 - J. W. Mannhardt, Der Faschismus, Munique.
  • 1924 - Otto Bauer - "Das Gleichgewicht der Klassenkämpfe", Der Kampf, 17, 57-67.
  • 1926 - Luigi Sturzo - Italien und der Faschismus, Colónia.
  • 1928 - W. Y. Elliott - The Pragmatic Revolt in Politics, Nova Iorque, Macmillan Company.
  • 1930 - August Thalheimer - "Ueber den Faschismus", Gegen den Strom, números 2-4, Janeiro.
  • 1930 - José Ortega y Gasset - La rebelión de las masas (em castelhano).
  • 1933 - G. Lukács - Wie ist die faschistische Philosophie in Deutschland entstanden?, Budapest.
  • 1934 - R. Palm Dutt - Fascism and Social Revolution, Londres.
  • 1934 - Herbert Marcuse - The Struggle Against Liberalism in the Totalitarian View of the State.
  • 1935 - Fritz Sternberg - Der Faschismus an der Macht, Amesterdão.
  • 1936 - Daniel Guérin - Fascisme et grand capital, Paris.
  • 1936 - Emmanuel Mounier - "El mundo moderno contra la persona - Las civilizaciones fascistas", in Obras completas, I, 1931-1939, Salamanca, Ediciones Sígueme, 1992, 599-607.
  • 1937 - Leon Trotsky - The Class Nature of the Soviet State, Londres.
  • 1938 - H. Rauschning - Die Revolution des Nihilismus, Zurich.
  • 1938 - Eric Voegelin - Politische Religionen.
  • 1939 - Gioacchino Volpe - Storia del movimento fascista, Milão, 46-47.
  • 1939 - P. Drucker - The End of Economic Man, Nova Iorque.
  • 1939 - E. Vermeil - Doctrinaires de la révolution allemande, Paris.
  • 1940 - E. Lederer - The State of the Masses, Nova Iorque.
  • 1940 - Maurice H. Dobb - Political Economy and Capitalism. Some Essays in Economic Tradition, Londres, Routledge, 259 ss.
  • 1941 - W. M. McGovern - From Luther to Hitler: The History of Fascist-Nazi Political Philosophy, Nova Iorque.
  • 1941 - Friedrich Pollock - "State Capitalism: Its Possibilities and Limitations", Studies in Philosophy and Social Science 9, nº2.
  • 1941 - Friedrich Pollock - "Is National Socialism a New Order?", Studies in Philosophy and Social Science 9, nº 3.
  • 1941 - P. Viereck - Metapolitics: From the Romantics to Hitler, Boston.
  • 1944 - Franz Neumann - Behemoth: The Structure and Practice of National Socialism, 1933-1944, Nova Iorque, Oxford University Press.
  • 1950 - Theodor W. Adorno - The Autoritarian Personality, Nova Iorque, Harper.
  • 1950 - Max Horkheimer - The Lessons of Fascism. Tensions that Cause Wars, Urbana.
  • 1951 - Hannah Arendt - The Origins of Totalitarianism, Nova Iorque, Harcourt Brace and Co.
  • 1954 - G. Lukács - Die Zerstörung der Vernunft, Berlim.
  • 1956 - Carl J. Friedrich e Zbigniew Brzezinski - Dictatorship and Autocracy.
  • 1959 - W. Kornhauser - The Politics of Mass Society, Nova Iorque.
  • 1959 - D. M. Smith - Italy: A Modern History, Ann Arbor.
  • 1960 - Seymour M. Lipset - "Fascism - Left, Right and Center", in Political Man, Nova Iorque, capítulo 5.
  • 1963 - Ernst Nolte - Der Fascismus in seiner Epoche, Munique, R. Piper.
  • 1964 - G. L. Mosse - The Crisis of German Ideology: Intellectual Origins of the Third Reich, Nova Iorque.
  • 1964 - Eugen Weber - Varieties of Fascism, Nova Iorque.
  • 1965 - A. F. K. Organski - The Stages of Political Development, Nova Iorque.
  • 1966 - G. L. Mosse - Nazi Culture, Nova Iorque.
  • 1966 - H. Mommsen - Beamtentum in Dritten Reich, Stuttgart.
  • 1966 - Barrington Moore Jr. - Social Origins of Dictatorship and Democracy, Boston.
  • 1966 - D. Schoenbaum - Hitler’s Social Revolution, Nova Iorque.
  • 1967 - C. Seton-Watson - Italy from Liberalism to Fascism, 1870-1925, Londres, Methuen.
  • 1967 - Wolfgang Sauer - "National Socialism: Totalitarianism or Fascism?", American Historical Review, 73, 2, Dezembro, 404-422.
  • 1968 - H. Spiro - "Totalitarianism", International Encyclopedia of the Social Sciences, vol. 16, Nova Iorque.
  • 1968 - A. F. K. Organski - "Fascism and Modernization", in S. J. Woolf, ed., The Nature of Fascism, Londres, 19-41.
  • 1968 - H. Buchheim - Totalitarian Rule, Middletown, Conn.
  • 1968 - B. Seidel; S. Jenkner, eds. - Wege der Totalitarismusforschung, Darmstadt.
  • 1969 - E. Vermeil - Germany’s Three Reichs, Nova Iorque.
  • 1969 - Ludovico Garruccio (pseud.) - L’industrializzazione tra nazionalismo e rivoluzione.
  • 1970 - G. L. Mosse - Germans and Jews, Nova Iorque.
  • 1970 - Pierre Milza e Serge Berstein - L'Italie fasciste, Paris, A. Colin; revisto em Le fascisme italien, 1919-1945, Paris, Seuil, 1980.
  • 1970 - Augusto Del Noce - Il problema storico del fascismo, Florença, 11-46.
