Cassandro
Cassandro Κάσσανδρος | |
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Rei da Macedónia | |
Moeda com a efígie de Cassandro | |
Rei da Macedónia | |
Reinado | 305 – 297 a.C. |
Predecessor | Alexandre IV |
Sucessor | Filipe IV |
Nascimento | c. 350 a.C. |
Morte | 297 a.C. (53 anos) |
Pela | |
Esposa | Tessalônica da Macedônia |
Descendência | |
Dinastia | Antipátrida |
Pai | Antípatro |
Religião | grega antiga |
Cassandro (em grego: Κάσσανδρος; romaniz.: Kassandros; c. 350 a.C. – Pela, 297 a.C.) foi rei da Macedónia entre 305 e 297 a.C.. Era filho de Antípatro, um dos diádocos (generais de Alexandre, o Grande), e após a morte de Alexandre, ficou com parte da Grécia. Sete anos depois mandou assassinar Olímpia, mãe de Alexandre. Também mandou assassinar Alexandre IV, o filho que Alexandre teve com Roxana.
Família
[editar | editar código-fonte]Cassandro era filho de Antípatro,[1] cujo pai se chamava Iolau,[2] e irmão de Iolas, copeiro de Alexandre,[1] e Filipe, general de Cassandro em sua guerra contra a Liga Etólia e o Epiro.[3] Outro possível irmão é Archias, mencionado junto com Iolas como acompanhantes de Niceia, filha de Antípatro, quando esta foi trazida da Macedônia para se casar com Pérdicas.[4]
Algumas das filhas de Antípatro, irmãs de Cassandro, eram:
- Eurídice, esposa de Ptolemeu I Sóter.[5]
- Niceia,[6][7] que se casou com Pérdicas[6] e com Lisímaco.[7]
- Fila, casada com Crátero e com Demétrio Poliórcetes.[8]
Ele se casou com Tessalônica da Macedônia, filha de Filipe II com Nicesipolis, sua esposa ou concubina tessália,[9] originária de Feras.[10][11] Tessalônica se tornou rainha da Macedônia e mãe de três filhos, Filipe IV da Macedônia, Antípatro II da Macedônia e Alexandre V da Macedônia.[12]
Reinado de Alexandre
[editar | editar código-fonte]Segundo Plutarco, Alexandre tinha medo de Antípatro e seus dois filhos, Cassandro e Iolas, que era seu copeiro.[1]
Regência de Pérdicas
[editar | editar código-fonte]Durante a Partilha da Babilônia, Cassandro recebeu a Cária,[13] enquanto o território europeu, entre a Trácia, entregue a Lisímaco, e o Epiro foi dado para Antípatro e Crátero.[14]
Após os gregos terem se submetido a Antípatro, eles também se tornaram submissos a Crátero, que ajudou na guerra, e a Cassandro.[15][a]
Cassandro executou o orador ateniense Dêmades, alegando que ele havia enviado uma carta a Pérdicas que acusava Antípatro e pedia ajuda para libertar os gregos, após assassinar o filho de Dêmades, em seus braços.[16]
Após o casamento de Niceia, irmã de Cassandro, com Pérdicas,[4] Antígono Monoftalmo se refugiou na Macedônia com Antípatro e Crátero,[17] e estes se rebelaram contra Pérdicas quando este repudiou Niceia e se casou com Cleópatra, irmã de Alexandre.[18]
Regência de Antípatro
[editar | editar código-fonte]Após uma breve regência de Peithon e Arrideu,[19] Antípatro foi escolhido como regente do Império,[20] e fez a divisão em satrapias.[21][b] Nesta partilha, Cassandro se tornou quiliarca da cavalaria.[22]
Cassandro desconfiava de Antígono Monoftalmo, e recomendou a seu pai que tomasse cuidado com ele.[23] Antipatro morreu depois de viver mais de 80 anos.[2]
Após a morte de Antípatro
[editar | editar código-fonte]Antípatro nomeou Poliperconte como seu sucessor como regente, o que levou à guerra. Olímpia assassinou Filipe Arrideu e sua esposa Eurídice, e Cassandro, em retaliação, assassinou Olímpia, Roxana e o filho que ela teve com Alexandre, Alexandre IV da Macedónia. Com isso, Antígono Monoftalmo declarou-se rei da Ásia, e os demais sátrapas o seguiram, com Cassandro se declarando rei da Macedônia.[carece de fontes]
Após a morte de Cassandro e de seu filho mais velho, Filipe IV, seus outros filhos, Antípatro II e Alexandre V, brigaram pelo trono; em poucos anos, todos os descendentes de Cassandro estavam mortos.[carece de fontes]
Notas
[editar | editar código-fonte]- ↑ Esta revolta dos gregos foi a Guerra Lamiaca.
- ↑ Esta segunda divisão do Império se chamou Tratado de Triparadiso.
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ a b c Plutarco, Vida de Alexandre, 74.2
- ↑ a b Luciano de Samósata
- ↑ Smith 1844.
- ↑ a b Arriano, 21
- ↑ Pausânias, 1.6.8
- ↑ a b Diodoro Sículo, 23.1
- ↑ a b Estrabão, 4 & 7
- ↑ Plutarco, Vida de Demétrio, 14.2
- ↑ Pausânias, viii. 7.7
- ↑ Ateneu, xiii
- ↑ Pausânias, ix. 7.3
- ↑ Eusébio de Cesareia, 88
- ↑ Arriano, 6
- ↑ Arriano, 7
- ↑ Arriano, 12
- ↑ Arriano, 14
- ↑ Arriano, 24
- ↑ Arriano, 26
- ↑ Arriano, 30
- ↑ Arriano, 33
- ↑ Arriano, 34
- ↑ Arriano, 38
- ↑ Arriano, 43
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Arriano, Eventos após Alexandre; citado em epítome por Fócio na sua Biblioteca.
- Ateneu, Dipnosofistas
- Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XVIII
- Eusébio de Cesareia, «Reis dos Macedônios, dos escritos de Porfírio, o filósofo, nosso adversário», Crônica
- Estrabão, «4, 7», Geografia, Livro XII
- (Pseudo-)Luciano de Samósata, Macrobii
- Pausânias, Descrição da Grécia
- Plutarco, «Vida de Alexandre», Vidas Paralelas
- Plutarco, «Vida de Demétrio», Vidas Paralelas
- Smith, William (1844), «Philippus (15)», Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology (em inglês)