Conferência de San Remo
A Conferência de San Remo (19 a 26 de abril de 1920, Sanremo, Itália), realizada pelo conselho supremo aliado após a Primeira Guerra Mundial, determinou a atribuição de mandatos da Sociedade das Nações às potências vitoriosas, para que estas administrassem territórios anteriormente pertencentes ao Império Otomano no Oriente Médio.[1] As decisões da conferência apenas confirmaram (por exemplo, no que respeita à Palestina) as conclusões da Conferência de Londres, realizada em fevereiro de 1920. O Reino Unido recebeu o mandato da Palestina e do Iraque, enquanto que a França ganhou o controle da Síria e do Líbano.
As fronteiras entre aqueles territórios não foram especificadas.
Em linhas gerais, a conferência confirmou os termos do Acordo Sykes-Picot, estabelecido entre o Reino Unido e a França em 19 de maio de 1916, que partilhou a região, e também da Declaração de Balfour, de 2 de novembro de 1917, pela qual o governo britânico assumira o compromisso de estabelecer o Lar Nacional Judeu na Palestina, sem prejuízo dos direitos civis e religiosos da população não judaica da região. As decisões da conferência foram incorporadas ao natimorto tratado de Sèvres. Como a Turquia rejeitou o tratado, as conclusões da conferência foram formalizadas pelo Conselho da Sociedade das Nações, em 24 de julho de 1922 e pelo tratado de Lausanne.
Referências
- ↑ Pre-State Israel: The San Remo Conference, em inglês, acesso em 26 de dezembro de 2013.
- Conferências da Primeira Guerra Mundial
- Conferências diplomáticas na Itália
- Mandatos da Liga das Nações
- História da Turquia
- História do Iraque
- História do Líbano
- História da Síria
- História da Palestina
- Fronteiras de Israel
- História do Reino Unido
- História da França
- 1920 na Itália
- 1920 nas relações internacionais