  • 1971 - M. Jänicke - Totalitäre Herrschaft: Anatomie eines politischen Begriffes, Berlim.
  • 1972 - H. Löffler - Macht und Konsens in den klassischen Staatsutopien: Erne Studie zur Ideengeschichte des Totalitarismus, Wärzburg.
  • 1972 - M. Greiffenhagen; R. Kühnl; J. B. Müller - Totalitarismus, Munique.
  • 1972 - Nikos Poulantzas- Fascisme et dictature, Paris.
  • 1972 - H. A. Turner Jr. - "Fascism and Modernization", World Politics, 24, 4 (Julho), 547-564
  • 1974 - James D. Forman - Fascism. The Meaning and Experience of Reactionary Revolution, Nova Iorque.
  • 1975 - G. L. Mosse - The Nationalization of the Masses, Nova Iorque.
  • 1975 - J.-F. Revel - La tentation totalitaire, Paris.
  • 1976 - P. Hüttenberger - "Nationalsozialistische Polykratie", Geschichte und Gesellschaft, 2, 4; 417-442.
  • 1976 - W. Schlangen - Die Totalitarismus-Theorie, Stuttgart.
  • 1979 - M. Curtis - Totalitarianism, New Brunswick, N. J..
  • 1980 - G. L. Mosse - Masses and Man, Nova Iorque.
  • 1980 - K. Löw, ed. - Totalitarismus und Faschismus, Munique.
  • 1980 - J. M. Rhodes - The Hitler Movement: A Modern Millenarian Revolution, Stanford.
  • 1981 - E. Menza, ed. - Totalitarianism Reconsidered, Nova Iorque.
  • 1981 - A. Perlmutter - Authoritarianism, New Haven.
  • 1982 - Zheliu Zhelev - Fashizmut (reed. in Social Science Monographs, Boulder, 1990)
  • 1982 - J.-J. Walter - Les machines totalitaires, Paris.
  • 1982 - D. Peukert - Volksgenossen und Gemeinschaftsfremde, Colónia.
  • 1983 - A. Glucksman - La force du vertige, Paris.
  • 1983 - J.-F. Revel - Comment les democraties finissent, Paris.
  • 1984 - Jeffrey Herf - Reactionary Modernism.
  • 1984 - G. Hermet; P. Hassner; J. Rupnik - Totalitarismes, Paris.
  • 1984 - Jürgen Habermas - The Theory of Communicative Action, Boston, Beacon.
  • 1985 - S. P. Soper - Totalitarianism: A Conceptual Approach, Lanham, Md..
  • 1988 - K. Löw - Totalitarismus, Berlim.
  • 1991 - Roger Griffin - The Nature of Fascism, Londres.
  • 2003 - João Bernardo - Labirintos do Fascismo. Na encruzilhada da Ordem e da Revolta. Porto: Afrontamento ISBN 972-36-0578-3
  • 2004 - Robert O. Paxton, The Anatomy of Fascism", Nova Iorque.
  • 2009 - Donald Sassoon, Mussolini e a ascensão do Fascismo, ISBN 85-220-0806-X
Os Fascismos (Fenómeno genérico e internacional)
  • 1964 - Eugen Weber - Varieties of Fascism: Doctrines of Revolution in the Twentieth Century. Ed. 1982.
  • 1969 - Pierre Milza - Fascismes et Idéologies réactionnaires en Europe, 1919-1945, Paris, A. Colin.
  • 1971 - A. Hamilton - The Appeal of Fascism. A Study of Intellectuals and Fascism, 1919-1945, Nova Iorque, Macmillan.
  • 1985 - Pierre Milza - Les fascismes, Paris, Imprimerie Nationale (Paris, Édition du Seuil, 1991).
O Fascismo (Fenómeno concreto)
  • 1979 - G. Allardyce - "What Fascism Is Not: Thoughts on the Definition of a Concept", American Historical Review, 84, 2 (Abril), 367-388.
  • 1981 - B. Martin - "Zur Tauglichkeit eines übergreifenden Faschismus-Begriff", Vierteljahrshefte für Zeitgeschichte, 1, 48-73.
  • 1980 - Mario Ambri - I falsi fascismi, Roma.
  • 1984 - M. Geyer - "The State in National Socialist Germany", in C. Bright e S. Harding, Statemaking and Social Movements, Ann Arbor, 193-232.
  • 2004 - Dimitris Michalopoulos, "La Roumanie et la Grèce dans la Seconde Guerre mondiale",Revue Roumaine d'Histoire, XLIII, Nos 1-4, 227-239.
Fascismo e Estados Unidos
Fascismo e Portugal
  • 1934 - António Ferro - Salazar, le Portugal et son Chef, Paris, 1934.
  • 1937 - Pedro Teotónio Pereira - A Batalha do Futuro, Lisboa, 1937.
  • 1938 - Marcello Caetano - O Sistema Corporativo, Lisboa, 1938.
  • 1938 - J. Teixeira Ribeiro - Princípio e Fins do Sistema Corporativo Português, Lisboa, 1938.
  • 1938 - A. Castro Fernandes - O Corporativismo Fascista, Lisboa, 1938.
  • 1969 - C. Rudel - Salazar, Paris, 1969.
  • 1976 - Manuel de Lucena - A evolução do sistema corporativo português, 2 volumes, Lisboa, Perspectivas e Realidade, 1976.
  • 1979 - Manuel de Lucena - "The Evolution of Portuguese Corporatism " in Lawrence S. Graham e Harry M. Makler, Contemporary Portugal: The Revolution and Its Antecedents, Austin, University of Texas, 1979, 48-62.

Ligações externas

Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
Wikiquote Citações no Wikiquote
Commons Categoria no Commons