Edwiges de Queirós
Edwiges de Queirós | |
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Ministro da Agricultura do Brasil | |
Período | 19 de novembro de 1913 até 15 de novembro de 1914 |
Presidente | Hermes da Fonseca |
Antecessor(a) | José Barbosa Gonçalves |
Sucessor(a) | Pandiá Calógeras |
Deputado estadual do Rio de Janeiro | |
Período | 1892 até 31 de janeiro de 1893 |
Vereador de Petrópolis | |
Período | 1º de janeiro de 1917 até 18 de março de 1921 |
Dados pessoais | |
Nascimento | 17 de outubro de 1856 Cachoeiras de Macacu, RJ |
Morte | 18 de março de 1921 Petrópolis, RJ |
Nacionalidade | brasileiro |
Progenitores | Mãe: Deomethides de Queiroz Vieira[3] Pai: Emygdio Antonio Lopes Vieira[3] e |
Cônjuge | Maria Tereza Monteiro de Barros[1][2] |
Partido | Partido Conservador e Partido Republicano Fluminense |
Profissão | advogado |
Manuel Edwiges de Queirós Vieira (Cachoeiras de Macacu, 17 de outubro de 1856 — Petrópolis, 18 de março de 1921) foi um advogado, juiz e político brasileiro.[4]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Foi estudante do Colégio Pedro II, onde se bacharelou, em 1874, em humanidades. Foi para São Paulo em 1875 estudar na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco; formando-se, em 1879, em Ciências Jurídicas e Sociais. De volta ao Rio de Janeiro Foi nomeado juiz municipal e de órfãos em sua cidade natal, em 1885. Já em 1887 foi transferido para a cidade de Rio Bonito.[1][3]
O pai de Manuel Edwiges foi chefe político no município de Nova Friburgo, durante o Segundo Reinado.[5] Edwiges Iniciou sua vida política como membro do Partido Conservador, onde tornou-se aliado do conselheiro Paulino de Sousa, filho do Visconde do Uruguai. Com a Proclamação da República, em 1889, passou a fazer oposição politica a Francisco Portela, governador nomeado do Estado do Rio de Janeiro pelo presidente da República do Brasil, marechal Deodoro da Fonseca. Filiou-se ao Partido Republicano Fluminense, Edwiges de Queiroz, candidato a deputado pela oposição a Portela, não conseguiu eleger-se.[3]
Com a renúncia de Francisco Portela e a posterior convocação de novas eleições, Edwiges Queirós é eleito ao cargo de deputado estadual, ocupando a função de 1º Secretário. Junto com seus pares passa a elaborar a nova Constituição estadual do Rio de Janeiro, promulgada em 1892. Foi novamente conduzido para a Assembléia Legislativa onde em 25 de janeiro de 1893, votou com mais 26 colegas a favor da transferência da capital do Estado de Niterói para Teresópolis.[3]
Em 1893, Manuel Edwiges Queirós renunciou antes de terminar o seu mandato de deputado, pois foi nomeado por José Tomás de Porciúncula, que então governava o estado do Rio de Janeiro, ao cargo de chefe de polícia do mesmo estado. Neste cargo se destacaria contra a Revolta da Armada, estando ao lado das forças governistas do presidente marechal Floriano Peixoto; por este feito foi nomeado coronel honorário com honras do Exército Brasileiro.[1] Diante dos acontecimentos da revolta a capital estadual é transferida de Niterói para Petrópolis, passando Queirós a residir nesta cidade.[3]
Em 1894, na sucessão ao governo do estado, Porciúncula conseguiu eleger seu correlegionário: Joaquim Maurício de Abreu. No novo governo, Manuel Edwiges continuou no cargo de chefe de polícia. Já em 1897, o presidente da República Prudente de Morais, nomeia Edwiges chefe de polícia do Distrito Federal.[5]
