6.ª Região Militar
6.ª Região Militar | |
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País | Brasil |
Corporação | Exército Brasileiro |
Subordinação | Comando Militar do Nordeste |
Denominação | Comando da 6.ª Região Militar |
Sigla | 6.ª RM |
Criação | 1923 |
Patrono | Marechal Cantuária |
História | |
Guerras/batalhas | Guerra da Independência do Brasil |
Condecorações | Ordem do Mérito Militar[1] |
Comando | |
Comandante | General de Divisão André Luiz Aguiar Ribeiro[2] |
Sede | |
Sede | Salvador - Bahia |
Página oficial | Página oficial |
Mapa da área de atuação | |
Bahia e Sergipe |
A 6.ª Região Militar (6.ª RM) é uma das doze regiões militares do Exército Brasileiro, sediada na cidade de Salvador, com jurisdição sobre os estados da Bahia e Sergipe. Além das atribuições de apoio, controla as forças combatentes na sua área. Seus comandantes já participaram tanto das disputas políticas estaduais quanto dos conflitos armados na região.
Organização
[editar | editar código-fonte]O comando foi conhecido ao longo do tempo como o Comando das Armas da Província da Bahia, de 1821, Comando das Armas da Bahia, de 1830, 3º Distrito Militar, de 1891, e, como região militar, a 7.ª, em 1908, 3.ª, em 1915, 5.ª, de 1919, e 6.ª, de 1923. Sua área de jurisdição sempre incluiu a Bahia, chegando a abranger Alagoas e o Espírito Santo em algumas das reorganizações.[3] Como região militar, sua função é de apoio logístico e organizacional, mas ela e a 10.ª, sediada no Ceará, também comandam forças combatentes, possuindo alguns batalhões de infantaria. Elas podem atuar à retaguarda do Comando Militar do Nordeste, cujas principais forças combatentes são as brigadas em Pernambuco e no Rio Grande do Norte.[4] O programa Força Terrestre 90 previa a criação de uma 19.ª brigada de infantaria motorizada na Bahia, o que não ocorreu.[5]
Organizações subordinadas[6] | ||||
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Distintivo de Bolso | Organização militar | Designação militar | Sede | Estado |
Companhia de Comando da 6.ª Região Militar | Cia C/6ª R M | Salvador | Bahia | |
6º Batalhão de Polícia do Exército | 6º BPE | Salvador | Bahia | |
19º Batalhão de Caçadores | 19º B C | Salvador | Bahia | |
28º Batalhão de Caçadores | 28º B C | Aracaju | Sergipe | |
35º Batalhão de Infantaria | 35º B I | Feira de Santana | Bahia | |
Centro Marechal Cantuária | C M C | Salvador | Bahia |
Organizações vinculadas | |||
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Organização militar | Designação militar | Sede | Estado |
4º Batalhão de Engenharia de Construção | 4º BEC | Barreiras | Bahia |
51º Centro de Telemática | 51º CT | Salvador | Bahia |
Escola de Saúde e Formação Complementar do Exército / Colégio Militar de Salvador | ESFCEx/ CMS | Salvador | Bahia |
6ª Centro de Gestão, Contabilidade e Finanças do Exército | 6º CGCFEx | Salvador | Bahia |
Tiros de Guerra | |||
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Organização militar | Designação militar | Sede | Estado |
TG 06 - 001 - Alagoinhas | TG 06 - 001 | Alagoinhas | Bahia |
TG 06 - 002 - Cachoeira | TG 06-002 | Cachoeira | Bahia |
TG 06 - 003 - Santo Antônio de Jesus | TG 06 - 003 | Santo Antônio de Jesus | Bahia |
TG 06 - 004 - Cruz das Almas | TG 06 - 004 | Cruz das Almas | Bahia |
TG 06 - 005 - Valença | TG 06 - 005 | Valença | Bahia |
TG 06 - 006 - Vitória da Conquista | TG 06 - 006 | Vitória da Conquista | Bahia |
TG 06 - 007 - Itabuna | TG 06 - 007 | Itabuna | Bahia |
TG 06 - 008 - Jacobina | TG 06 - 008 | Jacobina | Bahia |
TG 06 - 009 - Jequié | TG 06 - 009 | Jequié | Bahia |
TG 06 - 011 - Poções | TG 06 - 011 | Poções | Bahia |
TG 06 - 013 - Estância | TG 06 - 013 | Estância | Sergipe |
TG 06 - 014 - Serrinha | TG 06 - 014 | Serrinha | Bahia |
TG 06 - 015 - Lagarto | TG 06 - 015 | Lagarto | Sergipe |
TG 06 - 019 - Muritiba | TG 06 - 019 | Muritiba | Bahia |
TG 06 - 020 - Nazaré | TG 06 - 020 | Nazaré (Bahia) | Bahia |
TG 06 - 023 - Itapetinga | TG 06 - 023 | Itapetinga | Bahia |
TG 06 - 024 - Brumado | TG 06 - 024 | Brumado | Bahia |
TG 06 - 025 - Itamaraju | TG 06 - 025 | Itamaraju | Bahia |
TG 06 - 026 - Camaçari | TG 06 - 026 | Camaçari | Bahia |
