Azenha (Porto Alegre)
| ||
---|---|---|
Bairro do Brasil | ||
Localização | ||
Mapa de Azenha | ||
Coordenadas | 30° 03′ 00″ S, 51° 13′ 00″ O | |
Município | Porto Alegre | |
Características geográficas | ||
Área total | 126 hectares | |
População total | 13,449 hab (2 000) 5,889 homens 7,560 mulheres hab. | |
Densidade | 107 hab/ha hab./km² | |
Outras informações | ||
Taxa de crescimento | (-) 1,5% (de 1991 a 2000) | |
Domicílios | 5.295 | |
Rendimento médio mensal | 10,73 salários mínimos |
Azenha é um bairro da cidade brasileira de Porto Alegre, capital do Estado do Rio Grande do Sul. Foi criado pela lei 2022 de 7 de dezembro de 1959 com os limites alterados pela lei 4685 de 21 de dezembro de 1979.
Histórico
[editar | editar código-fonte]A Azenha teve início quando Francisco Antônio da Silveira, um açoriano que chegou a Porto Alegre na metade do século XVIII, instalou-se na margem sul do arroio Dilúvio, nas proximidades do atual Hospital Ernesto Dornelles. A construção neste local, por volta de 1760, de um moinho movido a roda dágua — uma azenha — para moer trigo, transformou Silveira no "Chico da Azenha" e batizou a região. Silveira converteu-se no primeiro plantador de trigo e fabricante de farinha de Porto Alegre.[1]
Tendo em vista o desenvolvimento de suas atividades comerciais, o açoriano ergueu uma ponte sobre o arroio Dilúvio para viabilizar o tráfego entre as duas margens, a Ponte da Azenha. A estrada que se dirigia desta ponte até o atual Centro da cidade ficou conhecida como o Caminho da Azenha. Atualmente ela corresponde à Avenida João Pessoa e à Avenida da Azenha. A ponte de pedra da Azenha foi também local da primeira batalha entre revolucionários e legalistas na Guerra dos Farrapos, no noite de 19 de setembro de 1835, com vitória dos farroupilhas que, no dia seguinte, viriam a tomar a cidade.[1]
Com o tempo, o bairro acabou por se desenvolver em direção à região sul da cidade. O processo de urbanização teve avanço a partir de 1870, quando um abaixo-assinado de moradores solicitou ao poder público a instalação de lampiões nas ruas. Em 1905 teve início o trabalho de calçamento do antigo Caminho, já chamado de Rua da Azenha.[1]
Na Azenha, até meados do século XX, existiam vários comércios populares, a maioria de imigrantes ou descendentes, como a padaria Esteves; a confeitaria do "seu" Cardoso; a alfaiataria Castel, cujo proprietário, Henrique Falk, era um judeu que fugiu dos pogroms na Ucrânia. Todos esses estabelecimentos ficavam próximos ao cinema Castelo.[1]
Lá também ficava a antiga Rua Cabo Rocha, onde se concentravam os prostíbulos, muito visitados por turistas, principalmente pelos marinheiros que chegavam de navio à cidade. Nessa mesma rua também ficava o Cabaré do Galo, frequentado por Lupicínio Rodrigues, que lá compôs e cantava muitas de suas famosas canções de dor-de-cotevelo.[2] A rua teve seu nome mudado e, atualmente, é a Rua Professor Freitas e Castro.
Características atuais
[editar | editar código-fonte]Tradicional bairro de comércio variado de Porto Alegre, podem-se encontrar na Azenha o comércio de móveis, bares, farmácias, bancos, lancherias, casas de vestuário e de calçados, além de lojas de autopeças.
Pontos de referência
[editar | editar código-fonte]- Áreas verdes
- Praça da Saudade
- Praça e monumento a Garibaldi[3]
- Praça Princesa Isabel
- Praça Piratini (parte desta)
- Praça Sport Club Internacional[4]
- Serviços públicos
- Companhia de Processamento de Dados do Município de Porto Alegre (Procempa)[5]
- Departamento de Identificação e um dos prédios do Laboratório de Perícias do Instituto Geral de Perícias do Rio Grande do Sul
- Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC)[6]
- Superintendência Regional da Polícia Federal
- Hospitais
- Outros
- Estádio Olímpico Monumental, que pertence ao Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense
- Cemitério da Santa Casa de Misericórdia[10][11]
- Cemitério São Miguel e Almas[12]
- Cemitério São José[13]
- Cemitério União Israelita Porto Alegrense[14]
- Igreja Nossa Senhora de Lourdes
- Igreja Presbiteriana da Azenha
- Ponte da Azenha[15][16]
- Shopping João Pessoa[17][18]
- 4° Tabelionato de Notas
- Sede do Grupo RBS[19] e do jornal Zero Hora[20]
Limites atuais
[editar | editar código-fonte]Ponto inicial e final: encontro da Avenida Venâncio Aires com a Avenida João Pessoa; desse ponto segue pela Avenida João Pessoa até a Avenida Bento Gonçalves, por essa até a Rua Onofre Pires, por essa até a Rua Plácido de Castro, por essa até a Travessa Feliz, por essa até a Rua Mansão, por essa até a Avenida Professor Oscar Pereira, por essa até a Avenida Porto Alegre, por essa até a Rua Doutor Carlos Barbosa, por essa até a Rua José de Alencar, por essa até a Avenida Érico Veríssimo, por essa até a Praça Garibaldi, por essa até a Avenida Venâncio Aires, por essa até a Avenida João Pessoa, ponto inicial.[1]
Seus bairros vizinhos são: Cidade Baixa, Menino Deus, Santana, Santo Antônio e Medianeira.
Galeria de imagens
[editar | editar código-fonte]-
Avenida Princesa Isabel
-
Sede do jornal Zero Hora
Referências
- ↑ a b c d Prefeitura de Porto Alegre. História dos bairros de Porto Alegre.
- ↑ "Eleja o músico do século". IstoÉ, nº 1528
- ↑ Correio do Povo - Há um século no Correio do Povo (notícia sobre a construção do monumento)
- ↑ Localização da Praça Sport Club Internacional
- ↑ Prefeitura de Porto Alegre - Procempa
- ↑ Prefeitura de Porto Alegre - EPTC
- ↑ Página oficial do HED
- ↑ HED no Google maps
- ↑ Hospital Porto Alegre no Google maps
- ↑ Página oficial do Cemitário da Santa Casa de Misericórdia
- ↑ Cemitério da Santa Casa de Misericórdia no Google maps
- ↑ Localização do Cemitério São Miguel e Almas
- ↑ Localização do Cemitério São José
- ↑ Localização do Cemitério União Israelita Porto Alegrense
- ↑ CREA-RS - Memória - Ponte da Azenha
- ↑ Prefeitura de Porto Alegre - Revitalização da Ponte da Azenha
- ↑ Página oficial do Shopping João Pessoa
- ↑ Shopping João Pessoa no Google maps
- ↑ Página oficial do Grupo RBS
- ↑ Zero Hora - ClicRBS
Referências bibliográficas
[editar | editar código-fonte]- FRANCO, Sérgio da Costa. Porto Alegre: guia histórico. Porto Alegre: Ed. da Universidade/UFRGS, 1992.
- Dados do censo/IBGE 2000