Evaldo Luiz Ferreira de Souza
Evaldo Luiz Pereira de Souza | |
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Nascimento | Evaldo Luiz Ferreira de Suza 5 de junho de 1942 Pelotas, Rio Grande do Sul |
Morte | 9 de janeiro de 1973 (30 anos) Olinda (cidade)|Pernambuco |
Nacionalidade | brasileiro |
Ocupação | militar, ativista, professor,guerrilheiro |
Evaldo Luiz Ferreira de Souza (Pelotas, 5 de junho de 1942 - Olinda, 9 de janeiro de 1973) foi um militar e guerrilheiro brasileiro membro da Vanguarda Popular Revolucionária.[1] Foi assinado em 9 de janeiro de 1973,[2] traído pelo agente duplo Cabo Anselmo.
É um dos casos investigados pela Comissão da Verdade, que apura mortes e desaparecimentos durante o período da ditadura militar brasileira.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Filho de Maria Odete de Souza e Feverino Antônio de Souza , Evaldo nasceu em Pelotas, Rio Grande do Sul. Em sua juventude se formou pelo SENAI, onde atuou como mecânico até seu ingresso na carreira militar em 1962. Filiou-se a Associação de Marinheiros e Fuzileiros Navais e se engajou nas mobilizações ocorridas pelos marinheiros e fuzileiros antes e depois do Golpe de 64. Após a instauração o regime, Evaldo foi preso por nove meses e depois expulso da Marinha. Após sua liberação, se juntou ao Movimento Nacionalista Revolucionário. Em 1966 foi julgado pela auditoria da Marinha e condenado a cinco anos de prisão, mas desta vez optou pelo exílio.[1]
Exílio e militância
[editar | editar código-fonte]Permaneceu cinco anos no exílio em Cuba, onde ingressou na Vanguarda Popular Revolucionária e treinou como guerrilheiro. Em 1972 retornou para o Brasil com os nomes falsos de Renato Pereira da Silva e Jorge dos Santos[2] para atuar com a VPR no nordeste. Evaldo passou a frequentar diversas reuniões da VPR e em uma delas chegou a questionar a lealdade de José Anselmo dos Santos perante os membros do grupo.[3] José Anselmo, conhecido como Cabo Anselmo, era uma agente infiltrado da ditadura.
Morte e Massacre da granja São Bento
[editar | editar código-fonte]Em 8 janeiro de 1973, o Cabo Anselmo levou agentes do DOPS[4] a uma reunião do grupo em um sítio em Paulista, Pernambuco. Os policiais do DOPS invadiram o local, executando cinco membros da VPR. Evaldo conseguiu fugir do local e buscou refúgio em Olinda, no distrito de Jatobá,[5] mas foi encontrado por policiais no dia seguinte e após reagir a voz de prisão, foi baleado e morto. Segundo o laudo de sua morte,[2] Evaldo portava uma arma no momento do assassinato mas segundo dados da VPR,[6] nenhum dos militantes mortos conseguiram adquirir armas de fogo.
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ a b https://www.acervo.arquivopublico.pe.gov.br/uploads/r/arquivo-publico-estadual-jordao-emerenciano/4/d/3/4d3a519a736e0ae1150d2af33e64762523a750834b303164f15743e590f75fe3/9bcb2f4e-9514-431e-86d5-7ca234048208-EVALDO_LUIZ_FERREIRA_DE_SOUZA.pdf
- ↑ a b c «Laudo de Renato Pereira» (PDF). Secretaria de Segurança Pública. Consultado em 1 de novembro de 2019
- ↑ «Depoimento de Jorge Barret» (PDF). Secretaria da Casa Civil
- ↑ «Relatório final da Comissão da Verdade - Volume 1» (PDF). Consultado em 1 de novembro de 2019
- ↑ «Inspeção médico legal do corpo de Renato Vieira» (PDF)
- ↑ Benites, Afonso (4 de setembro de 2017). «Os rebeldes sem armas emboscados por um agente duplo da ditadura». EL PAÍS. Consultado em 1 de novembro de 2019