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Alfredo de Sá Cardoso

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Alfredo de Sá Cardoso
Alfredo de Sá Cardoso
Presidente do Ministério de Portugal
Período 29 de junho de 1919
até 15 de janeiro de 1920
Presidente João do Canto e Castro
António José de Almeida
Antecessor(a) Domingos Pereira
Sucessor(a) Francisco Fernandes Costa (não empossado)
Presidente do Ministério de Portugal
(continuação)
Período 15 de janeiro de 1920
até 21 de janeiro de 1920
Presidente António José de Almeida
Antecessor(a) Francisco Fernandes Costa (não empossado)
Sucessor(a) Domingos Pereira
Dados pessoais
Nome completo Alfredo Ernesto de Sá Cardoso
Nascimento 6 de junho de 1864
Lisboa
Morte 24 de abril de 1950 (85 anos)
Lisboa
Partido Partido Reconstituinte
Assinatura Assinatura de Alfredo de Sá Cardoso
Serviço militar
Lealdade Portugal
Serviço/ramo Exército Português
Graduação General

Alfredo Ernesto de Sá Cardoso GOCComAGOAGCA (Lisboa, 6 de junho de 1864 — Lisboa, 24 de abril de 1950) foi um político republicano português, tendo servido como presidente do Ministério.

Sá Cardoso foi filho de Adelaide Leopoldina de Sá Cardoso. Teve um filho ilegítimo em 1902, o qual reconheceu no ano seguinte. Viria a casar apenas em 1927 com Gabriela Beauregard Moreira. Após os primeiros estudos, ingressou no Colégio Militar e, depois, na Escola do Exército, onde cursou a arma de Artilharia. Assentou praça em 1880, prosseguindo a carreira de oficial do exército (alferes, 1886; tenente, 1888; capitão, 1900; major, 1911; tenente-coronel, 1915; coronel, 1917) que o levaria, em 1924, ao posto de general.

Mobilizado na campanha de Luanda, de cujo governo distrital viria a ser secretário (a partir de 1888), foi governador da fortaleza de São Paulo de Luanda e, nos anos de 1917–1918, integrou o Corpo Expedicionário Português. Desempenhou também o cargo de vogal do Conselho de Trabalhos Balísticos.

Filiado no Partido Republicano Português, foi membro da respetiva Junta Consultiva (1913) e chefe indigitado do partido (em 1919). Passou também pelo Partido Reconstituinte, que fundou com Álvaro de Castro, e pela Acção Republicana, de que foi presidente.

Membro da Maçonaria desde 1893, foi iniciado na Loja Portugal com o nome simbólico de Alaíde, ascendendo ao grau 33 e fazendo parte do seu Supremo Conselho desde 1934.

Foi participante ativo na campanha republicana, ainda na vigência da Monarquia, tomando parte nos acontecimentos de 31 de janeiro de 1890 e de 28 de janeiro de 1908.

O Major Sá Cardoso proclama a Junta Revolucionária à varanda dos Paços do Concelho de Lisboa, durante o golpe de 14 de Maio de 1915.

Integrou o Comité Militar para a proclamação da República e foi interveniente na revolução de 5 de Outubro de 1910. Com o triunfo republicano, passou a chefe de gabinete de Correia Barreto (1910–1911) e, depois, a Governador Civil do Distrito Autónomo do Funchal (1913–1914). Integrando o agrupamento Jovem Turquia, co-organizou o movimento de 14 de maio de 1915.

Tomou parte na resistência contra a revolta sidonista de 5 de dezembro de 1917, tendo conhecido a prisão em 1918–1919. Neste último ano, fiel à sua índole republicana, participou na ofensiva contra a "Monarquia do Norte". Teve assento parlamentar, por Viana do Castelo, em 1913, 1915, 1919 e 1922, presidindo à Câmara dos Deputados neste último ano.

O governo de Sá Cardoso, após a tomada de posse em 1919

Esteve à frente do governo de 29 de junho de 1919 a 21 de janeiro de 1920, acumulando as pastas do Interior (pelo mesmo período) e dos Negócios Estrangeiros (de 29 de junho a 12 de julho de 1919). Entre 15 de janeiro de 1920 e 21 de janeiro desse mesmo ano governou de modo interino, uma vez que o seu Executivo foi interrompido pelo Ministério de Francisco Fernandes Costa, que presidiu ao chamado Governo dos Cinco Minutos. Voltaria a participar no executivo, no Ministério do Interior, entre 18 de dezembro de 1923 e 6 de julho de 1924.

Com o advento da Ditadura Militar, foi outra vez preso (1926), vivendo em regime de residência fixa, em Cabo Verde e nos Açores, entre 1927 e 1933.

Regressou a Portugal em 1934 para fundar a Aliança Republicana.

A 15 de fevereiro de 1919 foi feito Comendador da Ordem Militar de São Bento de Avis, a 28 de junho de 1919 foi feito Grande-Oficial da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo, tendo sido elevado a Grande-Oficial da Ordem Militar de São Bento de Avis a 31 de dezembro de 1920 e a Grã-Cruz da mesma Ordem a 5 de outubro de 1926.[1]

Sem ter nunca aceite cargos rendosos, viria a falecer em Lisboa, a 24 de abril de 1950.

Referências

  1. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Alfredo Ernesto de Sá Cardoso". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 19 de março de 2016 
  • Guinote et al., Ministros e Parlamentares da 1.ª República, Assembleia da República, Lisboa, 1991.
  • Processo de Alfredo Ernesto de Sá Cardoso - Arquivo Histórico-militar - Lisboa

Ligações externas

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Precedido por
Domingos Pereira
Presidente do Ministério de Portugal
19191920
(XXI Governo Republicano)
Sucedido por
Francisco Fernandes Costa
(não empossado)
Alfredo de Sá Cardoso
(reconduzido)
Precedido por
Domingos Pereira
Ministro do Interior
(1.ª vez)
19191920
(XXI Governo Republicano)
Sucedido por
António Granjo
(não empossado)
Alfredo de Sá Cardoso
(reconduzido)
Precedido por
Rodolfo Xavier da Silva
Ministro dos Negócios Estrangeiros
(interino)
1919
(XXI Governo Republicano)
Sucedido por
João de Melo Barreto
Precedido por
Alfredo Rodrigues Gaspar
Ministro das Colónias
(interino)
1920
(XXI Governo Republicano)
Sucedido por
Álvaro de Castro
Precedido por
Alfredo de Sá Cardoso
(de facto)
Francisco Fernandes Costa
(não empossado)
Presidente do Ministério de Portugal
(reconduzido)
1920
(XXI Governo Republicano)
Sucedido por
Domingos Pereira
Precedido por
Alfredo de Sá Cardoso
(de facto)
António Granjo
(não empossado)
Ministro do Interior
(1.ª vez; reconduzido)
1920
(XXI Governo Republicano)
Sucedido por
Domingos Pereira
Precedido por
António Ginestal Machado
Ministro do Interior
(2.ª vez)
19231924
(XXXIX Governo Republicano)
Sucedido por
Alfredo Rodrigues Gaspar