Daniel Guerra
Daniel Guerra | |
---|---|
41º Prefeito de Caxias do Sul | |
Período | 1 de janeiro de 2017 até 22 de dezembro de 2019 |
Antecessor(a) | Alceu Barbosa Velho |
Sucessor(a) | Flávio Cassina |
Vereador de Caxias do Sul | |
Período | 1 de janeiro de 2013 a 1 de janeiro de 2017 |
Secretário do Turismo de Caxias do Sul | |
Período | 2005 a 2008 |
Dados pessoais | |
Nome completo | Daniel Antônio Guerra |
Nascimento | 27 de julho de 1972 (52 anos) Cruz Alta |
Nacionalidade | brasileira |
Progenitores | Mãe: Ignez Guerra Pai: Léo Guerra |
Cônjuge | Andrea Marchetto Guerra |
Partido | Republicanos |
Religião | Católico romano |
Daniel Antônio Guerra (Cruz Alta,[nota 1] 27 de julho de 1972) é um político brasileiro. Filiado ao Republicanos, foi prefeito de Caxias do Sul de 2017 até 2019, quando sofreu um impeachment.
Filho de Ignez e Léo Guerra, corregedor da Fazenda, tem seis irmãos. Passou a infância em Caxias do Sul e começou sua vida profissional aos 14 anos como office-boy de um banco.[1] Depois formou-se em Direito e fez especialização em Gestão na Fundação Getúlio Vargas.[2] Foi gestor do BankBoston, onde permaneceu por três anos, aprofundando seus conhecimentos as áreas de economia, finanças, administração, relações humanas e gestão de pessoas. Foi também catequista e ligado aos movimentos cristãos.[1]
Decidiu ingressar na vida pública por convite do então prefeito de Caxias José Ivo Sartori, assumindo a pasta municipal do Turismo em 2005, exercendo o cargo até 2008. No ano seguinte elegeu-se vereador pelo PSDB, sendo reeleito em 2013, ano em que foi expulso do partido.[1] Durante sua passagem pela Câmara criticou o reajuste de salário dos vereadores e devolveu R$ 2.361,05 aos cofres públicos,[3] propôs a criação da Comissão Temporária Especial em Defesa da Vida e da Família, a fim de fiscalizar os programas e políticas públicas para a proteção e garantia dos direitos à vida, da família, da criança e do adolescente,[4] propôs a inscrição de Caxias no programa do governo federal Minha Cidade Inteligente,[5] e promoveu uma Moção de Repúdio contra a aprovação do auxílio-moradia para juízes, procuradores e promotores.[6] Em 2014 concorreu a deputado estadual pelo PRB, mas não venceu.[1]
Em 2016 foi eleito para a Prefeitura de Caxias do Sul em uma coligação com PR e PEN, vencendo no segundo turno o candidato do PDT Edson Néspolo com 62,79% dos votos,[2] tecendo críticas à gestão do prefeito Alceu Barbosa Velho e sustentando uma plataforma de renovação administrativa e inclusão social, centrando seus projetos nas áreas de segurança, saúde, educação e emprego. Seu vice foi Ricardo Fabris de Abreu.[7][8][9] Guerra é casado com Andrea Marchetto.[1]
Sua gestão desde o início se caracterizou pela controvérsia e pelo conflito.[10][11] Antes mesmo da posse foi desencadeado um conflito com o vice-prefeito Ricardo Fabris de Abreu, que alegava estar sendo ignorado nos debates sobre a formação do secretariado, e pediu desligamento do PRB, partido ao qual também pertence o prefeito.[12] As relações entre ambos ficaram mais tensas, Fabris chegou a renunciar mas voltou atrás, não obstante o prefeito determinou a extinção do cargo de vice-prefeito,[13] e em setembro de 2017 o vice abriu um pedido de impeachment do prefeito alegando crime de responsabilidade e improbidade administrativa. A admissibilidade do pedido foi rejeitada e ele não chegou à votação na Câmara, que já havia rejeitado um anterior pedido em maio pelo bacharel em Direito João Manganelli Neto, que alegava crime de responsabilidade.[14][15] Além disso, Fabris abriu três pedidos de investigação do Ministério Público por improbidade administrativa contra secretários do governo Guerra.