TG 06 - 027 - Irecê | TG 06 - 027 | Irecê | Bahia |
TG 06 - 030 - Macarani | TG 06 - 030 | Macarani | Bahia |
Atuação histórica
[editar | editar código-fonte]Em 1896 a Força Pública da Bahia e a guarnição federal entraram em conflito com os seguidores de Antônio Conselheiro em Canudos. As três primeiras expedições foram derrotadas. O governador Luís Viana e o general Frederico Sólon de Sampaio Ribeiro, comandante do 3º Distrito Militar, discordavam um do outro sobre a condução da guerra. O governador temia a intervenção federal e conseguiu o afastamento do general.[7]
Em 1912 o general Sotero de Menezes, inspetor da 7.ª Região, favoreceu José Joaquim Seabra na disputa política baiana e foi um dos principais atores na intervenção federal no estado. O clima entre o Exército e a Força Pública era tenso em Salvador. Para obrigar o governador interino Aurélio Rodrigues Viana, inimigo dos seabristas, a acatar uma decisão de um juiz federal, o general Menezes ordenou o bombardeio à cidade, danificando edifícios e matando civis. Morreram também soldados do Exército e da Força Pública no confronto.[8]
Na Segunda Guerra Mundial a defesa do litoral foi importante, atraindo unidades novas ou trazidas de outras regiões, muitas das quais foram desativadas ou transferidas de volta após a guerra. Surgiu o 18º Regimento de Infantaria e a artilharia de costa defendeu a Baía de Todos os Santos. O rio São Francisco foi usado para algumas das transferências militares ao Nordeste, evitando os riscos da rota marítima. As maiores contribuições à defesa de Salvador foram feitas pela Marinha. As Forças Armadas dos Estados Unidos também tiveram uma pequena presença na cidade.[9][10][11]
No golpe de Estado de 1964 o comandante, general Manoel Pereira, aderiu prontamente junto com seu superior Joaquim Justino Alves Bastos. As resistências foram evitadas. Seixas Dória, governador do Sergipe, foi deposto pelo Exército. O general Justino ordenou um movimento para o sul da Bahia, para um possível avanço na direção do Rio de Janeiro ou Brasília, o que acabou não sendo necessário.[12] O comandante da região coordenou a repressão política no interior baiano.[13]
Referências
- ↑ BRASIL, Decreto de 1º de agosto de 1991.
- ↑ «General assume comando de região militar e é terceiro negro no posto | Metrópoles». www.metropoles.com. 4 de fevereiro de 2024. Consultado em 5 de fevereiro de 2024
- ↑ 6ª RM. «Histórico». Consultado em 23 de junho de 2022
- ↑ Gonzales, Selma Lúcia de Moura (2008). A territorialidade militar terrestre no Brasil: os Tiros de Guerra e a estratégia de presença (PDF) (Tese de Doutorado). São Paulo: USP. Consultado em 23 de junho de 2022. p. 66-69.
- ↑ Kuhlmann, Paulo Roberto Loyolla (2007). Exército brasileiro: estrutura militar e ordenamento político 1984-2007 (PDF) (Tese de Doutorado). São Paulo: USP. Consultado em 23 de junho de 2022. p. 119.
- ↑ 6ª RM. «Organizações Militares». Consultado em 23 de junho de 2022
- ↑ Nascimento, Luiz Augusto Rocha do (2022). «O Exército Brasileiro na Guerra de Canudos: lições aprendidas». In: Rodrigues, Fernando da Silva; Franchi, Tássio (orgs.). Exército Brasileiro: perspectivas interdisciplinares 1ª ed. Rio de Janeiro: Mauad. p. 97-98.
- ↑ Mendes, Hugo Santiago (2019). O bombardeio de 1912: Disputa política e cotidiano na Bahia na Primeira República (PDF) (Dissertação de Mestrado). Consultado em 23 de junho de 2022
- ↑ Barreto Neto, Raul Coelho. "Você já foi à Bahia?": a presença militar norte-americana em Salvador na Segunda Guerra Mundial (PDF) (Artigo). Unisul. Consultado em 23 de junho de 2022. p. 6-11.
- ↑ Cruz, Luiz Antônio Pinto (2017). “A Guerra do Atlântico na costa do Brasil”: rastros, restos e aura dos u-boats no litoral de Sergipe e da Bahia (1942-1945) (PDF) (Tese de Doutorado). Salvador: UFBA. Consultado em 23 de junho de 2022. p. 257.
- ↑ Duarte, Paulo de Queiroz (1971). O Nordeste na II Guerra Mundial - Antecedentes e ocupação. Rio de Janeiro: Record
- ↑ D'Aguiar, Hernani (1976). A Revolução por Dentro. São Cristóvão: Artenova. p. 175-176.
- ↑ Zachariadhes, Grimaldo Carneiro (org.) (2009). Ditadura militar na Bahia: novos olhares, novos objetos, novos horizontes. Salvador: EDUFBA. p. 76-78.