Em 1900, último ano do governo estadual de Alberto Torres, o Partido Republicano Fluminense dividiu-se entre a antiga liderança exercida por José Porciúncula e liderança que despontava vinda de Torres. Diante desta divisão, Edwiges de Queirós permaneceu com Porciúncula, entretanto, este morreria inesperadamente um ano depois, aos 46 anos. Edwiges afasta-se a politica partidária e dedica-se a advocacia.[1]
Em 1906 Alfredo Backer assumiu o governo do Estado do Rio de Janeiro, sucedendo Nilo Peçanha. Com o rompimento político entre Nilo e Backer, Edwiges de Queirós se aproximou deste último, mantendo uma postura de oposição ao nilismo. Na sucessão de Backer, Manuel Edwiges Queirós Vieira foi escolhido como o candidato backerista contra o nilista Francisco Chaves de Oliveira Botelho. Em uma disputada e tumultuada eleição, marcada pela divisão da ALERJ em duas e pela intervenção do Supremo Tribunal Federal (STF), Oliveira Botelho assumiu o governo estadual.[6]
Já, depois, no governo de Hermes da Fonseca, foi alçado ao posto de ministro da Agricultura deste no período de 19 de novembro de 1913 e 15 de novembro de 1914.[4] Antes de sua morte ainda foi vereador de Petrópolis.[1][3][1][7][8][9][10][11]
Referências
- ↑ a b c d e f Francisco de Vasconcellos. «Edwiges de Queiroz, oitenta anos depois - Parte 2». Instituto Histórico de Petrópolis. Consultado em 25 de novembro de 2017. Arquivado do original em 1 de dezembro de 2017
- ↑ jornal A União (RJ) (24 de março de 1921). «Para a eternidade: Dr. Edwiges de Queirós» (PDF). jornal 24 ed. disponível no acervo da Biblioteca Nacional do Brasil. p. 2. Consultado em 5 de setembro de 2020
- ↑ a b c d e f g Francisco de Vasconcellos. «Edwiges de Queiroz, oitenta anos depois - Parte 1». Instituto Histórico de Petrópolis. Consultado em 25 de novembro de 2017. Arquivado do original em 1 de dezembro de 2017
- ↑ a b «Manoel Edwiges de Queiroz Vieira». Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. 7 de dezembro de 2016. Arquivado do original em 12 de janeiro de 2018
- ↑ a b Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil - (CPDOC); Raimundo Helio Lopes. «Dicionário da Elite Política Republicana (1889-1930), verbete: Manuel Edwiges de Queirós» 🔗 (PDF). Fundação Getúlio Vargas - FGV. Consultado em 11 de janeiro de 2018
- ↑ LACOMBE, Lourenço Luiz. Os chefes do Executivo Fluminense. Petrópolis, RJ : Museu Imperial, 1973.
- ↑ Francisco de Vasconcellos. «Edwiges de Queiroz, oitenta anos depois - Parte 3». Instituto Histórico de Petrópolis. Consultado em 25 de novembro de 2017. Arquivado do original em 1 de dezembro de 2017
- ↑ Francisco de Vasconcellos. «Edwiges de Queiroz, oitenta anos depois - Parte 4». Instituto Histórico de Petrópolis. Consultado em 25 de novembro de 2017. Arquivado do original em 10 de fevereiro de 2019
- ↑ Francisco de Vasconcellos. «Edwiges de Queiroz, oitenta anos depois - Parte 5». Instituto Histórico de Petrópolis. Consultado em 25 de novembro de 2017. Arquivado do original em 1 de dezembro de 2017
- ↑ Francisco de Vasconcellos. «Edwiges de Queiroz, oitenta anos depois - Parte 6». Instituto Histórico de Petrópolis. Consultado em 25 de novembro de 2017. Arquivado do original em 1 de dezembro de 2017
- ↑ Francisco de Vasconcellos. «Edwiges de Queiroz, oitenta anos depois - Parte 7». Instituto Histórico de Petrópolis. Consultado em 25 de novembro de 2017. Arquivado do original em 1 de dezembro de 2017
Precedido por Pedro Manuel de Toledo |
Ministro da Agricultura do Brasil 1913 — 1914 |
Sucedido por Pandiá Calógeras |