[16] Em dezembro um terceiro pedido de impeachment foi levado à Câmara, acusando-o de infrações político-administrativas, crimes de responsabilidades e atos de improbidade administrativa.[17] O prefeito recebeu muitas críticas de outras fontes e várias de suas decisões geraram polêmica. Para o jornalista André Tajes, "o prefeito Daniel Guerra tenta se afastar do rótulo de provocador e de que sua administração não dialoga com classe política, entidades empresariais e a comunidade, mas não consegue". O prefeito negou as acusações e disse manter o diálogo permanentemente aberto com todos os que queiram colaborar para o crescimento da cidade.[18]
Em 2019, depois de seis processos de impeachment fracassados, no sétimo a Câmara de Vereadores cassou seu mandato, com 18 votos a favor, quatro contra e uma abstenção. Segundo o jornalista Celso Sgorla, das quatro denúncias apuradas neste processo, a Comissão Processante recomendava a cassação por três ações: desprezo pelo Conselho Municipal de Saúde, sendo contrário à gestão compartilhada, por meio da transformação do Pronto Atendimento 24 Horas em Unidade de Pronto Atendimento Central, pela proibição da utilização da Praça Dante Alighieri para a tradicional bênção dos freis capuchinhos, e pelo ato discriminatório contra a Parada Livre, que foi impedida de acontecer na Rua Marquês do Herval.[19]
Notas e referências
Notas
Referências
- ↑ a b c d e Tajes, André. "O perfil de Daniel Guerra, candidato a prefeito de Caxias do Sul pelo PRB". Pioneiro, 01/10/2016
- ↑ a b "Daniel Guerra, do PRB, é eleito prefeito de Caxias do Sul". O Globo, 30/10/2016
- ↑ "Vereador Daniel Guerra faz a devolução do valor referente a reajuste dos vereadores". Fundação Republicana, 14/04/2016
- ↑ Ribeiro, Carlos. "Daniel Guerra propõe Comissão Especial em Defesa da Vida e da Família" Arquivado em 30 de novembro de 2016, no Wayback Machine.. Jornal Show de Bola, 19/07/2015
- ↑ "Vereadores de Caxias arquivam projeto que reduz em 40% os próprios salários" Arquivado em 30 de novembro de 2016, no Wayback Machine.. Olá Serra Gaúcha, 19/05/2016
- ↑ Câmara Municipal de Caxias do Sul. Moção nº MC - 33/2014, 23/10/2014
- ↑ "As 10 razões para a vitória de Daniel Guerra, prefeito eleito de Caxias". Pioneiro, 31/10/2016
- ↑ "Daniel Guerra é eleito prefeito de Caxias do Sul". Correio do Povo, 30/10/2016
- ↑ "Pré-candidato à prefeito, Daniel Guerra: População vem mostrando que não quer mais esse atual desgoverno de Caxias". Spaço 100.9 FM, 30/05/201
- ↑ "Coleção de conflitos fragiliza administração de Daniel Guerra, em Caxias". Pioneiro, 02/12/2017
- ↑ Pozza, Rosilene. "Gestão de conflitos marca os seis meses do governo de Daniel Guerra, em Caxias". 'Pioneiro, 01/07/2017
- ↑ Pozza, Rosilene. "Vice-prefeito eleito de Caxias pede desfiliação do PRB". Pioneiro, 08/12/2016
- ↑ Tajes, André. "Caxias do Sul tem vice-prefeito ou não?" Pioneiro, 01/04/2017
- ↑ Souza, Ricardo de. "Vereadores rejeitam denúncia que pedia impeachment do prefeito Daniel Guerra". Leouvre, 05/09/2017
- ↑ Rech, Maicon. "Grupo protocola terceiro pedido de impeachment contra o prefeito Daniel Guerra". Leouvre, 11/12/2017
- ↑ Tajes, André. "Conflito permanente e desgastante na prefeitura de Caxias do Sul".
- ↑ Bevilaqua, Juliana. "Câmara acolhe pedido de impeachment do prefeito de Caxias do Sul". Zero Hora, 12/12/2017
- ↑ Prefeito Daniel Guerra: "Diálogo permanente com toda a cidade".
- ↑ Sgorla, Celso. "Prefeito de Caxias do Sul tem mandato cassado". Correio do Povo, 22/12/2019
Ver também
[editar | editar código-fonte]- História de Caxias do Sul
- Lista de prefeitos de Caxias do Sul
- Eleição municipal de Caxias do Sul em 2016
Prefeitos de Caxias do Sul | ||
---|---|---|
Precedido por Alceu Barbosa Velho |
Daniel Guerra 1º de janeiro de 2017 – 22 de dezembro de 2019 |
Sucedido por Flávio Cassina |